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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Setúbal, distrito há 86 anos

O Setubalense (suplemento): 22.Dezembro.2010.

Desde que, em 14 de Fevereiro de 1927, o cargo de Governador Civil do distrito de Setúbal passou a ser desempenhado por Miguel Homem d’Azevedo Q. Sampaio e Melo, foram as seguintes as personalidades que se lhe seguiram no cargo, por ordem cronológica, até hoje: António Alberto Bressane Leite Perry Sousa Gomes, António Raul da Mata Gomes Pereira, Alexandre Inácio de Barros Vanzeler, Joaquim Lança, Mário Cais Esteves, António Manuel Gamito, Francisco Luis Supico, António Barveira Cardoso, Mário Lampreia de Gusmão Madeira, José Guilherme de Melo e Castro, Francisco Alberto Correia Figueira, Miguel Pádua Rodrigues Bastos, Francisco Pereira Beija, José Maria Cardoso Ferreira, Manuel Sanches Inglês Esquível, Serafim de Jesus Silveira Junior, Duarte António Carlos Fuzeta da Ponte, Helder da Silva Nobre Madeira, Fernando José Capelo Mendes, Manuel da Mata de Cáceres, Vitor Manuel Quintão Caldeira, Irene do Carmo Aleixo Rosa, Luis Maria Pedrosa dos Santos Graça, Domingos José Soares de Almeida Lima, Alberto Marques Antunes, Carlos Eduardo Duarte Rebelo, Maria das Mercês G. Borges da Silva Soares, Maria Teresa Mourão de Almeida, Eurídice Maria de Sousa Pereira, Mário Pinto Cristóvão e Manuel Luís Macaísta Malheiros.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Manuel Malheiros, Governador Civil de Setúbal, em entrevista

O Governador Civil de Setúbal, Manuel Malheiros, teve entrevista publicada n'O Setubalense de hoje, apresentando o (des)emprego, a segurança e o desenvolvimento como as questões que estão na sua ordem de prioridades.


O Setubalense: 28.Dezembro.2009

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Carta de Compromisso de Cidadania Rodoviária

«Durante o século XX morreram milhões de seres humanos em desastres rodoviários, tantos quantos morreram na 2ª Guerra Mundial. Nos últimos catorze anos do final do século XX morreram, no nosso país, mais portugueses que durante a Guerra Colonial. Actualmente (dados de 2007): em cada mês que passa, 8 pessoas morrem nas estradas do Distrito de Setúbal e cerca de 297 ficam feridas; em cada dia que passa, 2 pessoas morrem, em média, nas estradas portuguesas e mais de 125 ficam feridas; em cada dia que passa, 120 pessoas morrem, em média, nas estradas do território da União Europeia e mais de 4.400 ficam feridas.
É certo que, nos últimos anos, a segurança rodoviária tem vindo, continuamente, a combater estes números, diminuindo, significativamente, as vítimas mortais e os feridos.
É positivo. Dá alento! Mas...
Quero MAIS! Quero CONTRIBUIR para atingir o Programa de Acção Europeu de Segurança Rodoviária, lançado pela Comissão Europeia, para 2010, e que tem a participação do Estado Português.
Quero MAIS! Quero que este seja um DESAFIO COMUM, onde com acções concretas, sejamos capazes de influenciar positivamente a segurança rodoviária e beneficiar a comunidade onde nos integramos e a sociedade no seu todo.
Por isso, ASSUMO, aqui e agora, o COMPROMISSO de:
Sensibilizar as minhas e os meus amigos, familiares, colegas de trabalho e todas e todos os concidadãos com quem, dia a dia, me relaciono, para que fiquem mais cientes dos riscos da condução e do atravessamento indisciplinado de vias, enquanto peões.
Estimular o conhecimento e o exercício de boas práticas de cidadania rodoviária.
Garantir a minha participação em acções de sensibilização e prevenção rodoviárias e contribuir para que outras pessoas se mobilizem para o efeito, bem como a assinatura da Carta de Compromisso de Cidadania Rodoviária, promovida pelo Governo Civil do Distrito de Setúbal.
Unir esforços para estimular o reforço da responsabilidade social das empresas, nesta área de interesse público, nomeadamente na persuasão da adesão à "Carta Europeia da Segurança Rodoviária — 25 000 Vidas a Salvar".
Respeitar e ajudar a respeitar o código da estrada e da circulação rodoviária, promovendo o seu conhecimento e reconhecimento, particularmente nas camadas mais jovens, especialmente vulneráveis.
Orientar um novo caminho no palco rodoviário com vista ao próximo objectivo colectivo: 100% VIDA NA ESTRADA.»
OBS: Este documento pode ser subscrito pelos visitantes da exposição "Arte para uma cultura de segurança", patente no Museu de Arqueologia e Etnografia, em Setúbal; o texto consta também no catálogo da exposição.]

Dos insectos e dos olhares em José Costa

Habituados que andamos a ver a formiguinha a labutar, sempre gregariamente, assim dando nas vistas, pouco reparamos nos outros insectos, mesmo porque desde há muito nos ensinaram que neste mundo mais vale ser formiga do que cigarra, ainda que talvez não tenha que ser sempre assim. A acrescer a este hábito, há ainda aquele sentido da palavra “insecto” que pode ser para designar uma “pessoa insignificante”, que outra prova não é senão a do humano desprezo por esses seres a que a entomologia se dedica. E até nos podemos lembrar da narrativa em que Kafka transforma o caixeiro-viajante Samsa num “gigantesco insecto”, processo de metamorfose (é esse o título da história, datada de 1913) com irreversibilidade, que leva Samsa à morte, por rejeição e para alívio da restante família… E ainda podemos avocar as expressões que inserem os insectos, usadas nem sempre por boas razões… tudo a provar que a relação do humano com o insecto pode ter sido muitas coisas menos pacífica!
E os insectos, seres minúsculos e misteriosos, não andarão longe da fantasia, assim a queiramos ver e descobrir um mundo novo, assim tentemos reparar no mundo que frequentamos. Reparar, com a carga repetitiva sobre o “parar”, para podermos ver o que óbvio não é. De outra metamorfose precisamos nós, algo próximo daquilo que Sebastião da Gama, o poeta da Arrábida (quase tão arrábido como ela), cantou, quando revelou: “Minha alma abriu-se… / Que linda janela / que é a minha alma! / Não!, linda não é ela: / lindas são as vistas / que se avistam dela. // (…) // Como são tão belas / as coisas lá por fora! / Minha alma em tudo, / em tudo se demora.”
As fotografias de José Costa são pinceladas da paisagem que se avista dessa janela, ponto de ver o mundo, tornando-nos próximas coisas que desconhecemos ou rejeitamos, anulando a distância que vai entre o observador e o minúsculo observado, ampliando a proximidade, mas também a figura, quase nos parecendo aqueles seres de uma grandeza desmesurada, que nos fitam e que passam no seu caminho de sobrevivência, certos da sua continuidade, alguns quase nos remetendo para a fantasia do desenho animado, revestidos de cores muitas, muitas mais do que a paleta das conjugações permite.
Há nestas fotografias momentos de fixação e segmentos de vida. E todas estas criaturas sustentam incólumes a Natureza, transformando-a, dando-lhe corpo, voz e movimento. Maravilhado e a ver os homens através dos animais, Sebastião da Gama fazia ecoar noutro passo, em jeito de elegia, que “de Amor cantavam todos os rios, / todas as serras, todas as flores, / todos os bichos, todas as árvores, / todos os pássaros, todos os pássaros, / todos os homens, todos os homens.” Harmonia perfeita, acordes sublimes, comunhão conseguida.
E a labuta prossegue. Com insectos que acordam flores, que posam, que amam. E nos surpreendem no fundo de um olhar atento, num gesto de acrobacia, num acto de elegância, num equilíbrio indispensável, num ensimesmar de alheamento. Maneiras positivas de ser Universo. Como não há-de a fantasia revestir-se de beleza?
[conjunto de fotografias e texto a partir do catálogo da exposição "Arte para uma cultura de segurança",
presente no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, em Setúbal.]

"Arte para uma cultura de segurança", em Setúbal

“Arte para uma cultura de segurança” – Assim se chama a exposição que, desde terça-feira, está patente no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS), em Setúbal, organizada pelo próprio Museu e pelo Governo Civil de Setúbal.
Nas palavras de Eurídice Pereira, Governadora Civil, que abrem o catálogo da exposição, pretende-se que sejam alteradas “práticas menos consonantes com as exigências da salutar convivência colectiva e alertar a população para temáticas que exigem a mobilização de esforços colectivos, como é o caso da sinistralidade rodoviária e do combate e prevenção dos fogos florestais.” E uma e outra situações são sentidas, de forma contundente, na nossa região: só em 2008, nas estradas do distrito, morreram 77 pessoas; por outro lado, se pusermos os olhos da memória sobre o que foi o incêndio na Arrábida em 2005, talvez fiquemos com o ar de preocupação acentuado, tanto mais que, ao que parece, cerca de 80% dos incêndios que nos amedrontam têm origem humana não criminosa… Números para pensarmos, claro!
A exposição passa por quatro núcleos: “Imagens para um álbum do desassossego”, uma foto-reportagem assinada por António Marques sobre o incêndio na Arrábida, com momentos fortes de destruição e de restauro da Natureza, de paisagem soturna e de paisagem vivida; “Arrábida: a vida secreta da serra”, com fotografia de José Costa, na variedade macro, captando insectos que fazem a vida da Arrábida e nos surpreendem vindos dessa labuta silenciosa, minimizada, mas constante e perturbadora; “Escalas”, em fotografias de Rosa Nunes, em que o corpo feminino e o relevo da serra se medem, num roteiro que começa com a música do silêncio e acaba com o restolho que alberga hipóteses de vida, depois de o olhar passar também pelos estados de agressão à serra; “Morte ou vida na estrada: a escolha é sua”, com pintura de Ana Isa Férias, Luís Valente e Rita Melo, três manifestações que outro grito podem ser contra a morte facilitada e em favor da vida preservada.
Diga-se ainda que esta exposição, que vai estar até Setembro, surge também na sequência de parcerias e do compromisso estabelecido aquando da assinatura, em 2008, da Carta de Europeia de Segurança Rodoviária. Ao visitante é oferecida também a possibilidade de se comprometer com a cidadania rodoviária ao assinar um documento em que assume contribuir para a segurança e entender esse projecto como “desafio comum”.
Como as mensagens são fortes nesta exposição, por onde passa ainda a palavra, junto o texto de Fernando Gandra, intenso na sua verdade:

[reproduções a partir do catálogo da exposição: duas fotografias de António Marques; "E agora...", de Luís Valente (2009); "Promessa" (excerto), de Rosa Nunes (2009)]

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Rostos (80)

Ponto Negro, em Quinta do Conde (à saída da vila, na EN 10, na direcção do Casal do Marco)

Silhuetas como esta, de 3 metros de altura, foram colocadas pelo Governo Civil de Setúbal, em seis pontos de maior sinistralidade rodoviária no distrito, seguindo o critério de pontos que, em 2007, numa distância de estrada de 200 metros, tenham tido pelo menos cinco acidentes com vítimas. Números e casos para pensar!... A colocação das silhuetas, com a presença da governadora Eurídice Pereira, ocorreu no final de Julho.