Da Rede Brasil Atual
O Ministério Público de São Paulo instaurou na quarta-feira (16) inquérito civil para apurar possíveis irregularidades e prejuízos aos cofres públicos relacionados ao acordo pelo qual a prefeitura de São Paulo investe R$ 2,5 milhões em patrocínio para a realização do evento UFC Brasil 2013, neste sábado, 19 de janeiro, no Ginásio do Ibirapuera. O contrato foi assinado com a empresa IMX, agência de marketing esportivo formada pela EBX, holding do bilionário Eike Batista, e a gigante multinacional IMG.
Divulgação/UFC
O lutador Daniel Sarafian, Kassab e a executiva responsável pelo marketing do UFC, Grace Tourinho, em 28 de dezembro |
O ex-prefeito Gilberto Kassab assinou o acordo em 28 dezembro de 2012, último dia útil de sua gestão. O inquérito, instaurado pelo promotor de Justiça Valter Foleto Santin, recomenda a suspensão do patrocínio do evento. A justificativa é de que “o valor destinado supera em mais de 70% a verba para eventos da Secretaria Municipal dos Esportes, Lazer e Recreação para 2013”, segundo a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital.
De acordo com a portaria de instauração do inquérito, o valor dispendido pela prefeitura para a realização do evento é um “gasto desnecessário, abusivo e excessivo de recursos públicos em atividade não olímpica”. O MP pede ao atual prefeito, Fernando Haddad, e ao secretário de Esportes, Celso Jatene, que forneçam em dez dias informações sobre a situação legal do patrocínio.
No dia da assinatura do contrato com a IMX, o então prefeito justificou o ato por considerar o evento "muito importante, que vai trazer visibilidade para a cidade”. Na ocasião, de muito bom humor, Kassab chegou a simular um combate contra o lutador brasileiro Daniel Sarafian, presente ao evento.
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