Em 19 de Abril passa o 155º aniversário da elevação de Setúbal a cidade, reinava D. Pedro V. O pedido fora formulado dois anos antes, em 14 de Abril de 1858, em carta assinada pelos membros da Câmara sadina (Aníbal Álvares da Silva, presidente, e José Joaquim Correia, Francisco Joaquim Peres, João Sezinando de Freitas Sénior, Joaquim Mata Guerreiro e Manuel José de Araújo, vereadores). A efeméride é lembrada em programa municipal com várias iniciativas. Para a agenda.
Mostrar mensagens com a etiqueta cidades. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta cidades. Mostrar todas as mensagens
sábado, 11 de abril de 2015
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Cidades sem qualidades? (continuação)
Esta
notícia, surgida na edição online Rostos
de ontem, apresenta uma questão pertinente, que em nada se afasta da opinião já
aqui veiculada a partir do blogue de José Teófilo Duarte.
Nestas
coisas de ordenações e de rankings baseados em apreciações pessoais e pontuais,
há que ter reservas. Um amigo que participou neste inquérito promovido pela
Deco como inquirido dizia-me hoje que não se admirava dos resultados, sobretudo
se se pensar que estaria ao alcance de qualquer inquirido denegrir a
apreciação. “Não me admira que tenha havido gente que respondeu como
oportunidade para derreter a imagem de Setúbal”, dizia-me ele.
Nestas
coisas, como nos comentários abertos que pululam aí pela net,
há que manifestar reservas. Liberdade de opinião, sim; seriedade nas
abordagens, também; justificações certas e comprovadas para as opiniões,
indispensáveis. O resto pode dar misturas em que, no final, ninguém se revê –
nem os próprios inquiridos, nem os opinadores, que, juntos ou separados, julgavam ter uma visão representativa!...
Já agora, os resultados do inquérito intitulado “Qualidade de vida em 124 cidades de 5 países” podem ser vistos aqui.
Já agora, os resultados do inquérito intitulado “Qualidade de vida em 124 cidades de 5 países” podem ser vistos aqui.
Cidades sem qualidades?
É assim que se inicia o postal do José Teófilo com data de ontem, com o título que para aqui adoptei, a propósito de um "estudo" publicado que põe Setúbal na rota das piores cidades para se viver em Portugal. Vale a pena lê-lo para se perceber o alcance destes "estudos" ou a nossa adesão aos mesmos. Vale a pena lê-lo para se aprender a sentir a cidade, a (re)construir a cidade. Li e gostei.
Etiquetas:
blogues,
cidades,
José Teófilo Duarte,
Setúbal
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Gonçalo M. Tavares, “Uma Viagem à Índia”, canto III
* “Antigamente, uma grande cidade era o sítio onde vivia um excelente filósofo, agora uma grande cidade é aquela que tem muitos cidadãos em idade de votar e, pelo menos, um edifício com 140 andares. Se no meio dos 15 milhões existir um homem que pensa: excelente, sim, é certo, mas não indispensável.” (est. 16)
* “As mulheres sempre foram mais minuciosas na vingança. Folheiam-na sem saltar uma página. E tratam das unhas antes de pegar no machado. Pelo contrário, um homem com raiva e ressentimento é atabalhoado, desastrado, incapaz de encontrar a pronúncia perfeita da violência, como se pegasse em ferramentas despropositadas: a charrua para arrancar uma flor, o martelo para ver mais perto.” (est. 27-28)
* “O homem pensa a Natureza como se esta fosse uma mesa a que pode cortar uma das pernas para a endireitar.” (est. 36)
* “O ódio não necessita de grande tecnologia de suporte: bastam duas mulheres para um único homem, ou dois homens para um único território.” (est. 48)
* “Tantos se espantam com o facto de o amor ocorrer em seres vivos de idades muito diferentes, e nenhum assombro perante a bem maior diferença da idade que o ódio liga.” (est. 50)
* “Fazer e desfazer: as duas rectas mais paralelas da espécie humana. Nunca se cruzam.” (est. 64)
* “Ninguém é capaz de se acorrentar a um dia de sucesso como um cão a um poste. Os dias são, em geral, móveis, um autocarro que não pára.” (est. 73)
* “As derrotas devem surgir enquanto somos novos e fortes, pois aí os insucessos fortalecem, enquanto mais tarde poderão enfraquecer.” (est 74)
* “Agir é coisa longa que começa quando aprendemos a caminhar e termina apenas quando morremos ou quando já não temos inimigos.” (est. 79)
* “Bomba subtil e lentíssima, a velhice, a mais primitiva guerra que a Natureza nos declarou.” (est. 85)
* “Uma flor encolhe os ombros quer seja cheirada por uma linda menina de seis anos ou pela fealdade absoluta. Para a bela flor a beleza é insignificante.” (est. 88)
* “Vigiai os crápulas e vigiai os homens que falam manso; há no excesso de fragilidade exibida a preparação de uma maldade.” (est. 99)
* “A legislação de um país é um tratado de paz entre os seus habitantes, mas o ódio entre os homens é bem mais estável do que as leis que os homens estabelecem. Porque o ódio é uma lei da natureza.” (est. 110)
* “A vida é isto: a lua está mais próxima de alguns homens que treinam para astronautas que um prato quente da boca de outros homens. É aquilo a que podemos chamar: distâncias relativas.” (est 114)
* “O amor será útil internamente, mas externamente não carrega um tijolo.” (est. 137)
Gonçalo M. Tavares. Uma Viagem à Índia. Alfragide: Leya / Caminho, 2010.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Máximas em mínimas (62)
Escola - "Lá fora, nos bosques, predominavam, agora, os tons vermelho e ouro e o brilhante Sol outonal refulgia. Era o melhor tempo para caçar coatis e serigueias ou para subir, de canoa, o rio Holston à procura de frutos silvestres ou nozes, e ele ali preso, no seu quarto dia de aulas! Impaciente, suspirou; mas, lembrando-se de como a mãe ficara contente com a promessa que lhe fizera, de aprender a ler e a escrever, pegou na pena de pato e inclinou-se sobre o caderno de cópia, de papel grosso. No cimo da página, estava um nome. Era o dele, escrito pelo senhor Kitchen. Mergulhando a pena no tinteiro de chifre, Davy copiou-o, com cuidado, diversas vezes."
Cidade - "Que quantidade de coisas estranhas e surpreendentes encontrava ali um rapaz criado nos bosques! Casas alinhadas e juntas umas às outras; ruas pavimentadas com godos; um grande mercado onde abundavam hortaliças, frutas e bolos; lojas e igrejas; e havia mais gente nas ruas do que árvores na floresta."
Razão - "Depois de verificares que a razão te assiste, segue para diante."
Enid Lamonte Meadowcroft. Davy Crockett (1952).
Etiquetas:
cidades,
Davy Crockett,
Enid Lamonte Meadowcroft,
escola,
máximas em mínimas,
razão
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Patrulheiros - já ouviu falar deles?
Natália Abreu escreveu no Público de ontem que "estes reformados fazem uma cidade mais segura". São eles, os patrulheiros. E continua: "Não ganham muito, mas recebem algo que não tem preço. Têm entre 50 e 80 anos e uma missão - fazer do centro de Setúbal um lugar melhor."
[foto: Público]
Etiquetas:
cidades,
Natália Abreu,
patrulheiros,
segurança,
Setúbal
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Setúbal tem 150 anos de cidade
Cartaz do 150º aniversário da elevação de Setúbal a cidade, concebido sobre pormenor de desenho de Nogueira da Silva alusivo à recepção que Setúbal fez a D. Pedro V em 1860, ano em que Setúbal obteve esse estatuto. O desenho original foi publicado no Archivo Pittoresco (vol. 3, 1860, nº 38).
Etiquetas:
Archivo Pittoresco,
cidades,
efemérides,
Nogueira da Silva,
Pedro V (D.),
Setúbal
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
"ViVER Setúbal" - Os roteiros de uma exposição (1)
Entre Junho e Setembro, Setúbal pôde visitar a exposição “ViVer Setúbal - Uma forma de ver a cidade”, promovida pelo Programa Polis, primeiro no antigo edifício do Banco de Portugal e, depois, na sede da Sociedade Musical Capricho Setubalense.
A exposição, coordenada por Isabel Victor e Bruno Ferro, sobre fotografias de Américo Ribeiro e de Ricardo Cordeiro, teve a acompanhá-la a edição de três roteiros: “Do Largo de Jesus ao Largo da Fonte Nova” (1), “Avenida Luísa Todi” (2) e “Da Igreja de S. Julião à Igreja de Santa Maria” (3), todos com textos de Patrícia Silva Alves e de Paula Castro Rosa. Os textos destes roteiros partiram de outros textos, também publicados: “Da tentação à redenção – Os caminhos do Troino”, de José Luís Neto, “Avenida Luísa Todi”, de Francisca Ribeiro, e “As elites d’Ouro Branco – De Santa Maria a Bocage”, de José Luís Neto, respectivamente.
As informações que constam no texto dos roteiros padecem de algumas falhas inexplicáveis. O problema é que essas foram as publicações mais distribuídas e que ficarão para informar. E um erro, quando escrito, tem tendência a propagar-se… além de ser um atentado à memória.
Com a devida autorização, transcrevo, em duas partes, a opinião de Carlos Mouro, investigador e autor de obra sobre a história de Setúbal, por constituir uma reposição da verdade em informações que não denota(ra)m esse cuidado.
A exposição, coordenada por Isabel Victor e Bruno Ferro, sobre fotografias de Américo Ribeiro e de Ricardo Cordeiro, teve a acompanhá-la a edição de três roteiros: “Do Largo de Jesus ao Largo da Fonte Nova” (1), “Avenida Luísa Todi” (2) e “Da Igreja de S. Julião à Igreja de Santa Maria” (3), todos com textos de Patrícia Silva Alves e de Paula Castro Rosa. Os textos destes roteiros partiram de outros textos, também publicados: “Da tentação à redenção – Os caminhos do Troino”, de José Luís Neto, “Avenida Luísa Todi”, de Francisca Ribeiro, e “As elites d’Ouro Branco – De Santa Maria a Bocage”, de José Luís Neto, respectivamente.
As informações que constam no texto dos roteiros padecem de algumas falhas inexplicáveis. O problema é que essas foram as publicações mais distribuídas e que ficarão para informar. E um erro, quando escrito, tem tendência a propagar-se… além de ser um atentado à memória.
Com a devida autorização, transcrevo, em duas partes, a opinião de Carlos Mouro, investigador e autor de obra sobre a história de Setúbal, por constituir uma reposição da verdade em informações que não denota(ra)m esse cuidado.
Etiquetas:
Carlos Mouro,
cidades,
erro,
exposições,
Polis (Setúbal),
roteiros,
Setúbal
domingo, 23 de agosto de 2009
Política caseira (56): Promessas para uma cidade virtual
No discurso político das (pré-)campanhas eleitorais, vale tudo, independentemente de elas serem de âmbito nacional ou local. A gente tem assistido às promessas e aos discursos dos candidatos à Câmara de Setúbal e tem visto o teor … Na net, surgiu mais um promissor rol de ofertas para Setúbal: é sob a responsabilidade do M.A.C.A.U. (Movimento Alternativo Contra Aberrações Urbanísticas), com sítio a condizer no que respeita a crítica e a promessas e com sugestivo lema (“Por uma cidade onde seja agradável viver!”). Dê-lhe o leitor o valor que quiser, leve-o a sério ou não… mas, entre algumas verdades, este sítio constitui também uma paródia ao discurso das promessas a que temos assistido nos últimos tempos. Se não, veja-se como a cidade se torna cada vez mais virtual: a animação de Setúbal carece de uma roda gigante, de um balonário, de um elevador que ligue o Parque de Albarquel ao forte de S. Filipe e, imagine-se, de uma candidatura da cidade aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018! Nunca se tinha ido tão longe!... Se o leitor tiver ideias mais arrojadas, pode contribuir com sugestões para o movimento…
Esta coragem não admira. Há dias, uma amiga que trabalha numa autarquia bem conhecida no país, depois de eu lhe dizer que a sua Câmara tinha dinheiro para obras e que era um autarquia rica, respondeu-me: "Olha que não! A gente passou este mandato a fazer projectos para mostrar às pessoas o que vai ser o concelho no futuro! Foi só virtual... As obras foram só imagens..." São sinais dos tempos, claro! Mas ajudam na propaganda, mesmo que a gente se contente com as imagenzinhas!...
Etiquetas:
autarquias,
cidades,
discursos,
eleições,
humor,
política caseira,
Setúbal,
virtual
segunda-feira, 18 de maio de 2009
domingo, 19 de abril de 2009
Setúbal, 149 anos de cidade
Decreto pela 2.ª Repartição da Direcção-Geral de Administração Pública,
do Ministério do Reino
Tendo em consideração que a muito notável vila de Setúbal goza naturalmente da primazia de ser a povoação imediata em importância às primeiras cidades do Reino, não só pela sua grande população e excelente posição topográfica e pela qualidade dos edifícios que avultam dentro de seus muros, mas também pelo movimento e vastidão do seu comércio, devido ao porto de mar, por onde anualmente se faz uma considerável exportação de géneros e produtos agrícolas;
Atendendo a que estes artigos comerciais devem ter progressivo incremento com a ligação de Setúbal à cidade de Lisboa, por meio de uma linha de vapores no Tejo e de um caminho de ferro desde o Barreiro até àquela vila;
Por estas razões e tendo em muito apreço os constantes testemunhos que os seus habitantes têm dado de nobre dedicação ao trono e às instituições constitucionais da Monarquia, hei por bem, anuindo à representação da Câmara Municipal de Setúbal, em vista da informação do Governador Civil de Lisboa e resposta fiscal do procurador geral da Coroa, fazer mercê à vila de Setúbal de a elevar à categoria de cidade, com a denominação de cidade de Setúbal; e me apraz que nesta qualidade goze todas as prerrogativas, liberdades e franquezas que directamente lhe pertencerem, devendo expedir-se à respectiva Câmara Municipal a carta competente, em dois exemplares, um para título daquela corporação e outro paga ser depositado no Real Arquivo da Torre do Tombo.
O ministro e secretário de Estado dos Negócios do Reino assim o tenha entendido e faça executar. Paço das Necessidades, em 19 de Abril de 1860. — Rei — António Maria de Fontes Pereira de Mello.
Atendendo a que estes artigos comerciais devem ter progressivo incremento com a ligação de Setúbal à cidade de Lisboa, por meio de uma linha de vapores no Tejo e de um caminho de ferro desde o Barreiro até àquela vila;
Por estas razões e tendo em muito apreço os constantes testemunhos que os seus habitantes têm dado de nobre dedicação ao trono e às instituições constitucionais da Monarquia, hei por bem, anuindo à representação da Câmara Municipal de Setúbal, em vista da informação do Governador Civil de Lisboa e resposta fiscal do procurador geral da Coroa, fazer mercê à vila de Setúbal de a elevar à categoria de cidade, com a denominação de cidade de Setúbal; e me apraz que nesta qualidade goze todas as prerrogativas, liberdades e franquezas que directamente lhe pertencerem, devendo expedir-se à respectiva Câmara Municipal a carta competente, em dois exemplares, um para título daquela corporação e outro paga ser depositado no Real Arquivo da Torre do Tombo.
O ministro e secretário de Estado dos Negócios do Reino assim o tenha entendido e faça executar. Paço das Necessidades, em 19 de Abril de 1860. — Rei — António Maria de Fontes Pereira de Mello.
Etiquetas:
cidades,
Fontes Pereira de Melo,
Pedro V (D.),
Setúbal
domingo, 29 de março de 2009
Em Setúbal, a "sensibilização" contra o caos que foi criado no trânsito da "baixa"
«Acção de sensibilização em Setúbal sobre estacionamento na Avenida Luísa Todi - A PSP, em concordância com a Câmara Municipal de Setúbal, realiza, entre segunda e quarta-feira, na Avenida Luísa Todi, uma acção de sensibilização de ordenamento do estacionamento. A medida, que incidirá no troço compreendido entre o Quartel do 11 e o Governo Civil da faixa Norte, pretende advertir os automobilistas para a impossibilidade de estacionarem as viaturas em zonas proibidas e em segunda e terceira filas. O parqueamento inapropriado causa sérios transtornos na fluidez de trânsito na Avenida Luísa Todi, além de impedir que veículos prioritários possam cumprir os seus objectivos.Acções similares serão promovidas, posteriormente, noutros troços da Avenida Luísa Todi.»
A notícia diz apenas isto e consta na edição online Rostos. A atitude de "sensibilização" merecerá comentários aos utilizadores da "baixa" de Setúbal, que, confesso, só sou em escala de absoluta necessidade.
A Avenida Luísa Todi foi sujeita às obras do projecto Polis. O número dos lugares de estacionamento na parte que serve a zona mais comercial da "baixa" de Setúbal, justamente aquela que vai ser alvo da "sensibilização", foi reduzido e aquilo a que se tem assistido tem sido um verdadeiro caos: as três faixas de rodagem em cada sentido estão reduzidas a uma, porque o estacionamento tem acontecido em duas delas a esmo. Com o novo desenho da circulação e do não estacionamento, a Avenida quase ganha a configuração de passagem e não de chegada ou de estar, o que afasta as pessoas da frequência da "baixa", com todas as implicações que isso possa ter. Acresce o período de obras, mais o número de ruas que foram fechadas ao trânsito automóvel, mais...
É claro que existirá sempre a ideia de não levar o carro para ali. É verdade... mas a ideia era essa? Com que alternativas?
É que... sensibilização existirá, sensibilidade também, mas, na prática, os utilizadores da "baixa", do mercado e dos serviços por ali existentes vêem apenas reduzida a sua possibilidade de mobilidade e de transporte.
Por mim, prefiro não ter que me deslocar para aquela zona. A não ser que seja necessário, mesmo necessário, quase indispensável.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
No "Correio de Setúbal" de hoje
Diário da Auto-Estima – 67
Mourinho – À chegada de José Mourinho a Lisboa, os jornalistas quiseram saber o que ia ele fazer, como ia ser a sua vida, se iria ao futebol, etc., etc., as perguntas do costume. O treinador foi comedido e, pedagogicamente, disse mesmo que, agora que estava fora dos bancos e dos treinos, não iria dizer nada sobre futebol, acrescentando que o único futebol em que marcaria presença seria para ver jogos do sadino Vitória Futebol Club. Esta intenção, assim pacificamente manifestada, merece a minha admiração, mesmo porque vai ao encontro de um artigo que O Setubalense publicou recentemente, assinado por Giovanni Licciardello, intitulado "Pensar Setúbal" - é que, de acordo com o articulista (e eu subscrevo), ser setubalense não exige que a naturalidade no bilhete de identidade contenha a palavra "Setúbal", antes passa por "ter uma relação afectiva com a cidade e arredores, reconhecer as potencialidades inegáveis que tem e procurar dar o seu modesto contributo para que possa melhorar", por "gostar de Setúbal". Mostrar um pouco do vitorianismo que lhe vai dentro, como publicamente fez Mourinho, foi um acto de setubalense. E só esse bocadinho valeu a pena, quer para a auto-estima do clube, quer para a auto-estima de Setúbal.
Língua Materna – "Porque vale a pena continuar a estudar a língua portuguesa?" A pergunta foi lançada assim, de repente, para os grupos de trabalho, com a incumbência de cada grupo apresentar sete razões. O ambiente era o da primeira aula de Língua Portuguesa do ano lectivo, com estudantes de 8º ano, na faixa etária dos 13/14 anos. Entre as respostas obtidas, são visíveis razões escolares e curriculares, utilitárias, sociais, de respeito pelo outro, históricas, cívicas, identitárias e de memória. Apresento algumas delas, por poderem ser uma lição ou, pelo menos, um conselho: "para falarmos correctamente", "para sermos mais cultos", "porque, sabendo falar bem português, temos facilidade em aprender outras línguas", "para compreendermos a sociedade", "para que o calão e o inglês não dominem a nossa língua", "porque desenvolve a nossa capacidade mental", "por ser o mínimo que podemos fazer por todos os que mudaram a nossa história e contribuíram para o conhecimento da nossa língua em todo o mundo" e "porque... se não a soubermos falar correctamente, quem o saberá?"
Comparações – “Ao fim do dia, vou a Viana do Castelo de fim-de-semana.” “Ah, gosto tanto de Viana! Aquela é uma cidade linda! O rio, o mar, a cidade…” “Mas Setúbal também tem tudo isso…” “Setúbal? Pois tem. Mas Viana é uma cidade quase perfeita…” “Pois, de facto, Setúbal é mais uma cidade imperfeita…” “Apesar de se gostar dela, mas…” “Claro, tens razão!”
Sugestões para ver e saber – Quando se escreve sobre alguma coisa está já implícito um juízo crítico, porque, como constava no título de um texto lido há anos, “escolher é julgar”. Por razões diversas, sobretudo relacionadas com o património ambiental, histórico e humano, seja-me permitido deixar a sugestão de duas exposições: a primeira, em Palmela, na Biblioteca Municipal, intitulada “Adiafa – A festa das vindimas”, que pode ser vista até meados de Outubro e mostra bandeiras de um quarto de século de adiafas; a segunda, em Setúbal, no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, com fotografias de Rosa Nunes, sob o título “Águas do silêncio”, um conjunto que nos leva a conhecer o estuário do Sado de uma forma original.
Língua Materna – "Porque vale a pena continuar a estudar a língua portuguesa?" A pergunta foi lançada assim, de repente, para os grupos de trabalho, com a incumbência de cada grupo apresentar sete razões. O ambiente era o da primeira aula de Língua Portuguesa do ano lectivo, com estudantes de 8º ano, na faixa etária dos 13/14 anos. Entre as respostas obtidas, são visíveis razões escolares e curriculares, utilitárias, sociais, de respeito pelo outro, históricas, cívicas, identitárias e de memória. Apresento algumas delas, por poderem ser uma lição ou, pelo menos, um conselho: "para falarmos correctamente", "para sermos mais cultos", "porque, sabendo falar bem português, temos facilidade em aprender outras línguas", "para compreendermos a sociedade", "para que o calão e o inglês não dominem a nossa língua", "porque desenvolve a nossa capacidade mental", "por ser o mínimo que podemos fazer por todos os que mudaram a nossa história e contribuíram para o conhecimento da nossa língua em todo o mundo" e "porque... se não a soubermos falar correctamente, quem o saberá?"
Comparações – “Ao fim do dia, vou a Viana do Castelo de fim-de-semana.” “Ah, gosto tanto de Viana! Aquela é uma cidade linda! O rio, o mar, a cidade…” “Mas Setúbal também tem tudo isso…” “Setúbal? Pois tem. Mas Viana é uma cidade quase perfeita…” “Pois, de facto, Setúbal é mais uma cidade imperfeita…” “Apesar de se gostar dela, mas…” “Claro, tens razão!”
Sugestões para ver e saber – Quando se escreve sobre alguma coisa está já implícito um juízo crítico, porque, como constava no título de um texto lido há anos, “escolher é julgar”. Por razões diversas, sobretudo relacionadas com o património ambiental, histórico e humano, seja-me permitido deixar a sugestão de duas exposições: a primeira, em Palmela, na Biblioteca Municipal, intitulada “Adiafa – A festa das vindimas”, que pode ser vista até meados de Outubro e mostra bandeiras de um quarto de século de adiafas; a segunda, em Setúbal, no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, com fotografias de Rosa Nunes, sob o título “Águas do silêncio”, um conjunto que nos leva a conhecer o estuário do Sado de uma forma original.
Subscrever:
Mensagens (Atom)