Foto: Guilherme Peres
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O que mudaria para os artistas uma eventual eleição de Aloizio Mercadante (PT) no estado de São Paulo depois de tanto tempo sob governos tucanos? “Para nós mudaria de imediato a possibilidade do diálogo. A gente não tem hoje uma política cultural adequada capaz de trazer o artista para próximo do público, de comunidades, escolas, prefeituras, centros culturais. A gente vive um momento onde o que tem é o ‘amiguismo’ contemplando uma arte de qualidade duvidosa”, diz Anitelli.
O artista critica o sistema viciado baseado no jabá e em meros interesses comerciais. Um problema antigo. “Rádio e TV não abrem espaço aos artistas novos, as casas de show estão preocupadas em vender cerveja, não se a música é interessante, com a qualidade ou não”, afirma Anitelli. “Dentro desse cenário, a gente tem que buscar soluções, reinventar uma outra economia em relação à música, a gente cria justamente, como criou, um movimento de MPB, movimento de música para baixar”.
Para ele, a democratização dos meios de divulgação da música e da arte podem ajudar a desenvolver “um povo muito mais criativo, ouvindo outros tipos de música, não só aquilo que as gravadoras, o rádio e a TV impõem goela abaixo”.
Ouça, a partir deste link, uma bonita canção popular da trupe, sobre o “homem que catava papelão”, do álbum mais recente: O Teatro Mágico - Segundo Ato.
As músicas da trupe podem ser baixadas a partir do site da Trama Virtual.
Leia aqui a entrevista no Visão Oeste.