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domingo, 9 de abril de 2017

Dia de Guarani x Portuguesa, dia de tradição e nostalgia


Clássico de hoje pela série A2 do paulistinha: Guarani x Portuguesa. Pode soar como brincadeira ou ironia, mas não é. São dois clubes de grande tradição. 

Hoje, no Brinco de Ouro, a Lusa vencia até os 47 do segundo tempo, quando o juiz deu pênalti pro Guarani. Foi mão na bola, segundo o juiz, apesar de eu achar que foi bola na mão. Dúvida. Mas, na dúvida, a arbitragem sempre foi e sempre vai contra a Lusinha. Eita sina. Final, 1 a 1. O Bugre está em quarto lugar e hoje estaria na semifinal, enquanto a Lusa perdeu a chance de se aproximar dos 4 líderes e, agora em décimo lugar, tem poucas chances de disputar o acesso à primeira divisão estadual.

Grandes histórias


O Guarani foi o primeiro e único time do interior paulista a ser campeão brasileiro (1978). A Lusa era um dos indiscutíveis cinco grandes de São Paulo. Nos anos 70 tinha uma esquadra onde formavam Zecão, Calegari, Badeco, Dicá e o grande Enéas, entre outros. 

Em 1996 foi vice-campeã brasileira, perdendo a final em Porto Alegre para o Grêmio por 2 a 0. O tricolor gaúcho tinha mais time, foi campeão com justiça, mas foi uma pena a Lusa não ter levantado a taça, porque merecia ter sido campeã nacional.

A Portuguesa já foi uma fábrica de jogadores. Entre muitos que revelou para o futebol brasileiro, estava Enéas (nome do herói do poema de Virgílio), que jogou na época de Pelé (Santos), Rivelino (Corinthians), Pedro Rocha (São Paulo) e Ademir da Guia (Palmeiras).


A Lusa de 1975: Enéas é o segundo da esquerda para a direita, agachado

O Guarani era uma indústria fabulosa de craques. Careca, Neto, Zenon, Luizão, Evair, .Djalminha! Todos foram revelados lá. Há quem considere que, se Careca tivesse jogado contra a Itália em 1982 em Sarrià, o Brasil não teria perdido para a Itália de Paolo Rossi por 3 a 2. Mas Careca estava fora, e jogou Serginho Chulapa, que não estava à altura daquele time de craques (apesar do valor de Serginho e de tudo o que fez). Estou entre os que acham isso.

No meu Santos, dois bicampeões brasileiros (2002 e 2004) vieram do Bugre: Elano e Renato.

Estive muitas vezes no Canindé. Numa delas, em 1993, testemunhei o gol de placa de Dener, o jovem craque que morreu tão cedo num acidente de carro (em 1994, com 23 anos). Naquele 1 de maio de 1993, numa partida em que o Santos vencia por 2 a 0 no segundo tempo, de repente baixou o capeta no jovem Dener e, em cerca de 15 minutos, o jogo estava 4 a 2 para a Lusa.

Lusa e Guarani são dois grandes que hoje infelizmente estão mergulhados numa luta melancólica para sobreviver.

O gol de placa (com narração do velho e bom Silvio Luiz) foi esse:


domingo, 6 de maio de 2012

Santos faz 3 a 0, é virtualmente tricampeão paulista e Neymar iguala outro feito da era Pelé


Foto: Ricardo Saibun/Santos FC
Camisa 11 chega a 104 gols, igualando Chulapa e João Paulo

Ao derrotar o Guarani no Morumbi por 3 a 0 sem se esforçar muito neste domingo 6 de maio, com uniforme azul, o Santos é virtualmente tricampeão paulista, título que ninguém ganha em São Paulo desde 1969, quando o próprio Alvinegro Praiano o conquistou. Depois de levantar a terceira Libertadores no ano passado, o tri estadual é mais um feito que a geração de Neymar (liderada pelo próprio) iguala aos triunfos da era Pelé.

E mais: com os dois gols marcados contra o Bugre, Neymar é o artilheiro do Paulistão (18 gols) e chega a 104 tentos com a camisa alvinegra, igualando Serginho Chulapa e João Paulo. Falta um para o jovem craque da camisa 11 ser o maior artilheiro da história do Santos pós-Pelé.

Quanto ao jogo de ida das finais do Paulistão propriamente dito, imagino que para os não santistas, e que portanto viram o jogo “de camarote”, foi uma partida até chata. Apesar do equilíbrio inicial, do jogo morno, a impressão era de que o Peixe não ficaria muito tempo no 0 a 0. E Ganso fez o serviço aos 42 da etapa inicial.

Sem falsa modéstia: Ganso
comemora imitando maestro
O Guarani atuou com valentia, marcou bem (e, diga-se, com lealdade, como havia prometido o técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão), fez o que pôde, mas a diferença entre os times é abissal. Até mesmo fisicamente, pois o time campineiro, já desfalcado na partida de seu atacante Fumagalli, lesionado, perdeu também contundido o importante camisa 4 Neto. Na medida em que o tempo passava, ia ficando mais e mais fragilizado. A rigor, a única grande chance de gol da equipe do interior foi um chute do lateral Bruno Recife aos 50 segundos do segundo tempo, que o goleiro Aranha desviou providencialmente e bateu na trave.

Lateral esquerda, o calcanhar de Aquiles do Peixe

De resto, a torcida do Santos deve estar preocupada com a lateral esquerda, setor que com Juan é muito vulnerável no time de Muricy Ramalho: os zagueiros Durval e Dracena têm de se revezar constantemente para cobrir as costas desse fraquíssimo lateral, que não à toa ficou encostado no São Paulo até o Santos ir buscá-lo por total falta de opção. Espera-se que o veterano Léo esteja sendo guardado para duelos mais importantes, pela Libertadores, pois mesmo o frágil Guarani penetrou com facilidade pela esquerda várias vezes. Se Léo não está mesmo 100% fisicamente, o Santos corre risco de sofrer sérios revezes por aquele setor quando enfrentar equipes mais fortes.

Sem o volante Adriano (que tomou hoje o terceiro amarelo) para a finalíssima contra o Bugre, Muricy, por outro lado, poderá escalar Henrique em seu lugar, jogador que critiquei e queimou minha língua, e que volta à sua posição original no próximo domingo, depois de atuar (e muito bem) improvisado na lateral direita, posição esta que Maranhão reassumirá após cumprir suspensão nesta primeira partida.

Libertadores

Mas, antes do jogo protocolar com o Guarani, o Peixe precisa ganhar do Bolívar na quinta-feira, 10, para se classificar às quartas-de-final da Libertadores. Parece barbada. Depois é que serão elas, como dizia minha avó, pois o adversário, depois do Bolívar, deve ser o Vélez Sarfield, que já ganhou do Atlético Nacional (COL) em Medellín, no jogo de ida, por 1 a 0.




Ficha Técnica

Guarani 0 x 3 Santos
Morumbi - 6 de maio de 2012

Guarani: Emerson; Bruno Peres (Thiaguinho), Domingos, Neto (André Leone) e Bruno Recife; Éwerton Páscoa (Willian Favoni), Fábio Bahia, Danilo Sacramento e Medina; Bruno Mendes e Fabinho Souza. Técnico: Vadão
Santos: Aranha; Henrique, Edu Dracena, Durval e Juan; Adriano, Arouca, Elano (Ibson) e Paulo Henrique Ganso; Alan Kardec e Neymar. Técnico: Muricy Ramalho

Cartões amarelos: Ewerton Pascoa e Fábio Bahia (Guarani); Adriano e Henrique (Santos)
Gols: Ganso, aos 42 minutos do primeiro tempo; e Neymar, aos 20 e aos 46 do segundo
Árbitro: Wilson Luiz Seneme

domingo, 22 de abril de 2012

São Paulo e Santos duelam nas semifinais; com goleiros frangueiros, Corinthians e Palmeiras caem


PAULISTÃO 2012 - MATA-MATAS

 Reprodução
Roger, o 9 da Ponte, comemora
Ao invés de derby em São Paulo, derby em Campinas. A Ponte Preta surpreendeu e, jogando melhor, bateu o Corinthians no Pacaembu por 3 a 2. Pelo mesmo placar, o Guarani despachou o Palmeiras em Campinas. Com a classificação do bugre para as semifinais do Paulista, mais uma vez não haverá uma final Santos x Palmeiras – e a aposta que fiz com um palmeirense fica para outra oportunidade.

Sem surpresas, o São Paulo bateu fácil o Bragantino no Morumbi (4 a 1) enquanto o Santos não teve dificuldades para fazer 2 a 0 no Mogi Mirim na Vila.

Assim, as semifinais do estadual, no próximo fim de semana, terão:

São Paulo x Santos no Morumbi
Guarani x Ponte Preta - teoricamente no Brinco de Ouro, local a se confirmar devido à violência que tem cercado o clássico campineiro.

Observações:

Foto: Divulgação/ Santos FC
Santistas comemoram primeiro gol, de Maranhão
San-São - O título, que estará virtualmente nas mãos do vencedor do clássico, seja contra Bugre ou Macaca, tem sabor especial para Santos ou São Paulo: para o Alvinegro porque será o primeiro tricampeonato na história do estadual desde 1969, quando o próprio Santos o conquistou; para o time do Morumbi, porque desde 2008 o clube não ganha nem campeonato de pebolim e seu último “Paulistinha” (como preferem dizer os são-paulinos) foi conquistado em 2005.

Embora seja na casa do adversário, o Peixe historicamente joga à vontade no Morumbi, onde cansou de ser campeão e de bater o Tricolor. Não há favorito.
Reprodução
Júlio César ficou com as penas na mão no 1° gol

Troféu Frango - Numa roda de amigos meses atrás eu disse que os goleiros de Palmeiras e Corinthians dariam muitas alegrias às torcidas rivais este ano. E, de fato, já no Paulistão (ou Paulistinha, como queiram) o corintiano Júlio César deu dois gols de presente para a Macaca (sendo o primeiro gol do jogo um frango e o terceiro uma saída errada), enquanto o palmeirense Deola conseguiu a proeza de falhar nos três tentos do Guarani (o primeiro, gol olímpico de Fumagalli). Péssimos goleiros (e não é de hoje), autênticos frangueiros que não honram as tradições das respectivas camisas 1. As torcidas devem ter vergonha de arqueiros desse nível defendendo suas metas.

Reprodução
Felipão – O treinador estava bastante abatido na entrevista coletiva (foto ao lado) depois de mais uma desclassificação. Até quanto Felipão agüenta no cargo?

Corinthians - O presidente do clube, Mario Gobbi, disse após a eliminação: “É hora de esfriar a cabeça e focar exclusivamente na Libertadores, que será para nós muito apetitoso”. Qual será o sabor? Caldo de frango? Com esse goleiro que tem, talvez seja bom a Fiel ir se acostumando. À comissão técnica alvinegra, resta tentar recuperar o moral do goleiro, que saiu de campo chorando após suas lambanças terem custado a vaga nas semifinais.

Para assistir aos gols dos quatro jogos das quartas-de-finais, clique nos respectivos links:

São Paulo 4 x 1 Bragantino

Santos 2 x 0 Mogi Mirim

Corinthians 2 x 3 Ponte Preta

Guarani 3 x 2 Palmeiras

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Paulistão chega às quartas-de-final. Dos grandes, só o Palmeiras não é favorito. E a Lusa já era

Atualizado às 15h30 - 17/04/2012

Depois de 19 rodadas, a pré-temporada chamada Campeonato Paulista de futebol chega às quartas-de-final com oito classificados e os seguintes confrontos no próximo fim de semana:

Sábado
São Paulo (2°) x Bragantino (7°) - 18h30

Domingo
Corinthians (1° lugar) x Ponte Preta (8°) - 16 horas
Santos (3°) x Mogi Mirim (6°) - 16 horas
Guarani (4°) x Palmeiras (5°) - 18h30

Corinthians, São Paulo e Santos são francamente favoritos, mas a Macaca, o Braga e o Mogi podem surpreender. Isso por causa do regulamento sem-vergonha da competição: 19 rodadas que no final das contas valeram quase nada. Nas quartas, em um jogo só, os quatro mandantes só têm a vantagem de jogar em casa. Em caso de empate, a decisão vai para os pênaltis.

Na última rodada da fase de classificação, o líder Timão bateu a mesma Ponte Preta que pagará nas quartas por 2 a 1 em Campinas; o Tricolor perdeu do Linense de 2 a 1 em Lins; e o Santos meteu 5 a 0 na Catanduvense (rebaixada) na Vila Belmiro.

Dos muitos gols da rodada, reproduzo abaixo apenas o mais importante. O gol de Paulo Henrique Ganso, o primeiro dos cinco que o Peixe enfiou no time de Catanduva. Porque é um gol-símbolo: o gol do centenário, o primeiro após 100 anos de existência. Um golaço, como de propósito a incorporar a magia e o espírito do agora centenário Santos Futebol Clube.



O confronto Guarani x Palmeiras pelas quartas-de-final é o que não tem favorito, teoricamente. Mas as agruras eternas por que passa o Alviverde da capital não o credenciam a bater o Bugre em Campinas. Onde, aliás, no último 8 de abril, o time de Luiz Felipe Scolari perdeu do mesmo Guarani por 3 a 1 inapelavelmente. Scolari que foi hoje xingado de “burro” por parte da torcida palmeirense presente ao Pacaembu, onde o Verdão não passou de um sofrido 2 a 2 contra o já rebaixado e lanterna do campeonato Comercial. Detalhe: o Palmeiras teve 11 jogadores contra nove durante quase todo o segundo tempo. Outro detalhe: torci para o tradicional Comercial cair, pela violência com que esse timinho enfrentou o Santos na quarta-feira de cinzas.


E a Lusa…

A Portuguesa de Desportos mais uma vez mostra que sua tendência é se apequenar mais e mais, apesar de ter subido para a série A do Brasileiro. Cair para a segunda divisão do fraquíssimo Paulistão é demais. O time do Canindé vive uma decadência parece que inexorável. Precisava de um mero pontinho contra o Mirassol fora de casa, mas, como tomou 4 a 2 no lombo, acabou ficando atrás de XV de Piracicaba e Botafogo de Ribeirão Preto, caindo para a segundona do estadual.

A Lusa parece não ter chance de se manter na elite do Brasileirão em 2012.

domingo, 8 de maio de 2011

Santos consegue o empate que queria no Pacaembu

Corinthians 0 x 0 Santos, no Pacaembu, no jogo de ida pela final do Paulistão de 2011. Empate justo, embora fosse mais justo com as torcidas se acabasse 1 x 1 ou 2 x 2. Justo o empate, injusto o placar. E, para rimar, Neymar foi o nome do jogo. O sortilégio não permitiu que tivesse decidido a final já no Pacaembu. Na decisão na Vila o Santos é favorito, apesar do desfalque certo de Danilo (tomou o terceiro cartão injustamente) e talvez de Ganso. Com essa partida, o time de Muricy chega a nove jogos e dois gols sofridos. Impressionante. E pensar que duarante a semana, o meia Jorge Henrique disse que seu time precisava ganhar por "pelo menos" dois gols de diferença.

Com cerca de 32 mil corintianos e 2 mil santistas no estádio, o alvinegro da Vila jogou uma partida pragmática. O Corinthians tentou pressionar no primeiro tempo, mas com cuidados redobrados, pois dar espaço ao Santos hoje é derrota na certa. O Timão foi melhor no primeiro tempo, o Peixe no segundo.

Apesar do pragmatismo tático, os espaços foram encontrados, e depois dos 23 minutos do primeiro tempo houve chances de gol de ambas as partes. Com Neymar, que entrou driblando pela esquerda e quase sem ângulo chutou na trave de Júlio César, que deu sorte. O Corinthians respondeu em seguida, e Bruno César perdeu um gol ao chutar por cima. Elano ainda bateu uma falta que triscou o poste esquerdo do goleiro corintiano.

Melhores momentos:



Jogo leal

E assim foi. Na partida toda, duas bolas na trave mandadas por Neymar, uma por Liedson e um gol perdido por Bruno César, além da falta que Elano não fez por azar. Um jogo bonito taticamente, leal e com alternativas, apesar do 0 a 0. Devo destacar o que disse quando o Corinthians eliminou o Palmeiras: eu disse que preferia o alvinegro ao alviverde porque o time de Felipão é muito violento. A lealdade do time do Corinthians em campo hoje provou que eu tinha razão. Foi um jogo de fato limpo.

Achei que Tite errou ao tirar Bruno César para colocar Morais. Bruno era um meia que, mal ou bem, foi o mais perigoso jogador do Corinthians junto com Liedson no primeiro tempo.

Na quarta-feira, 11, o Santos faz o jogo de ida contra o Once Caldas em Manizales, pela Libertadores*. O Corinthians descansa e treina.

Velo Clube e XV de Piracicaba sobem

Na manhã deste domingo (que hora pra se jogar futebol!), o Velo Clube, de Rio Claro, região de Campinas, perto de Piracicaba, venceu em casa o Taubaté por 4 a 1, no Estádio Benito Agnello Castelano (Benitão), e subiu à Série A2 do Campeonato Paulista. O jogo foi válido pela penúltima rodada do Grupo 3 da A3. Penapolense, Santacruzense e São Carlos também subiram para a segunda divisão.

E o XV, o velho Nhô Quim, ascendeu à Série A1, a primeira divisão.

Parabéns em particular ao Velo Clube de Rio Claro (agora na A2) e ao XV de Piracicaba, que subiu à divisão principal do futebol paulista junto com Guarani, Comercial e Grêmio Catanduvense.

*Atualizado às 21:03