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quinta-feira, 21 de março de 2013

Brasil e Itália, jogo que traz lembranças e golaços


Tarde de um dos maiores clássicos do futebol mundial. Brasil x Itália. Tarde de lembranças e de golaços. Lembranças, para citar duas, como as das Copas do Mundo de 1970 (Brasil 4 a 1 na final e tricampeão) e de 1982 (Itália 3 x 2, eliminando o escrete canarinho, que ficou fora da semifinal no dia da chamada "tragédia de Sarriá"). A Itália sagrou-se campeã após bater Polônia (por 2 a 0 na semi) e Alemanha (3 a 1 na final).

E golaços como o de Oscar no jogo de hoje, Brasil 2 x 2 Itália, amistoso disputado na Suíça. O meia completou com tremenda categoria passe de Neymar depois de contra-ataque fulminante puxado pelo próprio craque santista, com a habitual velocidade, inteligência e habilidade; e o golaço de Balotelli, de cobertura, ao perceber o goleiro brasileiro Júlio César adiantado.

Belo jogo, cheio de alternativas, lá e cá, disputado por duas seleções que dispensam comentários, que têm juntas 9 Copas do Mundo. Com o primeiro tempo terminando 2 a 0 pro Brasil, a impressão era de vitória muito provável. Mas a Azzurra é sempre forte. Foi pra cima e empatou. Bom aperitivo para a Copa das Confederações no meio do ano, quando Brasil x Itália voltam a duelar, desta vez em jogo oficial.




O time de Felipão

Scolari insiste em Júlio César no gol, cujo ciclo pra mim se encerrou em 2010, depois de falhar na derrota por 2 a 1 para a Holanda, que nos desclassificou nas quartas-de-final. Muitos acham que não, mas o gol de Balotelli hoje foi uma falha do arqueiro brasileiro. “Foi no ninho da coruja”, dizem. E foi mesmo. Mas já vi muito goleiro pegar bola ali (exemplo: Rogério Ceni na final contra o Liverpool em 2005, quando o goleiro praticamente deu o título mundial ao São Paulo).

Voltando à seleção, o barco vai mesmo navegar com Felipão até 2014. Independentemente de se gostar ou não (eu não gosto) do futebol de Scolari, tenho séria impressão de que ele pode acertar, pois tem carisma, faz o esquema dele e se emplacar... Agora, com Hulk não dá. Júlio César já não deu certo antes. Mas quem no gol? Sei lá, Cavalieri, por exemplo. Qualquer um. Rafael, do Santos. O Brasil jogou em 1982 com um frangueiro (Valdir Peres) porque Telê Santana tinha birra de Leão, então o melhor goleiro do país. Ninguém lembra disso, porque Telê é um mito intocável. E em 1970 o Brasil também jogou com um goleiro muito limitado, o Félix, do Fluminense, que jogou porque Cláudio, do Santos, que deveria atuar na Copa do Mundo, machucou o joelho.

Outro jogador que eu tiraria, do qual tenho uma antipatia atroz, é o lateral direito Daniel Alves. Que não é um mau lateral, mas se tivesse em futebol o que tem em arrogância seria um craque, o que, infelizmente para ele, não é. A lateral esquerda também está carente, nem Marcelo (do Real Madrid), nem Filipe Luís (do Atlético de Madrid, que, confesso, não conheço) satisfazem.

De resto, que zagueiros? Para o futebol brasileiro, quando tem uma seleção competitiva, zagueiro é o de menos. “Se não tem tu, vai tu mesmo!” Os quatro convocados pelo treinador gaúcho foram Dante (Bayern de Munique), David Luiz (Chelsea), Dedé (Vasco) e Thiago Silva (Paris Saint Germain). Todos são preparados pra uma Copa do Mundo. Não gosto muito de David Luiz, às vezes é afoito e pernóstico, acha que é o Luis Pereira… Mas é atrevido e arrisca; por esse lado é até interessante, já que esporte sem ousadia e risco fica muito chato.

O meio de campo talvez seja Ramires (do Chlesea, que não jogou hoje), Hernanes e Oscar? Pode até ser, mas falta um meia clássico aí, aquele que Ganso poderia ser mas, tudo indica, não será.

Reprodução
"Calado é um poeta"
Ainda sobre seleção, o Pelé disse esta semana que Felipão deveria usar a base do Corinthians para formar a equipe brasileira, porque é o time que está apresentando, segundo ele, o melhor futebol no momento. Como já disse Romário, “Pelé calado é um poeta”.

E é isso. Toda essa digressão por conta de Brasil x Itália. No intermezzo (não no sentido cronológico, mas em grau de importância) entre os jogos históricos de 1970 e 1982 teve o 0 a 0 de 1994, Brasil de Parreira tetracampeão. Esse não me marcou. Fico por aqui.