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quinta-feira, 28 de junho de 2012

MULHERES DE ARMAS - ISABEL LINDIM


LIVRO: Mulheres de Armas. Histórias das Brigadas Revolucionárias. As Acções Armadas, os Riscos, as Motivações;
AUTORA: Isabel Lindim [pref. Isabel do Carmo];
EDITORA: Objectiva.

"O primeiro livro sobre o papel das mulheres nas Brigadas Revolucionárias, protagonistas de uma história ímpar, que nos ajuda a perceber como se chegou à Revolução. Um livro de testemunhos inéditos, com a mais-valia de uma contextualização histórica da autoria de Isabel do Carmo, elemento fundador das Brigadas Revolucionárias.

As histórias contadas em Mulheres de Armas poderiam fazer parte de um romance, mas aconteceram de facto, na década de 1970, e fazem parte da história da luta anti--fascista em Portugal. Nos anos que antecederam a Revolução de Abril de 1974, existiram grupos de ação armada, formados por cidadãos que não acreditavam que o regime cairia por si.

Uma dessas organizações chamava-se Brigadas Revolucionárias e durante quatro anos, de 1970 a 1974, combateu a ditadura e criou uma nova forma de luta. Com alguma ingenuidade mas muita perícia, este grupo conseguiu abalar o sistema e desorientar a polícia do Estado. O principal objetivo era boicotar a política colonial, daí que os alvos primordiais das ações fossem quartéis e material militar, seguindo o princípio de não afetar vidas humanas.

Quando, em 2007, a jornalista Isabel Lindim começou a recolher documentos sobre as Brigadas Revolucionárias e o Partido Revolucionário do Proletariado, deparou-se com as histórias de várias mulheres ligadas à organização. Mulheres que participaram em ações, colocaram explosivos e assaltaram bancos. Mulheres que se movimentaram na retaguarda das Brigadas e que prestaram o apoio fundamental à formação de uma base sólida de luta
" [ler AQUI]

J.M.M.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

LUTA ARMADA NO MARCELISMO


DEBATE - Luta Armada no Marcelismo
DIA: 21 de Dezembro 2011 (18 horas);
LOCAL: Aljube (ao lado da Sé de Lisboa);
PARTICIPANTES: Fernando Pereira Marques (LUAR); Carlos Antunes (BR) e Raimundo Narciso (ARA);
ORGANIZAÇÃO no âmbito da Exposição A Voz das Vítimas

"O recurso à luta armada foi uma opção relevante da oposição ao regime ditatorial, designadamente no consulado marcelista, que antecedeu o 25 de Abril de 1974.

O lançamento de acções armadas como via para o derrube do regime e de apoio às lutas de libertação dos povos coloniais foi uma das expressões dos debates ideológicos e políticos que marcaram essa fase final do regime fascista.

A diferente natureza das organizações envolvidas nessas acções corresponde à pluralidade do posicionamento político dessas iniciativas – cuja influência se alargou a momentos posteriores
"

J.M.M.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Acção Revolucionária Armada (A.R.A.)



Foto: apoiantes e organizacionais da antiga A.R.A (Acção Revolucionária Armada - criada pelo PCP "com o objectivo de lutar contra as guerras coloniais desencadeadas por Portugal e impulsionar a luta pelo derrubamento da ditadura fascista portuguesa implantada em 1926" e que surgiu publicamente em Outubro de 1970, reivindicando então a sua primeira acção armada (26 de Outubro) contra o navio Cunene - comemorando o 30º aniversário da sua primeira acção militar/política contra a ditadura. [ver mais AQUI]

via "Prisão e tortura – Dois casos", por Raimundo Narciso. [Ver, ainda, AQUI]

J.M.M.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

IN MEMORIAM HERMÍNIO PALMA INÁCIO (1922-2009) - Parte II


Era já evidente, para Palma Inácio, que as lutas ideológicas, as "querelas estéreis" e os métodos clássicos de combate à ditadura se tinham esgotado. Para ele e outros, a "inacção militar" não conduzia a lado nenhum e só "uma organização revolucionária, com uma nova concepção de luta com métodos novos e com homens novos" podia levar a cabo o fim da ditadura.

O ano de 1961 e seguintes revelam, a par de uma crise nas estruturas do regime e curiosos desentendimentos entre os seus apoiantes, uma oposição sistemática contra a ditadura, com o aparecimento de vários sectores dissidentes da linha tradicionalista (ou reformista) e que tomam posições, e sobretudo acções, radicais contra o regime ditatorial. De facto, entre 1961-62, os acontecimentos precipitam-se. Como exemplo:

O assalto [21/22 de Janeiro de 1961] e desvio do paquete Santa Maria e então rebaptizado como "Santa Liberdade" [operação Dulcineia, dirigida por Henrique Galvão. Galvão foi um dos militares do golpe de 28 de Maio, mas posteriormente entra em colisão política com Salazar. Tendo sido preso e condenado, conseguiu evadir-se e exilar-se na Argentina – ler AQUI], que humilhou a ditadura; o levantamento da UPA [4 de Fevereiro 1961] e o começo da guerra colonial; a tentativa de "golpe" de Botelho Moniz, então Ministro da Defesa [é de consultar sobre o assunto, "Salazar. Biografia da Ditadura", de Pedro Ramos de Almeida, Ed. Avante1999, pp. 612 e segs]; as pressões internacionais contra o colonialismo português [resolução da ONU de 20 e Abril]; a operação "Vagô" [já referida]; a espectacular evasão de Caxias de importantes militantes comunistas [4 de Dezembro de 1961 – consultar "A História da PIDE", ibidem, pp. 168-169]; a operação militar da União Indiana contra Goa, Damão e Diu [17 de Dezembro]; o assalto ao quartel de Beja [1 de Janeiro de 1962], sob direcção de Varela Gomes e que resulta em penas pesadas para os incriminados (caso de Manuel Serra e Varela Gomes); o início das emissões da Rádio Portugal Livre (Argélia, 12 de Março); a greve académica de Maio/Junho de 1962; a fundação de vários movimentos de libertação das colónias; o aparecimento de novas organizações políticas e militares de combate à ditadura [entre as quais a Frente Patriótica de Libertação Nacional (FPLN), que surge em (19) Dezembro de 1962, agrupando diversos grupos (do seu embrião ou "conferência" inicial (em Roma) participam figuras como Piteira Santos, Manuel Alegre, Tito de Morais, Ruy Cabeçadas e Manuel Sertório].

É nesse contexto, entre a luta pelo derrube da ditadura e o combate anti-reformismo, que surgem diversas organizações que se reclamam da luta armada, como a FAP [Janeiro de 1964 – ler AQUI], a LUAR [Liga de União e Acção Revolucionária, 19 de Junho de 1967], a ARA [Acção Revolucionária Armada, criada pelo PCP em 1964 como resposta à cisão de Francisco Martins Rodrigues e ao aparecimento da FAP; teve a sua primeira aparição pública a 26 de Outubro de 1970 num ataque armado contra o navio "Cunene", atracado no Cais de Alcântara – ler AQUI e AQUI – e que foi entendido como uma resposta, antecipada, à ruptura entre a FPLN e o PCP, na base da qual elementos da FPLN criticavam a falta de "verdadeiras acções revolucionárias" armadas de combate à ditadura – cf. As Organizações Armadas em Portugal de 1967 a 1974, de João P. Martins & Rui Loureiro, rev. História, nº18, Abril 1980] e as BR [Brigadas Revolucionárias, com origem numa cisão da FPLN e que teve a sua aparição numa acção de sucesso contra a base (secreta) da NATO da Fonte da Telha, a 7 de Novembro de 1971; mais tarde estará incluída no PRPPartido Revolucionário do Proletariado – que é fundado em 1973].

[a continuar]

J.M.M.