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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

De volta à segunda divisão


Dez anos depois de cair pela primeira vez, Palmeiras é rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro

Reprodução
Incredulidade: o sentimento palmeirense

Por Paulo Maretti

Sob o comando de Luiz Felipe Scolari até a 24ª. rodada, o time, com elenco limitado, optou por priorizar o mata-mata do primeiro semestre e “deixar pra lá” o começo da competição nacional, acreditando que facilmente poderia reverter eventuais adversidades. Ou, em uma segunda hipótese, Felipão preferiu ficar com as honras do título da Copa do Brasil e abandonar o barco no meio do caminho do Brasileiro para que o contrapeso do título não lhe recaísse sobre as costas e não manchasse seu currículo de grife milionária (a versão de que ele foi demitido é a oficial, mas há quem diga que houve acordo entre as partes).

O técnico agora processa Edmundo por este tê-lo acusado, em comentário na Band, de fazer negócios paralelos com empresários ligados a jogadores do São Caetano, em particular, um tal de Magrão, genro do presidente do Azulão e amigo de Galeano, ex-supervisor de futebol do Palmeiras.

Lembrando o episódio envolvendo o bom meia Pedro Carmona, da base do clube: durante a gestão de Felipão, o Palmeiras recebeu proposta de um clube japonês pelo jogador. De malas prontas para embarcar, a negociação do jovem atleta foi barrada por Scolari, sob a alegação de que o jogador fazia parte de seus planos. Depois disso, o técnico nunca o pôs em campo antes dos 35 do segundo tempo. E o garoto acabou negociado, a preço de banana, com o São Caetano: “O Carmona vai para o São Caetano e vai ser vendido por lá, tem outros vários jogadores do São Caetano caindo de paraquedas aqui. Eu não posso afirmar nada, mas tudo isso é estranho”, disse na ocasião Seraphim Del Grande, ex-diretor de futebol do Palmeiras.

Sobre as pífias administrações que levaram o clube à série B (a primeira de Mustafá Contursi e agora de Arnaldo Tirone, um fantoche dele), não vou ficar repetindo o que todos já sabem. A boa notícia para os palmeirenses é que, com a queda do time hoje, cai também, de uma vez por todas, um mandatário corrupto (Contursi, inclusive investigado pela Polícia Civil). Segundo se veicula, o clube nestas eleições de 2013 já pretende afastar candidatos vinculados ao cartola.

De se ressaltar, a meu ver, o trabalho de Gilson Kleina até aqui. Melhorou muito o time e trouxe vários jogadores da base. Pôs em jogo, hoje, corajosamente, um estreante no time profissional: Bruno Dybal. Pode ser um craque ou uma fiasco, mas só assim se encontra um grande valor entre mil apostas.

Vamos, sim, inaugurar a Arena na série B. Ser grande não é ganhar sempre.