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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Entre o dia "não" e o futebol que nos cega...


Não sou propriamente um adepto da Selecção Nacional na medida em que também não sou um adepto do futebol. Acompanho estas competições na medida do possível e o possível é pouco.
Vi o primeiro jogo de Portugal (com a Alemanha), mas não vi o jogo de ontem (de Portugal com a Dinamarca). Fui acompanhando o resultado porque me iam noticiando os golos por sms. Não tenho, pois, opinião sobre o jogo.
Hoje, na rádio, ouvi intervenções do público ouvinte sobre o jogo de ontem; ouvi também os títulos das primeiras páginas dos jornais. E, de facto, Camões tinha razão, muita razão, ao ter começado a sua obra maior – Os Lusíadas – com a glória dos portugueses e ao acabá-la com a palavra “inveja”, evolução (!) que ilustra bem, ainda hoje, o que é esta nossa maneira de ser…
A Selecção Nacional merece ser apoiada, incentivada e até criticada; não merece ser insultada. Os jogadores, colectiva ou individualmente, merecem ser apoiados, incentivados e até criticados; não merecem ser insultados. Muitas das vozes que hoje ouvi invectivaram Cristiano Ronaldo com frases próximas do insulto pelo dia de azar que terá tido no jogo de ontem. Se, no próximo jogo, Ronaldo for um bom marcador, as mesmas vozes cantarão hinos de glória ao atleta madeirense. Ou, pela mesquinhez, continuarão a dizer mal, porque o dever dele é… porque lhe pagam para…, etc., etc. Não gostava de ver toda esta gente de palavra desbocada em dia “não”!
Cristiano Ronaldo, como os seus companheiros, merece o nosso apoio, o nosso entendimento humano. Uns e outros têm dado alegrias em momentos diversos aos adeptos. Não se está sempre na mó de cima, todos o sabemos. Porque é que só aceitamos esta verdade para nós e não para os outros?
É este espírito mesquinho, de raiva e de ódio (frequentemente), que nos mata. E que me leva a não nutrir paixão pelo futebol. Mas a Selecção Nacional, pelos altos e baixos que tem tido, merece o meu aplauso. Mesmo sabendo que ganhar o campeonato pode ter a configuração da utopia…

terça-feira, 3 de abril de 2012

Andersen no dia de ontem

Ontem foi o Dia Internacional do Livro Infantil, caído em 2 de Abril por ser esse o dia em que, em 1805, nasceu Hans Christian Andersen, o contista dinamarquês universalmente conhecido, que foi também viajante e andou por Portugal em 1866 (passará, dentro de quatro anos, o 150º aniversário dessa viagem), dessa experiência tendo deixado relato.
Setúbal foi um ponto de poiso nessa longa jornada e foi nesta terra que lhe surgiu a ideia para um conto como “O sapo” (“Skrubtudsen”, no original), narrativa que homenageia o sonho de ir mais além, apesar dos riscos.
O fascínio dos contos de Andersen, na sua totalidade traduzidos para português por um setubalense, João José Pereira da Silva Duarte (1918-2011), mantém-se sobre os seus leitores, independentemente das latitudes ou das gerações.
Há poucos meses, a M. C., minha aluna de 7º ano, leitora compulsiva, fazia-se acompanhar do livro Os contos, de Andersen, numa edição devida a esse espantoso divulgador e amante da obra do seu conterrâneo que é Niels Fischer, feita em 2005 (aquando do bicentenário do nascimento de H. C. Andersen). Pedi-lhe uma opinião sobre a sua leitura e a resposta deu para conversa em parte significativa de uma aula: “Os contos de Andersen não são tão felizes na escrita como aparecem nos filmes, dizia, mas são muito mais bonitos e encantadores, mais surpreendentes, na leitura do que nas versões que nos mostram.”
É claro que, perante uma observação destas, uma parte considerável da turma quis saber as razões que levavam a M. C. a falar assim e quiseram saber a opinião do professor. Daí o tempo que, em aula, se gastou a falar de Andersen… com a consequente recomendação de leitura de “O sapo”, que tinha sido gerado em Setúbal, e com olhares atentos para uma (re)descoberta de Andersen graças à M. C.
Quanto a “O sapo”, o início é nas profundezas, enquanto o final é nas alturas. Assim começa:
“O poço era fundo, por isso a corda era comprida. A roldana rodava com dificuldade quando se puxava o balde com água para a borda do poço. O sol nunca conseguia descer para se espelhar na água, por muito clara que fosse, mas até onde chegava o seu brilho, crescia a erva entre as pedras. (…)”

sábado, 26 de julho de 2008

Rostos (75)

Figura feminina, de Henri Laurens, em Humlebæk (Museu de Arte Moderna Louisiana)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Rostos (73)

As crianças e os jogos Lego, em Billund (Legoland)