LIVRO:
A Grande Guerra no Parlamento;
AUTORAS: Maria Fernanda Rollo e Ana Paula Pires;
EDIÇÃO: Coleção Parlamento, 2018.
“A República Portuguesa ainda não tinha completado quatro anos, quando o herdeiro do trono austro-húngaro, Francisco Fernando, e a sua mulher, a duquesa de Hohenberg, foram assassinados por Gravrilo Princip, em Sarajevo, a 28 Junho de 1914. A notícia da eclosão da guerra na Europa chegou ao Parlamento português, pela voz do Presidente do Ministério Bernardino Machado, a 7 de Agosto.
AUTORAS: Maria Fernanda Rollo e Ana Paula Pires;
EDIÇÃO: Coleção Parlamento, 2018.
“A República Portuguesa ainda não tinha completado quatro anos, quando o herdeiro do trono austro-húngaro, Francisco Fernando, e a sua mulher, a duquesa de Hohenberg, foram assassinados por Gravrilo Princip, em Sarajevo, a 28 Junho de 1914. A notícia da eclosão da guerra na Europa chegou ao Parlamento português, pela voz do Presidente do Ministério Bernardino Machado, a 7 de Agosto.
No verão de 1914, quando a
guerra na Europa teve início, o exército português tinha apenas três períodos
de treino, encontrando-se em plena reorganização e, como tal, mais orientado para
a defesa interna do que para qualquer tipo de intervenção na Europa ou em
África.
O volume que agora se edita, analisa
e interpreta os debates que ocorreram no Parlamento português, entre agosto de
1914, data da eclosão da Grande Guerra na Europa, e 1921, ano em que se
realizou a cerimónia de transladação para o Mosteiro de Santa Maria da Vitória,
na Batalha, dos corpos de dois soldados desconhecidos portugueses, mortos em
África e na Flandres. Ficam de fora desta análise dezenas de debates relativos
à temática das reparações de guerra e à participação de Portugal na Conferência
da Paz, discussões que pela sua importância, especificidade e recorte cronológico,
necessitariam, por si só, de um único volume.
O livro mostra-nos um país
dividido relativamente à sua posição na intervenção na guerra na Europa e
descreve-nos, de forma detalhada, as dificuldades económicas e financeiras
sentidas pela República, tanto a nível interno corno externo, durante os anos
da conflagração. Analisa em detalhe o papel dos políticos e dos diplomatas,
homens de cuja decisão dependeu a intervenção de Portugal na Guerra, criticando
a respetiva capacidade de gerir, tanto os impactos da Guerra no país, como as
tensões que caracterizaram, ao longo de toda a conjuntura bélica, as relações
entre os diferentes agrupamentos políticos e o Estado republicano.
Foram cerca de 62 os
parlamentares que, entre 1914 e 1918, combateram na Grande Guerra, na Europa,
em África e no Atlântico. Entre estes deputados, alguns sofreram ferimentos
graves, como Velhinho Correia ou José Afonso Pala, gravemente ferido em África
e que viria a morrer, em 1915, na sequência desses ferimentos, e o
primeiro-tenente José Botelho de Carvalho Araújo, eleito deputado em 1911 e
grande defensor da intervenção de Portugal na Grande Guerra, morto em combate,
no Atlântico, a 14 de outubro de 1918”
[in contracapa da obra - sublinhados nossos]
J.M.M.