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sexta-feira, 19 de maio de 2017

Como Ruy Ventura nos leva a ler Sebastião da Gama...



Ruy Ventura escreveu A Chave de Sebastião da Gama, um conjunto de textos que já tive a oportunidade de ler (graças a uma prova de amizade do autor) e que será publicado em co-edição pela Editora Licorne e pela Associação Cultural Sebastião da Gama, com apresentação pública anunciada para 26 de Maio, à noite, em Azeitão, na Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, a encerrar a "Jornada Internacional Sebastião da Gama - Pelo Sonho é que Vamos". 
A capa do livro muito fica a dever a uma fotografia captada por Nuno Matos Duarte nos meandros da Arrábida. Uma capa de que gosto muito, diga-se.
Sobre o livro, Ruy Ventura deu-me a oportunidade de escrever, outra prova de amizade. E, não revelando aqui tudo o que registei, deixo, no entanto, um excerto que pode servir como pretexto para convite para a apresentação em Azeitão: "Lemos este conjunto de textos e sentimos a alegria de redescobrir Sebastião da Gama, numa mais consolidada visão sobre a força arrabidina, numa respeitadíssima tradição literária e cultural, numa autêntica fundamentação dos princípios que ajudam ao desvendar dos códigos que povoam a sua poesia, numa aproximação da palavra a um projecto de vida e de fé, que acabou por ser a marca que de Sebastião da Gama se impôs."
O leitor de Sebastião da Gama vai gostar de o ver através de Ruy Ventura, ele próprio também poeta. Vale a pena!
  

sábado, 19 de janeiro de 2013

Para a agenda: Sebastião da Gama em concerto



Os versos de Sebastião da Gama, a música e as vozes do grupo e-Vox. Os ecos da Arrábida, a musicalidade da poesia, a poesia da música. Tudo em 26 de Janeiro, pelas 21h30, na Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, em Vila Nogueira de Azeitão, com entrada livre, numa realização da Associação Cultural Sebastião da Gama, em parceria com a SFPA. Mais do que uma sugestão, um convite. Para si e para os amigos...

domingo, 17 de junho de 2012

Marchas Populares de Setúbal 2012 (1) - Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense

O tema da marcha da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense é a evocação do ambiente romântico da época em que a associação foi fundada - Abril de 1882, num evento de rua em que as raparigas puseram perpétuas na lapela da farda dos músicos.
Refrão: "Ó Azeitão / aqui vais tu a mostrar / numa canção / esta história de encantar / tens orgulhosa / Filarmónica na aldeia / és preciosa / quando a arte se enleia / bem animada / tocas tangos, tocas valsas / e na arruada / São João quer ver as moças / deixas no ar / um perfume a manjerico / e vais marchar / daqui para o bailarico."




sábado, 4 de fevereiro de 2012

"Ó malta da minha terra" - Teatro de revista em Azeitão

São cerca de duas horas numa viagem por quadros da história de Portugal, apresentados com graça, humor, algum sarcasmo, música e cor, muita cor. É a revista Ó malta da minha terra, levada a cabo pelo grupo de teatro da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, de Azeitão.
Cerca de setenta pessoas, no seu amadorismo e paixão, enfeitam o palco e dão vida a uma história de Portugal “como nunca ninguém ouviu… e, muito menos, viu”, em três dezenas de quadros que vão sendo ligados pelas personagens Luso Manél, Britânico Richard e Nativo Sábado, uma escolha multicultural.
Sendo uma abordagem de história(s) de Portugal, em que o primeiro quadro é a “criação do mundo”, há também a homenagem ao próprio género e à arte dramática, haja em vista a presença do quadro “Molière e a revista” e daquele que fecha o espectáculo, intitulado “Os pais do teatro e a revista”, evocativo de Gil Vicente e de Almeida Garrett.
Alguns números surgem bem achados, pela surpresa, pelo trabalho e pelo relevo, como são os casos dos episódios de Afonso Henriques, da chegada ao Brasil, da padeira de Aljubarrota, da Maria da Fonte, do aeroporto de Beja (este com um cenário repleto de humor, como o da companhia Aero Pias ou a sinalética dos serviços do aeroporto ou o quadro das "xigadas" e das "abaladas") ou do quadro sobre Lisboa (com um belo texto e muito bem transmitido). Pelo meio, porque de uma viagem à(s) história(s) se trata, há também a poesia de Fernando Pessoa e de Camões, que animam o quadro dos Descobrimentos, claro.
O guião e os textos são da autoria de Carlos Zacarias, a direcção musical é de Cristiano Dias. O espectáculo repete hoje, pelas 21h30, na sede da SFPA, e merece bem a visita.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Um presépio, um Natal (VI)

Presépio em Azeitão, na Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense (Dez.2009)

Senhora do Presépio


Tudo tão simples e tão natural:
(um nascimento igual aos dos filhos dos homens?)
a mãe serena, aliviada após o parto,
contempla o filho recém-nascido,
carne da sua carne, recém-parido.

Tudo tão simples e sobrenatural:
mistério de uma virgem dando à luz
um menino filho de Deus, gerado
por obra e graça do Espírito Santo.

Tudo tão simples e sobrenatural:
em Belém uma virgem dava à luz o Salvador.
Filho de Deus e de Maria
nascia para o mundo o Redentor.

Maria de Lourdes Belchior. Cancioneiro para Nossa Senhora / Poemas para uma Via-Sacra (1988).

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama – notas do fim-de-semana

A entrega do Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama ocorreu em Azeitão, nas instalações da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, na noite de sábado.
Gostaria de deixar três notas a propósito: a primeira, de congratulação com o espectáculo que o grupo “ArsLuce” proporcionou, apresentando danças renascentistas, cheias de subtileza e de poesia, com guarda-roupa simpático a ajudar nesse transporte para tempos bem distantes; a segunda, de igual congratulação pelo concerto que a Banda da Sociedade Perpétua Azeitonense ofereceu, sob a batuta do maestro Carlos Medinas, bem capaz de arrancar muitos aplausos, cheio de criatividade e dedicação; a terceira, a propósito do contemplado com o prémio, José Carlos Barros, e da sua simplicidade para o acto de falar de poesia, bem expressos nos exemplos para justificar o orgulho e vaidade que sentia por o seu texto ter agradado – o de seu pai, alfaiate de ofício, e o do agricultor Linhares, um e outro sempre vaidosos do trabalho que conseguiam: o fato, num caso, e a perfeição do acto de podar, no outro.
Na minha intervenção, enquanto responsável da Associação Cultural Sebastião da Gama, saudei este evento, partilhando outras três razões: a primeira, porque naquele mesmo dia, tinha partido um poeta, Miguel de Castro, descoberto para a poesia por Sebastião da Gama, compositor na senda do lirismo como fora o próprio Sebastião da Gama, partida que o terá levado, provavelmente, a um encontro com o mestre para falarem de poesia, francesa quase de certeza, que era também a poesia francesa que os ajudava; a segunda, porque neste ano ocorrem os 60 anos do início da escrita do Diário, obra máxima na pedagogia de Sebastião da Gama, a necessitar de ser concretizada, texto também poético que bem merece ser meditado e considerado fonte de inspiração, que poderia levar os educadores (pais ou professores), os políticos e a sociedade a encarar a educação de outra maneira, talvez a encontrar soluções para vários problemas que se põem hoje no acto educativo, sobretudo no que se prende com a relação pedagógica, com os laços, com os afectos (e a falta de tudo isto); finalmente, a terceira, com a oportunidade justificada pelo facto de este Prémio, ao longo das doze edições, além de prolongar a memória do seu patrono, ter aberto caminho a poetas e ter consagrado outros, mencionando os casos de Maria do Rosário Pedreira (a primeira vencedora, em 1988, sob o pseudónimo de Maria Helena Salgado), Maria Graciete Besse, Amadeu Baptista e José Carlos Barros, “repetente” nestas andanças, uma vez que já ganhara este Prémio em 1990.
Agora, resta aos leitores uma espera no sentido de que o texto de José Carlos Barros seja publicado. E, a avaliar pelo testemunho deixado pelo poeta Ruy Ventura, em nome dos membros do júri, boas razões (literárias) haverá para se esperar a publicação, assim o poeta lhe dê corpo, tal como fez com o texto que, em 1990, lhe trouxe o galardão (Uma abstracção inútil. Évora: Declives, 1991)!

domingo, 19 de abril de 2009

Alunos apresentaram Sebastião da Gama

85 anos teria feito Sebastião da Gama neste mês de Abril (no dia 10), 60 anos passam neste 2009 desde que o seu Diário (de professor) teve início (em 11 de Janeiro de 1949). Estas duas efemérides justificam que o mês de Abril tenha sido o tempo de várias actividades em Setúbal ligadas à memória e leitura do “poeta da Arrábida”.
Uma delas aconteceu na noite de ontem, no Clube Setubalense, intitulada “Sonhos em Sebastião da Gama”, promovida por Ermelinda Capoulas, professora na Escola Secundária Sebastião da Gama, e por um grupo de alunos das turmas B e F de 8º ano da mesma Escola, com o apoio da Associação Cultural Sebastião da Gama e da Câmara Municipal de Setúbal. O público era maioritariamente constituído pelos familiares dos jovens participantes.
Por ali passaram poemas vários e muitos excertos do Diário, numa selecção preparada e apresentada pelos alunos. E foi interessante ver o entusiasmo e o deslumbramento com que todos intervieram no desvendar e no partilhar de textos e de emoções. Simultaneamente, houve entrevista sobre o poeta e o professor, com perguntas a privilegiar a prática do professor que Sebastião da Gama foi – métodos, forma de disciplinar, relações com os alunos, percurso e especificidade da sua forma de agir – e houve o piano de Rui Serôdio a pontuar a musicalidade das palavras. A segunda parte foi integralmente ocupada com a intervenção do grupo coral da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, num reportório diversificado por onde passaram as toadas populares, a poesia de José Gomes Ferreira ou os espirituais.
No final, foi agradável notar o prazer dos alunos por terem conseguido partilhar o fruto do seu trabalho. Mas não menos interessante foi sentir o entusiasmo dos familiares, alguns surpreendidos com a capacidade do que o grupo conseguiu transmitir. E dizia-me um pai, que tinha sido aluno na Escola Secundária Sebastião da Gama, que foi bom ter vindo ali porque não imaginava a importância do patrono da Escola, porque não sabia quase nada sobre ele… e tinha sido graças à participação da filha que tinha acedido a um bocadinho desse saber.
Fosse pelo facto de ser professor, por ter sido poeta, por chamar a Arrábida para as suas mensagens ou por qualquer outra razão, certo é que os jovens envolvidos nesta actividade demonstraram acentuado entusiasmo com a obra de Sebastião da Gama, talvez a dar razão ao que um dia escreveu Arnaldo Saraiva (“Sebastião da Gama – Poeta da Arrábida e da juventude”. Horizonte – Revista Portuguesa de Cultura: Guarda, nº 49, Abril 1958) sobre este poeta: “A sua obra é a sua autobiografia, é a sua vida, ora mística, ora terrena; ora infantil e inocente, ora amadurecida e grave; ora fácil e feliz, ora dura e dolorosa; a sua vida simples, sincera, despretensiosa, mas sempre adolescente.”