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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Em qual manifestação você vai: no Anhangabaú ou na Assembleia Legislativa?


Reprodução


Nesta quarta-feira, as manifestações cujo mote (aparentemente) é a necessidade de apuração do escândalo do propinoduto tucano estarão divididas em duas frentes. De um lado, a CUT, a militância do PT e a CMP-SP (Central dos Movimentos Populares) indicam que devem privilegiar o ato na Assembleia Legislativa, a partir das 17 horas.

De outro lado, haverá manifestação no Anhangabaú, marcada para as 15 horas, convocada pelo Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo, afiliado à Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) e cuja diretoria é ligada ao PSTU, com apoio do Movimento Passe Livre (MPL).

Por óbvio, é um racha, mesmo que não manifestado explicitamente.

Não é de hoje que tenho argumentado, em rodas de amigos e militantes, que, para mim, se a motivação das manifestações é de esquerda, o palco unificado do ato de hoje deveria ser necessariamente a Assembleia Legislativa, onde a maioria esmagadora de Geraldo Alckmin historicamente não deixa passar uma CPI sequer contra os interesses do governo tucano, quanto mais agora, quando se trata do cartel do sistema de metrô e trens urbanos da Grande São Paulo.

Por que o MPL e o Sindicato dos Metroviários preferem o Anhangabaú, ao lado da prefeitura de São Paulo, comandada por Fernando Haddad? (Pergunta ainda a responder.)

Mas ouvi argumentos segundo os quais o MPL é um movimento que quer mais do que a política institucional, que a política institucional não é o bastante, que CPI não apura nada, e o protesto na Assembleia Legislativa seria, portanto, conceitual e politicamente fora do eixo (desculpem o trocadilho, foi sem querer). Tá bom.

Vamos ver qual será o resultado da quarta-feira 14 de agosto, da qual se esperava muito, mas, ao que parece, não se pode mais esperar tanto.

quinta-feira, 15 de março de 2012

O caos nos transportes e o cinismo do governador de São Paulo

Foto: José Cruz/ ABr
Após o inacreditável caos provocado por panes sucessivas na Linha 9 - Esmeralda da CPTM e Linha Vermelha do metrô, que redundaram em um efeito dominó de grandes proporções e afetaram no mínimo 200 mil pessoas na manhã de ontem (quarta, 14), em São Paulo, a população pode ficar tranqüila. O solerte governador Geraldo Alckmin já anunciou, no fim da manhã de hoje, que a Linha 9 terá a circulação interrompida em alguns domingos, para manutenção, segundo o portal Terra.

O governador afirmou ainda que os problemas que geraram o caos "estão sendo averiguados com absoluto rigor para avaliar se é falha técnica, se é falha humana”, disse ele. Alckmin não mencionou o sucateamento, falta de investimento, precarização do trabalho e outros probleminhas que não passam de intriga da oposição.

Quer dizer, caro internauta, que durante a semana você pode ir se acostumando, se ainda não se acostumou, com os problemas gigantescos que podem surgir a qualquer momento. Já aos domingos, quando é dia de passear com a família, ir a um jogo de futebol, no teatro ou fazer uma visita, quem não tem carro e precisa da Linha 9 da CPTM que fique em casa. Trabalhador pobre foi feito para isso mesmo, segundo a concepção de governo tucano que vige em São Paulo há 16 anos.

No mínimo 200 mil usuários padeceram em mais uma manhã apocalíptica na capital

E a justificativa do ilustre governador para a manhã apocalíptica de quarta-feira? Ele argumentou solenemente que as falhas são poucas em relação ao grande movimento do sistema. "De janeiro a 12 de março deste ano, foi uma ocorrência a cada 16 milhões de passageiros transportados e 19 viagens", raciocinou.

Curiosa matemática essa, a do governador. Quer dizer que é bom parar de usar a insuficiente malha ferroviária metropolitana de São Paulo, pois quanto mais usuários, mais problemas. Então, não use trens nem metrô, caro usuário. Opte por andar a pé ou de bicicleta. Nesse caso, para facilitar sua vida e não chegar no trabalho todo suado ou acabar morto quando sua bicicleta for atropelada por um ônibus, mude-se para uma casa perto do trabalho.

O governo do Estado de São Paulo agradece.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Polícia de Alckmin não pára de cometer barbaridades

Da (interminável) série “Relatos da truculência tucana”

Os relatos e fatos de brutalidade da polícia do governo de São Paulo, hoje sob o comando de Geraldo Alckmin (PSDB), não têm fim. Abaixo, mais um, que publico apesar da qualidade do vídeo (feito com celular) ser ruim.

Na terça-feira, 18 (ontem), uma falha no fornecimento de energia teria provocado falhas na circulação de trens na linha 1-Coral da CPTM (estação Corinthians-Itaquera). Já atônitos com o caos provocado pelas chuvas, os usuários sofreram a outra covarde e desnecessária agressão da PM. O relato da pessoa que postou o vídeo no You Tube é o seguinte:

"Trabalhadores sofrem violência policial na volta pra casa, com o caos na CPTM na estação de Corinthians Itaquera.Trabalhadores exigiam seus direitos, quando foram surpreendidos pela Policia Militar com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta, crianças, gestantes, idosos estavam no local."



Na semana passada, quem apanhou foram os estudantes. Veja aqui.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O calvário do transporte público na Grande São Paulo

Fotos: Eduardo Metroviche/Visão Oeste
Os problemas de transporte vividos pela população da Região Metropolitana de São Paulo não se restringem aos atrasos na entrega de estações do metrô, lentidão na ampliação da rede, promessas não cumpridas, regiões importantes da periferia esquecidas pelo governo estadual, falhas frequentes e quase diárias no sistema.

Para tornar a situação ainda mais dramática, faltam ônibus e a malha ferroviária de trens urbanos, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), não ajuda a população. Os usuários vivem uma realidade humilhante dia a dia, semana após semana, por meses e anos a fio, e parecem achar natural, já que continuam votando nos mesmos governantes de sempre, os candidatos do PSDB de Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Geraldo Alckmin.

No bairro da Paulicéia, divisa de Diadema com São Bernardo do Campo, ABC Paulista, uma pessoa pode ficar uma hora, no mínimo (conheço relatos de uma hora e meia), esperando um ônibus que a leve à zona Sul da capital. Aqui, um problema grave: quando duas cidades não se interligam por trem, o cidadão depende do transporte intermunicipal de ônibus, feito por empresas que cobram o que querem, fazem e deixam de fazer o que bem entendem.

Do outro lado da Grande São Paulo, em Osasco e cidades vizinhas, problemas no transporte público também não faltam (foto abaixo). “Superlotação, empurra-empurra, atrasos, quebras, paralisações, falta de investimentos” é a realidade dos usuários dos trens da CPTM, conforme relata o repórter Leandro Conceição, no jornal Visão Oeste, de Osasco.

Como no caso do metrô, o governo estadual não promete nada e o que prometeu não cumpriu. Antes da campanha ao governo do estado, pudemos assistir a uma maciça onda de propagandas na TV prometendo o paraíso e bilhões em investimentos. Agora, o governo estadual diz que melhorias no sistema da CPTM só em dois anos. “Segundo o governador paulista, Alberto Goldman (PSDB), que assumiu para José Serra fazer sua campanha à presidência, o número de falhas nas linhas da CPTM só deve cair dentro de dois anos, quando for concluído o processo de modernização do sistema”, diz ainda a matéria do Visão Oeste. Leia a reportagem clicando aqui.

Leia também, neste blog:

Os problemas no metrô não acabam (sexta-feira, 10 de setembro)

Em meio a adiamentos do cronograma, tragédia que matou sete pessoas fez três anos.