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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Para a agenda - Ambiente e comportamento humano por José Palma Oliveira


O homem e o ambiente - uma relação para (des)agradar? José Palma falará sobre o assunto no MAEDS, na sexta-feira, 15. O título da palestra alicia: "História do ambiente e comportamento humano: a (in)evitável destruição?" Uma pergunta para todos nós. Para a agenda!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Francisco Assis derrota ideia de rendimentos na net

A notícia que o Diário de Notícias divulgou em primeira página há dois dias sobre a intenção de alguns deputados socialistas quererem que os rendimentos brutos declarados ao fisco de todos os contribuintes fossem exibidos na internet não teve bons resultados. Hoje, na página do DN, pode ler-se o que será um provável desfecho:
«Líder da bancada do PS trava proliferação de projectos 'selvagens' com origem no grupo parlamentar.
"Nunca mais!" De dedo espetado, tanto na passada quarta-feira na reunião da direcção da bancada como ontem numa reunião do plenário dos deputados socialistas, Francisco Assis impôs assim ordem: "Nunca mais" quer ver publicitados nos media projectos da iniciativa de deputados socialistas sem antes os conhecer.
O assunto ocupou ontem uma parte importante da reunião do grupo parlamentar. Pano de fundo: a intenção de três vice-presidentes da bancada (Mota Andrade, Strecht Ribeiro e Afonso Candal) de apresentarem na Comissão Parlamentar de Combate à Corrupção um projecto que tornaria públicos, na Internet, os rendimentos brutos declarados ao fisco por todos os contribuintes.
Assis desautorizou a iniciativa. Disse que enquanto for líder da bancada nunca um tal projecto avançará, pelo menos em nome do PS. Agora só poderá avançar como iniciativa individual de um (ou mais) deputado do PS. Strecht Ribeiro já prometeu que o fará, na Comissão Parlamentar da Corrupção.»

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Espiar o irreal

"Socialistas vão apresentar projecto de 'big brother' fiscal, que coloca 'online' rendimentos brutos de todos os contribuintes - Todos os rendimentos declarados, de todos os cidadãos do País, vão ficar à vista de todos os que quiserem ver, na Internet. Eis, em síntese, o projecto de lei que o PS tenciona apresentar, muito brevemente, na Assembleia da República: tornar públicos todos os rendimentos brutos declarados de todos os contribuintes. Sem o imposto final pago, sem as despesas reembolsáveis (despesas de saúde, educação, etc.), mas com o rendimento bruto anual declarado. E, evidentemente, a identificação do contribuinte. Por outras palavras: acaba-se o sigilo fiscal."
A revelação vem no Diário de Notícias de hoje, que puxa o assunto para primeira página. Mais uma acha para a fogueira da espionagem sobre o vizinho ou sobre o amigo, mais uns números de encher o olho, mais um contributo para saciedade "voyeurista". Medidas como esta demonstram outras ineficácias como demonstram o descrédito em que uma certa forma de fazer política tem a sociedade. Se esta intenção vier a ser lei, o que se vai ver esconderá verdades e alegrará o olho da cobiça (que só vê o que de "bom" há na vida dos outros, mas não pensa no que de menos bom essas vidas albergam). E a corrupção talvez passe a usar sapatos de verniz... Quem zela pela vida privada de cada cidadão?

quinta-feira, 26 de março de 2009

Em trânsito

Anteontem, pelas três da tarde, fiz o percurso entre Santana (Sesimbra) e o Fogueteiro, itinerário de muito movimento rodoviário, com particular destaque para pesados. Fiz o percurso sempre atrás de um camião e fui assistindo às tropelias de um dado tipo de condução.
Por exemplo, a certa altura, pouco depois da Cotovia, o trânsito rodava lento. O condutor do camião buzina várias vezes, com decibéis que tornavam o seu som bem grave. Umas centenas de metros à frente, o camião mete-se, enfim, a ultrapassar o obstáculo. Era um daqueles veículos lentos que não exige carta de condução e que tem velocidade reduzida. A meio da ultrapassagem, o camião começa a encostar para a direita e o veículo lento não tem outro remédio senão rolar para a berma, de terra batida, quase atarantado, no meio de poeirenta nuvem. E o camião lá segue a sua rota, sem que, no momento, houvesse trânsito em sentido contrário.
Mais à frente, além de, ocasionalmente, algumas linhas irregulares na rodagem, com oscilações ora para o centro da via ora para a berma, o homem apitava, não sei se alegremente, se para cumprimentar quem passava, se para mandar desviar quem lhe fosse à frente. Eram buzinadelas em forma de sirene de bombeiros, mas mais graves, a condizerem com o tamanho do veículo, talvez. Mais espectacular som surgiu ao passar por baixo da auto-estrada, no nó do Fogueteiro, com o eco a responder-lhe com redobrada gravidade. E se quem seguia atrás do pesado bólide ouvia nitidamente tais manifestações de contentamento, imagine-se quem estivesse na sua frente...
Depois, sem sinalização, virou para a auto-estrada. Presumo que se terá posto na faixa da esquerda com a buzina a roncar e prego a fundo. Ou talvez não. Se calhar, foi pela direita, a mandar que o pessoal se desviasse para a esquerda para ele passar… Ironias, claro!
Neste percurso, preocupei-me em não ultrapassar o artista. Precaução minha, é evidente. Apesar de acreditar que não há ninguém que não tenha cometido erros de condução na vida. Mas, perante certas alarvidades… fica-nos sempre o desejo de que ali, naquela hora, um agente da autoridade devia surpreender o artista. Por ele, claro; mas sobretudo pelos outros, que têm o direito de não se sentir inseguros.