Mostrar mensagens com a etiqueta Espanha. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Espanha. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 6 de março de 2017

Rostos (200) - Ernest Hemingway


Ernest Hemingway, em Ronda (Espanha)

O memorial, de 2015, está próximo da praça de touros de Ronda e apresenta na legenda a justificação para a lembrança do escritor: "Aspirava escrever como se toureia em Ronda - sóbrio, de repertório limitado, simples, clássico e trágico".

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Rostos (154)

"La Lechera", por Manuel García Linares, em Oviedo (colaboração de Quaresma Rosa)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Venceu uma equipa!

O Mundial de Futebol acabou ontem e acabou assim: com a Espanha, uma equipa, a levar a taça. Não bastam bons jogadores; são necessárias equipas. Como em tudo...
[foto: Michael Kooren, Reuters, através do sítio do Público]

terça-feira, 29 de junho de 2010

Previsões (fáceis) do jogo de hoje

O sítio do Le Monde atribui um título interessante à notícia sobre o jogo do Mundial de Futebol de hoje: “Espanha-Portugal, a festa dos vizinhos”. No entanto, o texto alusivo a este encontro luso-espanhol termina com algo que contraria o tom festivo do título: “O choque da Península Ibérica entre as segunda e terceira nações da classificação FIFA anuncia-se quente.” O que justifica esta pressão é aquilo que, a dada altura, o articulista diz: em causa está o facto de ambas as selecções pretenderem "integrar o círculo fechado das oito melhores equipas do mundo e responder às imensas esperanças nelas colocadas." Pelo meio, vai ficando a classificação de Cristiano Ronaldo neste Mundial como “enigmático” e como “desconhecido”...

sexta-feira, 5 de março de 2010

Mário Soares em entrevista

Foi a primeira de uma dúzia de entrevistas que o Público divulgou hoje. Objectivo? "Reflectir sobre o futuro do país, num mundo em profunda mudança". O primeiro a dizer de sua justiça e de sua sabedoria foi Mário Soares, entrevistado por Teresa de Sousa. Eis algumas das reflexões, postas por ordem alfabética dos temas que não pela ordem sequencial da entrevista.
BLOQUEIOS – "Em primeiro lugar, na Justiça. Sem uma Justiça séria e eficaz não podemos avançar. Depois, é indispensável lutarmos contra as desigualdades sociais, a pobreza, o desemprego, o trabalho precário. E só a seguir importa controlar o défice, diminuir o despesismo, acabar com a impunidade dos corruptos, responsáveis pela situação em que nos encontramos. (…) Temos de encontrar e criar empregos para os jovens. O drama do desemprego juvenil tem a ver com o desespero e a depressão. Temos de perceber que a coesão social pode ser posta em causa. Se não fazemos as reformas sociais, estamos, inconscientemente, a criar revoltas, difíceis de controlar."
CRISE(S) – "Estamos hoje a viver no mundo uma crise do capitalismo financeiro-especulativo, política, social e de civilização. (…) Só se fala de quê? Das crises, das nossas fragilidades, do derrotismo nacional, que entrou em moda. E, obviamente, das escutas ilegais, dos escândalos, das roubalheiras. Mas não se discute como é possível combater tudo isso... (…) Carecemos de princípios éticos estritos e obrigatórios para que um capitalismo diferente, com dimensão social e ambiental, possa sobreviver..."
ESPANHA – "Deveríamos entender-nos a fundo com a Espanha nesse sentido. Fazer da Península Ibérica, cujo papel na história universal não é preciso recordar, um centro de reflexão, de ideias novas - e de iniciativas - para o futuro da Europa, como agente global na cena internacional. Temos boas condições para que as relações entre os dois Estados ibéricos se articulem nesse sentido. Devemos ter políticas europeias convergentes. Temos de pôr a Península Ibérica a falar e a fazer-se ouvir."
EUROPA – "Sou um europeísta convicto, como muito bem sabe. Defendo os Estados Unidos da Europa. Penso que deveríamos estar a avançar nesse sentido. Mas não estamos. Tenho hoje muitas dúvidas acerca do futuro da Europa. Os actuais dirigentes europeus não têm visão de futuro. Não sei se reparou que a maioria deixou de falar de construção europeia, como se a União fosse um projecto acabado. Não é. Ninguém se interessa em saber para onde vamos. Aos líderes europeus interessa manter o statu quo, que é a situação que mais lhes convém para se manterem no poder. Não querem reformas nem querem acreditar que o mundo deixou de ser unilateral, que o Ocidente deixou de ser o que foi. O mundo é hoje multilateral e passou a ser global. (…) O ideal da construção europeia é tão rico, significou um tal avanço para o mundo inteiro, que, a perder-se, seria uma verdadeira tragédia para a humanidade."
JUSTIÇA – "Não é aceitável que os juízes, que tinham antigamente uma distância necessária em relação aos outros cidadãos, que os tornava uma referência, se banalizem, ocupem em força as televisões para ver quem lá vai mais vezes e diz maiores dislates. Só para dar nas vistas. Convencidos de que se prestigiam muito, porque vão ao barbeiro ou ao café e as pessoas conhecem-nos. Viram-nos nas televisões..."
NOTÍCIAS E BANALIZAÇÃO – "Repetir as mesmas notícias, mostrar as mesmas imagens, dizer sempre o mesmo, durante dias seguidos. É a banalização! Se, em vez da Madeira, for outra desgraça que nos emocione - uma criança que desapareceu, um incêndio, a morte de um pescador - é a mesma coisa. Só se fala disso. À saciedade. Sem critério. Não porque não haja novidades e outros assuntos mais interessantes a relatar. Mas por ser mais fácil. Repetir mil vezes a mesma coisa, alimentando as audiências e as páginas dos jornais. Se for um escândalo, ainda melhor."
OBAMA – "Obama está a fazer o que pode, apesar das dificuldades imensas que enfrenta. Está-lhe a cair em cima o peso do mundo. Tem uma oposição interna extremamente aguerrida. Há quem comece a gritar contra Obama, porque os decepcionou. Como se pudesse fazer milagres. Não pode. É preciso ajudá-lo, sobretudo a Europa. É um suicídio se o não faz."
PARTIDOS – "A política, hoje, quase está resumida à actividade dos partidos que fazem uma guerrilha artificial entre si. Não se discutem ideias nem se alimentam relações de cordialidade entre os líderes. (…) Não vejo razões para esta luta feroz entre os partidos continuar. Todos têm culpas no cartório. São comportamentos vazios de conteúdo, artificiais. Os nossos líderes - todos -, para se imporem e serem respeitados pelo eleitorado, têm de mudar. Ser mais flexíveis, tolerantes e menos dogmáticos. Ninguém - nenhum partido -, por si só, é o exclusivo detentor da verdade ou do patriotismo. Têm que se entender e respeitar mutuamente. A democracia vive da alternância. E durante as crises - mormente tão graves como a actual - os partidos e os políticos devem fazer um esforço de entendimento. É o que desejam os eleitores. E são os meus votos muito sinceros."
POLÍTICA HOJE – "[Há] uma certa degradação da política - a sua mediatização, a sujeição ao marketing... Dominada pelo dinheiro, sem princípios éticos, nem visão global. (…) A crise política em que hoje vivemos é, em grande parte, artificial. Decorre directamente da forma como os partidos se digladiam. A ambição do poder pelo poder ultrapassa tudo o resto. Ironicamente, numa altura em que o poder político - ao contrário do que devia - é e continua a comportar-se como um poder menor em relação ao poder dos interesses, das grandes empresas multinacionais e nacionais e dos bancos. (…) A política virou-se contra si própria, ajoelhou-se perante o "bezerro de ouro" e afastou-se do jornalismo sério. A ideia de que os políticos não prestam, são venais, só querem tratar das suas vidas, está generalizada ma2s não corresponde à verdade. Há casos conhecidos em que é assim, mas não são generalizáveis."
POLÍTICA E NEGÓCIOS – "A política e o mundo dos negócios devem ser completamente separados. Deve ser um ponto de honra para qualquer político. O Estado não tem que fazer negócios. Deve ocupar-se da segurança, da Justiça, das questões sociais, dos problemas de cidadania, da posição de Portugal no mundo, da defesa das instituições democráticas, da coesão e unidade dos portugueses. E dar confiança ao país. Não somos um país pequeno e sem recursos. Temos uma história que nos honra, uma língua em expansão, a terceira mais falada na Europa. Hoje, há 250 milhões de seres humanos que falam português, em todos os continentes. Se juntarmos a isso os 500 milhões que falam espanhol, percebemos o que a Península Ibérica pode - e deve - representar no mundo: uma força."
POR UMA OUTRA POLÍTICA – "A política sem ideias e sem causas não tem sentido. É preciso mudar as coisas para melhor. Sabe, estou convencido de que é como nos vinhos: há anos bons e anos maus. Na política, passa-se o mesmo: há gerações boas e há outras menos boas. (…) Quando falo das gerações, boas e más, como o vinho, é para me dar a mim próprio a alegria de pensar que o mundo muda e muda para melhor. As actuais gerações de políticos, formados na escola do neoliberalismo, não serão excelentes, com as devidas excepções. Mas vão vir outras, seguramente melhores. A necessidade obriga. Acredito nisso. E acredito que, por efeito da crise actual, as novas gerações serão diferentes. A que foi contemporânea dos dois mandatos do Bush foi ensinada a pensar que o importante, na vida, é ganhar dinheiro. O que é importante na política, é o marketing. O que é importante é parecer, mais do que ser... Foi, em parte, esse delírio do lucro fácil que conduziu à crise mundial. As pessoas perderam a sensibilidade para os valores morais e para perceber a importância do que é essencial para o futuro dos seres humanos. Só sentem a necessidade de ganhar dinheiro, de qualquer maneira..."
VERGONHAS – "É a maior vergonha que temos: as desigualdades sociais, as manchas de pobreza, o crescimento do desemprego. São a prioridade para a mudança. Mas isso não nos deve transformar em profetas da desgraça. Já temos muitos... Ouve-se muita gente a dizer que estamos perdidos, que não vamos recuperar, que o país não tem conserto. Se, pelo menos, essa gente fosse capaz de apresentar ideias e soluções. Mas não. Dizem mal e vão para casa, todos satisfeitos. Desabafaram..."

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Rostos (104)

D. Quixote, em Alcalá de Henares (olhado por Quaresma Rosa)

domingo, 19 de outubro de 2008

Rostos (92)

Na fachada do Gran Teatro, em Huelva

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Rostos (81)

Monumento a Juan Ramon Jimenez, em Huelva

terça-feira, 1 de julho de 2008

União ibérica em torno do futebol

Este é o cartoon que Luís Afonso publica no Público de hoje. Humor qb, claro! Também diz muito de nós... e dos outros, resumindo a história do europeu de futebol ao início e ao final, porque pelo meio ficou todo o espectáculo (bom e menos bom, exagerado e supérfluo) a que assistimos.

domingo, 26 de agosto de 2007

Ayamonte e as Bandas Portuguesas

A gente chega à zona mais antiga de Ayamonte, ali em frente a Vila Real de Santo António, na margem espanhola do Guadiana, e supreende-se com a forte intenção de perpetuar memórias e valores em monumentos. Um dessas novas peças de arte pública, inaugurada há pouco mais de um ano, em 18 de Agosto de 2006, tem como objecto três bandas filarmónicas portuguesas da região de Setúbal: a Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro (Montijo, 1854), a Sociedade Imparcial 15 de Janeiro (Alcochete, 1898) e a Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense (Samouco, Alcochete, 1919).



O motivo? O intercâmbio que estes agrupamentos têm feito com os ayamontinos. Aqui se deixam as imagens do Monumento às Bandas Portuguesas.

A criação destas três bandas em Portugal, e particularmente na região de Setúbal, está inserida num processo de aparecimento de movimentos do género, mais ou menos em época semelhante, ou, pelo menos, num espaço de tempo preciso (entre meados do séc. XIX e os anos 20 do século seguinte). A este propósito, refere Rui Cascão que "a ápoca áurea das filarmónicas é, indubitavelmente, a que decorre entre 1850 e 1890, coincidindo com a Regeneração", tempo em que "são constituídas inúmeras sociedades musicais, em grande parte estimuladas por rivalidades de natureza política" [cf. "Vida quotidiana e sociabilidade". História de Portugal (dir.: José Mattoso). Lisboa: Círculo de Leitores, 1993, vol. 5, pp. 517-541], chegando a haver, por esses mesmos motivos (que, por vezes, pesavam mais do que o fascínio exercido por Euterpe), mais do que uma banda em cada localidade. A título de exemplo, podem ser mencionadas, além das três homenageadas, a Sociedade Filarmónica Amizade Visconde de Alcácer (1830), as Sociedades Filarmónicas Incrível Almadense e Democrática Timbre Seixalense (ambas de 1848), a Sociedade Filarmónica Palmelense "Loureiros" (1852), a Sociedade Filarmónica Humanitária (Palmela, 1864), a Sociedade Musical Capricho Setubalense (1867), a Sociedade Filarmónica União Seixalense (1871), a Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba (Alcácer, 1879), a Sociedade Filarmónica Providência (Azeitão, 1880), a Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense (1882), a Banda Filarmónica da Academia de Instrução e Recreio Familiar Almadense (1895), a Sociedade Filarmónica União Agrícola (Pinhal Novo, 1896), a Sociedade Filarmónica Sineense (1898), a Sociedade Musical Franternidade Operária Grandolense (1912), a Sociedade Musical Sesimbrense e a Sociedade Filarmónica União Arrentelense (ambas de 1914) e a Sociedade de Instrução Musical (Quinta do Anjo, 1921).