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domingo, 13 de dezembro de 2015

"MANUEL DE BRITO CAMACHO: UM INTELECTUAL REPUBLICANO NO PARLAMENTO" E "ANTÓNIO MARIA DA SILVA: O ENGENHEIRO DA REPÚBLICA"

Apresentação de mais duas obras da colecção Parlamento no próximo dia 16 de Dezembro de 2015, pelas 18.30, após a sessão do plenário, na Biblioteca da Assembleia da República.

Vão ser apresentadas as seguintes obras:
 - Manuel de Brito Camacho: Um intelectual Republicano no Parlamento, de Maria Fernanda Rollo e Ana Paula Pires;

- António Maria da Silva: o Engenheiro da República, de Ricardo Revez.

Mais duas obras sobre personalidades da República que têm vindo a ser publicadas pelo Parlamento, numa excelente iniciativa de divulgação e investigação biográfica.

Com os votos do maior sucesso.

A.A.B.M.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ANTÓNIO MARIA DA SILVA - O MEU DEPOIMENTO




LIVRO: O meu Depoimento. Da Monarquia a 5 de Outubro de 1910 (I Volume)
AUTOR: António Maria da Silva (Antigo Presidente do Ministério); Prefácio de José Magalhães Godinho
Impressão: Editora Gráfica Portuguesa, 1974

J.M.M.

domingo, 6 de junho de 2010

RITUAL DA CARBONÁRIA PORTUGUESA





RITUAL DA C.P. AUTORIZADO PELA V. JOVEN PROTUGAL Traç. em Jerusalem, no Gr. Firm. Fl. Portugueza, aos 15 de Dezembro de 1910, 11 p.

NOTA: O ritual da C.P., em cima apresentado com a capa e dois curtos (e curiosos) excerptos do opúsculo [via espólio A.A.B.M.] está, de algum modo, aproximado da descrição feita na revista ABC [nº356, de 12 de maio de 1927] e citada abundantemente no livro "A Carbonária em Portugal" [Livros Horizonte, pp. 20-23], de António Ventura.

A Venda "Jovem Portugal" era o Órgão Supremo da Carbonária Portuguesa, a secção mais secreta da Carbonária Portuguesa. Os seus membros [Mestres Sublimes] não se conheciam. O seu Presidente era o Grão-Mestre Sublime, o único que os conhecia e o único que "comunicava" com a "Alta-Venda" [órgão de gestão da C. P. ou seu poder executivo, e seu dinamizador. Era composto pelo Grão-Mestre, eleito na Venda "Jovem Portugal", e mais quatro Bons Primos. Os seus cinco membros mantinham-se secretos, mesmo para a "Jovem Portugal", só o G.M.S. conhecia toda a organização. Alguns dos membros que fizeram parte da "Alta-Venda" ("houve seis Altas Vendas”, cf. Episódios da Minha Vida, de Magalhães Lima, p.280), foram: Luz de Almeida (n.s. La Fayette), António Maria da Silva, Machado Santos, Franklim Lamas (chefe da barraca Revolta), César de Vasconcelos, Henrique Cordeiro, José Maria Cordeiro, António dos Santos Fonseca, J. M. Santos Júnior, Ivo Salgueiro, José Soares, Silva Fernandes, Emílio Costa, Ferreira Manso – cf. ibidem; consultar, ainda, a importante obra de António Ventura, “A Carbonária em Portugal”, Livros Horizonte, 2004, pp.14-15].

A Venda "Jovem Portugal" tinha como competências "velar pela observância do ritual, nomear os Juízes do Tribunal Secreto e constitui-se em Alto Tribunal, quando necessário" [in Episódios da Minha Vida, de Magalhães Lima, p.274], eleger o Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto. Isto é a Venda “Jovem Portugal” desempenhava as funções de poder judicial [ver António Maria da Silva, "O Meu Depoimento", I volume, p. 172] e "nomeava e escolhia os membros da “Alta-Venda".

Estiveram à frente da Venda "Jovem Portugal", Luz de Almeida [Grão-Mestre Sublime] e, após a sua fuga de Portugal (22 de Janeiro de 1909, para Paris), ficou (por delegação de Luz de Almeida) a desempenhar as funções de poder judicial e de Gão-Mestre Sublime, António Maria da Silva [A.M.S. foi maçon da Loja Solidariedade (iniciado em 1902, com o n.s. Desmoulins; ascendeu ao grau 33.º do REAA, tendo pertencido ao seu Supremo Conselho desde 1926, e entre 1915-26 foi Gão-Mestre Adjunto do GOLU) e foi iniciado na Carbonária em Julho de 1908, numa fábrica de licores situada na Rua do Bemformoso, pertencente ao "carbonário e montanhês" (maçon da Loja Montanha) Acácio Santos. Na mesma sessão foi iniciado Machado dos Santos - ibidem].

J.M.M.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ANTÓNIO MARIA DA SILVA


Aproveitando a efeméride que hoje se assinalava, António Maria da Silva faleceu há 59 anos, o Almanaque Republicano aproveita para completar com mais alguns elementos biográficos a nota que fornecemos AQUI.

António Maria da Silva nasceu em Lisboa, a 26 de Maio de 1872, e veio a falecer a 14 de Outubro de 1950, sendo filho de António Maria da Silva e de Maria da Luz Marques Silva. Casou com Adelina Antónia Marques de Lemos de quem teve uma filha.

Concluindo, em 1892, o curso de Engenharia de Minas na Escola do Exército, ingressa, de seguida, na Escola Politécnica, onde parece ter estado o tempo de formação habitual, visto que, em 1895, entra ao serviço do Ministério das Obras Públicas, para o qual foi nomeado engenheiro-ajudante da Companhia de Minas.

Nessa função, haveria de ser promovido a engenheiro-subalterno e a engenheiro de 1.ª, em 1901 e 1910, respectivamente, ocupando, de permeio, entre 1904 e 1905, um lugar na direcção da Associação dos Engenheiros Civis. Ainda em 1910, torna se director-geral interino da Estatística, para nos anos seguintes assumir os lugares de presidente da Sociedade de Propaganda de Portugal (1911) e de director-geral dos Correios e Telégrafos (1911-1915, 1917-1919 e 1919-1926).

Filiado no Partido Republicano Português ao tempo da Monarquia, a sua acção em prol do derrube deste regime, iniciada em 1907, contra o governo de João Franco, manifesta-se, sobretudo, na clandestinidade, ao serviço da Carbonária. Chega mesmo a ser um dos fundadores da Alta Venda da Carbonária, sociedade secreta criada na sequência do fracasso da revolta de 28 de Janeiro de 1908, que ombreará com outras organizações na preparação do movimento revolucionário. Envolvido nesse objectivo, foi um dos poucos chefes republicanos que participaram activamente no 5 de Outubro de 1910. Implantado o novo regime, a sua carreira assume diversas direcções. Começa por exercer cargos de missão ou de nomeação política, como o de secretário-geral do Ministério do Fomento e o de comissário da República junto da Companhia dos Tabacos, ambos em 1910.

No ano seguinte, toma assento como deputado às Constituintes, por Silves, dignidade em que voltará a ser investido pelo mesmo círculo (1925) e pelo de Lisboa (1915, 1919, 1921 e 1922). Inicia em 1913 uma rica e intensa experiência governativa, ao assumir a pasta do Fomento no governo de Afonso Costa (cargo para o qual já havia sido convidado pelo Governo Provisório), entre 9 de Janeiro de 1913 e 10 de Novembro de 1914, mandato em que fica associado à transformação do porto de Leixões em infra-estrutura comercial. Voltará, novamente pela mão de Afonso Costa, à direcção do Ministério do Fomento, entre 29 de Novembro de 1915 a 15 de Março de 1916, mudando, no dia seguinte, para o Ministério do Trabalho, que dirigirá até 25 de Abril de 1917.

Participa activamente como membro da Junta Revolucionária de 14 de Maio de 1915. Foi perseguido e maltratado durante o período do sidonismo.

No período que se segue à 1ª Guerra Mundial, António Maria da Silva, foi responsável por duas grandes cisões no Partido Republicano Português a de Álvaro de Castro e de José Domingues dos Santos.

A sua governação ficou ainda conhecida pelo desmantelamento do sistema do “pão político” e pela defesa do câmbio do escudo. Após a implantação da Ditadura Militar, distingue-se na oposição ao regime e, por consequência, conhece a prisão, como nos tempos da I República, em 1918. Ao nível partidário, tornara-se chefe do Partido Democrático após o exílio de Afonso Costa, formação a que tinha regressado em 1914, depois de ter chefiado o Grupo Independente desde 1911.

A.A.B.M.

terça-feira, 24 de abril de 2007

ANTÓNIO MARIA DA SILVA [1872-1950]



Foi o último Primeiro-Ministro da I Republica. Nasce em Lisboa a 26 de Maio de 1872. Foi funcionário público, engenheiro de minas e, durante a República, deputado [de 1911 a 1926], foi Director-Geral Interino da Estatística, Director-geral do Ministério do Fomento e Director-Geral dos Correios e Telégrafos. Ainda foi Administrador do concelho do Redondo, Presidente da Sociedade Propaganda de Portugal.

Na sua juventude fez parte da Alta-Venda [poder executivo] da Carbonária Portuguesa, sendo seu co-fundador juntamente com Luz de Almeida e Machado Santos [ver O Meu Depoimento, de António Maria da Silva, vol I, 1974]. Participa na tentativa revolucionária de 28 de Janeiro de 1908 (em que é preso), no movimento de 5 de Outubro e na revolução de 14 de Maio de 1915 contra a ditadura de Pimenta de Castro. António Maria da Silva "bateu o record de permanência no poder como Primeiro-Ministro, constituindo seis vezes ministério, com um total de dois anos e quatro meses de administração" [vide A.H. de Oliveira Marques, A Maçonaria Portuguesa e o Estado Novo, 1975]. Pertenceu ao Partido Democrático, e acaba por ser seu chefe, dado o exílio de Afonso Costa (1920).

Foi iniciado maçon, em 1902, na Loja Solidariedade (de Lisboa) com o nome simbólico Desmoulins, tendo pertencido depois à Loja Civismo (1912) e a Loja Simpatia e União (1916). Foi durante o período 1915-1926, Grão-Mestre Adjunto do G.O.L.U., e fez parte, ainda, da Comissão Maçónica de Resistência [formada a 10 de Março de 1910, e da qual fazia parte José de Castro, Miguel Bombarda, Cândido dos Reis, Francisco Grandela, José Cordeiro Júnior, José Simões Raposo, Manuel Martins Cardoso e Machado Santos, vidé A.H. de Oliveira Marques, Dicionário de Maçonaria Portuguesa, vol II, 1986]

Após o 28 de Maio de 1926, foi opositor à ditadura, tendo sido duas vezes preso, tendo-se evadido uma vez e ido para o estrangeiro.

Obras: Meios práticos de baratear a vida: o problema das subsistências, Tip. da Coop. Militar, 1914 / Movimento político, económico e social da China, Macau, IN, 1938 / O Meu depoimento : da Monarquia a 5 de Outubro de 1910, Colecção Documentos, Editora República, 1974 / O Meu Depoimento : da proclamação da República à Primeira Guerra Mundial, Europa-América, 1981

Colabora no jornal Boa Nova [Horta, nº 1 1929- nº 9, 1930]; O Jornal do Povo [Horta, 1928]; O Correio da Horta [Horta, 1930, 4º numrs]

J.M.M.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

ANTÓNIO MARIA MACHADO SANTOS


10 de Janeiro de 1875 - Nasce em Lisboa, António Maria Machado Santos [1875-1921]

Foto: António Maria da Silva (à esquerda), Luz de Almeida (ao centro) e Machado Santos (à direita). Faziam todos parte da Alta Venda da Carbonária Portuguesa. Luz de Almeida era o Grão-Mestre e os outros eram os adjuntos [in História da República, Editorial Século, 1960]

J.M.M.