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sexta-feira, 2 de maio de 2008

Quando o €uro nasceu...

Passam hoje d€z anos, d€z, sobre um cons€lho €urop€u que teve lugar em Bruxelas, em cujo final foram anunciados os nomes dos países que reuniam condições para adoptar a nova moeda a partir do início do ano seguinte, ainda que apenas em trocas comerciais. Portugal lá estava na lista.
Cerca de quatro anos depois, quando começou 2002, começaram também a circular os €uros nos nossos bolsos e no nosso quotidiano.
Seis anos volvidos, continuamos a recorrer à conversão em contos e em e$cudo$, tal como depois da implantação da República aconteceu com a criação do e$cudo... Continuamos também a ver que o dinheiro é cada vez mais volátil, sinal dos tempos ou do poder que à sua volta se instala!
[Foto: "Nós e o Euro no caminho do futuro", na Escola Básica 2, 3 de Pegões]

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Em Pegões, na escola, com alunos e com Sebastião da Gama

“O senhor pode dizer-me que história vai contar?” perguntava, com voz curiosa, a pequena. “Mas, se quiseres, podes assistir…”, esbocei, como convite. “Mas a que horas é?” Que ia ser às dez. “Mas, às dez e cinco, vou ter teste… Eu sou de 6º ano e quem cá vem são os de 7º ano”. Quis saber o nome. Laura. Que gostava muito de ler. “Eu venho contar a história de uma pessoa… É difícil contar-ta em cinco minutos…” Que já sabia que eu ia falar sobre Sebastião da Gama e que sabia que era um poeta, que agora andava a ler coisas sobre o Andersen porque estavam a trabalhar sobre contos dele. “E sabes que ele viveu durante um mês em Setúbal?” Que não sabia. “E começou um conto em Setúbal…” Como se chamava? “O sapo”. Tinha que se ir embora. Dei-lhe um caderninho sobre Sebastião da Gama, os olhos brilharam de prazer, gostava de ler, muito… “É uma boa leitora que aqui temos”, explicava-me a professora que assistira ao final da conversa. E a Laura lá foi, textos de Sebastião da Gama debaixo do braço, para o teste…
Os colegas da Laura, de 7º ano, começavam a chegar e a sentar-se em semi-círculo pelo chão da biblioteca, numa operação de sossego e de expectativa. Apresentei-me, disse ao que ia. Viram uma pequena reportagem sobre Sebastião da Gama, feita pela Joana Fernandes, e viram, em power point, muito do que foi a obra e a vida do poeta, entremeada com cenas da Arrábida, da literatura, da escola, dos livros. Uma hora e tal de atenção, com as entradas na leitura de poemas por parte de alguns dos jovens, de que recordo os nomes de Sónia, Raquel, João, Letícia, Marcela, Cátia e Jessica… No final, perguntas. O que é que faz a mulher do Sebastião da Gama agora? Quantos anos é que ele foi professor? Que doença o vitimou? Porque foi ele para o Portinho da Arrábida? O senhor acha que é um professor igual ao Sebastião da Gama? Ia respondendo à medida do possível e pensei alto quando estava a responder a esta do tipo de professor que podia ser, sem os querer defraudar… Pelos vistos, algumas citações do Diário quanto à forma de um professor olhar os alunos tocou-lhes! Deixei-lhes o último número do “Boletim Informativo” da Associação Cultural Sebastião da Gama e doze páginas de poemas do “Poeta da Arrábida” para cada um. Alguns confessaram que tinham gostado muito. Havia alegria estampada. Ainda me ofereceram um desenho com os autógrafos, a título de recordação. Aquele espaço irradiava vida.
Foi na manhã de ontem, na Escola Básica 2, 3 de Pegões. Com alunos mesmo motivados, curiosos, interessados, participantes, ávidos de saber… E com professoras e professores que também os têm feito assim. Uma manhã em cheio, que tenho que agradecer a todos, também.