“... Dizia eu, no meu depoimento, que estou farto
dos homens sem fraquezas. Esqueci-me então de acrescentar que também não admiro
os homens sem calor. A figura dos chefes frios, mecânicos, obstinados,
insensíveis, não colhe as minhas simpatias. Prefiro os santos, considerados, é
claro, como simples modelos de perfectibilidade humana. De modo geral, são
fortes por serem bons, porque não dizer? – por serem fracos …
Digo o que penso, e digo-o como sei. Era este o
crime que eu gostaria de cometer livremente..."
[António] Almeida Santos (advogado), in Pela Santa
Liberdade, 1958, Lourenço Marques, p. 27-28 – arquivo nosso
J.M.M.