Michael (dir.) foi xingado em Contagem |
Foi noticiado hoje na imprensa que, “pela primeira vez na história do país, a Justiça Desportiva impôs uma condenação por ‘ato de homofobia’” (conforme o Estadão), referindo-se à decisão da Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) impondo multa de R$ 50 mil ao Sada/Cruzeiro.
Em 2 de abril, em Contagem (MG), a torcida da equipe mineira manifestou-se em peso com ofensas homofóbicas contra o atleta Michael, do Vôlei Futuro, em partida pela semifinal da Superliga Masculina de Vôlei. Depois do episódio, o jogador disse ser gay.
A tal punição imposta ao time mineiro é para inglês ver.
Acontece que, em esportes de alto rendimento (ou seja, dinheiro) hoje em dia, punir com R$ 50 mil um time de grande investimento e nada é a mesma coisa. O que pega, de fato, é punição esportiva, perda de pontos, de mando de campo. O Vôlei Futuro, time de Michael, protestou e disse que a denúncia que fizera citava um artigo do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que determina a perda dos pontos do jogo ao infrator. Segundo o time de São Paulo, o procurador que cuidou do caso “alterou o parágrafo incidido, que previa apenas multa”.
O Vôlei Futuro protestou ainda pelo fato de o tribunal ter marcado a terceira partida do playoff semifinal para esta sexta-feira (às 20h30, em Contagem), no mesmo local das agressões. "A responsabilidade de tudo que acontecer, antes, durante e depois da partida será deles (STJD)”, disse a equipe paulista em nota.
Com toda razão.