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domingo, 4 de dezembro de 2011
No dia da morte de Sócrates, Corinthians ganha seu quinto título brasileiro
Com um 0 a 0 que a Fiel considerará algo como "digno da tradição de sofrimento" do Timão, com direito à morte de um mito, Sócrates, que se foi justamente na madrugada deste domingo, dando a conotação dramática ao epílogo do espetáculo, o Corinthians sagrou-se campeão brasileiro pela quinta vez.
Sobre o Doutor, rendo aqui uma pequena homenagem, que é apenas uma lembrança. Não me lembro exatamente em que ano, eu estava no Morumbi num Santos x Corinthians que parecia um jogo de xadrez, equilibrado, estudado, bonito em seu equilíbrio. De repente, do nada, de costas para seu ataque, na intermediária, o Doutor deu um passe de calcanhar para Palhinha, que, na velocidade, sofreu pênalti. Corinthians 1 a 0 (acho que o jogo acabou 2 a 0). Num toque genial, o Magrão destruiu todas as possibilidades de equilíbrio. Assim era Sócrates.
Voltando a 2011, não há o que discutir sobre a justiça do título alvinegro, que terminou a competição após liderá-la por 27 rodadas. O que não se pode deixar de dizer, e eu não aceito a pecha de parcialidade por dizer isso, é que o time de Tite não deu espetáculo nenhum, é só a menos ruim das equipes que disputaram o título brasileiro de 2011. É um campeão sem brilho, sem craque, sem golaço, sem ginga e com um futebol pragmático que não empolgou nem os corintianos mais exigentes que entendem de futebol.
Apesar de ser considerado um campeonato muito emocionante, o Brasilerão de 2011 foi tecnicamente muito fraco.
Os méritos do título são todos de Tite, que, com sua pragmaticabilidade, colocado sob desconfiança desde sempre, manteve a toada sem estardalhaços, sem lantejoulas, e com humildade chegou à conquista mais sua do que de qualquer outro personagem.
Por fim, infelizmente este é um post de final de campeonato que não tem gols para linkar. O jogo do Pacaembu foi muito ruim e o resultado mais justo foi mesmo o triste 0 a 0. Ao Vasco da Gama, os aplausos por ter lutado até o fim pela inexpressiva Copa Sul-Americana e pelo título brasileiro, que, com o 1 a 1 com o Flamengo no Engenhão hoje, não teria conquistado nem se o Palmeiras tivesse jogado algum futebol e houvesse batido o Corinthians no Pacembu.
sábado, 3 de dezembro de 2011
Números justificam título corintiano, e Vasco conta com ajuda dos deuses do futebol
Noves fora zero, como se dizia antigamente, pode-se dizer que, se o Corinthians ganhar o campeonato, os pontos decisivos terão sido conquistados exatamente no embate com o Vasco da Gama. O confronto direto entre o líder e o vice-líder foi o seguinte:
6/07/2011: Corinthians 2 x 1 Vasco (Pacaembu)
2/10/2011: Vasco 2 x 2 Corinthians (São Januário)
O time paulista (hoje com 70 pontos) ganhou quatro pontos da equipe cruzmaltina (68), que levou apenas um no duelo. Se, por exemplo, tivesse havido empate nas duas partidas, o Vasco chagaria à última rodada com 69 pontos e o Corinthians teria 68.
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Tite/ Reprodução |
O Vasco da Gama liderou a competição por cinco rodadas (ou 13,5%): 24ª, 25ª, 26ª, 27ª e 31ª.
O São Paulo foi líder nas rodadas de número 3, 4, 5 e 6, o que equivale a 11%.
O Atlético-MG terminou na ponta a segunda rodada e o Flamengo a primeira, ou seja, ambos os times comandaram a tabela por meros 2,7% da competição.
Todas os outros 26 rounds (70% do campeonato) terminaram com a liderança corintiana.
Além de todos esses números, a matemática ainda dá enorme vantagem ao Timão na rodada final, já que precisa de um empate com o Palmeiras, enquanto o Vasco tem de derrotar o Flamengo e torcer por vitória do Palmeiras no derby paulista (essa combinação dá a probabilidade de 1/9 ao time do Rio, ou 11% apenas).
Os deuses do futebol e o imponderável
Mas, como o ludopédio é um esporte mágico em que não raro o imponderável caminha pelos campeonatos e os deuses do futebol costumam impor suas vontades insondáveis e ilógicas, é exatamente nisso que o Vasco deposita suas esperanças.
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Ricardo Gomes/ Reprodução |
Do outro lado, no Pacaembu, não vejo favoritismo nesse jogo específico. Consta que, apesar do jogo de cena de Luiz Felipe Scolari, que fala da partida com certo ar blasé, dentro do clube a motivação do elenco palmeirense é muito grande e certas estratégias não reveladas, até para irritar os corintianos, estão sendo preparadas. O Palmeiras ressuscitou nesse final de Brasileirão; o ambiente melhorou 100% com a chegada de César Sampaio e a saída de Kléber; Marcos Assunção é um terror permanente com sua bola parada; Valdívia, apesar da inconstância, é um jogador perigoso e catimbeiro, que pode ser decisivo; e, enfim, clássico é clássico e vice-versa.
O Corinthians deve escalar Wallace, um zagueiro, para ocupar o lugar de Ralf, e isso pode ser perigoso, pois sinaliza ao adversário uma estratégia medrosa e pode atraí-lo para cima. O desfalque de Danilo me parece que será superado com vantagens por Alex, que é mais jogador, mais rápido, versátil e pode desequilibrar, seja no drible, seja no chute. E Jorge Henrique na vaga de Emerson Sheik é uma incógnita.
Resumindo tudo. O Corinthians é amplamente favorito ao título. Na minha opinião, o Vasco é favorito contra o Flamengo. E não há favoritos no derby do Pacaembu. Como vocês veem, será um domingo para corações fortes. E os deuses do futebol estarão à espreita.
domingo, 27 de novembro de 2011
Corinthians entra em semana de "decisão" com Palmeiras e Valdívia fala em "questão de honra"
Voltei de merecida semana de férias na praia a tempo de acompanhar a penúltima rodada do Campeonato Brasileiro (preferia estar na praia, onde não vejo TV, mas... c'est la vie). Vi o primeiro tempo de Santos e Bahia, na despedida alvinegra de sua casa antes do embarque para o Japão, mais preocupado com o risco de outra contusão como a que tirou o volante Adriano do Mundial de clubes, peça importantíssima no esquema santista, justamente o jogador que seria o encarregado de grudar em Messi, caso Barcelona e Santos façam a final.
O 1 a 1 dos primeiros 45 minutos (que acabou sendo o placar final, com gol de quem? - Neymar) satisfazia a ambos, e no segundo tempo da rodada, toda no mesmo horário, fiquei zapeando entre Figueirense x Corinthians e Fluminense x Vasco, depois de ouvir comentários dando conta de que a primeira etapa em Floripa havia sido pavorosa (o Timão, “melhor time do campeonato”, deu um, um chute “a gol”, que vi depois, um tiro bisonho de Willian que saiu a uns sete metros da trave). Vasco x Fluminense faziam e fizeram um jogo bem melhor. Mas Liedson anotou 1 a 0 no Orlando Scarpelli aos 23min.
Com o 0 a 0 de Vasco x Flu, o título ia ficando no Parque São Jorge. Mas Alecsandro pôs o Vasco em vantagem aos 31 e tudo continuava como antes do início da rodada. Fred, sempre ele, fez um golaço empatando para o Flu sete minutos depois, e os rojões espoucavam sem parar pela cidade de São Paulo.
Era o título corintiano. Que não veio. Pois Bernardo, no apagar das luzes no Engenhão, deu a vitória ao Vasco por 2 a 1.
Na rodada final, enquanto o Vasco enfrenta o Flamengo, o Corinthians faz o derby com o Palmeiras. Para ser campeão, o Vasco precisa vencer e torcer por vitória do Verdão (matematicamente, a chance vascaína de ficar com a taça é de uma em nove, ou 11%). O clube do Parque São Jorge só depende de um empate.
O Palmeiras bateu o São Paulo, que ficou longe da Libertadores, e Felipão promete um time motivado contra o Corinthians. Valdívia disse que ganhar do rival alvinegro “é questão de honra”. A Fiel tem motivos para se preocupar. Se Tite jogar pelo pontinho que lhe resta e com a cabeça no jogo do Rio, pode ver escapar o título que durante boa parte do segundo tempo de hoje esteve em suas mãos.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Corinthians e Vasco disputam o título
Finalmente um domingo em que os favoritismos vingaram. No post anterior eu dizia que, “com a refugada do Flu, digna de um Baloubet du Rouet, a disputa pelo título volta a ficar mais clara entre Vasco e Corinthians”.
E enfim, com a difícil vitória corintiana sobre o Atlético-PR e o quase tranquilo triunfo do Vasco sobre o Botafogo (que começou o jogo bem, quase fez 1 a 0, mas depois submergiu), o título está definitivamente entre os times do Parque São Jorge e de São Januário, ambos com 61 pontos, o Timão com uma vitória a mais. Posso queimar a língua, mas faltando quatro rodadas parece muito improvável que Fluminense e Figueirense (ambos 5 pontos atrás de Corinthians e Vasco) ou Botafogo e Flamengo (seis) tirem essa diferença.
Gols de Corinthians 2 x 1 Atlético-PR
Na próxima rodada, no meio de semana, o Corinthians tem difícil duelo contra o Ceará em Fortaleza. O time nordestino, em 17° lugar com 35 pontos, é o primeiro da zona da degola e precisa vencer para respirar. O Vasco encara o desalentado Palmeiras no Pacaembu. Na rodada seguinte, no próximo fim de semana, o time de Tite e a equipe do surpreendente interino Cristóvão Borges jogam em casa: o Corinthians recebe o Atlético-MG; o Vasco será anfitrião do virtualmente rebaixado Avaí.
O Vasco é mais time que o Corinthians, tática e tecnicamente. A união do grupo motivada, digamos assim, pelo espírito de Ricardo Gomes, a liderança de jogadores como Felipe e Juninho Pernambucano, a falta de responsabilidade do Vasco, que já tem a temporada ganha e nem precisa do título, se contrapõem à ansiedade corintiana, às inseguranças de Tite e à desconfiança de boa parte da torcida. Seu eu fosse apostar hoje, seria no Vasco.
Dedé, a alma do Vasco
Agora, minha gente, só abro este parágrafo para falar em especial de um jogador. O zagueiro Dedé, do Vasco da Gama. Pelamordedeus, como joga bola esse guri. Ele é uma espécie de Luís Pereira (da Academia do Palmeiras dos anos 1970) mais evoluído. Se é que me entendem. Torço muito para que esse moleque dê certo. O segundo gol vascaíno foi inteiramente dele. Driblou, armou, passou, correu e fez o gol. Vejam bem, é um zagueiro. Por isso lembrei do grande Luís Pereira.
Gols de Vasco 2 x 0 Botafogo
Palmeiras no imbróglio
O detalhe é que Ceará x Corinthians na quarta-feira interessa ao Palmeiras. O Ceará está 7 pontos atrás do Verdão, que tem 42. Como todos vocês sabem fazer operação de soma e subtração, podemos concluir que se o Ceará bater o Timão e o Cruzeiro (16° colocado, 37 pontos) conseguir um empate contra o Avaí em Florianópolis, o Palestra ficará apenas 4 à frente do Ceará e do Cruzeiro.
Se já não colocou, a torcida palestrina tem todos os motivos para colocar as barbas de molho. Neste domingo, o time de Felipão Scolari deixou o Grêmio chegar ao 2 a 2 após colocar 2 a 0 à frente dos gaúchos em pleno Estádio Olímpico.
Santos sempre Santos
E o Santos calou a boca do técnico Antonio Lopes, do Furacão, que reclamou do Peixe mandar seu time reserva para enfrentar o Ceará no Castelão. Mesmo com 11 reservas, o time da Vila bateu os nordestinos por 3 a 2 (torço para o Ceará não cair, é muito bacana aquela torcida fanática lotando o Castelão).
Atualizado à 00:05
sábado, 12 de novembro de 2011
Flu perde do lanterna América-MG, em refugada digna de Baloubet du Rouet
No domingo 30 de outubro, o Corinthians derrotou o Avaí no Pacaembu por 2 a 1 e o Vasco ficou no 0 a 0 com o São Paulo no Rio, perdendo a chance de assumir a ponta, e escrevi aqui: “Tenho a impressão que o principal trunfo do Corinthians é a absoluta incompetência dos concorrentes”.
Apesar da veemente discordância dos corintianos naquele post, continuo com a mesma opinião. E, vejam bem, não estou dizendo que o Timão não merece ou não merecerá o título se o ganhar, mas a derrota do Fluminense para o lanterna América-MG por 2 a 1 em pleno Engenhão só vem confirmar que, embora emocionante, o Brasileirão 2011 é nivelado por baixo. Tirando o Santos, que abdicou da competição cedo demais, nenhum dos times que podem levantar o título tem cara de campeão, ou craques que desequilibram ou um futebol que encante.
Vi o jogo do Fluminense e fiquei a me perguntar como um time tão limitado, sem nenhuma estrela (Deco, machucado, não atuou), jogando na base do chuveirinho, pode ganhar o campeonato. Se vencesse o Coelho, o Flu seria hoje líder. Mas, sem Deco, o time de Abel Braga, com um meio de campo acéfalo, foi amplamente dominado pela equipe do técnico Givanildo, que mereceu vencer por placar até mais generoso.
Gols de Fluminense 1 x 2 América-MG
Isolado e sem ninguém para armar as jogadas, o atacante Fred não fez nenhum milagre. Rafael Moura, o He-Man, entrou bem no segundo tempo, deu mais movimentação e alternativas ao ataque. Mas como Abelão é um técnico conservador e medroso, nesse aspecto ao estilo de Tite (vide derrota do Timão para o mesmo América de Minas), ele preferiu não começar jogando com Sóbis, Fred e Rafael Moura, deixando este último no banco. Quando corrigiu o erro, já era tarde.
De futebol e hipismo
Com a refugada do Flu, digna de um Baloubet du Rouet, a disputa pelo título volta a ficar mais clara entre Vasco e Corinthians.
(Um parênteses é necessário: entendo muito pouco de cavalos. Na única vez em que entrei no Jockey, há muitos anos, para fazer uma reportagem, já que estava mesmo lá apostei em um cavalo, por achá-lo muito bonito -todo preto- e ter um número de que gosto – o 7. Resultado: o cavalo chegou em último no páreo e nunca mais apostei nesses belos animais.)
Voltando ao futebol, neste domingo o Timão é favorito contra o desesperado Atlético-PR no Pacaembu e o Vasco (pelo atual alto astral, moral alto e união do grupo), também favorito contra o Botafogo. Mas os favoritos têm sido uma aposta ingrata neste Brasileiro das refugadas. O Flamengo pega o Coritiba no Couto Pereira precisando vencer e torcer por tropeços dos dois líderes para embolar completamente a tabela na reta final.
Para terminar, não quero ser injusto com Baloubet du Rouet, que ganhou muitos títulos, como registrou o Glauco certa vez em post no Futepoca. Só lembrei do grande Baloubet por uma livre-associação inevitável. Aliás, não sei até hoje quem é mais importante no conjunto, se Rodrigo Pessoa ou Baloubet.
Apesar da veemente discordância dos corintianos naquele post, continuo com a mesma opinião. E, vejam bem, não estou dizendo que o Timão não merece ou não merecerá o título se o ganhar, mas a derrota do Fluminense para o lanterna América-MG por 2 a 1 em pleno Engenhão só vem confirmar que, embora emocionante, o Brasileirão 2011 é nivelado por baixo. Tirando o Santos, que abdicou da competição cedo demais, nenhum dos times que podem levantar o título tem cara de campeão, ou craques que desequilibram ou um futebol que encante.
Vi o jogo do Fluminense e fiquei a me perguntar como um time tão limitado, sem nenhuma estrela (Deco, machucado, não atuou), jogando na base do chuveirinho, pode ganhar o campeonato. Se vencesse o Coelho, o Flu seria hoje líder. Mas, sem Deco, o time de Abel Braga, com um meio de campo acéfalo, foi amplamente dominado pela equipe do técnico Givanildo, que mereceu vencer por placar até mais generoso.
Gols de Fluminense 1 x 2 América-MG
Isolado e sem ninguém para armar as jogadas, o atacante Fred não fez nenhum milagre. Rafael Moura, o He-Man, entrou bem no segundo tempo, deu mais movimentação e alternativas ao ataque. Mas como Abelão é um técnico conservador e medroso, nesse aspecto ao estilo de Tite (vide derrota do Timão para o mesmo América de Minas), ele preferiu não começar jogando com Sóbis, Fred e Rafael Moura, deixando este último no banco. Quando corrigiu o erro, já era tarde.
De futebol e hipismo
Com a refugada do Flu, digna de um Baloubet du Rouet, a disputa pelo título volta a ficar mais clara entre Vasco e Corinthians.
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O mítico Baloubet du Rouet e Rodrigo Pessoa |
Voltando ao futebol, neste domingo o Timão é favorito contra o desesperado Atlético-PR no Pacaembu e o Vasco (pelo atual alto astral, moral alto e união do grupo), também favorito contra o Botafogo. Mas os favoritos têm sido uma aposta ingrata neste Brasileiro das refugadas. O Flamengo pega o Coritiba no Couto Pereira precisando vencer e torcer por tropeços dos dois líderes para embolar completamente a tabela na reta final.
Para terminar, não quero ser injusto com Baloubet du Rouet, que ganhou muitos títulos, como registrou o Glauco certa vez em post no Futepoca. Só lembrei do grande Baloubet por uma livre-associação inevitável. Aliás, não sei até hoje quem é mais importante no conjunto, se Rodrigo Pessoa ou Baloubet.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Crônica da 33ª rodada – Campeonato Brasileiro volta a embolar
Por Felipe Cabañas da Silva
Contrariando o bom senso, o Corinthians perdeu em Minas Gerais. Perdeu porque jogou mal. Jogou um futebol medíocre, acovardado e sem criatividade.
É bem verdade que foi mais uma vez prejudicado pela arbitragem, que anotou um pênalti em falta fora da área, e que perdeu Alex aos 15 minutos do primeiro tempo, jogador que tem crescido muito de produção e tem sido fundamental. Mas esses percalços não justificam a derrota.
Na bola, o instável Danilo teve mais uma atuação apática e, depois da saída de Alex, o time, que até jogava bem e sufocava o adversário, se perdeu em campo. O gol do América botou fogo na equipe, que foi atrás do placar e conseguiu um pênalti, bem marcado dessa vez, em cima de Emerson, que não fez uma partida excelente mas terminou sendo o único jogador “mais agudo”, como diz Tite, que rendeu em campo. Willian jogou mal, perdeu bolas bobas, errou passes, e terminou saindo para a entrada de Edenílson. Liedson jogou com raça, mas ficou aquém.
O primeiro tempo terminou empatado. A lógica dizia que o time que quer ser penta viria para o segundo tempo corrigindo os erros, com mais vontade e que anotaria pelo menos mais dois gols em cima do fraquíssimo time mineiro. Pelo contrário, o time voltou pior, não conseguia sair da marcação do América e, no final das contas, parecia satisfeito com um empate medíocre. E foi penalizado por isso. Chicão, outro que jogou mal e não fez por merecer a braçadeira de capitão que recebeu depois da saída de Alessandro (ainda que tenha feito o gol do time), fez uma falta desnecessária na entrada da área. Júlio César posicionou mal a barreira e Amaral soltou uma bomba no canto do goleiro, que engoliu.
Veja os gols:
A situação do Corinthians só não é pior porque o Santos não fez corpo mole e jogou seu melhor futebol contra o Vasco. Eu disse aqui neste espaço que o Santos não faria feio como Corinthians em 2009 e São Paulo e Palmeiras em 2010 e eu estava certo: meus respeitos ao Santos.
A escorregada feia do Corinthians e a derrota mais que previsível do Vasco embolam novamente a ponta do campeonato. O Flamengo, depois de tomar um susto (o Cruzeiro poderia ter aberto 2 x 0, mas perdeu um pênalti, que achei também mal marcado), goleou a Raposa por 5 a 1 e chegou aos 55 pontos, mesma pontuação do Botafogo.
Flu na briga
Mas o maior vencedor da rodada lá em cima foi certamente o Fluminense de Abel Braga, que venceu o Inter fora de casa (sempre dificílimo bater o Inter no gigante da Beira-Rio), e chegou a 56 pontos, entrando definitivamente na briga com Corinthians e Vasco pelo caneco. Se o Fluminense jogar nos outros cinco jogos o que jogou contra o Inter, e Corinthians e Vasco não reencontrarem o bom futebol, o Fluminense é capaz de aprontar o que aprontou o Flamengo em 2009 e comemorar o bi.
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Deivid marcou dois nos 5 a 1 contra a Raposa |
O Cruzeiro, após a goleada sofrida para o Flamengo, entrou pela primeira vez no campeonato na zona de rebaixamento. O time mineiro até deu pinta de que aprontaria pra cima do time da Gávea, mas terminou levando a virada e engolindo mais três gols depois, um deles numa patacoada absurda do excelente goleiro Fábio. As bruxas estão à solta na toca da Raposa.
O Ceará venceu o Avaí na Ressacada e mostrou força na briga pra fugir da série B. O Bahia fez um vira-vira espetacular pra cima do São Paulo e também respirou. O Atlético-PR venceu o bom time do Atlético-GO em casa e agora tem a mesma pontuação do Cruzeiro, 34 pontos. Ou seja, o Cruzeiro foi arrasado pelo Flamengo e ainda viu todos os seus adversários na briga pra fugir da B vencerem. A Raposa entra, assim, em situação dramática.
E o Palmeiras? O Palmeiras perdeu em casa para o Coritiba e está agora em 13º. Como muitos times da zona de rebaixamento venceram, inclusive o lanterna América, a degola chegou mais perto do Palmeiras. É improvável, mas os últimos resultados mostram que o Verdão precisa acender uma luzinha amarela na Academia. O próximo jogo do Palestra é contra o Grêmio no Olímpico. Diante do que vem jogando o time de Scolari, é difícil imaginar outro resultado que não uma vitória do Imortal. Dependendo dos outros resultados, o Palmeiras pode terminar a próxima rodada a apenas quatro pontos do Z4.
*Felipe Cabañas da Silva é autor do blog Versejar (poesia)
Atualizado às 20:18
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Santos 2 x 0 Botafogo
Esta semana, alguns santistas lembraram do fatídico título brasileiro ganho pelo Botafogo em 1995, no Pacaembu (eu e outros santistas estávamos lá), quando, com um empate em 1 a 1, sob arbitragem de Márcio Rezende de Freitas, o time carioca ganhou o Brasileirão. Esses santistas não vão jamais perdoar o Botafogo de Túlio e do goleiro Wágner por aquele jogo em que o Santos tinha jogadores que mereciam ser campeões, principalmente Giovanni, Marcelo Passos e o goleiro Edinho.
Outros da nação santista, os mais anticorintianos, chegaram a sugerir esta semana a hipótese de o Alvinegro da Vila amolecer para o time de Caio Júnior, que, se ganhasse, teria chegado à liderança do Brasileirão de 2011 e estaria um ponto à frente do Corinthians, faltando oito rodadas para o fim do campeonato.
Os amigos corintianos, por outro lado, estavam na expectativa: O Santos vai jogar ou entregar?
Como santista, não me identifico definitivamente com nenhuma das duas posições acima (contra o Botafogo ou contra o Corinthians). Porque o Santos hoje (ontem) tinha que jogar. E porque:
1) a culpa do roubo de 1995 não é do Botafogo. Havia um problema político entre Santos FC e CBF, que estava determinada a não deixar o Santos ser campeão. Eu perdôo o Botafogo de Garrincha e Nilton Santos, um time que foi tão grande e ganhou tão poucos títulos nacionais: apenas a Taça Brasil de 1968 e o Brasileiro de 1995, naquelas circunstâncias;
2) eu nunca consegui torcer contra o meu time, independentemente dos interesses de qualquer rival. Não vou torcer para o Santos perder do Botafogo para o Corinthians se dar mal. O problema de Botafogo e Corinthians não tem nada a ver com o Santos. O gol de Neymar hoje (ontem, pois já passa da meia-noite) já vale o ingresso. Gol de craque, de bico.
O Botafogo que resolva seus problemas, mas não na Vila Belmiro.
Veja os gols de Santos 2 x 0 Botafogo (preste atenção ao golaço de Neymar):
Outros da nação santista, os mais anticorintianos, chegaram a sugerir esta semana a hipótese de o Alvinegro da Vila amolecer para o time de Caio Júnior, que, se ganhasse, teria chegado à liderança do Brasileirão de 2011 e estaria um ponto à frente do Corinthians, faltando oito rodadas para o fim do campeonato.
Os amigos corintianos, por outro lado, estavam na expectativa: O Santos vai jogar ou entregar?
Como santista, não me identifico definitivamente com nenhuma das duas posições acima (contra o Botafogo ou contra o Corinthians). Porque o Santos hoje (ontem) tinha que jogar. E porque:
1) a culpa do roubo de 1995 não é do Botafogo. Havia um problema político entre Santos FC e CBF, que estava determinada a não deixar o Santos ser campeão. Eu perdôo o Botafogo de Garrincha e Nilton Santos, um time que foi tão grande e ganhou tão poucos títulos nacionais: apenas a Taça Brasil de 1968 e o Brasileiro de 1995, naquelas circunstâncias;
2) eu nunca consegui torcer contra o meu time, independentemente dos interesses de qualquer rival. Não vou torcer para o Santos perder do Botafogo para o Corinthians se dar mal. O problema de Botafogo e Corinthians não tem nada a ver com o Santos. O gol de Neymar hoje (ontem, pois já passa da meia-noite) já vale o ingresso. Gol de craque, de bico.
O Botafogo que resolva seus problemas, mas não na Vila Belmiro.
Veja os gols de Santos 2 x 0 Botafogo (preste atenção ao golaço de Neymar):
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Faltando dez rodadas, Brasileirão chega à reta final esvaziado pela CBF
Uma constatação paradoxal. Apesar de muita gente querer o fim dos campeonatos estaduais, estes são hoje – e em parte a Copa do Brasil – o momento em que o torcedor dos grandes times podem ver a força máxima, os craques, em campo.
O Campeonato Brasileiro, em tese, é o mais importante do país. Em tese. Na prática, fica espremido pelo calendário do segundo semestre, invadido por uma intolerável sequência de jogos da seleção brasileira, digo, balcão de negócios. A competição que deveria ser a coroação do futebol nacional é relegada pela CBF a uma quase desimportante e às vezes enfadonha sequência de jogos.
Neste domingo, a 28ª do Brasileiro, em sua reta final, com lutas renhidas em cima e em baixo da tabela, reservava um Flamengo x Fluminense empolgante, ambos lutando pelo G-4 e quiçá o título, e um Santos x Palmeiras sempre tradicional, com tabu em jogo, apenas para citar dois exemplos. Mas Neymar, Ronaldinho Gaúcho e Fred estão na seleção, assim como outros (Dedé do Vasco, Jeferson do Botafogo, Lucas do São Paulo).
Não à toa, com o calendário burro e (não tem outra explicação) mal intencionado, o Alvinegro da Vila não brilhou no Brasileirão das últimas duas temporadas, embora tenha levantado quatro títulos (dois paulistas, uma Copa do Brasil e a Libertadores) em 2010 e 2011. Os chefões da CBF preferem que o Brasileirão seja esvaziado e assim continuará. Na semana passada foi divulgado o calendário de 2012, que será igual ao deste ano. Em 2011, Neymar começou o ano, já em janeiro, na seleção sub-20, disputando pelo balcão de negocinhos o Sul-Americano da categoria. A maratona à qual o jovem craque é submetido é insana, mas o espetáculo (lucros da CBF, TV Globo etc) tem que continuar, não é mesmo?
E, por essas e outras, cada vez mais pessoas desprezam ou torcem contra o time que outrora se chamava Canarinho. O torcedor prefere seu clube, e os clubes são os maiores prejudicados pelo balcão de negócios que a CBF chama de seleção brasileira.
Corinthians líder
Não digo tudo para diminuir ou desmerecer a liderança conquistada pelo Corinthians após bater o bom time do Atlético Goianiense por 3 a 0, com a facilidade com que se tira o doce da mão de uma criança. Com a vitória corintiana e a derrota do Vasco para o Inter (3 a 0), o tropeço do Botafogo (2 a 2) ante o Bahia e o empate do São Paulo (3 a 3) com o Cruzeiro quarta-feira passada, o time do Parque São Jorge reassume a liderança em um momento chave. Só o Flamengo, que derrotou o Fluminense (3 a 2), que eu achava fora da briga semanas atrás, reentrou na briga.
Veja os gols da fácil vitória corintiana:
Os próximos jogos dos times que disputam o título, no meio de semana, são:
São Paulo x Internacional
Corinthians x Botafogo
Flamengo x Palmeiras
Atlético-PR x Vasco
Fluminense x Coritiba
A propósito, os clubes que têm atletas na seleção vão usá-los no dia seguinte a mais um amistoso (contra o México) sem a menor importância ou siginificado do time de Mano Menezes? Mas, enfim, deixando as consequências da politicalha de lado, o Corinthians (51 pontos) tem boa chance de aumentar a vantagem sobre Vasco (50), São Paulo (47) e Botafogo (46). O Flamengo, que pega o desmotivado Palmeiras, pode encostar, caso o Timão tropece no sempre perigoso Botafogo, que adora engrossar em São Paulo.
A julgar pela 28ª rodada, o Alvinegro do Parque São Jorge, caso aumente a vantagem na 29ª, já pode começar a ser apontado como favorito. Ou não?
Santos 1 x 0 Palmeiras e fim de tabu
E o Santos, finalmente, bateu o Palmeiras, a asa negra, após sete jogos. Desfalcados (o Peixe sem Neymar, Elano, Arouca, Felipe Anderson, Ganso e outros; o Verdão sem Valdívia, Kléber, Luan e Marcos), fizeram um jogo fraco. Mas não podia se esperar muito com o Santos cumprindo tabela e o Palmeiras quase isso. O time de Felipão, apático, não parece capz de reação a partir da derrota na Vila Belmiro.
A última vitória peixeira havia sido na semifinal do Paulista de 2009. Pelo Brasileirão, fazia cinco anos que o Alviverde não perdia do rival.
Aí abaixo, o 20° gol de Borges no Brasileiro, que acabou com o tabu
Atualizado às 15:20
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Foto: na seleção, não pegou Flu Foto: Wagner Carmo VIPCOMM |
O Campeonato Brasileiro, em tese, é o mais importante do país. Em tese. Na prática, fica espremido pelo calendário do segundo semestre, invadido por uma intolerável sequência de jogos da seleção brasileira, digo, balcão de negócios. A competição que deveria ser a coroação do futebol nacional é relegada pela CBF a uma quase desimportante e às vezes enfadonha sequência de jogos.
Neste domingo, a 28ª do Brasileiro, em sua reta final, com lutas renhidas em cima e em baixo da tabela, reservava um Flamengo x Fluminense empolgante, ambos lutando pelo G-4 e quiçá o título, e um Santos x Palmeiras sempre tradicional, com tabu em jogo, apenas para citar dois exemplos. Mas Neymar, Ronaldinho Gaúcho e Fred estão na seleção, assim como outros (Dedé do Vasco, Jeferson do Botafogo, Lucas do São Paulo).
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Craque enfrenta maratona insana Foto: Ricardo Saibun - Santos FC |
E, por essas e outras, cada vez mais pessoas desprezam ou torcem contra o time que outrora se chamava Canarinho. O torcedor prefere seu clube, e os clubes são os maiores prejudicados pelo balcão de negócios que a CBF chama de seleção brasileira.
Corinthians líder
Não digo tudo para diminuir ou desmerecer a liderança conquistada pelo Corinthians após bater o bom time do Atlético Goianiense por 3 a 0, com a facilidade com que se tira o doce da mão de uma criança. Com a vitória corintiana e a derrota do Vasco para o Inter (3 a 0), o tropeço do Botafogo (2 a 2) ante o Bahia e o empate do São Paulo (3 a 3) com o Cruzeiro quarta-feira passada, o time do Parque São Jorge reassume a liderança em um momento chave. Só o Flamengo, que derrotou o Fluminense (3 a 2), que eu achava fora da briga semanas atrás, reentrou na briga.
Veja os gols da fácil vitória corintiana:
Os próximos jogos dos times que disputam o título, no meio de semana, são:
São Paulo x Internacional
Corinthians x Botafogo
Flamengo x Palmeiras
Atlético-PR x Vasco
Fluminense x Coritiba
A propósito, os clubes que têm atletas na seleção vão usá-los no dia seguinte a mais um amistoso (contra o México) sem a menor importância ou siginificado do time de Mano Menezes? Mas, enfim, deixando as consequências da politicalha de lado, o Corinthians (51 pontos) tem boa chance de aumentar a vantagem sobre Vasco (50), São Paulo (47) e Botafogo (46). O Flamengo, que pega o desmotivado Palmeiras, pode encostar, caso o Timão tropece no sempre perigoso Botafogo, que adora engrossar em São Paulo.
A julgar pela 28ª rodada, o Alvinegro do Parque São Jorge, caso aumente a vantagem na 29ª, já pode começar a ser apontado como favorito. Ou não?
Santos 1 x 0 Palmeiras e fim de tabu
E o Santos, finalmente, bateu o Palmeiras, a asa negra, após sete jogos. Desfalcados (o Peixe sem Neymar, Elano, Arouca, Felipe Anderson, Ganso e outros; o Verdão sem Valdívia, Kléber, Luan e Marcos), fizeram um jogo fraco. Mas não podia se esperar muito com o Santos cumprindo tabela e o Palmeiras quase isso. O time de Felipão, apático, não parece capz de reação a partir da derrota na Vila Belmiro.
A última vitória peixeira havia sido na semifinal do Paulista de 2009. Pelo Brasileirão, fazia cinco anos que o Alviverde não perdia do rival.
Aí abaixo, o 20° gol de Borges no Brasileiro, que acabou com o tabu
Atualizado às 15:20
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sábado, 1 de outubro de 2011
Santos dá bobeira (de novo) e perde do Fluminense aos 50 do segundo tempo
Derrotas são sempre desagradáveis, mas a maneira como o Santos perdeu do Fluminense em Volta Redonda por 3 a 2 neste sábado foi lamentável (veja os gols no link ao fim deste post). O Tricolor foi a 44 pontos e, em 5° lugar, volta a brigar pelo título. O Peixe estagnou nos 35.
Com atuação inspirada, uma redundância dizer isso, o craque Neymar fez 1 a 0 após receber passe primoroso do goleiro Rafael, à la Rogério Ceni. O Flu empatou ainda na primeira etapa e virou na segunda.
Após ficar com um jogador a mais e a entrada de Rentería (que fez muito boa estreia) aos 32 do segundo tempo no lugar da completa nulidade que foi Elano, o time de Muricy voltou a empatar, aos 44. Faltando 8 minutos (o juiz deu 5 de acréscimo por conta de contusão do goleiro Diego Cavalieri), a possibilidade de o time da Vila virar para 3 a 2 no finzinho era clara. O Flu estava exausto e com um homem a menos, pedindo pelo amor de Deus para o jogo acabar.
Mas uma bola alçada sem perigo para o ataque, que o time carioca queria usar para gastar tempo, virou um escanteio desnecessário, tolo, não tenho certeza cedido por quem, mas acho que pelo lateral Éder Lima, que jogou no lugar de Léo, suspenso.
Na batida, a defesa santista passivamente assistiu ao gol de cabeça de Marcos Rosário para o Flu, aos 50 minutos. Foi um belo jogo, e registre-se a ótima atuação de Fred, principalmente no primeiro tempo. Mas, para os santistas, “uma merda de jogo”, como resumiu o amigo Olavo, do Escanteio Curto, por torpedo. Definição perfeita. Seja como for, o Tricolor carioca fez uma partida merecedora da vitória. Mas a história teria sido outra, não fosse Arouca ter perdido um gol feito quando o Alvinegro vencia por 1 a 0, ou Borges ter sido fominha numa bola que deveria ter tocado a Neymar, livre, quando estava 1 a 1.
A nota agradável fica por conta da estreia de Rentería, um jogador forte, que sabe fazer o pivô e também gols, difícil de marcar (jogando pelo Once Caldas, ele enfrentou e marcou um contra o próprio Santos pela Libertadores este ano). Com poucos minutos em campo, mostrou promissora e surpreendente sintonia com Neymar, de quem recebeu o passe para empatar em 2 a 2.
O que há com Elano?
Para não falar de Ibson, péssimo, que entrou no segundo tempo no lugar de Arouca, a nota negativa, mais uma vez, foi Elano (e não gosto de dizer isso, pois sou fã dele). Na verdade, o Santos jogou com 10 jogadores, porque o jogador não entrou em campo. Pior, ao rebater sem querer e de maneira bisonha uma bola no primeiro tempo, Elano deu de presente a bola para Fred, logo Fred, que tocou com maestria para Marquinho fazer o 1 a 1 para o Flu. O que acontece com Elano? Não consegue viver sem a Nivea Stelmann? É cachaça? Cigarro? Esqueceu seu futebol na Turquia? Não sei, só sei que ele tem que sair do time, infelizmente. E o meio de campo, sem Paulo Henrique Ganso, não tem criação. Tudo depende de Neymar. E o craque faz o que pode.
Palmeiras
Este post não poderia terminar sem uma nota: e o Palmeiras? O que acontece com o Palmeiras de Luiz Felipe Scolari que empatou com o lanterna América-MG em pleno Canindé lotado?
Na minha opinião, como se diz, o ciclo de Felipão do Palmeiras acabou.
Atualizado às 21:57
Reprodução
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Marquinho comemora com torcida primeiro gol |
Após ficar com um jogador a mais e a entrada de Rentería (que fez muito boa estreia) aos 32 do segundo tempo no lugar da completa nulidade que foi Elano, o time de Muricy voltou a empatar, aos 44. Faltando 8 minutos (o juiz deu 5 de acréscimo por conta de contusão do goleiro Diego Cavalieri), a possibilidade de o time da Vila virar para 3 a 2 no finzinho era clara. O Flu estava exausto e com um homem a menos, pedindo pelo amor de Deus para o jogo acabar.
Mas uma bola alçada sem perigo para o ataque, que o time carioca queria usar para gastar tempo, virou um escanteio desnecessário, tolo, não tenho certeza cedido por quem, mas acho que pelo lateral Éder Lima, que jogou no lugar de Léo, suspenso.
Na batida, a defesa santista passivamente assistiu ao gol de cabeça de Marcos Rosário para o Flu, aos 50 minutos. Foi um belo jogo, e registre-se a ótima atuação de Fred, principalmente no primeiro tempo. Mas, para os santistas, “uma merda de jogo”, como resumiu o amigo Olavo, do Escanteio Curto, por torpedo. Definição perfeita. Seja como for, o Tricolor carioca fez uma partida merecedora da vitória. Mas a história teria sido outra, não fosse Arouca ter perdido um gol feito quando o Alvinegro vencia por 1 a 0, ou Borges ter sido fominha numa bola que deveria ter tocado a Neymar, livre, quando estava 1 a 1.
A nota agradável fica por conta da estreia de Rentería, um jogador forte, que sabe fazer o pivô e também gols, difícil de marcar (jogando pelo Once Caldas, ele enfrentou e marcou um contra o próprio Santos pela Libertadores este ano). Com poucos minutos em campo, mostrou promissora e surpreendente sintonia com Neymar, de quem recebeu o passe para empatar em 2 a 2.
O que há com Elano?
Para não falar de Ibson, péssimo, que entrou no segundo tempo no lugar de Arouca, a nota negativa, mais uma vez, foi Elano (e não gosto de dizer isso, pois sou fã dele). Na verdade, o Santos jogou com 10 jogadores, porque o jogador não entrou em campo. Pior, ao rebater sem querer e de maneira bisonha uma bola no primeiro tempo, Elano deu de presente a bola para Fred, logo Fred, que tocou com maestria para Marquinho fazer o 1 a 1 para o Flu. O que acontece com Elano? Não consegue viver sem a Nivea Stelmann? É cachaça? Cigarro? Esqueceu seu futebol na Turquia? Não sei, só sei que ele tem que sair do time, infelizmente. E o meio de campo, sem Paulo Henrique Ganso, não tem criação. Tudo depende de Neymar. E o craque faz o que pode.
Palmeiras
Este post não poderia terminar sem uma nota: e o Palmeiras? O que acontece com o Palmeiras de Luiz Felipe Scolari que empatou com o lanterna América-MG em pleno Canindé lotado?
Na minha opinião, como se diz, o ciclo de Felipão do Palmeiras acabou.
Atualizado às 21:57
domingo, 18 de setembro de 2011
Santos abate o Timão no Pacaembu e quebra tabu de cinco anos
Corinthians não perdia do Peixe no Pacaembu desde 2006 e não era derrotado em clássicos no estádio há 17 partidas
Meus amigos corintianos que me desculpem, mas o 3 a 1 no Pacaembu ficou barato (veja gols abaixo). Com dez jogadores desde os vinte e poucos minutos do segundo tempo, o Santos, entretanto, poderia ter saído de São Paulo com uma goleada de quatro ou cinco a um fácil, não fosse Alan Kardec ter perdido no segundo tempo dois gols – depois de passes lindos de Neymar – que teriam matado o jogo antes. Mas Kardec se redimiria.
O primeiro tempo foi do Corinthians, que dominou o jogo, as ações e taticamente prevaleceu a partir do meio de campo, onde Ralf e Paulinho levaram a melhor sobre os volantes santistas Adriano e Henrique. Os buracos entre o meio campo e a intermediária santista eram claros. Aliás, os dois times tinham hoje meios de campo sem a menor criatividade. Ibson, que tem muito prestígio, não apareceu na primeira etapa. Mas a superioridade do alvinegro do Parque São Jorge, materializada com o gol de Liedson logo aos 12 minutos, foi insuficiente para sair para o intervalo ganhando, graças ao gol de Henrique aos 37, ao chutar de primeira, meio mascado, um rebote de escanteio batido por Neymar.
Curioso, mas apesar de o Santos ter jogado muito mal no primeiro tempo, da bola na trave que Liedson mandou quando ainda estava 1 a 0, me pareceu que bater a zaga corintiana estava fácil.
O Corinthians parece ter voltado ao segundo tempo abatido. Tentou pressionar, mas foi pressionado e antes de conseguir impor seu domínio diante da Fiel no Pacaembu lotado (37 mil pessoas), Borges desempatou ao escorar cruzamento de Alan Kardec. Ibson melhorou e encontrou o futebol cadenciado e elegante que o caracterizou no Flamengo. E Kardec mesmo puxou a bola que matou o Timão. Ao cruzar para Neymar, encontrou a perna de Chicão, que mandou para as próprias redes.
Corinthians 1 x 3 Santos. Indiscutível. O Corinthians não perdia do Santos no Pacaembu desde 2006 e não era derrotado em clássicos no estádio há 17 partidas.
Com a derrota, o Timão fica com 43 pontos, deixa a liderança e cai para terceiro lugar. Está atrás de Vasco (45 pontos) e São Paulo (44). O Peixe, com dois jogos a menos, tem 32 e ocupa a 11ª posição.
Veja os gols de Corinthians 1 x 3 Santos:
Atualizado à 00:21
Meus amigos corintianos que me desculpem, mas o 3 a 1 no Pacaembu ficou barato (veja gols abaixo). Com dez jogadores desde os vinte e poucos minutos do segundo tempo, o Santos, entretanto, poderia ter saído de São Paulo com uma goleada de quatro ou cinco a um fácil, não fosse Alan Kardec ter perdido no segundo tempo dois gols – depois de passes lindos de Neymar – que teriam matado o jogo antes. Mas Kardec se redimiria.
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Ricardo Saibun/ Divulgação Santos FC |
O primeiro tempo foi do Corinthians, que dominou o jogo, as ações e taticamente prevaleceu a partir do meio de campo, onde Ralf e Paulinho levaram a melhor sobre os volantes santistas Adriano e Henrique. Os buracos entre o meio campo e a intermediária santista eram claros. Aliás, os dois times tinham hoje meios de campo sem a menor criatividade. Ibson, que tem muito prestígio, não apareceu na primeira etapa. Mas a superioridade do alvinegro do Parque São Jorge, materializada com o gol de Liedson logo aos 12 minutos, foi insuficiente para sair para o intervalo ganhando, graças ao gol de Henrique aos 37, ao chutar de primeira, meio mascado, um rebote de escanteio batido por Neymar.
Curioso, mas apesar de o Santos ter jogado muito mal no primeiro tempo, da bola na trave que Liedson mandou quando ainda estava 1 a 0, me pareceu que bater a zaga corintiana estava fácil.
O Corinthians parece ter voltado ao segundo tempo abatido. Tentou pressionar, mas foi pressionado e antes de conseguir impor seu domínio diante da Fiel no Pacaembu lotado (37 mil pessoas), Borges desempatou ao escorar cruzamento de Alan Kardec. Ibson melhorou e encontrou o futebol cadenciado e elegante que o caracterizou no Flamengo. E Kardec mesmo puxou a bola que matou o Timão. Ao cruzar para Neymar, encontrou a perna de Chicão, que mandou para as próprias redes.
Corinthians 1 x 3 Santos. Indiscutível. O Corinthians não perdia do Santos no Pacaembu desde 2006 e não era derrotado em clássicos no estádio há 17 partidas.
Com a derrota, o Timão fica com 43 pontos, deixa a liderança e cai para terceiro lugar. Está atrás de Vasco (45 pontos) e São Paulo (44). O Peixe, com dois jogos a menos, tem 32 e ocupa a 11ª posição.
Veja os gols de Corinthians 1 x 3 Santos:
Atualizado à 00:21
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Domingo tem Corinthians x Santos,
o maior clássico paulista
Este ano, Timão e Peixe jogaram quatro vezes: uma vitória de cada um e dois empates. Mas o Santos ganhou a decisão do Paulistão
Clique na foto para ampliar
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Foto: Santos F. C./Divulgação |
Esta é uma semana de Corinthians x Santos, nessa ordem porque o mando é do time da capital, no Pacaembu.
Na minha opinião, esse é o maior clássico dos clássicos paulistas. Ao contrário dos corintianos da geração mais nova (hoje entre 20 e 30 anos, que têm no São Paulo F. C. o principal rival), para mim e minha geração, como para a geração do meu pai, Santos x Corinthians é o maior clássico paulista*, o mais cheio de histórias. Digo geração de meu pai, e não ele mesmo, porque seu Oswaldo é palmeirense, e não corintiano. Porém, foi ele quem me levou pela primeira vez ao estádio, num dia frio e de garoa de 1971, para ver Santos 1 x 1 Corinthians, com Pelé e Rivelino em campo. Não me lembro de nada, era muito criança, só do deslumbre, a magia de ver o campo verde e enorme.
Mas seu Arnaldo, que tem os mesmos 82 anos do meu pai, tripudiou com júbilo quando o seu Corinthians eliminou o Santos na semifinal do Paulistão 2001, com aquele gol espírita de Ricardinho, maledeto. No bar do Sony, na avenida Alfonso Bovero, no Sumarezinho
Esse (de 2001) é apenas um entre muitos fatos históricos do embate. Tem os 11 anos do Timão sem ganhar do Peixe; o gol de Paulo Borges que quebrou esse tabu; outro tabu, o de Robinho, que nunca perdeu para o rival; os
Mas não quero falar das ricas histórias do clássico dos alvinegros, pois me faltaria tempo hoje. Este post serve mais [para] lembrar os últimos confrontos entre os times, em 2010 e 2011.
Seguem, abaixo, os resultados dos dois períodos. Os linkados remetem às postagens neste blog dos respectivos duelos.
2011______________________________________
Paulistão - Primeira fase
Corinthians 3 x 1 Santos - Post: “Crônica de uma derrota anunciada” (mais um papelão de Adilson Batista, então técnico santista)
Paulistão - Primeira fase
Corinthians 3 x 1 Santos - Post: “Crônica de uma derrota anunciada” (mais um papelão de Adilson Batista, então técnico santista)
Paulistão - Finais
Corinthians 0 x 0 Santos
Santos 2 x 1 Corinthians (Santos de Neymar bate Corinthians e é campeão paulista)
Brasileirão 2011
Santos 0 x 0 Corinthians - Santos e Corinthians homenageiam Walter Abrahão na Vila, um dos piores confrontos entre os times de que me lembro.
Brasileirão 2011
Santos 0 x 0 Corinthians - Santos e Corinthians homenageiam Walter Abrahão na Vila, um dos piores confrontos entre os times de que me lembro.
2010______________________________________
Paulistão – primeira fase
Santos 2 x 1 Corinthians - Santos de Neymar e Marquinhos bate Corinthians de Felipe. Nesta partida, os jogadores do Timão saíram de campo revoltados e reclamando das atitudes dos meninos da Vila, ameaças de revide na próxima partida. Mas o Corinthians não foi nem classificado para as finais. Diante da grita e reclamações corintianas contra as dancinhas dos garotos, o chapéu de Neymar em Chicão com o jogo parado, José Trajano disse na ESPN Brasil: "O Santos está sendo acusado de jogar bonito".
Brasileirão 2010
Corinthians 4 x 2 Santos - “Tem que perguntar pra ele o que Dorival Junior quer fazer”
Santos 2 x 3 Corinthians - Com vitória na Vila Belmiro, Corinthians fica mais perto do título. Como se viu, o Timão chegou só perto do título, no ano do centenário.
*PS (atualizado às 15:25): Para ficar mais claro: para a maioria dos santistas, o clássico com o time do Parque São Jorge é o maior de todos. Para os corintianos, a maior rivalidade, entre as gerações mais jovens, varia. Para uns, é Palmeiras; mas, para a maioria dos corintianos, pelo que vejo, o arqui-rival é o São Paulo. Ao contrário das gerações anteriores de torcedores do Timão, que tinham no Santos o maior rival.
[atualizado à 01:43 de16/09]
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Corinthians ganha fôlego com triunfo convincente ante o Flamengo
Três rodadas atrás, ao final do primeiro turno, vaticinava eu: “Taça está entre Corinthians,Vasco, Botafogo e Flamengo”. Terminada a 22ª rodada, o Flamengo já saiu da lista, enquanto o São Paulo (41 pontos) está no calcanhar do líder Corinthians (43 pontos). Vasco (41, saldo de gols menor que o Tricolor) e Botafogo (40) formam o embolado G-4. Lembre-se que o Botafogo tem uma partida a menos (contra o Santos no mês de outubro) e seria líder hoje com uma hipotética vitória.
O convincente triunfo do Corinthians contra o Flamengo por 2 a 1 no Pacaembu deu novo fôlego e moral à equipe, e fez a roda girar de um extremo a outro: se tivesse perdido, o time de Tite estaria amargando o quarto lugar (atrás do Botafogo no saldo de gols) e de malas prontas rumo à crise. O que não faz uma vitória. Com ela, o Alvinegro lidera a competição na terceira rodada do returno. Mas tem uma sequência difícil pela frente: Fluminense (Engenhão), Santos (Pacaembu) e São Paulo (Morumbi).
Antes de continuar, para os amigos corintianos se deleitarem com minha imparcialidade, veja os gols de Corinthians 2 x 1 Flamengo (esse Liedson entende do negócio. Mas, convenhamos, o primeiro gol dele foi uma lambança do volante Willians e da zaga flamenguista como um todo, um verdadeiro presente de mãe).
Os próximos adversários do Botafogo serão Coritiba (Couto Pereira), Flamengo (Engenhão) e Grêmio (Olímpico).
O surpreendente Vasco da Gama terá Figueirense (f), Grêmio (c) e Atlético-GO (c).
E o imprevisível São Paulo encara nas próximas três rodadas o Grêmio (f), e na sequência dois alvinegros no Morumbi: Ceará e Corinthians.
Impressionante o mergulho do Flamengo de Vanderlei Luxemburgo: uma sequência de oito jogos (três empates e cinco derrotas) sem vitória. De 24 pontos disputados, apenas três ganhos e o adeus ao título. Os depoimentos flamenguistas ao final no jogo foram o gesto conhecido no boxe como "jogar a toalha".
Idário Café/Vipcomm
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Renato Abreu e Alessandro: batalha renhida |
Antes de continuar, para os amigos corintianos se deleitarem com minha imparcialidade, veja os gols de Corinthians 2 x 1 Flamengo (esse Liedson entende do negócio. Mas, convenhamos, o primeiro gol dele foi uma lambança do volante Willians e da zaga flamenguista como um todo, um verdadeiro presente de mãe).
Os próximos adversários do Botafogo serão Coritiba (Couto Pereira), Flamengo (Engenhão) e Grêmio (Olímpico).
O surpreendente Vasco da Gama terá Figueirense (f), Grêmio (c) e Atlético-GO (c).
E o imprevisível São Paulo encara nas próximas três rodadas o Grêmio (f), e na sequência dois alvinegros no Morumbi: Ceará e Corinthians.
Impressionante o mergulho do Flamengo de Vanderlei Luxemburgo: uma sequência de oito jogos (três empates e cinco derrotas) sem vitória. De 24 pontos disputados, apenas três ganhos e o adeus ao título. Os depoimentos flamenguistas ao final no jogo foram o gesto conhecido no boxe como "jogar a toalha".
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Reação espetacular do Santos e liderança do Corinthians
Isso é futebol. Vi atentamente o jogo Internacional x Santos realizado no Beira Rio até o Colorado fazer 3 a 0, aos 26 minutos do segundo tempo. Até então, o time da Vila era apático, perdendo o meio de campo, mal posicionado, deixando buracos enormes entre os setores defesa, meio e ataque. Quando o Inter fez o terceiro, deixei de prestar atenção ao jogo.
Mal sabia que a peleja tornar-se-ia histórica justamente a partir do terceiro gol gaúcho. Muricy havia feito uma revolução no time em campo, com as seguintes alterações: o atacante Alan Kardec no lugar do lateral Pará; o meia Felipe Anderson na vaga do volante Adriano; o jovem Crystian no lugar do lateral Léo.
Borges, o nome do jogo
Quando me dei conta, já estava 3 a 2, com gols de Borges, aos 31min, e Alan Kardec aos 35min da fase final, ao concluir grande jogada do próprio Borges pela direita. Voltei a prestar atenção, até Borges fazer o golaço aos 42.
A virada histórica só não aconteceu porque Neymar perdeu duas chances de matar o jogo quando o Inter do professor Dorival Júnior estava apavorado em campo: numa penetração pela esquerda, ao invés de cruzar, ele deu um toque a mais na bola com a perna direita antes de chutar mal com a esquerda; na segunda chance, poderia ter dado o quarto gol a Borges, mas preferiu chutar, e errou. Neymar jogou mal (coisa incomum) nesse empate histórico com o Inter em 3 a 3. Mas ele tem um crédito ainda imensurável com a camisa branca.
Taça está entre Corinthians,Vasco, Botafogo e Flamengo
A rodada premiou o Corinthians, que se manteve líder e chegou a 40 pontos ganhando do Grêmio por 3 a 2, a duras penas, com pênalti polêmico e expulsões (o time de Tite terminou o jogo com dois jogadores a menos – Liedson e Edenilson foram explusos – e o primeiro gol corintiano saiu de um pênalti que o juiz houve por bem, literalmente, inventar).
O Botafogo de Caio Júnior se destaca pela trajetória ascendente e o bom futebol. Bateu categoricamente o Palmeiras por 3 a 1 no Engenhão, subindo para a terceira posição. Com 37 pontos, continua a apenas três do Timão. O vice-líder Vasco (38 pontos) derrotou o Ceará por 3 a 1 e briga pelo título.
Com a derrota para o Fluminense por 2 a 1 no Morumbi, o São Paulo sai do G-4. O Flamengo perdeu em Florianópolis para o Avaí (3 a 2) e caiu para o 4° lugar.
Ao fim da primeira rodada do segundo turno do Brasileirão, a taça está na minha opinião destinada a Corinthians,Vasco, Botafogo ou Flamengo. O São Paulo de Adilson Batista, como o Palmeiras de Felipão, luta no máximo por uma vaga à Libertadores. Se essa avaliação se confirmar, o Rio de Janeiro tem três chances contra uma de ganhar o terceiro título brasileiro seguido. O Flamengo foi campeão em 2009 e o Fluminense em 2010.
Mal sabia que a peleja tornar-se-ia histórica justamente a partir do terceiro gol gaúcho. Muricy havia feito uma revolução no time em campo, com as seguintes alterações: o atacante Alan Kardec no lugar do lateral Pará; o meia Felipe Anderson na vaga do volante Adriano; o jovem Crystian no lugar do lateral Léo.
Borges, o nome do jogo
Quando me dei conta, já estava 3 a 2, com gols de Borges, aos 31min, e Alan Kardec aos 35min da fase final, ao concluir grande jogada do próprio Borges pela direita. Voltei a prestar atenção, até Borges fazer o golaço aos 42.
A virada histórica só não aconteceu porque Neymar perdeu duas chances de matar o jogo quando o Inter do professor Dorival Júnior estava apavorado em campo: numa penetração pela esquerda, ao invés de cruzar, ele deu um toque a mais na bola com a perna direita antes de chutar mal com a esquerda; na segunda chance, poderia ter dado o quarto gol a Borges, mas preferiu chutar, e errou. Neymar jogou mal (coisa incomum) nesse empate histórico com o Inter em 3 a 3. Mas ele tem um crédito ainda imensurável com a camisa branca.
Taça está entre Corinthians,Vasco, Botafogo e Flamengo
A rodada premiou o Corinthians, que se manteve líder e chegou a 40 pontos ganhando do Grêmio por 3 a 2, a duras penas, com pênalti polêmico e expulsões (o time de Tite terminou o jogo com dois jogadores a menos – Liedson e Edenilson foram explusos – e o primeiro gol corintiano saiu de um pênalti que o juiz houve por bem, literalmente, inventar).
O Botafogo de Caio Júnior se destaca pela trajetória ascendente e o bom futebol. Bateu categoricamente o Palmeiras por 3 a 1 no Engenhão, subindo para a terceira posição. Com 37 pontos, continua a apenas três do Timão. O vice-líder Vasco (38 pontos) derrotou o Ceará por 3 a 1 e briga pelo título.
Com a derrota para o Fluminense por 2 a 1 no Morumbi, o São Paulo sai do G-4. O Flamengo perdeu em Florianópolis para o Avaí (3 a 2) e caiu para o 4° lugar.
Ao fim da primeira rodada do segundo turno do Brasileirão, a taça está na minha opinião destinada a Corinthians,Vasco, Botafogo ou Flamengo. O São Paulo de Adilson Batista, como o Palmeiras de Felipão, luta no máximo por uma vaga à Libertadores. Se essa avaliação se confirmar, o Rio de Janeiro tem três chances contra uma de ganhar o terceiro título brasileiro seguido. O Flamengo foi campeão em 2009 e o Fluminense em 2010.
domingo, 28 de agosto de 2011
Corinthians termina primeiro turno como líder. Mas faltam 19 rodadas
Após a rodada de encerramento do primeiro turno, com vários clássicos estaduais, Timão perde o derby mas é líder. Santos e São Paulo ficam no empate. Grêmio bate o Inter e o Galo ruma para o abismo. Veja os gols de Santos 1 x 1 São Paulo e Palmeiras 2 x 1 Corinthians abaixo.
Clique na tabela para ampliar
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Print do Cartão Laranja |
Santos 1 x 1 São Paulo foi um jogo (o que vi no domingo) menos empolgante do que pareceu que seria no início. Mas isso porque jogar com o São Paulo não é fácil. A tática do time do Jardim Leonor na primeira metade do primeiro tempo foi bater, uma tática de timinho. Tanto que aos 15 minutos do primeiro tempo já tinha dois cartões amarelos, embora merecesse mais. Aos 29, Carlinhos Paraíba já era expulso, por jogo violento (dois amarelos). Mesmo com um jogador a mais a partir daí, o Santos não conseguiu impor o fator casa e, graças ao talento de Lucas, terminou a primeira etapa perdendo de 1 a 0.
No segundo tempo, quando tudo parecia indicar a vitória são-paulina, Paulo Henrique Ganso – que não jogara rigorosamente nada até então – empatou o jogo num petardo que entrou no ângulo de Rogério Ceni. O 1 a 1 final foi justo.
Grande jogo foi Fluminense 1 x 2 Botafogo, no sábado, que vi. Quinto colocado, apenas três pontos atrás do Corinthians, o time de General Severiano é uma boa surpresa, principalmente porque está não apenas ganhando como jogando um futebol insinuante, rápido e inteligente, com Renato organizando o meio campo e Loco Abreu comandando a linha de frente. Vasco e Flamengo ficaram no 0 a 0, em partida marcada pelo grave problema sofrido por Ricardo Gomes.
Grêmio 2 x 1 Internacional, nenhuma surpresa. Diziam que o Inter era favorito, o que é um equívoco, pois nem mesmo o maior rival do Grêmio pode ser considerado favorito no Olímpico. Deu a lógica.
E Atlético-MG 1 x 2 Cruzeiro também foi lógico, e só mostrou que o Galo caminha a passos largos e resolutos para a segunda divisão.
No clássico catarinense, Figueirense 2 x 3 Avaí. E no clássico nordestino, Ceará 3 x 0 Bahia.
Sobre a liderança do Corinthians ao fim do primeiro turno, uma palavra. Desde que o Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos, em 2003, foram oito campeonatos. Em seis deles os “campeões” da primeira fase garantiram a taça no final: Cruzeiro (2003), Santos (2004), Corinthians (2005), São Paulo (2006 e 2007) e Fluminense (2010). Apenas São Paulo e Flamengo, campeões em 2008 e 2009, não terminaram o primeiro turno na liderança. Grêmio e Internacional, respectivamente, eram os líderes ao fim da metade inicial naquelas temporadas.
Veja os gols de Santos 1 x 1 São Paulo
Atualizado à 01:00
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sábado, 13 de agosto de 2011
No Serra Dourada, Santos dá vexame, perde de 2 a 0 e toma "olé" da torcida atleticana
Em sete partidas fora de casa pelo Campeonato Brasileiro de 2011, time da Vila coleciona seis derrotas e um empate
Como após o tricampeonato da Libertadores, continuo achando que a torcida do Santos não tem do que reclamar em 2011, ano em que, como 2010, o time ganhou tudo no primeiro semestre e entrou de férias no segundo. Este ano, o Paulista e a Libertadores; na temporada passada, estadual e Copa do Brasil. Quatro títulos em dois anos não é pouca coisa.
Só que, com todo o respeito, ao levar 2 a 0 e terminar uma partida contra o fraco Atlético-GO tomando “olé” da torcida, após mais uma apresentação abaixo da crítica, vergonhosa mesmo, começa a extrapolar os limites. A derrota do Alvinegro foi a sexta do time de Muricy em sete partidas fora de casa no Brasileiro! Há muito tempo o Santos não tem uma estatística tão ruim. Perdeu de Botafogo, Figueirense, Palmeiras, Atlético-PR, Vasco e Atlético-GO. Longe de seus domínios, o time conseguiu um mísero pontinho, contra o Cruzeiro.
Apatia do time, do craque e do técnico
O que preocupa é a clara apatia do time. “Nós não podemos achar que o ano acabou”, disse o lateral Léo depois do vexame no Serra Dourada. Até Muricy Ramalho está apático, quase o tempo todo sentado no banco, quieto. Por quê? E Neymar, que mesmo quando joga mal joga bem, hoje esteve apagado. Preocupante.
A partida contra o Atlético Goianiense, que marcou muito bem no primeiro tempo e arriscou mais no segundo, foi tecnicamente fraquíssima. Um duelo de segunda divisão. No primeiro tempo, se arrastou enfadonhamente. A bola não chegou a Borges em nenhum momento enquanto ele esteve em campo. Paulo Henrique Ganso continua irreconhecível, sem vontade, errando passes fáceis. Sem armação, o time dependeu da penetração do bravo Arouca, esforçado mas igualmente errando passes de três metros. O volante Henrique nem marcou bem nem apoiou.
Falta de ousadia
Muricy realmente não consegue ser ousado (o que irritava muitos são-paulinos, lembre-se), e por isso tem responsabilidade, sim, sobre a situação constrangedora que vive o Santos hoje. Sem Elano, preferiu encher o meio de campo com três volantes, Henrique, Arouca e Adriano, o que é um "desagero" (como diria minha avó) contra um adversário como o glorioso Atlético-GO. Ponto. E não adianta dizer que Arouca jogou mais avançado, porque não é a dele. Tinha o jovem e talentoso meia Felipe Anderson no banco, e o treinador só o colocou em campo após sofrer 2 a 0. Muricy também não gostava de colocar Alan Patrick em campo, outro meia que, vendido para o Shakhtar Donetsk, foi uma grande perda para o time neste semestre.
Tirar Borges para pôr Alan Kardec foi uma alteração tão infeliz que, simbolicamente, no momento em que a substituição era feita os goianos anotaram o segundo tento (observe isso no vídeo dos gols do jogo, acima). Não que Alan Kardec não mereça chances, é um bom jogador, mas o problema não era Borges, que não apareceu porque a bola não chegou.
Com 15 pontos, o Santos caiu para a 15ª posição, embora ainda deva dois jogos adiados.
Realmente não considero a hipótese de o Santos cair para a segunda divisão. Mas essa situação estranha está começando a incomodar os torcedores mais tolerantes.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Santos e Corinthians homenageiam Walter Abrahão na Vila
A coisa mais importante sobre o triste episódio acontecido na Vila Belmiro nesta quarta-feira entre Santos e Corinthians é registrar que, na última segunda, 8 de agosto, morreu o narrador Walter Abrahão, aos 80 anos.
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A bola ficou mais no ar do que no chão Foto: Ricardo Saibun/ Santos FC |
Quando um jogo terminava assim, sem a pelota balançar as redes, Abrahão dizia: “OXO, senhores”. “Walter Abrahão faz parte da infância, da adolescência e da juventude de algumas gerações de brasileiros”, como escreveu Juca Kfouri em seu blog. Já vi muitos 0 a 0 eletrizantes. O OXO (pronuncia-se 'ôxo') de Walter Abrahão não era isso, era mais do que um jogo sem gols, era um duelo sem emoção, sem bola na trave, sem polêmica, sem futebol, um anti-duelo como o de hoje na Vila.
Tudo bem, o Santos jogou sem Neymar, Ganso e Danilo e o Corinthians, desfalcado de Ralf, Jorge Henrique, Liedson e Julio Cesar. Mas nem isso é desculpa para o indisfarçável faz-de-conta de compadres apresentado hoje no palco verde da Vila mais famosa do mundo. Do lado santista, já está virando motivo de apostas o momento em que Muricy Ramalho fará substituições. Todo mundo sabe que antes dos 30 do segundo tempo nada acontece. Ganha quem acertar o minuto após os 30.
O meia-atacante Diogo permaneceu sendo uma nulidade até os 34 do segundo tempo, quando finalmente saiu para a entrada do bravo volante Adriano. Ibson ainda não se sabe se entrou em campo pelo Santos desde que “estreou” contra o Flamengo, dia 27 de julho. O volante Henrique (por que não Adriano?), fraco na marcação e pior ainda no apoio, ficou 90 minutos em campo.
Do lado corintiano, a tática foi dirigida para conquistar o heróico 0 a 0. Tarefa alcançada, o Timão agora é líder, com os mesmos 33 pontos do Flamengo, mas com uma vitória a mais. Do lado santista, o suado pontinho levou o time aos 15 pontos, suficientes para chegar ao 14° lugar, ultrapassando Atlético-MG e Grêmio nos critérios de desempate.
Seleção de Mano apanha da Alemanha
Enquanto isso, o destaque da seleção de Mano Menezes que perdeu da Alemanha por 3 a 2, em Stuttgart, foi o lateral esquerdo André Santos, do empresário Carlos Leite, ligado a Mano. Pura coincidência, não é mesmo? O lateral esquerdo perdeu de modo bizarro uma bola que acabou no belo gol de Schweinstegger, o terceiro dos alemães.
A derrota de 3 a 2 foi caiu do céu para o balcão de negócios da CBF, quero dizer, para a seleção brasileira. Poderia ter sido uma goleada. Com a seleção, Mano Menezes não ganhou nada até agora. Foi derrotado por Argentina e França, empatou com a Holanda, caiu diante do Paraguai nos pênaltis na Copa América e hoje sucumbiu diante do bom time germânico.
Ainda assim, Neymar fez um gol típico, o segundo. Deixaram o moleque dominar, gol. O primeiro foi de Robinho, de pênalti.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Se deixarem, o Flamengo escapa e ninguém mais alcança
Demorou, mas o Campeonato Brasileiro começa a pegar, depois de 15 rodadas, com mais de um terço dos 38 jogos previstos já disputados.
O Flamengo do redivivo Vanderlei Luxemburgo lidera com 33 pontos, seguido pelo Corinthians com 32. Curiosamente, a esta altura do Brasileirão de 2010, também após 15 rodadas, o líder era o Fluminense de Muricy Ramalho, com os mesmos 33 pontos (o Flu, como se sabe, veio a ser campeão), enquanto o Timão era, como hoje, vice, com 31. Ou seja, o Alvinegro este ano faz, até o momento, uma campanha um ponto inferior à de 2010.
Logo atrás de Flu e Corinthians, entre os times que completavam o
G-4 passadas as primeiras 15 rodadas no ano passado, vinham Botafogo (que terminou em 6°) e o surpreendente Ceará (que estava em 4° e foi parar no 12° lugar ao término do campeonato). Este ano, São Paulo (31 pontos) e Vasco da Gama (27) completam o G-4. Mas, com os mesmos 27 pontos, o Palmeiras, em 5°, iria à Libertadores porque o Vasco vai como campeão da Copa do Brasil*.
A verdade é que, pelo andar da carruagem, o Flamengo se credencia, hoje, como favorito. Não só pela liderança, mas porque o bem armado time de Luxemburgo ainda conta com alguns jogadores que fazem a diferença (o goleiro Felipe, o lateral Léo Moura, o meia Thiago Neves e, claro, Ronaldinho Gaúcho, que tem decidido sistematicamente). Além de tudo, é líder.
O pior, para os adversários, é que Vanderlei, com o Rubro-negro, reencontrou a chamada química e parece estar mais focado no futebol e no que melhor sabe fazer. Não foi à toa que Santos e Flamengo fizeram o melhor jogo do campeonato (relembre aqui). A zaga de seu time ainda vai receber o reforço de Alex Silva (ex-São Paulo). Se deixarem o Flamengo escapar muito, ninguém mais o pegará.
Seleção esvazia Santos x Corinthians
Por falar em Corinthians, nesta quarta-feira, 10 de agosto, tem o clássico com o Santos na Vila Belmiro. Partida muito importante para ambos, o Alvinegro da capital porque disputa a liderança (um empate lhe devolve o 1° lugar), e o da baixada porque precisa sair do 16° lugar (14 pontos) e subir para mais perto de onde deve estar (com a ressalva de que o Peixe tem três jogos a menos). Reconheço ser difícil a esta altura o Peixe focar o Brasileiro, infelizmente, pois o time de Muricy tinha tudo para brigar pelo título. Seja como for, o clássico poderia ser eletrizante, não fosse a seleção brasileira.
Desculpem a sinceridade, mas essa maldita seleção mais uma vez tira do Santos suas principais estrelas, num clássico. Neymar e Paulo Henrique Ganso enfrentam a Alemanha na mesma quarta-feira, em amistoso. Elano não foi convocado (pelo menos isso) e pega o Corinthians, do qual Mano Menezes convocou o volante Ralf. É estranho, mas parece que hoje tem muito mais jogos de seleções do que antigamente. Mal acaba a Copa América e já tem jogo dessa
m#*°* outra vez.
Vou torcer para a seleção de Mano Menezes e Ricardo Teixeira tomar um chocolate da Alemanha.
Atualizado às 13:36
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Gaúcho, decisivo - Foto: Alexandre Loureiro/VIPCOMM |
Logo atrás de Flu e Corinthians, entre os times que completavam o
G-4 passadas as primeiras 15 rodadas no ano passado, vinham Botafogo (que terminou em 6°) e o surpreendente Ceará (que estava em 4° e foi parar no 12° lugar ao término do campeonato). Este ano, São Paulo (31 pontos) e Vasco da Gama (27) completam o G-4. Mas, com os mesmos 27 pontos, o Palmeiras, em 5°, iria à Libertadores porque o Vasco vai como campeão da Copa do Brasil*.
A verdade é que, pelo andar da carruagem, o Flamengo se credencia, hoje, como favorito. Não só pela liderança, mas porque o bem armado time de Luxemburgo ainda conta com alguns jogadores que fazem a diferença (o goleiro Felipe, o lateral Léo Moura, o meia Thiago Neves e, claro, Ronaldinho Gaúcho, que tem decidido sistematicamente). Além de tudo, é líder.
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Foto: Maurício Val/VIPCOMM |
Seleção esvazia Santos x Corinthians
Por falar em Corinthians, nesta quarta-feira, 10 de agosto, tem o clássico com o Santos na Vila Belmiro. Partida muito importante para ambos, o Alvinegro da capital porque disputa a liderança (um empate lhe devolve o 1° lugar), e o da baixada porque precisa sair do 16° lugar (14 pontos) e subir para mais perto de onde deve estar (com a ressalva de que o Peixe tem três jogos a menos). Reconheço ser difícil a esta altura o Peixe focar o Brasileiro, infelizmente, pois o time de Muricy tinha tudo para brigar pelo título. Seja como for, o clássico poderia ser eletrizante, não fosse a seleção brasileira.
Desculpem a sinceridade, mas essa maldita seleção mais uma vez tira do Santos suas principais estrelas, num clássico. Neymar e Paulo Henrique Ganso enfrentam a Alemanha na mesma quarta-feira, em amistoso. Elano não foi convocado (pelo menos isso) e pega o Corinthians, do qual Mano Menezes convocou o volante Ralf. É estranho, mas parece que hoje tem muito mais jogos de seleções do que antigamente. Mal acaba a Copa América e já tem jogo dessa
m#*°* outra vez.
Vou torcer para a seleção de Mano Menezes e Ricardo Teixeira tomar um chocolate da Alemanha.
Atualizado às 13:36
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Flamengo faz 5 a 4 sobre o Santos
na Vila Belmiro, em partida antológica
Santos 4 x 5 Flamengo, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro. Um dos jogos mais incríveis que vi nos últimos anos (veja os nove gols em link abaixo). O Santos fez 3 a 0 e levou o empate ainda no primeiro tempo, que acabou 3 a 3. Com Neymar dando show, fazendo gol de placa, servindo o camisa nove Borges, o santista se perguntou: como pode tomar tantos gols e pôr a perder o trabalho de um ataque fulminante como esse? (leia-se: Neymar).
Em 23 de maio, postei um texto no blog intitulado: “Começa o Brasileirão 2011. Com leve favoritismo de Flamengo e Santos”, que você pode ler aqui.
A vitória do Flamengo de Vanderlei Luxemburgo sobre o Santos de Muricy Ramalho, da maneira como foi, nessa partida antológica, um jogo espetacular, só confirma aquele post. Acho que o Flamengo hoje é favorito ao título.
Ganso e Elano, péssimos
Pelos lados do time da Vila Belmiro, campeão paulista e da Libertadores em 2011, as constatações mais óbvias são, além da atuação maravilhosa de Neymar, as lamentáveis performances de Elano e Paulo Henrique Ganso, com duas ressalvas: Elano deu grande passe para Borges fazer o primeiro gol, e Ganso outro para Neymar invadir a área e dar uma puxeta, para Borges fazer o segundo.
Fora os lances citados, ambos os meias fizeram péssimo jogo, com erros de passes intermináveis e infantis no crucial setor do meio campo. Foram deles os dois lances decisivos que deram a vitória ao Flamengo: Elano perdeu de maneira bisonha o pênalti que faria Santos 4 a 2 ao fim do primeiro tempo, que acabou 3 a 3; e Ganso perdeu infantilmente a bola que redundou no quinto gol do time carioca. Elano saiu merecidamente vaiado e Paulo Henrique deve estar com a cabeça no Paris Saint Germain.
Não deu para entender, no jogo, a avenida Léo pela lateral esquerda do Santos. Leonardo Moura, o melhor lateral direito do país, jogou à vontade pelo setor.
Muricy está numa situação difícil, porque tem de tirar do time, urgentemente, Paulo Henrique, porque não quer mais jogar no Santos, e Elano, por deficiência técnica. Muricy vai ter peito para isso?
E palmas a Ronaldinho Gaúcho. Fez um jogo animal. Fez a diferença . Fez três gols, sendo um deles (o quarto do Flamengo, de falta) um golaço. Foi um jogo de golaços e Neymar marcou um gol de placa.
Confira os gols:
Em 23 de maio, postei um texto no blog intitulado: “Começa o Brasileirão 2011. Com leve favoritismo de Flamengo e Santos”, que você pode ler aqui.
A vitória do Flamengo de Vanderlei Luxemburgo sobre o Santos de Muricy Ramalho, da maneira como foi, nessa partida antológica, um jogo espetacular, só confirma aquele post. Acho que o Flamengo hoje é favorito ao título.
Ganso e Elano, péssimos
Pelos lados do time da Vila Belmiro, campeão paulista e da Libertadores em 2011, as constatações mais óbvias são, além da atuação maravilhosa de Neymar, as lamentáveis performances de Elano e Paulo Henrique Ganso, com duas ressalvas: Elano deu grande passe para Borges fazer o primeiro gol, e Ganso outro para Neymar invadir a área e dar uma puxeta, para Borges fazer o segundo.
Fora os lances citados, ambos os meias fizeram péssimo jogo, com erros de passes intermináveis e infantis no crucial setor do meio campo. Foram deles os dois lances decisivos que deram a vitória ao Flamengo: Elano perdeu de maneira bisonha o pênalti que faria Santos 4 a 2 ao fim do primeiro tempo, que acabou 3 a 3; e Ganso perdeu infantilmente a bola que redundou no quinto gol do time carioca. Elano saiu merecidamente vaiado e Paulo Henrique deve estar com a cabeça no Paris Saint Germain.
Não deu para entender, no jogo, a avenida Léo pela lateral esquerda do Santos. Leonardo Moura, o melhor lateral direito do país, jogou à vontade pelo setor.
Muricy está numa situação difícil, porque tem de tirar do time, urgentemente, Paulo Henrique, porque não quer mais jogar no Santos, e Elano, por deficiência técnica. Muricy vai ter peito para isso?
E palmas a Ronaldinho Gaúcho. Fez um jogo animal. Fez a diferença . Fez três gols, sendo um deles (o quarto do Flamengo, de falta) um golaço. Foi um jogo de golaços e Neymar marcou um gol de placa.
Confira os gols:
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domingo, 17 de julho de 2011
Adiós
Paraguai elimina Brasil de Mano Menezes da Copa América. 120 minutos de bola rolando mais quatro pênaltis... E nada da bola entrar
Agora eu pergunto: para a torcida e o time do Santos, está mal que Elano, Neymar e Paulo Henrique estejam de volta já nesta semana, esperando obviamente que os dois últimos continuem na Vila? Não, não está.
Para a o São Paulo, o retorno de Lucas não vai fazer diferença? Vai.
E assim, com a queda do Brasil ante o Paraguai nos pênaltis, o Brasileirão 2011 vai começar a pegar. Quanto à seleção, foi algo incrível que em 90 minutos de bola rolando, 0 a 0, mais uma série de pênaltis (2 a 0 contra), o time não tenha feito a bola entrar no gol uma única e miserável vez! Sinceramente, não tenho dados agora, mas isso deve ser inédito em se tratando da “amarelinha”.
“O Mano continua como técnico da seleção”, já anunciou o cartola-mor, Ricardo Teixeira. Não tenho simpatia pelo futebol e pelo tipo do Mano Menezes, não entendo certas insistências estranhas como André Santos na lateral esquerda. Neymar não foi brilhante, mas se movimentou, procurou jogo, apanhou, perdeu gols, infernizou os paraguaios.
Para colocar Fred, deveria ter tirado Pato, que foi muito mal, e não Neymar, como fez o treinador aos 34 do segundo tempo. Fred nada acrescentou. Depois, já na prorrogação, Menezes ainda tirou Ganso para colocar Lucas, que deveria entrar, sim, mas no lugar do inoperante Alexandre Pato mesmo. Sem Ganso, o time perdeu a criatividade no meio campo. Ficou um time bruto. E, depois de muito hesitar, o técnico finalmente mandou Elano a campo, no lugar do namorado da Barbara Berlusconi.
Robinho jogou muito, foi o melhor do time brasileiro. Ramires até que foi bem, mas o time não ficaria melhor com Elano ou mesmo Hernanes, que nem foi convocado? E Maicon pela direita? É tão voluntarioso quanto grosso. Não é ele nem Daniel Alves o cara da posição para 2014. O ciclo de Fred, se é que houve, acabou. O de Lúcio está no fim.
A filosofia da marcação
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Goleiro paraguaio Justo Villar comemora |
Com todo esse monte de ressalvas, porém, seja dado um desconto a Mano Menezes pela desclassificação, em nome do imponderável no futebol, que fez com que algumas bolas não entrassem porque “deus não quis”, como se diz. Bolas de Pato, de Neymar, de Lúcio, de André Santos, de Ganso que mandou na trave, só pra mencionar algumas. Dado o desconto, é finita a competição para nosotros.
Finda para brasilenõs e argentinos, a Copa América de 2011 tem agora um favorito: o Uruguai.
PS: Se você quer saber algumas piadas sobre a desclassificação brasileira, é só ir aos comentários deste post.
*Atualizado à 00:33 (19/07)
domingo, 10 de julho de 2011
Palmeiras ganha fácil do Santos por 3 a 0
No fim do primeiro tempo, com gols de Maikon Leite, aos 21min, Mauricio Ramos, aos 29min, e Patrik, aos 45, o Alviverde já tinha liquidado a partida pelo Brasileirão 2011 (Para saber sobre jogo mais recente pelo Paulistão 2012, clique aqui)
Num clima ainda de pós-Libertadores, sem as estrelas do time campeão continental, o Santos levou uma lambada de 3 a 0 do Palmeiras no Pacaembu neste domingo, 10, e o time alviverde segue fazendo jus ao estigma de asa negra do time da Vila. O Peixe não ganha do Palmeiras agora há sete jogos, desde 18 de abril de 2009 (semifinal do Paulistão), quando eliminou o rival do estadual ao ganhar por 2 a 1. O Palestra não perde do Santos pelo Campeonato Brasileiro desde 2006, quando o Alvinegro fez 5 a 1 na Vila Belmiro.
No jogo de hoje, o Santos não teve meio de campo nem ataque. O goleiro Marcos praticamente assistiu à partida. Além dos desfalques cedidos à lamentável seleção brasileira de Mano Menezes, o Santos ainda não contou com o volante Adriano, contundido, e foi um arremedo do time campeão da Libertadores. Diogo (e depois Tiago Alves) e Rychely (depois Roger) foram absolutamente nulos, sombras de jogadores para atuar sequer como reservas do Santos. São muito ruins. Fora a falta de qualidade técnica desses jogadores, tem ainda o peso de atuar num time cujos titulares são Elano, Ganso e Neymar.
No Palmeiras, a ausência de Kleber acabou sendo bem resolvida por Maikon Leite, um jogador rápido, que pode desequilibrar na infiltração e no drible, como fez no primeiro gol. Patrik jogou muito bem no lugar do criticado e apático Lincoln e fez o golaço que surgiu graças a uma falha bisonha do sempre comprometedor Rodrigo Possebon (vejam a jogada do terceiro gol, abaixo). Luan fez uma partida inspirada, sendo dele as jogadas do primeiro (passe a Maikon Leite) e terceiro gols alviverdes.
Com a vitória, o Palmeiras vai ao G-4, em quarto lugar, com 18 pontos, 4 atrás do Corinthians, líder até aqui. E o Santos, com 8 pontos e dois jogos a menos, está em 16°. Como as duas partidas que o time da Vila deve são contra Fluminense e Corinthians em casa (supõe-se que ambos na Vila Belmiro), o Peixe pode chegar a 14 pontos, o que hoje lhe colocaria entre o sexto e o sétimo lugar, oito atrás do líder Corinthians. Não está tão mal. O campeonato só está no começo.
Num clima ainda de pós-Libertadores, sem as estrelas do time campeão continental, o Santos levou uma lambada de 3 a 0 do Palmeiras no Pacaembu neste domingo, 10, e o time alviverde segue fazendo jus ao estigma de asa negra do time da Vila. O Peixe não ganha do Palmeiras agora há sete jogos, desde 18 de abril de 2009 (semifinal do Paulistão), quando eliminou o rival do estadual ao ganhar por 2 a 1. O Palestra não perde do Santos pelo Campeonato Brasileiro desde 2006, quando o Alvinegro fez 5 a 1 na Vila Belmiro.
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Golaço de Patrik, após falha de Possebon/Reprodução |
No jogo de hoje, o Santos não teve meio de campo nem ataque. O goleiro Marcos praticamente assistiu à partida. Além dos desfalques cedidos à lamentável seleção brasileira de Mano Menezes, o Santos ainda não contou com o volante Adriano, contundido, e foi um arremedo do time campeão da Libertadores. Diogo (e depois Tiago Alves) e Rychely (depois Roger) foram absolutamente nulos, sombras de jogadores para atuar sequer como reservas do Santos. São muito ruins. Fora a falta de qualidade técnica desses jogadores, tem ainda o peso de atuar num time cujos titulares são Elano, Ganso e Neymar.
No Palmeiras, a ausência de Kleber acabou sendo bem resolvida por Maikon Leite, um jogador rápido, que pode desequilibrar na infiltração e no drible, como fez no primeiro gol. Patrik jogou muito bem no lugar do criticado e apático Lincoln e fez o golaço que surgiu graças a uma falha bisonha do sempre comprometedor Rodrigo Possebon (vejam a jogada do terceiro gol, abaixo). Luan fez uma partida inspirada, sendo dele as jogadas do primeiro (passe a Maikon Leite) e terceiro gols alviverdes.
Com a vitória, o Palmeiras vai ao G-4, em quarto lugar, com 18 pontos, 4 atrás do Corinthians, líder até aqui. E o Santos, com 8 pontos e dois jogos a menos, está em 16°. Como as duas partidas que o time da Vila deve são contra Fluminense e Corinthians em casa (supõe-se que ambos na Vila Belmiro), o Peixe pode chegar a 14 pontos, o que hoje lhe colocaria entre o sexto e o sétimo lugar, oito atrás do líder Corinthians. Não está tão mal. O campeonato só está no começo.
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