Com a vitória de 1 a 0 na Vila Belmiro neste domingo, o Palmeiras conseguiu completar seis jogos (dois anos em abril) sem perder do Santos. A vitória foi justa, mas com ressalvas.
A estratégia do Palmeiras foi começar o jogo intimidando na porrada, a conhecida estratégia gaúcha-Felipão de jogar futebol, com direito a três cotoveladas em Neymar em poucos minutos, uma das quais de Kleber; o zagueiro Danilo do Palmeiras defendeu com a mão, dentro da área, uma bola chutada pelo Danilo santista e o árbitro considerou normal. Para o juiz, não houve “intenção”, como diria Arnaldo César Coelho. É como eu sempre digo: não existe mais pênalti com a mão. Virou um festival de cortadas de vôlei dentro da área e nunca há “intenção”. Antigamente a gente dizia “bola na mão” ou “mão na bola”. Hoje se diz “intenção”, e nunca há intenção.
Mesmo com tudo isso, o Santos foi melhor no primeiro tempo e merecia ter ido ao intervalo com vantagem no marcador.
No segundo tempo, Paulo Henrique Ganso continuou não aparecendo no jogo (mal ouvi seu nome durante os 90 minutos). Ganso foi Zero. Neymar fez o que pôde. Mas não teve apoio do meio de campo, que não se apresentou. Sem Ganso, uma nulidade, e sem poder contar com Elano, muito bem bloqueado pelo meio campo verde, o Santos ainda teve outra nulidade no meio campo, o volante Adriano. Apesar de tudo, Neymar protagonizou os lances mais bonitos do jogo, chamando a zaga alviverde pra dançar quando pôde.
Mas o Palmeiras fez o jogo certo. Apostou no erro e venceu de goleada, 1 a 0, com méritos. O pessoal com quem eu vi o jogo ouviu quando eu disse, dois minutos antes do gol palmeirense, que “o Palmeiras está mais perto do gol que o Santos”. E o impressionante Gladiador, que apanhou como Neymar, empurrou pra dentro aos 34min do segundo tempo.
Vitória justa, mas demasiadamente gaúcha, do Palmeiras. O Santos agora tem três dias para se concentrar no Colo Colo, jogo que tem que vencer ou vencer pela Libertadores na quarta-feira.
Veja o gol de Santos 0 x 1 Palmeiras com a narração de Oscar Ulisses (Rádio Globo):