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sábado, 23 de março de 2013

Para a agenda - Setúbal no coleccionismo



Setúbal no coleccionismo. Uma actividade promovida pelo Centro de Investigação Manuel Medeiros, da UNISETI, com os contributos de muitos coleccionadores. Na busca de uma identidade. Para a agenda!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Lendo a "Autobiografia" de Charles Darwin

Na aula de hoje (melhor: de ontem), leitura de Darwin e da sua Autobiografia. Nos seus 12-13 anos, os jovens seguiram com atenção a escrita do velho cientista, produzida quando tinha 67 anos, texto com que pretendeu passar a sua história para os filhos e, depois, para os filhos dos filhos, segundo diz no capítulo de abertura. Esta intenção foi contrariada em 1958, ano em que a neta Nora Barlow resolveu publicar a edição total da Autobiografia, cuja tradução portuguesa data de 2004 (Charles Darwin. Autobiografia. Lisboa: Relógio d’Água Editores, 2004).
A leitura foi apenas da parte respeitante à infância e juventude de Darwin, com algumas chamadas de atenção para pormenores da sua formação. Afinal, Darwin fez coisas que seriam comuns a qualquer jovem, delas falou não escondendo o seu entusiasmo e bem podem constituir alternativas para a educação. Bem vi, aliás, pelo entusiasmo que a miudagem revelava…
Recordações de Darwin? Com pouco mais de 8 anos, o coleccionismo cativava-o. Quando entrou para o externato de Shrewsbury, o seu gosto “pela história natural, e especialmente por coleccionar objectos, estava bem desenvolvido”. Coleccionar o quê? “Toda a espécie de coisas: conchas, carimbos, sobrescritos, moedas e minerais.” E os riscos. “A paixão por coleccionar, que leva uma pessoa a ser um naturalista sistemático, um antiquário ou um avarento, era muito forte em mim”. Aqui chegados, um intervalo para que todos falem das suas colecções.
Darwin foi também uma criança a quem o pai, um dia, zangado, disse que era a vergonha da família. Já passaram 200 anos… e, depois, vêm os ensinamentos: “Olhando para o meu passado e considerando do melhor modo possível o meu carácter durante os anos de liceu, as únicas qualidades que tinham qualquer promessa para o futuro eram os meus gostos intensos e diversificados, muito zelo relativamente ao que me interessava, e um grande prazer em compreender qualquer assunto ou objecto complexo.”
Muito a aprender nas biografias, pois. E, quando nem todos sabiam quem era Darwin, a vida desta personagem suscitou-lhes questões, dúvidas e querer saber. Sintetizaram mesmo o que tinha sido a infância do cientista e conseguiram captar o essencial da mensagem que o homem das longas barbas brancas quis transmitir aos netos. Fiquei com a ideia de que gostaram. Pelo menos, a maioria. Não só pelo tempo de leitura (que entusiasma muitos), mas sobretudo porque, por um bocado, eles pareceram iguais a Darwin…

sábado, 7 de março de 2009

Vale do Neiva - coleccionismo em revista

A Associação de Filatelia e Coleccionismo do Vale do Neiva, com sede em Barroselas (Viana do Castelo), existe desde o segundo semestre de 1996. Entre as diversas iniciativas que tem promovido (exposições, publicações, divulgação), chegou agora a vez do primeiro número da revista Vale do Neiva Filatélico, publicação que pretende ser semestral e que tenciona, segundo o seu presidente, Marcial Passos, regista no “Editorial”, assumir este recurso como um “espaço aberto de informação”, que apresente “a filatelia como um elemento cultural do desenvolvimento humano numa perspectiva de partilha de conhecimento e informação”.
Por este número inaugural passam textos como “A telegrafia eléctrica em Portugal” (Pedro Vaz Pereira), “Curiosidades filatélicas – Correio-Andorinha” (Mota Leite), “Entrevista ao Jurado FIP Eduardo Sousa” (Núcleo Juvenil de Filatelia da Escola EB 2, 3/S de Barroselas), “Para a história do correio no Vale do Neiva – O correio em Balugães” (Mota Leite), “A 1ª Exposição Filatélica portuguesa” (Eduardo Sousa), “Coleccionando… Postais ilustrados” (José Manuel Pereira) e “Para a história da Associação” (Mota Leite). Há ainda lugar para diversos textos de carácter noticioso que lembram a recriação medieval do percurso a cavalo da mala-posta entre Barroselas e Viana do Castelo (que aconteceu em 28 de Outubro), a XX Exposição Filatélica Nacional e Inter-Regional “Viana 2008” (ocorrida entre 28 de Outubro e 2 de Novembro), entre outros eventos, sendo ainda antologiadas as emissões filatélicas nacionais do 2º semestre de 2008.
Neste número, é evidente a apresentação do coleccionismo – e da filatelia, em particular – como recurso alternativo para a ocupação dos jovens, quer pela intervenção de um núcleo filatélico da escola local, quer pela mensagem de um dos principais coleccionadores da região, com vários prémios já obtidos, Eduardo Sousa, que, em entrevista, recomenda aos jovens: “agarrem a filatelia como um meio instrutivo, como um meio educativo, de investigação, de estudo, que nos pode trazer novos conhecimentos.”
É uma publicação curiosa, a seguir com interesse, que apresenta outras facetas da história local e regional, não a desligando de factores identitários que a todos dizem respeito.
Com este número da revista, foram ainda distribuídos quatro postais, com fotografia de Olindo Maciel, a preto e branco, de uma série intitulada “Usos e costumes do Vale do Neiva” (“ida à feira”, “ida à fonte”, “lavadeira” e “o namoro”), que teve a colaboração do Grupo Folclórico S. Paulo de Barroselas.