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sexta-feira, 7 de junho de 2019

Evocar Sebastião da Gama 12 - A Serra-Mãe de Sebastião da Gama


A Arrábida, que Sebastião da Gama baptizou como "Serra-Mãe", na sua relação com o poeta é o tema da crónica que ontem saiu no quinzenário Setúbal Mais (dirigido por Florindo Cardoso) e que aqui partilho.
O mesmo texto foi publicado na edição deste mês do Jornal de Azeitão, mensário que, durante um ano, aceitou a minha colaboração, que agora finda "por motivos editoriais". Aos leitores e ao director do JA, um agradecimento pela atenção que dispensaram.


domingo, 12 de maio de 2019

Evocar Sebastião da Gama 11 - Estala de amor o coração


Maio está ligado à biografia de Sebastião da Gama pelo casamento que, no dia 4 deste mês de 1951, o poeta celebrou com Joana Luísa, no convento da Arrábida. Foi esse o tema que escolhi para a crónica "Evocar Sebastião da Gama" publicada no Jornal de Azeitão (nº 272, Maio de 2019, pg. 11).


sábado, 9 de março de 2019

Evocar Sebastião da Gama 9 - Sebastião, Miguel Torga e Andrée Crabbé Rocha


Na rubrica que mantenho no Jornal de Azeitão, saiu, no número de Março, o texto que pode ser lido abaixo, relatando encontros entre Sebastião da Gama, Miguel Torga e Andrée Crabbé Rocha.


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Evocar Sebastião da Gama 8 - Aquele Fevereiro de 1952


Lápide descerrada em Azeitão, em 8.Fev.1953, homenageando Sebastião da Gama

Ao ar frio daquele Fevereiro de 1952 veio juntar-se uma outra frialdade, a da vida que se extinguia, a da saudade que o desaparecimento precoce de Sebastião da Gama deixava. Estava-se no dia 8 de Fevereiro e o jovem Nicolau, então com 18 anos, meteu pés ao caminho, calcorreando a distância que separava Palmela (onde vivia) de Azeitão, percurso que fez sozinho, correndo atrás da necessidade que tinha de se despedir do seu jovem mestre.
Da cabeça não lhe saíam as lições ouvidas nas aulas de Português na Escola Comercial e Industrial João Vaz, em Setúbal, proferidas por um professor que era também seu amigo, lhe abriu horizontes e o levou a ganhar vontade de saber e de estudar, Sebastião da Gama de seu nome. O mínimo que lhe devia era esta despedida para sempre. Assistiu à cerimónia fúnebre e o professor Medeiros, director da Escola, ao saber que o jovem viera a pé por não ter dinheiro para o transporte, no final, deu-lhe as moedas necessárias para que o regresso a Palmela fosse em autocarro.
Esta memória nunca abandonou Nicolau da Claudina porque também a influência que Sebastião da Gama nele teve foi determinante para a sua vida. O jovem Nicolau fez parte do vasto grupo de admiradores e de saudosos que choraram em Azeitão naquele dia, entre os naturais da vila, os familiares, os amigos, pessoas dali, pessoas vindas de fora, todas num gesto solidário.
Sebastião da Gama, com 27 anos, falecera no dia anterior, pela manhã, no Hospital de S. Luís dos Franceses, em Lisboa, exactamente o mesmo estabelecimento hospitalar em que, dezassete anos antes, se finara um outro poeta que o azeitonense muito admirara, Fernando Pessoa. A meningite minara-o e foi responsável por sucessivas falências até ao encontro com a morte. Nesse fatídico 7 de Fevereiro, David Mourão-Ferreira, amigo grande de Sebastião, estava em Mafra, no quartel onde cumpria o serviço militar e, no final do dia, escrevia no seu diário: “Meia-noite, caserna: Acabam de me entregar um telegrama de meu Pai, com a seguinte notícia: a morte do Sebastião da Gama. Outro! Outro que morre. Depois do Manuel de Almeida Júnior, do Maia de Jesus, do José-Aurélio, e do Manuel Belchior, e da Maria Henriqueta - o Sebastião!” Parece apenas uma enunciação, mas é muito mais do que isso: é a lista dos amigos jovens que já tinham partido, agora aumentada.
David Mourão-Ferreira foi também uma das presenças na despedida em Azeitão no dia 8 de Fevereiro, pelas 17h00. Provavelmente, ter-se-á cruzado com Nicolau, com a Matilde Rosa Araújo, com os que vieram de Estremoz (onde Sebastião leccionara) e com tantos outros. No dia seguinte, 9, em Lisboa, o diário de David receberia este espantoso desabafo: “Lisboa, 3 horas da tarde, Pastelaria Herculano: Ontem, enterro do Sebastião. Estava um dia lindíssimo: atravessei o rio e fui, de camioneta, até Azeitão; apeei-me precisamente no local onde, há cinco anos e meio, ele me esperara, quando da primeira vez que fui à Arrábida. Desta vez, porém, não subimos a serra. Acompanhei-o ao pequeno cemitério da vila, onde agora repousa no ‘campo aberto’ que ele próprio previra. Era o melhor de todos nós, o Sebastião: o menos literato de todos nós.”
A partir dali, o tempo não foi longo para que as homenagens surgissem. Ainda em 1952, a revista literária Sísifo, de Coimbra, no seu quarto número, iniciava uma secção com cartas de poetas e o primeiro era Sebastião da Gama, que respondia a um inquérito sobre a sua obra; contudo, a primeira página dessa mesma revista era ocupada com a notícia da morte do poeta - “Quando este 4º fascículo já estava em andamento, integrando no seu sumário o poema inédito ‘Anunciação’, recebemos, pela notícia singela de um jornal da tarde, o golpe duro da morte de um querido amigo - Sebastião da Gama.” O segundo número da revista Árvore, publicação sazonal do Inverno de 1951-52, era dedicado “à memória de Sebastião da Gama, ao poeta e ao amigo que perdemos”, e publicava o seu poema inédito ‘Ressurreição’ e a homenagem escrita de Luiz Amaro de Oliveira, António Luís Moita, Albano Martins, José Terra e António Ramos Rosa, além de um retrato de Sebastião da autoria de Bonifácio Lázaro em extra-texto. O número 16 da revista brasileira Sul, publicada em Florianópolis, continha o poema “Crepuscular”, uma carta de Sebastião sobre um livro de Salim Miguel (datada de 30 de Novembro anterior) e a notícia da morte do poeta.
O ano seguinte, 1953, teve, em 8 de Fevereiro, o descerramento da primeira lápide em homenagem ao autor de Serra Mãe: foi em Azeitão, na Rua José Augusto Coelho, na casa onde viveu até aos 14 anos, uma cerimónia a que acorreram muitos amigos, tendo depois havido uma conferência evocativa pelo testemunho de David Mourão-Ferreira. Em pedra, ali ficaram gravados versos: “Faltava-lhe a morte para ser completo. / A taça estava cheia / Faltava-lhe a pétala da rosa / Para transbordar”.  Em 15 de Junho, em Estremoz, foi o descerramento da segunda lápide evocativa, na casa onde viveu, no Largo do Espírito Santo, cerimónia com larga participação, em que interveio um dos seus professores e amigo, Hernâni Cidade. A memória de Sebastião da Gama dava-lhe assim a possibilidade que a vida lhe não dera: a da sua presença pela palavra e pelo testemunho.
Jornal de Azeitão: 2019-02

domingo, 9 de dezembro de 2018

Sebastião da Gama e o Natal


Fragmento do manuscrito do poema "Presépio", de Sebastião da Gama

Nas férias escolares de Natal de 1949, Sebastião da Gama (com 25 anos, exercendo funções docentes nesse ano lectivo na Escola Veiga Beirão, em Lisboa) registava no seu “Diário”: “O maior calor do meu Natal vem-me das Boas-Festas dos meus rapazes. Não foram os seus cartões — alguns tão belos!, todos, para o meu coração, tão belos! — quase não sentia o Natal; ou sentia mas era uma dor, um vazio, um sonho a desfazer-se.” Razões apontadas para este desconforto ultrapassado pelas mensagens chegadas dos seus alunos eram várias: a vida dos pais muito ocupada nessa altura (o trabalho que tinham na Estalagem de Santa Maria da Arrábida, no Portinho da Arrábida, muito movimentada nesta quadra do ano), a dedicação do irmão Sérgio à sua nova família e o facto de Joana Luísa, sua namorada, ainda não estar com ele. E comenta Sebastião: “tudo isto dispersa as brasas da lareira que eu neste dia queria ver todas unidas, todas uma”. Um pouco adiante, há ainda lugar para uma referência à quantidade de missivas chegadas: “tive, em todos os correios de férias, os cartões das raparigas e dos rapazes. E a alegria é maior quando, como agora, se lembram de mim os que eu menos contava que se lembrassem — e quando são os alunos que o já foram os mais presentes. De alunos velhos, tive até hoje 21 cartões; de alunos de agora três apenas. Com que amor os guardo! — são as minhas comendas, as minhas grã-cruzes.”
O Natal foi para Sebastião da Gama uma quadra com tudo o que de mais espiritual, fraterno, familiar e partilhável se possa imaginar, a acreditarmos nos registos que deixou. É de 13 de Dezembro de 1941 um poema de três quadras, ainda inédito, que intitulou “Carta de Boas Festas”, por onde perpassa o ambiente histórico, económico e social que se vivia (estávamos em tempo da Segunda Grande Guerra), ao mesmo tempo que nos deixamos deslumbrar com o sentido de humor e de oportunidade que animava o jovem Sebastião, então com 17 anos: “Natal à porta. E eu, minhas amigas, / doces espigas deste meu trigal, / qu’ria dar-vos, sim, ofertar-vos broas, / que são tão boas cá em Portugal. // Mas, como sabeis, a maldita Guerra / lavra na terra, tudo leva após. / Açúcar levou, levou a canela... / Broa qu’é dela? Qu’é dela a filhós? // No Porto busquei, busquei em Lisboa; / não vi ‘ma broa, sequer rasto destas. / Desculpai-me pois se eu dou, neste dia, / não que devia, mas só boas festas.”
Uns dias depois, em 24 de Dezembro, o Natal voltava a ser motivo de poema, que, dedicado a Júlia de Carvalho, assim dizia, em jeito de quem conta uma história: “Falta só um dia, meninos, ouvi, / para fazer anos que, na Nazaré, / a doce ovelhinha fazia mé-mé, / Jesus, nas palhinhas, fazia chi-chi, / sorria, encantado, o bom S. José. // Jesus foi crescendo: no chão foi dispor / um’árvore bela chamada Verdade, / que tinha por frutos a santa Bondade, / rosados quais peros, de estranho dulçor, / que sempre comê-los só dava vontade. // À sombra tão larga se vinham sentar / os bons caminheiros da estrada da Vida. / E, debaixo de si, a paz tão pedida, / os frutos gostosos, os vinha encontrar / quem perto passava e a via florida. // Vieram as chuvas, vieram os ventos / que, feros, quiseram abaixo deitá-la. / Nem ventos nem chuvas, não vinham quebrá-la / que, sempre aprumada no meio dos rebentos, / só vinham movê-la, mui pouco vergá-la. // E os frutos gostosos são cada vez mais; / e as folhas de esp’rança voando mais vão; / e alguma pernada queimada ao fogão / produz luz tão forte, produz chamas tais / que são claro dia nesta escuridão. // Falta só um dia: Jesus, nas palhinhas, / sorria aos reis magos, sorria a José. / A doce ovelhinha fazia mé-mé / e Deus, a Maria, maior das rainhas, / olhava e sorria lá na Nazaré.”
Três anos passariam para, em carta a Joana Luísa (ainda sua namorada), escrever: “Hoje é dia de Natal! Hoje é dia de Natal! Nas capelas todas, os sinos todos toquem! Cantem a minha Alegria por ser dia de Natal! Porque será que a minha Alegria é assim suavezinha como uma saudade, como um cair de Tarde?” Um pouco adiante, na mesma carta, transcrevia um poema feito nesse dia: “Eu não tenho razão pra estar triste... / Eu hoje sou a Estrela e os Reis Magos / e sou a ovelhinha do Presépio... // Mas vou triste, Menino de Belém. / Não me lembra que faltam / trinta e três longos anos pra que eu seja / a dor que há de matar a Tua Mãe.” A concluir a carta, despedia-se: “Pois adeus, Luísa. Eu não venho desejar-te, como toda a gente, um Natal muito feliz e um ano novo cheio de prosperidades. Venho desejar-te um Natal igual ao meu: um Natal que é uma brasa na lareira; que é uma espécie de perdão.” Haverá melhor mensagem natalícia a transmitir?
O mais conhecido poema de Sebastião da Gama sobre o Natal será, porventura, “Presépio”, datado de 24 de Dezembro de 1950, inserido no livro póstumo Pelo Sonho é que Vamos. Escrito na “véspera de Natal de 1950”, nesse mesmo dia integrou um postal que de Azeitão foi endereçado ao seu amigo, também poeta, Cristovam Pavia. Além de indicar quando partiria para Estremoz e de transcrever o poema, o importante da mensagem era: “Hoje quero só mandar-lhe um grande abraço de Ano Bom”. O poema, conterá, talvez, o mais franciscano retrato do que é o Natal, em busca de uma autenticidade que era apanágio do jovem azeitonense: “Nuzinho sobre as palhas, / nuzinho - e em Dezembro! / Que pintores tão cruéis, / Menino, te pintaram? // O calor do seu corpo, / pra que o quer tua Mãe? / Tão cruéis os pintores! / (Tão injustos contigo,  / Senhora!) // Só a vaca e a mula / com seu bafo te aquecem... // - Quem as pôs na pintura?”
Este poema, além de ter sido gravado por Victor de Sousa no cd “Pelo sonho é que Vamos” (Setúbal: Ruquisom, 2000), consta em três antologias, duas delas sendo referência literária sobre a época natalícia: em O Natal na Poesia Portuguesa, organizada por Luís Forjaz Trigueiros (Lisboa: Dinalivro, 1987); em Anunciação e Natal na Poesia Portuguesa, organizada por António Salvado (Lisboa: Polis, 1969); em Antologia de la Nueva Poesia Portuguesa, devida a Angel Crespo (Col. “Adonais”. Madrid: Ediciones Rialp, 1961), onde recebeu o título “Nacimiento”.
in Jornal de Azeitão: nº 267, 2018-12, pg. 15

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Sebastião da Gama e Luís Amaro: Uma amizade para sempre



Por meados da década de 1990, estava com alunos numa visita de estudo em Monsaraz. A dada altura, três pessoas aproximavam-se do restaurante. Uma dessas pessoas era Luís Amaro. Reconheci-o por uma fotografia que vira pouco antes, sabia do seu trabalho em favor da literatura portuguesa, tinha alguma informação sobre a sua amizade com Sebastião da Gama. Tendo ao alcance a oportunidade de o conhecer, meti conversa. Ficou admirado por o ter reconhecido, pois não era dado a publicitações e cultivava a sua discrição. Lá contei como o conhecia e falei-lhe de Sebastião da Gama, da “Colóquio-Letras” e de literatura. Mantivemos um bom bocado de conversa. E, à despedida, voltou a manifestar a sua admiração por o ter reconhecido...
Passaram uns anos e, por 2007, voltei a contactá-lo, agora por carta. Fomos mantendo diálogo, ora por telefone, ora epistolarmente. Deu-me informações sobre Sebastião da Gama, fez-me chegar indicações bibliográficas, enviou-me anotações sobre a edição do “Diário” de Sebastião da Gama que preparei no sentido de melhorar uma próxima edição, ofereceu-me o seu livro com dedicatória a propósito, usando sempre uma afabilidade e disponibilidade que me impressionaram. Em duas das cartas referiu a lembrança daquele encontro em que nos conhecemos em Monsaraz, num gesto de memória extraordinário.
Senti perder um amigo e uma grande oportunidade de mais saber quando fui informado do seu falecimento em finais de Agosto.
Inevitavelmente, na rubrica “Evocar Sebastião da Gama”, teria de lembrar a extraordinária relação de amizade e essa aproximação fraternal que envolveu Luís Amaro e Sebastião da Gama (Jornal de Azeitão: nº 265, 2018-10, pg. 15).

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Sebastião da Gama, a Arrábida e a criação da Liga para a Protecção da Natureza (LPN)


Sebastião da Gama tinha 23 anos quando tomou uma atitude de defesa do património da serra da Arrábida, tentando conquistar parceiros para a causa. A protecção desse património natural não foi imediata, mas a LPN (Liga para a Protecção da Natureza), criada um ano depois, foi a primeira consequência do "grito" deste jovem em defesa da "sua" serra.  Vale relembrar aspectos da história; por isso, aqui reproduzo texto que foi publicado no mensário Jornal de Azeitão, em Setembro (n.º 264, 2018-09, pg. 15).
A acompanhar o texto, uma fotografia de Sebastião da Gama na praia de Galapos, em 1940.criar site


quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Sebastião da Gama: O Último Texto



"Encarcerar a asa" foi o último texto que o poeta azeitonense Sebastião da Gama escreveu. Vale falar sobre a(s) simbologia(s) desse texto e sobre a esperança que o poeta tinha; por isso, aqui reproduzo texto que foi publicado no mensário Jornal de Azeitão, em Agosto (n.º 263, 2018-08, pg. 15).
A acompanhar o texto, uma fotografia de pintassilgo (a ave que motivou o texto) retirada do blogue de Armando Marques.como montar uma loja virtual


quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Sebastião da Gama: "Pelo sonho é que vamos" - Um verso que vale uma obra



"Pelo sonho é que vamos" é um dos mais conhecidos versos do poeta azeitonense Sebastião da Gama. Vale falar sobre a expressividade desse verso e sobre a adesão que tem merecido; por isso, aqui reproduzo texto que foi publicado no mensário Jornal de Azeitão, em Julho (n.º 262, 2018-07, pg. 13).
A acompanhar o texto, uma fotografia da pintura mural que pode ser vista/lida na Rua das Oliveiras, no Bairro de Tróino, em Setúbal.


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Para a agenda: "O Azeitonense" (1919-1920) em edição facsimilada



O primeiro número saiu em 3 de Agosto de 1919, um domingo, e tinha indicado o preço de 4 centavos ou de 40 réis. Chamava-se O Azeitonense e tinha como máxima afirmar-se como “órgão independente defensor dos interesses de Azeitão e arredores”. Dirigido por Gastão Faria de Bettencourt e administrado por Manuel Faria de Bettencourt, tinha como proprietária a Empresa Azeitonense e como editor Frederico Valido. A redacção e administração funcionavam em Lisboa, na Rua da Procissão. Publicava-se aos domingos e, no cabeçalho, era o leitor advertido de que não se aceitavam “comunicações anónimas”.
Circulou este jornal pelos anos de 1919 e de 1920. Objecto raro, tem agora a oportunidade de se dar a recordar aos leitores através do trabalho de Rui Peixoto que, com a colaboração do Jornal de Azeitão, promoveu a sua edição facsimilada. Vai ser apresentado na noite de 28 de Junho. É um convite.