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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Quando os políticos se "marimbam"... ou a nova face da piadola

Num jantar em Castelo de Paiva, o deputado socialista Pedro Nuno Santos terá apresentado pérolas como esta, transcrita da edição online do Público: “Estou a marimbar-me que nos chamem irresponsáveis. Temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e franceses. Essa bomba atómica é simplesmente não pagarmos”. Ou esta: “Se não pagarmos a dívida e se lhes dissermos as pernas dos banqueiros alemães até tremem”. Ou ainda esta: “A primeira responsabilidade de um primeiro-ministro é tratar do seu povo. Na situação em nós vivemos, estou-me marimbando para os credores e não tenho qualquer problema enquanto político e deputado de o dizer. Porque em primeiro lugar, antes dos banqueiros alemães ou franceses, estão os portugueses”.
Todos percebemos que este discurso cheira a demagogia que tresanda e o deputado tornou-se célebre por estas tiradas que uma rádio local captou e a que as cadeias nacionais deram eco. Coisas normais depois de uma refeição com amigos, mas não tão próprias quando se trata de alguém com responsabilidades políticas num partido que teve (tem) responsabilidades nacionais e na situação a que se chegou e que, ainda por cima, invoca o seu estatuto para afirmar “não ter qualquer problema em dizer” o que disse…
Mas mais ridículo é ouvir o deputado a explicar na rádio que não foi aquilo que disse, que o que quis dizer foi que Portugal tinha de exigir a negociação da dívida, etc., etc., etc., e que aqueles minutos de “marimbamento” eram apenas um excerto de mais longo discurso que daria para entender que não se estaria a marimbar assim tanto… E ainda mais rebuscada foi a explicação de literatice que o líder da bancada socialista, Carlos Zorrinho, veio dar – aquilo foi “uma imagética forte para expressar de forma caricatural a ideia de que devemos pagar a dívida obviamente”!
Detesto que nos queiram fazer passar por parvos e estas explicações são ainda mais ridículas à medida que se sobrepõem… Digam ao senhor que as declarações foram infelizes, que o seu estatuto lhe permite a liberdade (a nós também) mas não lhe permite liberdadezinhas e que, de facto, um deputado não se pode “marimbar” para tudo o que o senhor disse que se “marimbava”… Imagino já os banqueiros a tremerem ou a rirem-se da piadola!...

sábado, 24 de setembro de 2011

De dedo em riste para o Continente

O caso “Jardim – Madeira” continua a massacrar-nos. Em cada dia que passa, é dito o contrário do que foi dito no dia anterior… Ontem, era independência; hoje, já não era independência que queria dizer. É caricata a figura e tornamo-nos um país caricato a dar ouvidos a este tipo de oratória.
Já todos sabemos desde longa data o que é o discurso de Jardim, sempre de dedo em riste para os outros, para o Continente. Porquê dar-lhe cobertura? É tão inadmissível ter de suportar a telenovela jardinesca, como é inadmissível o silêncio que os governantes têm feito, ao longo dos anos, relativamente aos dislates que todos temos de ouvir deste senhor ou relativamente à dívida madeirense. Não temos de suportar a demagogia no seu estado mais larvar, com insinuações e ameaças de independência, com impropérios e tonalidades de insulto, não temos!
Pode o senhor ganhar eleições a rodos, pode o senhor gritar e apelar às emoções com a sua torrente discursiva… nada disso atesta a sua qualidade, a sua seriedade, o seu compromisso (que até podem existir); apenas fica certificada a falta de tempo para algum discernimento e respeito! Mas em democracia isso também é exigido!

domingo, 18 de setembro de 2011

Entre as bandeiras e os buracos

Na Ribeira Brava, Alberto João Jardim disse que omitiu 1113 milhões “em legítima defesa da Madeira”. E um buraco mais aí está, agora explicado com princípios de “engenharia”, em que a política põe e dispõe. Entretanto, há dias, lá para as bandas da Europa suprema, um responsável, o comissário Gunther Oettinger, alvitrou a hipótese de os países incumpridores verem a sua bandeira a meia haste, outra questão de “engenharia” da política.
Num e noutro caso, os factores comuns são o dinheiro e a independência. Ou a falta dos dois. E vai parecendo que a Europa, como nós, vai andando a conta-gotas, ao sabor dos dias, dependendo do artificial… Depois, só temos de nos surpreender (ou não) com estas “iniciativas” e… pagar umas e outras!
Que união é esta, afinal?