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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A leitura e o prazer, por Miguel Esteves Cardoso



No Público de hoje (pg. 45), Miguel Esteves Cardoso escreve sobre a leitura e o prazer de ler. Vale a pena ler - por obrigação e por prazer!


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Máximas em mínimas (101) - Rosa Lobato de Faria


Depois de ler Os três casamentos de Camilla S., de Rosa Lobato de Faria (1997), seis máximas que dizem muito sobre o que somos.

Prazer - "Os prazeres e a capacidade de os apreciar acontecem desencontrados no tempo. Não se conjugam no momento certo o acto perfeito e a sabedoria da fruição."
Juventude - "Na juventude, com toda a vida pela frente, nunca há tempo. A cabeça foge, ligeira, para outros lugares, os pés partem, ágeis, para outros caminhos. Nunca se está onde se está, nunca se tem o que se tem."
Raiz - "A raiz é o que te está no sangue, o que sentes para lá de tudo o que aprendeste, aquilo que te vem do chão, aquilo que vem das estrelas que te viram nascer." 
Errar - "Porque é que não percebemos que erramos quando estamos a errar e só mais tarde o remorso nos cai em cima com uma força esmagadora e nos amargura o resto da existência?"
Amor - "O amor tardio é o melhor."
Autobiografia - "Nenhuma autobiografia verdadeiramente o é: alindam-se os pecados próprios, ensombram-se os dos outros, corrige-se ou contorna-se a verdade, procura-se uma lógica de crime e castigo que a vida não tem. Não fica claro à luz de que moral nos penitenciamos (...). E, acima de tudo, permitimo-nos apontar o comportamento dos outros, avaliar as suas consequências, julgar."

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Gonçalo M. Tavares, “Uma Viagem à Índia”, canto IX

* “No exacto momento em que estão concentrados a roubar, os ladrões são mais facilmente assaltados que uma velhinha de vista imóvel e passo retrógrado.” (est. 8)
* “Nenhuma descoberta da ciência modifica tão fortemente o rosto de um homem como os momentos de prazer.” (est. 24)
* “A única velharia que chegou intacta ao estúpido século XXI é a do amor.” (est. 32)
* “Certas mulheres bem treinadas são capazes de acariciar com os seus seios mãos desprevenidas e ingénuas. Quem toca em quem, eis a questão.” (est. 68)
* “Fora do trabalho os homens descarregam para o solo a educação (como um peso) e mais leves ficam então preparados para a maldade ou para a diversão. No ócio o rosto desembaraça-se e sozinho ganha um estilo individual; portanto: perigoso.” (est. 70)
* “Quando não há líquidos como o vinho, homens e mulheres comportam-se de modo sério, discutem símbolos e não são abandonados pela inteligência e pela necessidade de a exibir.” (est. 71)
* “Os homens quando têm medo fogem e nessa fuga pisam o chão ou outros animais.” (est. 89)
Gonçalo M. Tavares. Uma Viagem à Índia. Alfragide: Leya / Caminho, 2010.