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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O poder da indústria e da propaganda prevalece mais uma vez

Divulgação
Mais uma vez a cidadania é vencida pelos poderosos lobbies da indústria alimentícia e a não menos poderosa indústria da propaganda. A “liberdade de expressão” a todo custo e a liberdade da indústria de enfiar lixo goela abaixo das pessoas falam mais alto do que a saúde pública e o direito do cidadão de ser protegido pelo Estado.

O governo de São Paulo vetou na noite de ontem um projeto de lei do deputado estadual Rui Falcão (PT) que proibia a veiculação na TV e no rádio, entre 6h e 21h, de publicidade dirigida a crianças sobre alimentos e bebidas pobres em nutrientes e com alto teor de açúcar, gorduras saturadas ou sódio. O projeto foi aprovado em dezembro na Assembleia Legislativa. Ele impedia a utilização de personagens e celebridades infantis na propaganda e brindes associados à compra.

O governo paulista, na pessoa do governador Geraldo Alckmin, vetou o PL sob o argumento de inconstitucionalidade, já que, segundo ele, o inciso XXIX do artigo 22 da Constituição Federal determina que a competência de tal legislação é federal, do que discordam entidades ligadas à defesa dos direitos do consumidor, segundo as quais o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), uma lei federal, já trata do tema.

O Código determina expressamente, em seu artigo 37: “é proibida toda publicidade enganosa ou abusiva”. E, no parágrafo 2°, é claro: “É abusiva, dentre outras, a publicidade que se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança”. Portanto, argumentam, sob o guarda-chuva federal do Código de Defesa do Consumidor, uma lei estadual poderia e deveria regulamentar a questão.

Segundo a advogada do Idec Mariana Ferraz, qualquer iniciativa de se regulamentar a publicidade infantil tem esbarrado no interesse dos lobbies dos setores da indústria e da propaganda. “Existem outras iniciativas em âmbito federal que estão sendo debatidas”, diz. “Mas há uma estrutura muito grande por parte da indústria e do setor publicitário para impedir a aprovação de regras nesse sentido, que se valem do fato de a criança não ter a maturidade para perceber o intuito mercadológico.”

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Clint Eastwood é bom até em propaganda. Obama agradece


Um comercial de dois minutos da montadora norte-americana Chrysler, com o ator Clint Eastwood, que foi ao ar no intervalo do Super Bowl, a final do futebol americano, no domingo, fez um enorme sucesso e foi considerado como mensagem claramente pró-Barack Obama. Isso porque este é ano de eleições nos Estados Unidos.

A conotação política é clara: "os times estão discutindo o que fazer para ganhar o jogo no segundo tempo. É intervalo também na América", diz Clint no anúncio, o que seria uma alusão ao período entre os dois mandatos (o atual e o futuro) de Obama. Com a crise de 2008, a Chrysler quase foi à falência. "Detroit está nos mostrando que pode ser feito", afirma Eastwood, referindo-se ao coração da indústria automobilística dos EUA. No final do comercial, a mensagem parece ainda mais óbvia: "Nós nos levantaremos novamente e quando fizermos isso o mundo vai escutar o barulho de nossos motores. Sim, é intervalo na América. E o nosso segundo tempo já vai começar”.




O belíssimo comercial me fez pensar no medonho anúncio da Fiat aqui no Brasil, com aquela música pavorosa do tal Michel Teló, e em como está cada vez mais nojento e sem criatividade o mercado publicitário brasileiro.

Enfim, posto aqui também porque sou um fã do grande Clint Eastwood de Os Imperdoáveis e outros filmes. Estou aliás devendo a mim mesmo um post sobre Os Imperdoáveis para a Série “Favoritos do cinema”, que por falta de tempo até agora só tem dois posts (sobre Quando Explode a Vingança  e sobre Fargo).

A propósito, está em cartaz nos cinemas o novo filme de Clint, J. Edgar, sobre a vida de J. Edgar Hoover, o controverso diretor do FBI. Que ainda não vi.

Sobre a obra anterior do diretor (de 2010), escrevi aqui: O velho e bom Clint Eastwood em cartaz com Além da Vida.