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terça-feira, 15 de julho de 2014

Dilma Rousseff fala à Al Jazeera


A presidente Dilma Rousseff concedeu entrevista ao jornalista Gabriel Elizondo, da emissora de televisão Al Jazeera, do Catar em que fala de Copa do Mundo, política econômica e Brics, sobre a importância da criação do Banco de Desenvolvimento do Brics, um dos principais pontos discutidos na VI Cúpula do bloco dias 15 e 16 de julho, em Fortaleza.

Um trecho:

"Eu acredito que o Brasil se superou ao organizar essa Copa. Nós teríamos de ter a nota máxima. Primeiro, porque esperavam, muitas notícias diziam que o Brasil não tinha condição de fazer a Copa do Mundo. Não superamos só as questões concretas como garantir estádios prontos, aeroportos funcionando plenamente, uma segurança firme para garantir a segurança das seleções e chefes de estado, mas também superamos uma campanha negativa contra a Copa do Mundo do Brasil."

Assista:

terça-feira, 1 de julho de 2014

Clima de Copa do Mundo no metrô de São Paulo



Metrô de São Paulo. Ligação da Linha 1-Azul com a Linha 4-Amarela hoje (1° de julho) por volta do meio-dia, pouco antes de Argentina x Suíça pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo.





quarta-feira, 16 de abril de 2014

Coincidências em torno do estranho caso de Mikkel Jensen, o dinamarquês


Muita gente postou em blogs e redes sociais opiniões sobre a estranha história do tal jornalista dinamarquês Mikkel Keldorf, cujo singelo sonho era assistir à Copa do Mundo no Brasil e de repente, em Fortaleza, num acesso de humanismo, se deu conta da injustiça social na capital cearense, e foi embora para a Dinamarca, deixando de “herança” um post no Facebook, uma matéria no Tribuna do Ceará e uma entrevista ao Uol. 

Facebook/Reprodução


O dinamarquês provocou polêmica, mas ninguém sabe ao certo quem é, a que ou a quem trabalha, que interesses tem. Mesmo assim, desde ontem (15), as redes sociais foram tomadas por uma febre. As pessoas espalharam o texto do tal jornalista e/ou sua história sem checar quem é o cara, que intenções tinha ou tem, às vezes baseadas na ingênua justificativa de estarem respaldadas em perfis “confiáveis”, mal se dando conta de que estes também embarcaram na onda, ou por ingenuidade ou simplesmente para conseguir uns pontinhos de audiência a seus perfis ou blogs, ou por outros motivos.

Comecei a achar estranho logo de cara, ao notar que o texto sobre o tal jornalista dinamarquês que, ao lado do post do próprio, detonou toda a celeuma foi publicado no tal Tribuna do Ceará, com a observação: “A pedido de Mikkel, este artigo foi publicado com o jornalista já na Dinamarca”, dando o tom sensacionalista para atrair leitores incautos, incluindo os de “perfis confiáveis”.

Curiosamente, e não por acaso, o Tribuna do Ceará é um veículo ligado ao ex-senador tucano Tasso Jereissati. Apesar da dificuldade de se encontrar a informação, a Wikipedia diz: “No dia 11 de Março de 2012 a emissora [TV Jangadeiro, de propriedade de Jereissati] lança um novo layout para seu site integrando também ao novo portal de notícia do Sistema Jangadeiro de Comunicação, chamado de Tribuna do Ceará”.

Em 2010 já circulavam notícias no estado segundo as quais Tasso Jereissati iria “resgatar o jornal Tribuna do Ceará, começando pela internet”.

Pois foi justamente esse o veículo que deu a notícia que no dia seguinte (hoje) ganhou credibilidade com a publicação de entrevista no Uol. Observação: o Tribuna do Ceará é hospedado no Uol, além de a TV Jangadeiro , do mesmo grupo, ser afiliada da Rede Bandeirantes.

O tom e o conteúdo das publicações detonadas a partir desse estranho dinamarquês têm o óbvio efeito de denegrir e causar descrédito à Copa do Mundo no Brasil e, particularmente, também, ao governo do Ceará, cujo governador é Cid Gomes, irmão do ex-ministro Ciro Gomes e desafeto de Jereissati.

Costumo dizer que não existem coincidências. Nesse caso, as coincidências parecem falar por si.

Abaixo, segue resultado interessante de pesquisa do jornalista Igor Natusch, publicado em seu perfil no Facebook.



Tanto falaram de Mikkel Jensen, o jornalista dinamarquês que desistiu de cobrir a Copa chocado com os dramas do Brasil, que resolvi pesquisar um pouco o cara. Não fui com uma tese pronta: apenas queria ver qual era. Achei infos que julgo interessantes, que postei no meu perfil do twitter e vou tentar (apesar do sono) compilar aqui. Se eu estiver errado em qualquer coisa, por favor me corrijam, já que não há nenhum AMOR PRÓPRIO meu envolvido. Nâo considero isso senão um levantamento divertido de fazer. Lá vai:

- Antes de mais nada: Mikkel Jensen não é o nome profissional dele. Será bem mais fácil achar referências sob o nome Mikkel Keldorf, que ele usa com bem mais frequência;

- Seu perfil no Facebook (https://www.facebook.com/mtkjensen) parece que não existia antes de fevereiro de 2013. Suas primeiras postagens, já críticas à Copa, são de 19 de novembro.

Antes, só likes. (que o perfil seja novo não é absurdo: muitos criam perfis em redes sociais para uso em viagens ou contato com pessoas em países distantes. Tenho amig@s nessa situação e pode perfeitamente ser o caso aqui. talvez não postasse porque não tinha o que dizer – usava apenas para falar no chat, sei lá);

jornalista-dinamarques-1

- O curioso é que a pessoa creditada como sua namorada, Melanie Festersen Spile (https://www.facebook.com/melanie.spile), também não tinha perfil no Facebook antes de fev/2013. Ela viajou junto com ele? Criou perfil exclusivamente para conversar com o namorado que viajava? É possível;

- O único lugar onde é possível achar contribuições frequentes de Mikkel Keldorf é no Pladepressen (http://pladepressen.dk), que parece ser um site focado na cena musical da região. Mikkel escreveu uns artigos e tirou fotos para o veículo, que durou um ano ou um pouco mais. As últimas atualizações na página do Pladepressen no Facebook (https://www.facebook.com/Pladepressen) são de… Fevereiro de 2013. Ou seja, razoável deduzir que Mikkel Keldorf era um dos sócios do Pladepressen e desistiu da empreitada quando resolveu vir ao Brasil, no começo do ano passado (se quiserem ler uma edição do Pladepressen:http://pladepressen.dk/wp-content/uploads/2012/10/PladePressens-e-mag-oktober.pdf);

- Então Mikkel Keldorf – que tem material esparso publicado em alguns lugares desde 2012, incluindo viagem à China e inclusive uma reportagem sobre Ronaldinho (http://www.tipsbladet.dk/content/druk-og-damer-ronaldinhos-fede-fodboldferie), mas nada antes disso – vem ao Brasil. Edita, até onde consegui puxar, um único material jornalístico entre setembro de 2013 e abril de 2014: uma reportagem em vídeo para a TV2 dinamarquesa (http://nyhederne.tv2.dk/2014-03-31-reportage-sikkerheden-i-rio-vakler-forud-vm) sobre ações policiais na Favela da Maré, no Rio;

- Aí como sabemos, ele se revolta com coisas que descobre em Fortaleza e, ao invés de fazer um material jornalístico bombástico sobre o que achou, decide largar a cobertura da Copa de mão (seu sonho) e volta para casa. Sabe onde sua decisão é noticiada primeiro? Na Dinamarca, mais precisamente no dia 9 de abril: http://ekstrabladet.dk/sport/fodbold/landsholdsfodbold/vm2014/article2258090.ece

Até aí, ninguém noticiou nada a respeito dele no Brasil;

- Curiosamente, um vídeo de quase 40mins é publicado no canal de Mikkel Keldorf no Youtube no dia 12: https://www.youtube.com/watch?v=SjxWXjeOFc8 Esse vídeo é curiosíssimo e para mim, intrigante. Nele, o jornalista não faz matéria alguma: é entrevistado por figuras ocultas, que em nenhum momento se identificam – o vídeo, embora editado de forma competente, não tem créditos senão o do próprio Mikkel, aqui também Keldorf e não Jensen. Quem o entrevista? Por que esse material (uma boa história em potencial) só aparece na página do próprio Keldorf e não da(s) pessoa(s) responsável(is) pelo vídeo? Por enquanto, não se sabe;

- Finalmente, dois dias depois de postar o vídeo no YouTube, Mikkel faz um desabafo em sua conta no Facebook, que serviu de base para todas as matérias feitas até aqui. Ninguém parece saber que a história foi divulgada semana passada na Dinamarca, nem que um vídeo enorme foi publicado pelo próprio Mikkel no fim de semana. Ou seja, ninguém falou com Mikkel Keldorf Jansen ou foi além do post no facebook para escrever suas matérias.

Meu palpite (e é tudo palpite mesmo, nada além): Mikkel Keldorf é um jornalista eventual – um cara que viaja para lugares distantes como turista e oferece material a jornais dinamarqueses para ajudar a pagar as contas. Posso ter pesquisado mal, mas não achei nenhuma produção jornalística consistente de sua parte, a não ser no Pladepressen, uma pequena revista regional sobre música que parece ter sido projeto dele próprio. Ou seja, dizer que é jornalista é algo que refere-se a parte de suas atividades, talvez sua formação, mas não é exatamente a coisa que ele mais faz na vida. Confiram o perfil profissional dele:http://www.mikkelkeldorf.dk/category/resume/ Veio para o Brasil tentar cobrir a Copa e ganhar dinheiro, o que não conseguiu (vendeu uma só matéria, ao que parece). Acho razoável deduzir que volta à Dinamarca especialmente por isso, ainda que o choque com as mazelas do Brasil possa, é claro, ter influenciado sua decisão.

Antes de ir, alguém descobre sua história e faz o vídeo – pessoas das sombras, que não se identificaram e não fizeram menção de usar o material que fizeram ou jogá-lo na imprensa. Ninguém sabe nada dele além do Facebook – a própria versão que apresentam sobre sua carreira e sua preparação para cobrir a Copa é a que ele próprio oferece, sem nenhuma investigação por cima. E o vídeo – potencialmente bombástico, ainda que (frisemos) sem créditos – passa despercebido. Deduzo que alguém gravou o depoimento para uso futuro, mas não contava que o próprio Keldorf o publicasse – e talvez mais ainda, que os posts de Keldorf no Facebook chamassem atenção. O noticiário dinamarquês descobre o caso primeiro, de qualquer modo. Não é um cara com faro jornalístico – se fosse, tentaria vender sua história e iria atrás da pauta que descobriu, ao invés de voltar correndo para seu país natal.

Não: ele volta depois de vender uma só matéria televisiva, e após gravar um depoimento para pessoas misteriosas. Que acharam sua história ótima para um vídeo de 40mins, mas que perdem a exclusividade dela para um post no facebook – por acidente ou por plano, não sabemos. E que permitem (ou não impedem) que o próprio Mikkel Keldorf publique o vídeo em sua conta pessoal no YouTube.

Não acredito na história de Mikkel Keldorf. Para mim, ele voltou por falta de trabalho e romantizou a situação em benefício próprio, convencendo algumas pessoas no meio do caminho – que chegaram a gravar um vídeo, mas não o publicaram. Talvez por acharem que não valia a pena. Chamo a atenção para o fato de que o único trabalho que Keldorf comercializou aqui é… em vídeo. Editado por ele próprio. Talvez ele próprio tenha editado o vídeo, a partir de brutas que os autores originais não quiseram usar. Pode ser tudo um hoax razoavelmente bem elaborado, mas não creio nisso: acho que é apenas a tentativa de um jornalista meia-boca em tirar algo de bom de uma iniciativa profissional fracassada. E uma mostra de como, para ganhar cliques, nossa imprensa brasileira publica qualquer coisa. Inclusive longas matérias cuja única fonte é uma postagem de um desconhecido no Facebook.

É isso. Eu achei divertido. Espero que vocês também tenham achado! Para quem leu esse catatau, meu muito obrigado.

sábado, 12 de abril de 2014

Juvenal Juvêncio, o fabricante de manchetes, detona José Serra



As entrevistas de Juvenal Juvêncio são impagáveis, como mostra o trecho acima. O presidente do São Paulo é um personagem polêmico. Odiado por muitos, acusado de ser um fanfarrão e de se eternizar no poder como presidente do São Paulo, o dirigente, hoje com 82 anos, porém, tem uma virtude amada por jornalistas. Como escreveu o Sérgio Xavier Filho, da Placar, "basta colocar o microfone à sua frente. Juvenal é manchete garantida".

Na entrevista que deu ao programa Bola da Vez, da ESPN Brasil, que vai ao ar na terça-feira, 15 de abril, o cartola detona José Serra ao contar a história dos porquês políticos que, segundo ele, impediram que o Morumbi fosse o estádio para sediar jogos da Copa do Mundo em São Paulo. Fala de Lula, de Kassab...

José Serra, furioso, emitiu na terça-feira (8) uma nota desmentindo Juvenal. "Sempre apoiei que a abertura da Copa fosse em São Paulo e no estádio do Morumbi. As afirmações em contrário de Juvenal Juvêncio além de desconexas são falsas", disse o simpático tucano. Tá bom.

Por tudo isso é verdade que, como disse o amigo Flávio Fraschetti
no Facebook, com sua ironia costumeira, "pior que esse cara vai fazer falta". É fato.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Pensamento para sexta-feira [49] – De Pelé e Maradona, ao som de Manu Chao


Fotos: Reprodução


Muita gente, com razão, ficou indignada com o que disse Pelé, o “rei” do futebol, no dia 7 (segunda-feira), sobre o acidente que matou um jovem de 23 anos nas obras do Itaquerão dias antes, fatalidade abafada pelas autoridades responsáveis pela construção do estádio e pela realização da Copa do Mundo. Pelé falou literalmente o seguinte:

“O que aconteceu no Itaquerão, o acidente, isso é normal, é coisa da vida, pode acontecer, foi um acidente, morreu, isso aí não acredito que assuste. Mas a maneira que está sendo administrado a entrada e saída de aeroporto e turista no Brasil, eu acho que isso é uma coisa que tá preocupando.”

Isso foi mote pra uma discussão com amigos por e-mail (o velho, bom e esquecido e-mail nesses tempos de redes sociais). Lá pelas tantas, inevitavelmente, surgiu no debate o nome de Maradona, como é comum acontecer. A dicotomia Pelé x Maradona, que começou no futebol, acabou transcendendo o esporte.

É indiscutível que Pelé foi mais jogador que Maradona. Mas o argentino foi o segundo maior da história. Já como pessoa, homem e cidadão, também é indiscutível que o hermano dá de 10 a 0 no brasileiro, seja como ser político (o que reflete o grau de politização muito maior dos argentinos em relação aos brasileiros), seja como figura humana, o que a amiga Tania Lima, na troca de e-mails acima referida, tão bem definiu: “Maradona, apesar dos percalços, e talvez principalmente pelos percalços, deixa-nos enxergar que existe ali uma figura humana”.

E chegando ao fim desta livre-associação de sexta-feira, convido-os a ver o trecho (de 2’42”) do documentário Maradona by Kusturica (2008), do diretor de cinema sérvio Emir Kusturica, que mostra uma “canja” do músico parisiense Manu Chao com sua linda canção “La Vida Tombola”, que compôs justamente inspirado em Maradona:





quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Dilma, finalmente, anuncia que o Estado não pode tolerar agressores e fascistas


Roberto Stuckert Filho/PR

Tenho amigos de "esquerda" (sic) que consideram um absurdo a presidente Dilma Rousseff defender a aplicação de penas rigorosas e, se preciso for, a reforma da legislação para coibir violência e vandalismo em manifestações populares no país. Geralmente movidas por conceitos nebulosos e concepções mancas do que seja a liberdade, essas pessoas – repito, algumas das quais minhas amigas – não conseguem entender que o ovo da serpente está nas praças e ruas, sendo chocado diante dos olhos de todos e complacência do Estado? Liberdade sem limites não é liberdade, é opressão.

Ora, data venia, o que esperam da pessoa que ocupa o cargo de presidente da República? Que se manifeste com tolerância e pusilanimidade diante de depredações de patrimônio público e privado, de agressões físicas a pessoas e de máscaras para encobrir o crime? Que Dilma, como chefe da nação, admita como legítimos os fogos e as bombas em praças públicas como a dos que assassinaram o cinegrafista Santiago Andrade e destruíram uma família? Ou esperam que ela simplesmente se omita diante de fascistas disfarçados de ativistas, covardes que se escondem sob o glamouroso e enganador epíteto de black blocs?

Tenho amigos, e amigas, que no começo achavam tudo lindo e maravilhoso. Que protestar é que é legal, mora!, e que viva a liberdade de manifestação e os protestos! Muitos desses amigos, e amigas, alguns dos quais inclusive me atacaram quando eu dizia que as praças estavam inundadas de fascistinhas, agora estão silenciosos. Não divulgam mais protesto nenhum. Devem estar refletindo. Ou envergonhados.

A Constituição Federal garante a liberdade de manifestação e de expressão, mas não autoriza a barbárie. É preciso dar um basta à covardia dos que se ocultam para destruir e ferir.

Está muito certa, e até demorou para anunciar as medidas, a presidente Dilma ao afirmar que o governo trabalha numa proposta de legislação que reprima toda forma de violência durante as manifestações e que é preciso aplicar penas rígidas a condenados por crimes cometidos durante os protestos.

Já tardava um posicionamento da presidente, cuja origem é por demais conhecida, em favor de cidadãos que querem paz, seja em manifestações, seja ao andar nas ruas que são de todos.

Disse hoje a presidente:

Os órgãos de segurança pública devem coibir a violência, cumprindo a lei, mas é preciso reforçar a lei e aplicar a Constituição, que garante a liberdade de manifestação, mas veda, proíbe o anonimato. Então estamos trabalhando numa legislação para coibir toda forma de violência em manifestações.

Afirmou também:

Defendo toda e qualquer manifestação democrática. Democratas são aqueles que exercem pacificamente seu direito e liberdade de exigir mudanças. São democratas aqueles que lutam por mais qualidade de vida, defendem com paixão as ideias que têm, a grande maioria dos manifestantes. Mas repudio o uso da violência em manifestações e acho inadmissível atos de vandalismo, violência, pessoas que escondem o rosto não são democratas”.

E sobre a Copa do Mundo:

"Planejamos medidas que vão reforçar a segurança nos estados-sede. O governo está em sintonia com os Estados para que possamos atuar de forma conjunta e padronizada. A Polícia Federal, a Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal estão prontas e orientadas para agir dentro de suas competências, e quando for necessário, mobilizaremos também as Forças Armadas."

Concordo com tudo, plenamente.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Ghiggia e o Maracanã – 1950


Este lindo vídeo sobre e com Ghiggia, que relembra a final da Copa do Mundo de 1950 no Maracanã, foi enviado por Alexandre em comentário ao post anterior, sobre as classificações de Portugal e Uruguai ao Mundial de 2014. Fica como homenagem à classificação dos uruguaios à Copa do Mundo no Brasil, sacramentada nesta quarta-feira 20, com um 0 a 0 sonolento frente à Jordânia em Montevidéu, após a vitória dos platenses em Amã, na semana passada, por 5 a 0.

Vale a pena ver.



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A FIFA, o governo brasileiro e a Copa do Mundo

Na sexta-feira passada, 30 de setembro, foi noticiado pela Folha de S. Paulo que a “Fifa pediu ao governo brasileiro que, durante o período de realização da Copa do Mundo no país, em 2014, suspendesse o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto do Idoso e o Estatuto do Torcedor”.

Traduzindo: tudo para facilitar a “entidade máxima do futebol” a organizar o gigantesco evento esportivo no Brasil de acordo com suas próprias leis e regras. Quando li a informação, a primeira coisa que me ocorreu, e até postei no Twitter, foi: "isso é alguma piada?"

A desfaçatez (não tem outra palavra ) do pedido da FIFA prova cabalmente que as entidades que regem o futebol – FIFA, CBF, AFA, Conmebol, Uefa – se consideram acima da lei (escrevi um artigo que toca no tema para o Observatório da Imprensa, em 2005, ano de ocorrências estranhas no futebol brasileiro: A culpa é do Giovanni). E essas entidades não cansam de demonstrar essa prepotência. Mas tentar interferir em leis federais e estaduais do Brasil para aumentar seus negócios – muitos dos quais denunciados mundo afora como, no mínimo, suspeitos – já passa de qualquer limite aceitável.

Por isso, espero que se confirme a posição do governo brasileiro, sobre a qual nota da coluna da Mônica Bergamo (para assinantes) desta segunda-feira diz o seguinte:

A presidente Dilma Rousseff pretende resistir à pressão da Fifa e não deve recuar da decisão de permitir a meia-entrada nos jogos da Copa de 2014. ‘Minha querida, isso é uma lei brasileira’, disse ela à coluna. ‘E não pode mudar. Não é uma questão de querer ou não querer.’ A meia-entrada para os que têm mais de 60 anos está prevista no Estatuto do Idoso. Ingressos de estudantes são regulados por leis estaduais.”

Na nota acima, só não gostei muito do verbo “resistir”. Não se trata de resistir, mas simplesmente de dizer não à FIFA, e ponto.

Atualizado às 22:50

segunda-feira, 29 de março de 2010

Quartas-de-final da Liga dos Campeões começa nesta terça

Começam as quartas de final da Liga dos Campeões da Europa (veja abaixo a tabela dos jogos, que serão transmitidos terça e quarta-feira, dias 30 e 31, pela ESPN e ESPN Brasil).

Em tese, os duelos mais empolgantes serão Bayern de Munique x Manchester United (que a Gazeta também mostra ao vivo) e Arsenal x Barcelona. Favoritismo para ingleses no primeiro jogo e catalães, no segundo.

Manchester e Barcelona são os dois melhores times da Europa atualmente, na minha opinião, e têm dois dos maiores craques do mundo, Wayne Rooney e Lionel Messi. Sem eles, a Copa do Mundo ficaria muito mais pobre.

Os amantes das dicotomias já colocam a mais nova questão: quem é melhor? Messi ou Rooney? Não acho tal comparação pertinente. Ambos jogam em posições diferentes, são de culturas futebolísticas diferentes, e cada um representa da melhor maneira o estilo inglês (Rooney) e argentino (Messi) do chamado esporte bretão.

A performance do atacante inglês nesta temporada é espetacular. Graças a seu talento, oportunismo, força e precisão, os Diabos Vermelhos estraçalharam o Milan do decadente Ronaldinho Gaúcho nas oitavas da Liga, 3 a 2 no San Siro (16 de fevereiro) e só 4 a 0 em Manchester (10 de março). Rooney fez quatro gols, dois por partida.

Parênteses: não consigo entender por que o "lobby" por Ronaldinho Gaúcho em nossa imprensa é tão insistente. A última vez que esse rapaz desequilibrou um jogo importante pela seleção, ou por ela fez uma partida digna de um jogador diferenciado, foi contra a Inglaterra em 2002, na campanha do penta (Mundial em que Rivaldo e Ronaldo foram os jogadores decisivos). Na ocasião, contra os ingleses, Gaúcho marcou um golaço de falta sem querer, realizou uma grande jogada em que entortou o inglês para passar a Rivaldo, que fuzilou, e depois foi expulso por uma solada.

Messi, em um aspecto, lembra Ronaldinho Gaúcho: é que
o futebol do craque argentino do Barça ainda não encantou na seleção. Talvez porque a seleção
da Argentina nos últimos anos venha capengando, sem padrão tático, o que prejudica o futebol de qualquer um. Ou será porque Messi tem pouca identificação com as coisas de seu país, já que foi para o Barcelona ainda adolescente, quase criança, depois de ser rejeitado em sua terra? O argentino, porém, tem tempo: não fez nem 23 anos ainda, enquanto o brasileiro já completou 30 e continua com aquele ar blasé de quem parece não se importar com nada.

Mas também Messi conta com uma espécie de idolatria na mídia brasileira que às vezes cansa.

Se tivesse que escolher entre Messi e Rooney para jogar no meu time, eu escolheria o inglês. São dois craques, mas tenho uma certa antipatia pelo meia do Barcelona e pela idolatria a ele. E também porque no Santos já tem Neymar e Paulo Henrique Ganso.

Liga dos Campeões da Europa
Quartas de final - Jogos de ida

30 de março de 2010 (terça-feira)
15h45 - Lyon 3 x 1 Bordeaux (ESPN) *
15h45 - Bayern de Munique 2 x 1 Manchester United (transmissão: Gazeta e ESPN-Brasil) *

31 de março de 2010 (quarta-feira)
15h45 Internazionale 1 x 0 CSKA Moscow **
15h45 Arsenal 2 x 2 Barcelona **

Atualizado às 12h05
*Atualizado às 21h27 (30/03/2010)
**Atualizado às 23h31 (31/03/2010)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

"La main du Dieu" leva França à Copa do Mundo

Reprodução/Henry mata e ajeita a bola com a mão
La main du Dieu de Thierry Henry deu a vaga à França na Copa do Mundo de 2010. Num jogo dramático, em que precisava apenas do empate, os franceses, em casa, perdiam da Irlanda até os 12 minutos do primeiro tempo da prorrogação. Mas, após uma cobrança de falta da intermediária, a bola passou pela defesa dos britânicos e Henry fez um dos gols mais escandalosamente ilegais de que eu me lembro: além de já estar impedido no momento do lançamento, o francês não só matou como ainda ajeitou a bola para cruzar na cabeça de Gallas, que empatou o jogo. A França havia vencido a partida de ida, na Irlanda, por 1 a 0.

Com o empate, está na copa do Mundo.

Agora, pelo menos Maradona não é o único privilegiado que teve a ajuda de Deus para decidir um jogo capital para uma seleção campeã do Mundo. O escândalo do gol de Henry é do mesmo nível, até porque, sem ele, os franceses, atuais vice-campeões, estariam fora da África do Sul.

Portugal conseguiu sua vaga ao bater a Bósnia-Herzegóvina por 1 a 0 fora de casa. Os lusitanos já haviam triunfado sobre os bósnios no jogo de ida, por 1 a 0, no Estádio do Dragão. O Uruguai empatou com a Costa Rica (1 a 1) e confirmou sua vaga. Com isso, estarão na Copa 2010 todos os sete campeões do Mundo: Brasil, Itália, Alemanha , Argentina, Uruguai, Inglaterra e França.

Confira todos os classificados à Copa do Mundo:

África
Argélia
África do Sul
Gana
Costa do Marfim
Nigéria
Camarões

Ásia
Áustrália
Coreia do Sul
Japão
Coreia do Norte

América do Sul
Brasil
Paraguai
Chile
Argentina
Uruguai

Américas do Norte e Central e Caribe
México
Estados Unidos
Honduras

Europa
Holanda
Inglaterra
Espanha
Alemanha
Dinamarca
Eslováquia
Sérvia
Itália
Suíça
Grécia
Portugal
Eslovênia
França

Oceania
Nova Zelândia