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terça-feira, 9 de abril de 2013

Para a agenda - Ordens Militares, em Palmela



É o 12º Curso sobre Ordens Militares, actividade que Palmela alimenta anualmente, desta vez sujeito ao tema "Homens de oração e homens de acção: Mestres e Freires". As inscrições são até 18 de Abril. Para a agenda!


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Para a agenda - Eugénio Lisboa em Setúbal



Eugénio Lisboa é personalidade incontornável na cultura portuguesa da actualidade. Engenheiro de formação, o seu nome está também ligado à literatura portuguesa, sobretudo no domínio do ensaísmo, e a algumas intervenções cívicas importantes.
No dia 16, estará em Setúbal para nos falar de Sebastião da Gama. É um convite!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Para a agenda: Os "Grandes músicos" de António Laertes


Mais uma realização Synapsis. Desta vez sobre música. Por António Laertes. No Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, em 25 de Maio, sexta, pelas 21h30. Serve de convite...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Anatole France segundo Aquilino Ribeiro


Na tarde de 5 de Abril de 1923, Aquilino Ribeiro foi autor de uma palestra no Teatro Nacional, versando a personalidade de Anatole France. A sessão integrava-se num programa em benefício da publicação de uma antologia luso-brasileira na Alemanha. A apresentação do conferencista esteve a cargo de Cardoso de Oliveira, embaixador do Brasil, que não poupou elogios ao jovem escritor português, então com 38 anos e tendo já publicado títulos como Jardim das Tormentas (1913), A Via Sinuosa (1918), Terras do Demo (1919) e Malhadinhas (1922).
Logo desde início da palestra, Aquilino não esconde o seu fascínio pelo autor francês (que viria a morrer no ano seguinte), considerando-o “o génio mais representativo da latinidade” e um “sobrevivente da era que expirou”, isto é, da fase anterior à Grande Guerra (1914-1918). A adesão de Aquilino a Anatole France advém não apenas do conhecimento que detém da sua obra, mas também do facto de o ter visto duas vezes em Paris: uma, no cais do Sena, folheando livros nos alfarrabistas (elemento que serve de identificação entre as duas personalidades); outra, na Casa dos Estudantes, defendendo a utopia e convidando o público a “arquitectar repúblicas imaginárias como Platão, Tomás Morus, Campanella, Fénelon”.
Depois de relatar estes dois encontros, Aquilino aprecia a formação e descreve a obra do mestre, fazendo ressaltar a sua “personalidade pensante e artística”, com o afecto ao saber e à leitura e uma cultura profundamente humanista, percurso que levará o autor português a desprezar aqueles que, por esses tempos, em França, tentavam minimizar a obra de Anatole.
No final da conferência, Aquilino cita longamente um dos então mais recentes livros do seu mestre francês – La vie en fleur (de 1922) – com o objectivo de apresentar o retrato traçado do homem seu contemporâneo, com a ideia ainda no que fora o grande conflito vivido na Primeira Grande Guerra (feito a cujo início, em Paris, Aquilino assistira e de que nos deixou páginas diarísticas em É a Guerra, apenas publicado em 1934), condenando os senhores da guerra: “Os grandes industriais e os grandes financeiros têm interesse em ser belicosos não só pelos lucros que lhes trazem os fornecimentos de guerra como pelo incremento que o conflito traz aos seus negócios. De povo para povo, crê-se cegamente na vitória; duvidar, seria crime de lesa-pátria. As guerras, na maioria dos casos, são decididas por meia dúzia de sujeitos. A facilidade com que arrastam o povo é inacreditável; ainda que gastos e regastos, os meios a que recorrem não falham nunca. É da praxe lançar primeiro a público os enxovalhos recebidos do estrangeiro e que só podem ser lavados com sangue, quando, em boa moral, as crueldades e perfídias que a guerra engendra, muito longe de honrar o povo que as praticou só o podem cobrir de imortal infâmia.” Os comentários de Anatole France assentavam, pois, nesse conflito que se arrastou por mais de quatro penosos e mártires anos. E, a terminar, Aquilino vai ainda buscar outros ensinamentos devidos a Anatole no mesmo livro, verdadeiros princípios sobre o género humano: “Tenho os homens, em geral, por mais maus do que parecem. São uns e mostram-se outros. Obrigados a cometer acções que mereceriam a reprovação geral, escondem-se; na prática de actos que podem ser louváveis, exibem-se.”
O que atrai Aquilino em Anatole France é este conhecimento do ser humano, que não se pode esconder na literatura. E o autor de La vie en fleur será uma constante no percurso literário aquiliniano. A palestra interessou os editores e foi publicada logo nesse ano sob o título Anatole France – Conferência (Lisboa: Livrarias Aillaud e Bertrand, 1923).

domingo, 16 de maio de 2010

A propósito dos 60 anos sobre a escrita do "Diário", de Sebastião da Gama

“Uma leitura do Diário 60 anos depois” foi o tema que Fernando António Baptista Pereira trouxe ao Museu Sebastião da Gama, em Azeitão, nesta noite, actividade integrada na “Noite dos Museus”.
Foi uma leitura pessoal do Diário de Sebastião da Gama, obra escrita no período 1949-1950 (apenas publicada em 1958), justificada por se poder “encontrar nas páginas de Sebastião da Gama a paixão de ser professor”. Como ideias fortes, Baptista Pereira deixou a da pedagogia do Diário, em que “o grande segredo reside em gostar daquilo que se faz, em gostar dos outros”, a da actualidade desta obra e a da leitura do Diário como complemento da obra poética ou desta como complemento daquele, já que Sebastião da Gama “era poeta, homem e professor em todo o lado”.
Para Baptista Pereira, os vectores inovadores principais do Diário são: a modernidade pedagógica (não-directividade; recusa da punição em favor da consciencialização, da lealdade e da responsabilização), educação para a liberdade e para a cidadania, acompanhamento individual dos alunos dentro e fora da sala de aula e não esquecimento dos alunos durante as férias.
Ao longo da comunicação, houve excertos da obra, a comprovarem a actualidade da sua mensagem, bem como a valorização do Sebastião da Gama pedagogo e poeta, que se retratou nos poemas “O menino grande” e “Carta de guia”, ambos datados de 1946 e ambos publicados postumamente, em Itinerário paralelo (1967), focagens que cantam a alegria permanente, visível também nas entradas do Diário como ingrediente necessário para se educar.
No final, ficou a sensação da necessidade de esta obra dever ser de leitura e estudo obrigatório na formação de professores. Na prática dos professores, acrescento, e, já agora, leitura recomendada para quem tenha preocupações na área da educação, independentemente da função que desempenha.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Propostas para a Noite dos Museus

É já no próximo fim-de-semana que acontece a "Noite dos Museus", acção integrada no Dia Internacional dos Museus. Aqui está um lote de sugestões para uma noite cultural.
Há boas propostas, mas, por afinidades, que são minhas, destaco a palestra de Fernando António Baptista Pereira, no dia 15, pelas 21h30, no Museu Sebastião da Gama, em Azeitão, intitulada "Uma leitura do Diário de Sebastião da Gama 60 anos depois".