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quinta-feira, 15 de maio de 2014

VI CONFERÊNCIAS DA PRIMAVERA: O SINDICALISMO DURANTE O ESTADO NOVO (1926-1974)


Realiza-se amanhã, sexta-feira, 16 de Maio, no Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave, em Vila Nova de Famalicão as VI Conferências da Primavera, desta vez subordinadas ao tema O Sindicalismo Durante o Estado Novo (1926-1974).

Este colóquio conta com alguns dos reconhecidos investigadores no panorama da historiografia nacional dedicada ao sindicalismo conforme se pode verificar no programa que se apresenta abaixo, entre eles: Albérico Afonso, Joana Dias Pereira, Maria Inácia Rezola, Ana Sofia Ferreira, Maria João Raminhos Duarte, João Madeira e José Manuel Lopes Cordeiro.

16 de Maio
VI Conferências da Primavera, “O Sindicalismo durante o Estado Novo, 1926-1974”
Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave, Vila Nova de Famalicão
A Câmara Municipal de V. N. Famalicão, através do Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave (http://museudaindustriatextil.org), leva a efeito no próximo dia 16 de Maio as VI Conferências da Primavera, este ano, consagradas ao tema “O Sindicalismo durante o Estado Novo, 1926-1974”, a realizar nas suas instalações, no lugar do Outeiro-Calendário.
Esta iniciativa integra-se nas comemorações do 40º Aniversário do 25 de Abril promovidas pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.

A participação é gratuita, mediante a inscrição através do E-mail: geral@museudaindustriatextil.org


Programa

10h30: Sessão de Abertura

10h45 – Joana Dias Pereira, A liquidação do sindicalismo livre (1926-1934)
11h15 – Hermínio Nunes, Do Antigo Regime ao Estado Novo - O sindicalismo de ofício entre o operariado da Marinha Grande
11h45 – Albérico Afonso, O movimento operário em Setúbal no período da Ditadura Militar – Da resistência revolucionária à humilhação paternalista
12h15 – Maria Inácia Rezola, Sindicatos e Sindicalismo Católico no Estado Novo Salazarista
12h45 – Debate

Almoço livre

15h00 – Ana Sofia Ferreira, Reflexões em torno de uma prática sindical à margem do PCP durante o marcelismo
15h30 – Maria João Raminhos DuarteO Sindicalismo no Estado Novo: a organização do PCP e o entrismo no Algarve
Pausa para café
16h00 – João Madeira, As greves e os sindicatos - padrões reivindicativos no marcelismo
16h30 – José Manuel Lopes Cordeiro, As eleições para o Sindicato Têxtil de Delães em 1971, e algumas questões da história do movimento operário 
17h00 – Debate
17h30 -  Encerramento das VI Conferências

Moderador: Artur Sá da Costa, Coordenador da Rede Municipal de Museus, da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão.

Mais uma excelente iniciativa que se realiza em Vila Nova de Famalicão e que recomendamos a todos os que visitam regularmente este nosso espaço.

Com os nossos votos do maior sucesso para este evento.

A.A.B.M.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

PRIMEIRO CONGRESSO DOS TRABALHADORES RURAIS, ÉVORA, 1912


Assinalou-se no dia 25 e 26 de Agosto o I Centenário do Congresso dos Trabalhadores Rurais, realizado em Évora.

Neste congresso estiveram presentes delegados de 39 sindicatos que representavam 12 525 trabalhadores rurais de Évora, Coruche, Ferreira do Alentejo, Amieira, Odemira, Cuba, Alpiarça, Castelo de Vide, Portalegre, Aviz, Torrão, Portel, Beja, Alcáçovas, Terrugem, Azaruja, S. Mancos, Evoramonte, Machede, Monte do Trigo, Egrejinha, Val Pereiro, Vendinha, Torre dos Coelheiros, S. Tiago do Escoural, Monte do Trigo, Vil’Alva, Montoito, Campo Grande, Arraiolos e Torrão.

Os trabalhos realizaram-se na sede da União Local, em Évora, tendo presidido à sessão Manuel Ferreira Quartel, representante da Associação dos Trabalhadores Rurais de Coruche, como secretário Carlos Rates, elemento da Comissão Executiva do Congresso Sindicalista e João Bernardo Alcanena, delegado da União dos Sindicatos de Évora.

A primeira proposta aprovada pelo congresso foi apresentada por José Joaquim Candieira e visava o protesto contra a prisão do professor José Buisel, de Portimão, e defensor da classe operária e preso por suspeita de conspirar contra a República.

Foram ainda apresentadas propostas de António Marcelino, da Associação de Classe dos Trabalhadores Rurais de Évora, que também protestou contra a prisão de José Buisel e acrescentou o problema da aquisição de material bélico por parte do Governo da República, no valor de 70 000 conto, enquanto o País continuava mergulhado na pobreza, na ignorância e a população era obrigada a emigrar em grandes quantidades. Interveio também, a propósito da aquisição de material bélico, Manuel Maria de Castro, da Associação de Trabalhadores Rurais de Cuba, que defendeu parcialmente a posição do Governo, mas a maioria dos congressistas apoiou a posição defendida por Candieira. Interveio ainda Vital José, da Associação dos Trabalhadores Rurais de Aviz, caucionando a opinião de José Joaquim Candieira, bem como as intervenções de Manuel da Conceição Afonso, delegado da Comissão Executiva do Congresso Sindicalista, João Narciso, delegado dos Trabalhadores Rurais do Campo Grande, Sebastião Caeiro, do Sindicato Rural de Vendinha e António Marcelino, dos trabalhadores de Évora.

As principais conclusões do Congresso das Associações de Trabalhadores Rurais de Évora foram então as seguintes:
1º Fundar a Federação Corporativa dos Trabalhadores Rurais;
2º Iniciar a discussão dos estatutos da Federação e que as associações representadas paguem a quota de admissão;
3º Convidar as restantes associações de classe que não estiveram presentes no congresso a aderirem e a federarem-se e começarem a pagar a quotização a partir de Setembro desse ano;
4º Promover um congresso Corporativo em Abril de 1913, em Évora, para discutir temas como o problema agrário, o cooperativismo e outras questões que interessam ao proletariado rural;
5º Uma vez constituída a Federação, era fundamental reconhecer o problema da unidade operária e o perigo que representava a tutela política, devendo também aderir à Comissão Executiva do Congresso Sindicalista.

No último dia dos trabalhos, o congresso foi presidido por Manuel António de Castro, de Cuba e secretariado por Manuel Afonso e António Marcelino.

Depois de um conjunto de intervenções de Manuel António de Castro, Manuel Ferreira Quartel, Francisco Caeiro, José Clemente, Francisco Manuel Lapa, Vital José, Júlio Manuel Galante, António Marcelino, José Marreiros, Manuel Isidro Bento, Manuel dos Santos, João Narciso, Francisco António Serrano e Carlos Rates.

Procedeu-se, por fim, à organização da Comissão Administrativa do Conselho Federal que ficou assim constituído:
Secretário Geral: Vital José
Adjunto: António Marcelino;
Secretário Administrativo: Francisco Cebola;
Tesoureiro: Joaquim Galhardo;
Bibliotecário: António Joaquim Graça.
Outro dos resultados deste congresso foi o início da publicação de uma publicação periódica que se iniciou alguns meses depois: O Trabalhador Rural.

Bibliografia consultada:
Ventura, António, Subsídios para a História do Movimento Sindical Rural no Alto Alentejo (1910-1914), Seara Nova, Lisboa, 1976.

A.A.B.M.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

HISTÓRIA DO SINDICALISMO DOCENTE



"A Universidade Lusófona realizou recentemente um seminário com o tema 'Memórias do associativismo e sindicalismo docentes'. Propuseram-me [Helena Pato], então, que aí deixasse o meu testemunho, as minhas recordações, acerca de como nasceram os sindicatos dos professores. Acedi, com a satisfação de poder, deste modo, legar memórias. Memórias que, ao que sei, nem nas comemorações dos 30 anos dos Sindicatos dos Professores nascidos em Abril de 74, nem agora, na passagem do 40º aniversário do Grupos de Estudo (que estiveram na base da sua criação), interessaram às direcções sindicais. Desdobrámos essa intervenção em três partes1, 2 e 3para que se torne mais fácil a sua leitura nestes CAMINHOS DA MEMÓRIA. A primeira parte pode ser lida aqui (...) a segunda aqui" e a terceira aqui.

de Helena Pato, via Caminhos da Memória.

FOTOS: da esquerda, capa da "História do movimento associativo dos professores do ensino secundário - 1891 a 1932", de [José António C.] Gomes Bento [julgo que na época era docente da E.P. António Nobre, Matosinhos], Livraria Júlio Brandão,Janeiro de 1973; foto da direita, Caderno "O Professor" nº1, GEPDES, Julho de 1971, in "Educação, Acto Político", de Agostinho dos Reis Monteiro, Edições O Professor, 1975 [clicar para aumentar]

J.M.M.