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quarta-feira, 31 de maio de 2023

A MAÇONARIA PORTUGUESA 1926-1974

 


LIVRO: A Maçonaria Portuguesa. As suas ideias e a sua relação com a sociedade e as forças políticas;
Autor: António Lopes;
EDIÇÃO: Âncora Editora, Maio de 2023, 744 p.

LANÇAMENTO:

DIA: 2 de Junho de 2023 (18,00 horas);
LOCAL: Feira do Livro de Lisboa, Parque Eduardo VII (Palco Praça Amarela);
ORADOR: Dr. Fernando Marques da Costa;

► “ … Este estudo é o resultado de uma investigação e reflexão sobre a relação da Maçonaria com as oposições ao Estado Novo, num período pouco abordado, lacuna cujas causas tanto podemos ver no seu tempo recente, como no facto do assunto ser frequentemente remetido para um certo nicho de secretismo, como ainda por uma nítida dificuldade em o abordar pela escassez de documentação e também pela cristalização de alguns mitos. Temos, portanto, consciência da dificuldade de enfrentar esta temática num território relativamente virgem, com todas as desvantagens de que tal se reveste.

Pretende-se, mais do que apresentar nomes, ainda que estes sejam importantes, refletir sobre as ideias que circulavam nas lojas maçónicas ou entre os maçons e as suas relações com os movimentos de oposição à Ditadura, contribuindo para a emergência de uma ideia global sobre o pensamento e a prática maçónica durante este período. Visíveis na correspondência das diversas Lojas, nos trabalhos desenvolvidos pelos maçons e, mais raramente, nos já muito poucos testemunhos orais, essas informações permitem colmatar espaços e traçar um quadro da atividade da Maçonaria numa época que à primeira vista se afigura desértica. Pretende-se ainda perceber os momentos de maior mérito, de vivida dificuldade ou de ausência e de presença nas grandes questões sociais e políticas do país ou ainda as flutuações ou mesmo alterações no discurso dos dirigentes maçónicos enquanto tal ou no âmbito da sua atividade política. Por isso não é uma abordagem desapaixonada.

[…] Ainda que o Estado Novo tenha o seu início em 1933, por motivo de contextualização, o período cronológico abrangido vai do golpe de 28 de maio de 1926 à revolução de 25 de abril de 1974. Período longo, mas que interessa abordar de forma única, permitindo por isso verificar linhas dominantes que justificam coerências ideológicas ou posições conjunturais decorrentes de fenómenos políticos momentâneos e que possibilitam a justificação de alguns acontecimentos. E esta é outra dificuldade inerente a este projeto, que por ser um espaço temporal longo e acrescido da necessária contextualização, implica uma gestão que oscila entre o seu gigantismo e o evitar de quaisquer riscos de superficialidade.

Dividimos a história da Maçonaria e da sua relação com os movimentos oposicionistas ao Estado Novo em três grandes períodos: o primeiro, a Ditadura Militar, entre 1926 e 1933, porque nos permite compreender o ambiente antimaçónico persistentemente construído, com as propostas e anseios da direita republicana, boa parte presente nas Lojas do GOLU (Grande Oriente Lusitano Unido), e ainda porque nos permite perceber as bases ideológicas e estruturais do regime, assim como as convulsões políticas vividas no início da década de trinta e, naturalmente, o trabalho desenvolvido nas Lojas, incluindo as suas próprias contradições ou derivas.

[…] O segundo período vai de 1933 ao início da década de sessenta. É um período longo, e ainda que diferente antes e depois da II Guerra Mundial, em que o regime persiste em nada mudar, mesmo vindo a ser obrigado a fazê-lo face às contingências da Guerra Fria. É um período onde não são claras as fronteiras entre os movimentos republicanos e socialistas e a Maçonaria, onde a ilegalização da Maçonaria constitui um momento marcante, e onde muitos protagonistas atuam simultaneamente em papéis, estruturas e funções diferentes.

[…] O terceiro período, a década de sessenta e a década de setenta até à Revolução de 1974, é aquele em que o regime se mostrou mais desadaptado às novas realidades políticas, sociais e económicas, do país e do mundo, enfrentando novas formas de oposição, que desconhecia e para as quais não estava preparado, nomeadamente por novas camadas sociais, por novas forças políticas e recorrendo com mais frequência a ações de confronto direto.

[…] Este trabalho tem também por intenção que não se percam nas brumas do esquecimento todos aqueles que lutaram pela Liberdade, à sua maneira, de acordo com as suas ideias, numa tarefa árdua e persistente, almejando uma sociedade melhor. Por isso, complementarmente são elencados muitos dos nomes que construíram esse pensamento e as ações de oposição ao regime.

[…] A Maçonaria atravessa todo o período da Ditadura com momentos diferenciados. Mais viva, mais discreta, mais ou menos organizada, até mais ou menos interventiva, mas em todos eles conspirando para mudar o regime e trazer a Portugal a chama da Liberdade. Por isso, a este propósito, em entrevista concedida à RTP em 1988, Adelino da Palma Carlos lembrava que o que faz alguém entrar para a Maçonaria é o amor à Liberdade e a vontade de lutar pela Liberdade.

[in Nota Prévia – sublinhados nossos]

J.M.M.

domingo, 22 de novembro de 2020

[CATÁLOGO] UM SÉCULO (CON)DEIXAS, LIBERDADE E BONS COSTUMES

 


CATÁLOGO/LIVRO: Um Século (Con)Deixas, Liberdade e Bons Costumes. Colecção Aires B. Henriques | Museu da República e Maçonaria

AUTOR: Aires B. Henriques;

TEXTOS de: Nuno Moita da Costa | Liliana Marques Pimentel | António Lopes

EDIÇÃO: C. M. de Condeixa, Casa dos Arcos, POROS, Museu Villa Isaura;

Trata-se aqui do magnifico Catálogo da ExposiçãoUm Século (Con)Deixas, Liberdade e Bons Costumes”, que foi apresentada no passado 5 de Outubro em Condeixa, e que mostra um acervo notável de peças, livros e documentos de interesse republicano e maçónico, todas pertença de Aires B. Henriques e do seu Museu da República e da Maçonaria, situado na Villa Isaura, Troviscais, Pedrogão Grande.   

“Uma palavra prévia para os organizadores desta exposição: a Câmara Municipal de Condeixa, terra de tradições de Liberdade, e o Museu Republica e Maçonaria, detentor de uma das mais belas coleções dedicadas à Maçonaria e à República, na qual se incluem objetos de raridade assinalável e de comprovado valor histórico e simbólico. Uma exposição de objetos maçónicos é um ato de cultura por dois motivos principais: em primeiro lugar por divulgar uma forma de pensamento filosófico e de atitude cívica que remonta ao período iluminista do século XVIII; em segundo lugar porque, recorrendo às ideias mestras da Maçonaria, representa um contributo cívico importante. Soma-se a isto o esclarecimento dado a este assunto, contribuindo para afastar ideias erradas e mitos, acidentais ou fabricados. Por isso é, para todos os interessados por este tema, um motivo de satisfação e a oportunidade de ver objetos que, por norma, estão em recato nas reuniões maçónicas. Por outro lado, cumulativamente, compreender a Maçonaria significa compreender alguns factos da História portuguesa, do relacionamento entre os seus protagonistas ou da influência que a legislação, o ensino ou os costumes tiveram nos tempos atuais.

Sobre a Maçonaria, um documento com data de 1931 classifica esta de forma tão curiosa como exata, referindo que é uma associação diversa de outras associações, que "não é política porque o seu programa não visa a administração de um Estado; não é uma organização partidária que vise os interesses de uns, nem pode aliar-se com este ou aquele partido, com este ou aquele governo, pois de todos os partidos e de todos os governos ela pode esperar ou receber auxílio; não é uma associação revolucionária que deseja a revolução violenta, mas sim a revolução da ideia, pela palavra pela escrita e pelo exempto”. Quer isto dizer que a tradição maçónica determina que não se discuta política e religião no sentido comparativo do termo. Mais, valorizando o confronto de ideias e a liberdade de pensamento, apela à tolerância e à diferença, segundo um método que é o ritual e um sistema que é o rito, colocando uma particular ênfase na disseminação desses valeres e na formação de cidadãos livres, participativos no todo social e conscientes dos seus direitos e deveres.

Ao reunir em exposição um conjunto de objetos que são usados ritualmente, apresentados segundo um conceito expositivo acessível, permite-se compreender a sua função e o seu significado. A sua compreensão remete-nos para o papel do símbolo, recurso da instrução maçónica, nele se encontrando condensados os valores morais da Maçonaria ou, por outras palavras, a forma de linguagem usada por ela. Por isso também não encontramos símbolos exclusivamente maçónicos, mas antes símbolos com um significado maçónico. Ou seja, símbolos que foram usados pelas corporações de pedreiros ou pela Igreja, que nesse contexto tinham um dado significado, que no contexto maçónico têm um significado diferente ou semelhante. Símbolos que representam uma forma de transmissão apenas acessível aos iniciados e, entre estes, escalonada segundo o percurso maçónico de cada um. Por tudo isto poderíamos também afirmar que o simbolismo é a alma da Maçonaria, onde as lendas evocadas nos remetem para um imaginário com sugestões mais ou menos claras de ordem moral e filosófica, e é a representação visível de ume ideia que transcende aquele momento e aquele espaço.

Nem sempre as decorações e objetos maçónicos tiveram o uso e a exuberância que hoje conhecemos. Se uns remontam às primeiras práticas maçónicas modernas, outros datam do século XIX ou ganharam sofisticação a partir de meados desse século, tornando-se preciosos auxiliares do ritual. Os objetos agora apresentados são também uma forma de afirmação pessoal e política de vincar um pensamento ou a dedicação e identificação de ideias e valores. A maior ou menor decoração de um avental, a virtuosidade do talhe no vidro de um copo ou a beleza decorativa de um estandarte são formas de demonstrar uma atitude e uma paixão pele Ordem maçónica.

Os símbolos associados a estes objetos representam uma forma de transmissão apenas acessível aos iniciados e, entre estes, escalonada segundo o percurso maçónico de cada um. Fazendo parte do património cultural da Maçonaria, os objetos aqui apresentados remetem-nos para diversos momentos do ritual ou do funcionamento administrativo das Lojas, falam-nos do papel da Maçonaria na História do país e do papel de cada maçom na vida da sua Loja. Por isso se torna difícil definir o que é a Maçonaria, onde se junta uma componente do sentir individual que é diferente de pessoa para pessoa, com uma dimensão espiritual e filosófica, com uma preocupação intelectual e social. Ao maçom, recém iniciado ou não, cabe então conduzir a sua vida no sentido de lhe conferir o equilibro da Razão e do coração, respeitar a diferença do outro e amar a Liberdade. Deve conhecer-se a si próprio, atribuir significado ao oculto e admitir que há conhecimentos que vão para além do imediato num caminho de permanente aperfeiçoamento. O recurso ao símbolo e aos objetos a ele associados é uma forma de "revelar uma realidade total, inacessível através dos restantes meios de conhecimento”, não esquecendo que eles conservam una raiz primordial de significado que fazem deles um elemento unificador e uma afirmação simultaneamente psicológica e intelectual com caráter distintivo”

Dr. Antonio Lopes, Ex-Director do Museu Maçónico Português e Director da revista "Grémio Lusitano", in Prefácio - sublinhados nossos. 

J.M.M.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

REVISTA DO GRÉMIO LUSITANO ANO 9, Nº 21 – 1º SEMESTRE 2020


Grémio LusitanoAno 9, 21, 1º Semestre 2020, p.87; Editor: Grémio Lusitano; Dir: António Lopes; Coord: António Lopes e Álvaro Carrilho; Red.: Rua do Grémio Lusitano, 25, 1200-211 Lisboa.

«Uma revista como Grémio Lusitano pretende constituir-se como um espaço de livre debate de ideias, tendo por base os valores da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, como de resto se assinala no seu Estatuto Editorial. Com este número assumimos uma viragem no sentido de dar à nossa revista um caráter mais académico e de instrumento de trabalho para todos nós.

Defendendo, como de resto sempre foi timbre da Maçonaria, a existência de uma opinião pública informada, ativa e interveniente, condição essencial para o exercício pleno da cidadania, compatibilizamos o livre pensamento, o refletir sobre as ideias em debate e o equacionar novas questões, com a Tradição, considerada esta como uma memória do passado, fundada na transmissão, onde estão presentes sinais, símbolos ou outras formas de registo, que desembocam no enriquecimento intelectual.

As questões ligadas ao Liberalismo são a base de uma sociedade social e politicamente democrática, participativa civicamente e tolerante na diversidade de opiniões e onde o enriquecimento intelectual é a ferramenta a que a Maçonaria sempre recorreu. São igualmente a base da sociedade que hoje conhecemos e de que usufruímos. Por isso, nada melhor do que recordar estes 200 anos da Revolução Liberal como tributo àqueles que em 1820 abriram a porta para a existência de uma Constituição. Com raízes no Iluminismo do século XVIII, estruturante das sociedades europeias e do continente americano do século XIX, pressupõe o Liberalismo, a existência de Liberdade, de um consentimento e representatividade dos governados e da igualdade perante a Lei. Pressupõe também a liberdade de escolha política, alternância de poder e, naturalmente a liberdade de pensamento. Valores e princípios que facilmente hoje admitimos como “naturais”, mas que infelizmente nem sempre foi assim e dos quais nunca nos devemos esquecer. Lembremo-nos de um dos grandes detratores da Maçonaria, José Agostinho de Macedo, que considerava que a Igualdade era contrária à “ordem natural das coisas” e como tudo na natureza era desigual, referindo como exemplo os dedos de uma mão, as árvores ou os homens, logo a desigualdade era, em seu entender, natural e indispensável à sociedade.

Por isso, o ano de 1820 e a revolução então ocorrida, constitui um marco histórico na História de Portugal, no qual muitos maçons tiveram um papel ativo. Inspirados em Locke, Adam Smith, Rousseau ou Montesquieu construíram o primeiro texto constitucional em 1822, primeiro de vários onde se discutiu se uma Constituição deveria sair dos representantes do povo ou concedida pelo monarca, se era um texto construído diligentemente pelos deputados ou se apenas plebiscitado, um debate que em todas as épocas atravessou a Maçonaria, como interveniente ativo na construção de uma sociedade melhor, mais justa e fraterna» [António Lopes]

TÁBUA: A Revolução em diferido: os Açores e a primeira experiência liberal (José Damião Rodrigues); Soberania Nacional, Monarquia e República: do 24 de Agosto de 1820 ao 5 de Outubro de 1910 (Rui Albuquerque); Vintismo e espaço público (Maria de Fátima Nunes); Transformações da propriedade fundiária: do Antigo Regime ao Liberalismo (Duarte Leite); A Crise do sistema liberal e o advento do novo regime (Amadeu Carvalho Homem); Maçonaria nos Açores: Tipografia e Jornalismo (António Valdemar); O Liberalismo visto pelos seus opositores (António Lopes); Teotónio de Ornelas – a sombra da juventude (Jorge A. Paulus Bruno); Um herói na revolução – Manuel Borges Carneiro (Albino Matos); O Jornalista Conimbricense Joaquim Martins de Carvalho (1822-1898) (José Manuel Martins); Museu Maçónico Português: Acervo do Liberalismo 

Revista à venda no Grémio Lusitano

J.M.M.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

A MAÇONARIA NA SOCIEDADE AMOR DA PÁTRIA. A HISTÓRIA DE UMA LOJA NO FAIAL




LIVRO: A Maçonaria na Sociedade Amor da Pátria. A História de uma Loja no Faial;
AUTOR
: António Lopes;
EDIÇÃO: Sociedade Amor da Pátria, 2017, p. 192

“No caso da Maçonaria, que não é religião, nem mera ideologia, onde se vivem e revivem lendas, alegorias e símbolos, através de rituais conhecidos, é mais intensa e formalizada essa dimensão, até com a procura do próprio sagrado. Logo, ver de fora qualquer comunidade de coisas que se amam pode levar muitos a dizer que todas as cartas de amor são ridículas. Mas como dizia Fernando Pessoa, é bem mais ridículo não se escreverem cartas de amor. Ou não responder a uma entrevista sobre a matéria, só porque o interpelante tem manifestado óbvias divergências com as nossas conceções do mundo e da vida, mas talvez seja capaz de reconhecer que comete erros, tem dúvidas e pode enganar-se, até na listagem de inimigos públicos”

A Sociedade Amor da Pátria foi no passado, e é no presente, uma entidade marcante e incontornável na vida e na história do Faial e da cidade da Horta em particular. Abordar os momentos chave dessa história é manter vivo o presente, compreendendo-o com a certeza que, com isso, estamos a honrar todos os faialenses, de nascimento ou de coração, que em tempos idos lutaram para que os homens e as mulheres de hoje possam ter um conjunto de referências morais e materiais que os enchem de orgulho.

 


Essa história a que nos referimos é feita por uma Sociedade criada pela Maçonaria onde, por vezes, não se distingue onde começava o pensamento ou a ação de uma e acabava o de outra. Por isso, conhecer a história da Loja Amor da Pátria é conhecer uma parte importante da Sociedade Amor da Pátria, mais vasta é certo, mas onde estão presentes os ideais da Liberdade, Igualdade e Fraternidade que floresceram nesta ilha, Compreende-se que a dado passo desta obra se diga que no Faial “até as pedras das calçadas eram constitucionais”.

A Direção da Sociedade Amor da Pátria ao convidar o Dr. António Lopes para efetuar este trabalho, historiador especializado nos temas maçónicos, está a lembrar esse passado que nos orgulha e a deixar para os vindouros momentos que o tempo tem tendência para apagar, e os homens, mesmo que involuntariamente, por vezes esquecem. Ao lembrar esse passado estamos a assumir a paixão que nos motiva numa casa como esta. Estamos a lembrar o contributo cívico de uma entidade, dos seus associados e dos seus dirigentes para com o todo social num momento histórico difícil para o associativismo e em prol do Bem Comum. Estamos ainda a prestar homenagem, aos sócios de ontem e de hoje, que fizeram e fazem a Sociedade Amor da Pátria e estamos, por fim, a sublinhar o contributo cívico que a Sociedade Amor da Pátria todos os dias, de forma renovada, dá para a história do Faial e dos Açores.

[Ruben Simas, in Prefácio à obra - sublinhados nossos]

J.M.M.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

À MINHA LOJA MÃE – RUDYARD KIPLING


À Minha Loja Mãe”, de Rudyard Kipling, s/l (Figueira da Foz), s/d (Janeiro de 2016), p. 32

Trata-se de uma curiosa e esmerada edição, de tiragem reduzida, do apreciado poema “À Minha Loja Mãe” de Rudyard Kipling, evocando o 80.º aniversário da sua morte (18 de Janeiro de 1936). O poema é apresentado em inglês e português e vem ornado com nove desenhos, originais e a cores, a todo o tamanho das páginas, que o ilustram e lhe “dão mais beleza”. Tem um curioso posfácio e é acompanhado de textos de Fernando Lima (Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano), de “Alexandre Herculano" (n.s.) e de António Lopes. De muito apreço.

"Rudyard Kipling, poeta, romancista e contista, O Livro da Selva e Kim, entre outros, laureado com o Prémio Nobel em 1908,foi iniciado na maçonaria, com dispensa de idade, na loja Hope and Perserverance de Lahore,da multifacetada Índia, e, posteriormente, membro de várias lojas maçónicas..

Kipling escrevia com a convicção que as ideias e valores maçónicos, transmitidos nas suas histórias, eram aceites e partilhados pelos seus leitores, como em "0 homem que queria ser rei", "Com a guarda"ou a "Viúva em Windsor". O poema "A minha pedra cúbica" é a oração de um obreiro Maçom; O trabalho, o esforço e a perseverança espelham-se no poema "O palácio", a maçonaria operativa está no conto "A coisa errada", que contém o célebre "Se". Mas é na recolha "Sete mares" que se encontra o seu comovente e mais conhecido poema maçónico, "Loja Mãe", dedicado à memória da sua primeira loja, lugar inesquecível da iniciação em todo o seu significado.

A diversidade da composição humana da Loja, o reconhecimento e o respeito pelo outro, a tolerância e o sentimento de pertença sublinham aí valores maçónicos universais que subjazem em toda a espiritualidade, filosofia e prática maçónica de uma actualidade que nunca é demais sublinhar, em tempos de barbárie, fundamentalismos e exclusão.

Este humanismo nunca é demais sublinhar e recordar em tempos difíceis. servindo de exemplo e guia para todos nós. Kipling não será nisto nunca esquecido”. [Fernando Lima, Grão-Mestre do GOL - sublinhados nossos]



“A poesia é mais verdadeira do que a história. Porque não é a história que faz o homem, mas o homem que faz a história, mesmo sem saber que história vai fazendo. Daí que o paradoxo ainda continue a ser a melhor forma de acedermos à verdade, porque esse é o conteúdo da fé, pelo qual o eterno vem ao tempo, como salientava Kierkegaard. A poesia é, assim, mais verdadeira do que a história, a que não é causa, provocada pelos teóricos do processo histórico, sob a forma de ideologias, mas antes o simples produto das ações dos homens e não das respetivas intenções e planeamentos, porque são mesmo os poetas que movem a humanidade, sentindo as correntes profundas. Daí, a maçonaria, porque faz conviver a história com o mistério e apenas ascende quando se torna poesia. Como a de Rudyard Kipling, quando tentava elevar o imperialismo britânico na Índia, onde nasceu, em esforço de civilização, agregando cristãos, muçulmanos, hindus, sikhs e judeus. Até estava inserido naquele movimento de criação do movimento scout, de Baden Powell, procurando um método educativo para uma nova forma de vida. Aliás, quatro anos depois do lançamento de tal movimento, um jovem oficial português, Álvaro de Melo Machado, iniciado maçom desde 1907, fundava, em Macau, o primeiro grupo de escoteiros em território português, quando já era bastante ativa a loja Luís de Camões, que mobilizava personalidades como Camilo Pessanha e o jornalista Francisco Hermenegildo Fernandes. O poema de Kipling, sem qualquer cedência ao cientificismo, chame-se futurologia ou prospetiva, supera, em plenitude, as próprias vulgatas esotéricas, revelando o essencial dos homens de boa vontade que querem ser homens livres, conforme o berço do estoicismo, do judaísmo, do cristianismo e do islamismo, bem contrário aos totalitarismos grupais e aos respetivos fundamentalismos (…) [“Alexandre Herculano” (n.s.) - sublinhados nossos]

“ (…) Na Loja, a Igualdade é o resultado da harmonia que deve reinar, constituindo a força da união entre os Irmãos. A igualdade é lembrada ao neófito logo no seu primeiro contacto com a Loja, quando ele se apresenta perante esta “nem nu, nem vestido”. Significa que qualquer  diferenciação social derivada do seu modo de vestir não tem qualquer valor e que a sua primeira roupa são os paramentos maçónicos, neste caso o avental que lhe será entregue. Com ele coloca-se em plano de igualdade perante os Irmãos e com ele é-lhe lembrado o valor do trabalho em Loja. Por seu lado, a fraternidade, que a Maçonaria elege como outro dos seus pilares,  encontra assim expressão na ligação à realidade cívica de cada cidadão.

É a igualdade plena que impede que um indivíduo se sobreponha ou domine outro, transformando-se por isso e naturalmente em fraternidade. A esta nova realidade associam-se o cosmopolitismo e a tolerância. Sendo o primeiro um ideal antigo - Sócrates já se considerava um cidadão do mundo - o cosmopolitismo é um estado de espírito e um modo de viver que constituem uma referência intimamente associada à Liberdade e à Igualdade, mas que pressupõe uma atitude fraterna para com o outro (…) [António Lopes - sublinhados nossos]

J.M.M.

terça-feira, 2 de junho de 2015

CONFERÊNCIA – O RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO




ORADOR: Dr. António Lopes

DATA: 4 de Junho 2015 (19,00 horas);
LOCAL: Escola Oficina nº1 [Largo da Graça, nº 58, Lisboa];
ORGANIZAÇÃO: Museu Maçónico Português [CicloGrandes Ritos Maçónicos]

“No universo simbólico da Maçonaria sobressaem palavras que escapam, por vezes, à semântica comum revestindo-se, no seio das Lojas ou, do discurso maçónico, de sentidos específicos.
Tal é o caso da palavra rito a qual, em Maçonaria, tanto pode designar uma certa forma de prática ritual, assente num conjunto de ideias que lhe são inerentes, como a sequência e natureza específica dos graus, que compõem um dado sistema maçónico.

De uma exuberante variedade de ritos maçónicos, gerada no decurso do século XVIII, praticam-se na actualidade, principalmente, os Ritos Franceses, o RER, o REAA, os Ritos Egípcios e os Ritos Anglo-Saxónicos.
O Rito Escocês Antigo e Aceito resultou de um processo de sistematização, decorrendo o mesmo numa primeira fase em Santo Domingo, entre 1763 e 1767, por iniciativa de Etienne Morin e de Henry Andrew Francken, que compilaram e ordenaram um conjunto de 25 altos graus, praticados à época em França, dando origem a um sistema denominado de Ordem do Real Segredo.

A este Rito, em 25 graus, foram acrescentados, em Charleston, nos Estados Unidos da América, mais 8 graus, por Maçons Americanos e Franceses, de modo a que o sistema resultante perfizesse o número simbólico de 33 graus.
Assim, em 1801, foi constituído o primeiro Supremo Conselho do Mundo, sendo no ano seguinte difundida a ‘Circular aos Dois Hemisférios’, por iniciativa de John Mitchell e de Frederik Dalcho, respectivamente Soberano Grande Comendador e Lugar Tenente desta Câmara.

O Rito resultante, que congrega mitos e símbolos de proveniências diversas, desenvolve-se com base em duas grandes vertentes, uma de racionalidade e outra de espiritualidade.
São estes os temas que se pretendem desenvolver na presente conferência, discutindo-se a História, a base filosófica e o sistema do Rito Escocês Antigo e Aceito”

Contando com a vossa participação, apresento os meus cumprimentos.”

[Fernando Castel-Branco Sacramento - Director do Museu Maçónico Português]
 
J.M.M.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

CONFERÊNCIA – GÉNESE DO ESCOCISMO


CONFERÊNCIA: Génese do Escocismo;

ORADOR: Dr. António Lopes;
DATA: 27 de Fevereiro 2015 (19,00 horas);
LOCAL: Grémio Lusitano [Rua do Grémio Lusitano, 25, Lisboa];
ORGANIZAÇÃO: Museu Maçónico Português [Ciclo “Sextas da Arte Real”]

 “O conceito de Escocismo assume, no discurso Maçónico, significados múltiplos, que religam historicamente ao período compreendido entre 1740 e 1760, no qual, em França se gerou um substrato de Altos Graus, a partir do qual se estruturam os principais Ritos de origem continental.


Os caminhos que levaram ao aparecimento dos graus ditos ‘Escoceses’ são contudo sinuosos e em grande parte ainda parcialmente desconhecidos, tendo a historiografia recente vindo a esclarecer melhor alguns pressupostos adoptados pelos historiadores do séc. XIX.


Começam a ser melhor contextualizadas e compreendidas, as influências de índole politica, filosófica, religiosa e social, que contribuíram para o nascimento de uma composição de Graus Maçónicos, que no seu conjunto constituem um conservatório de ferramentas simbólicas, de origem multicultural.

Estas continuam a servir de base aos Maçons contemporâneos, uma vez que se baseiam em mitos intemporais, que reflectem a essência da natureza humana.

A sua prática continua a possibilitar, ao Homem do séc. XXI, um desenvolvimento de mecanismos de raciocínio aplicáveis aos problemas actuais, num caminho iniciático de construção pessoal, suportado tanto pela razão como pela espiritualidade.

São estes os temas que se pretendem desenvolver na presente conferência, analisando-se, igualmente, a História, a base filosófica e o sistema dos Ritos Egípcios.

Contando com a vossa participação, apresento os meus cumprimentos.”

[Fernando Castel-Branco Sacramento - Director do Museu Maçónico Português]

J.M.M.

terça-feira, 18 de junho de 2013

DA ROSA, DA FÉNIX E DO PELICANO – ANTÓNIO LOPES



LIVRO: "da Rosa, da fénix e do pelicano compreender o ritual do 1º ao 18º grau do Rito Escocês Antigo e Aceito";
AUTOR: António Lopes.
EDITORA: Campo da Comunicação, 2013, 239 p.

LANÇAMENTO:

DIA: 21 de
Junho 2013 (19,30 horas);
LOCAL: Assembleia Figueirense (Av. Saraiva de Carvalho, 140), Figueira da Foz;

APRESENTAÇÃO: Dr. Pires de Carvalho;
ORGANIZAÇÃO: Associação 24 de Agosto.

“Os livros de autores portugueses sobre temas especificamente maçónicos escasseiam em Portugal.

O presente livro de António Lopes, na sequência de outros trabalhos seus, nomeadamente sobre a maçonaria nos Açores, é mais uma excepção no panorama editorial português, e um valioso contributo para a compreensão por parte do grande público de aspectos pouco conhecidos da maçonaria e dos seus ritos.

A maçonaria dita especulativa, a que se fixou a data fundadora de 1717, visa genericamente o aperfeiçoamento moral e espiritual do homem e o progresso da humanidade, propondo, para tanto, a todos quantos queiram aderir a esse projecto de valores de livre consciência, tolerância e acção nas sociedades, um percurso iniciático progressivo, que se traduz sumariamente na prática de ritos e rituais indutores de uma alta espiritualidade e de profundo significado simbólico e humano (…)

O estudo neste livro de António Lopes conduz-nos pela Maçonaria, pelo Rito Escocês Antigo e Aceito, e, em especial, pelo grau de cavaleiro Rosa Cruz, um dos graus de mais profundo significado no percurso iniciático de um maçon …” [in Prefácio, por Fernando Lima]

J.M.M.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

DICIONÁRIO DA ANTIGA E MODERNA MAÇONARIA – MANUEL PINTO DOS SANTOS


LIVRO: "Dicionário da Antiga e Moderna Maçonaria";
AUTOR: Manuel Pinto dos Santos.

LANÇAMENTO:

DIA: 25 de Janeiro 2013 (18,30 horas);
LOCAL: Assembleia Figueirense (Av. Saraiva de Carvalho, 140), Figueira da Foz;
APRESENTAÇÃO: Dr. António Lopes;
ORGANIZAÇÃO: Associação 24 de Agosto.

Em Portugal e até hoje só surgiram duas obras especificas com o título de dicionários sobre a maçonaria, embora sob aspectos particulares da mesma. Menciona-se o excelente Dicionário da Maçonaria Portuguesa, de 1986, da autoria do falecido Prof. Dr. António Henrique de Oliveira Marques, fundamental para a compreensão da maçonaria portuguesa e o Dicionário de Termos Simbólicos de Pedro Manuel Pereira, em 2008, este ultimo de âmbito muito restrito.

José Adelino Maltez lançou em Dezembro de 2011 o Abecedário Simbiótico, Um digesto político contemporâneo com exemplos sagrados e profanos, obra que faz incursões sobre o mundo da maçonaria, ombreando com outros.

O presente dicionário tem o mérito de ser o primeiro dicionário sobre o universo da maçonaria em geral, feito em Portugal, ….

A obra mostra a pluralidade e a riqueza que se manifesta no universo da maçonaria, quer ela seja tradicional e conservadora, quer seja liberal e laica    
Encontra-se portanto, preenchida uma lacuna, dispondo agora o grande público de uma obra de consulta que lhe permite entender e decifrar o que são os maçons e a sua vivência, quer pessoal, quer institucional” [do Livro]

J.M.M.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

IN MEMORIAM DE GOMES FREIRE DE ANDRADE



IN MEMORIAM DE GOMES FREIRE DE ANDRADE [n. 27 Janeiro 1757, Viena - m. 18 de Outubro 1817, Forte S. Julião da Barra]

"... Naquele dia 18 de Outubro (1817) fazia um frio que se sentia até às entranhas. Gomes Freire subiu ao patíbulo com passos lentos mas seguros. No seu espírito deveriam passar em retrospectiva os anos de glória militar, as alegrias e tristezas da sua vida. Deitou um último olhar aos soldados e quis dizer algumas palavras em louvor da Pátria e do rei, abafadas, ao que dizem escritos da época, pelos cânticos dos padres que estavam presentes.

Entregou-se às mãos do carrasco. Laço apertado em volta do pescoço e segundos depois o seu corpo baloiçava, inerte, pendurado no cadafalso da tirania. Depois de enforcado e decapitado, o seu corpo foi queimado com o alcatrão enviado do Alfeite por ordem de D. Miguel Pereira Forjaz. O corpo, ao que se diz mal queimado, seria posteriormente deitado ao mar que, simbolicamente, o devolveria a terra, tendo os seus restos mortais sido então enterrados na praia ..."

[António Lopes, in "Gomes Freire de Andrade Um Retrato do Homem e da sua Época", Lisboa, Edição Grémio Lusitano, 2003]



in Conferência "A Conspiração de 1817 contra a vida do General Gomes Freire de Andrade 3º Grão-Mestre da Maçonaria Portugueza", 1903 [trata-se da Conferência dada pelo Ir:. Boer, Gr:. 25, na noite de 18 de Outubro de 1903 no Templo José Estevão, no Grémio Lusitano]

J.M.M.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

INAUGURAÇÃO DO MUSEU DA REPÚBLICA E DA MAÇONARIA


INAUGURAÇÃO DO MUSEU DA REPÚBLICA E DA MAÇONARIA - DIA 13 OUTUBRO 2012

PROGRAMA:

10.30 H: Sessão solene com a presença do Sap:. Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano, Prof. Fernando Lima;
11.00 H: Visita guiada ao espaço museológico;
11.30 H: Palestra sobre a "Simbologia Maçónica", pelo Dr. António Lopes;
12.00 H: Ágape fraterno.

LOCAL: VILLA ISAURA – Turismo no espaço rural, Troviscais Cimeiros, 3270–154, Pedrogão Grande: Solicita-se confirmação através do Telem. 919856297 ou pelo e-mail: geral@avillaisaura.com

[via Aires Barata Henriques Facebook]

"… O MUSEU DA REPÚBLICA E DA MAÇONARIA, onde se acentua o simbolismo da sua própria fachada em alvenaria de xisto, ergue-se numa pequena aldeia do interior beirão, em Troviscais Cimeiros, no concelho de Pedrógão Grande, no âmbito de um projecto de alojamento turístico e cultural que dá pelo nome de VILLA ISAURA / SOLAR DO POVO RATINHO.
O Museu em questão é composto por três acervos principais: o primeiro, relativo às personalidades que estão na origem da República portuguesa, assim como por objectos de uso corrente e outros relacionados com momentos politicamente mais relevantes, cartazes, fotografias e postais ilustrados, etc.; o segundo acervo evidencia objectos de cerimonial maçónico, como escapulários e aventais dos vários graus, canhões em vidro e pratos em faiança utilizados nos ágapes de confraternização, espadas rituais, diplomas e credenciais de várias Lojas,  etc.; o terceiro acervo aborda o regime do Estado Novo, sublinhando-se sobremodo a ideia de poupança, a par de um breve enfoque nos períodos da  2ª Grande Guerra e da Guerra Civil de Espanha, com uma mostra de figuras alusivas aos políticos da época (Churchill, Hitler, etc.) produzidas nas principais fábricas de cerâmica nacionais (Caldas da Rainha, Sacavém e Coimbra) …" 
 [extracto de um (antigo) texto de Aires B. Henriques, que reproduzimos com a devida vénia – sublinhados nossos]

J.M.M.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A MAÇONARIA NO SÉCULO XIX, EM PORTUGAL: CONFERÊNCIA NO MUSEU BERNARDINO MACHADO



No decurso do ciclo de conferências "A Maçonaria em Portugal: do século XVIII ao século XXI", organizado pelo Museu Bernardino Machado, vai realizar-se na próxima sexta-feira, dia 25 de Maio, pelas 21.30 h, a conferência intitulada: A Maçonaria no Século XIX, em Portugal.

Esta quarta conferência do ciclo conta com a presença do Mestre em História do Século XX, António Lopes.

Sobre o autor da conferênciaAntónio Lopes pode referir-se que defendeu e publicou a sua tese intitulada A Maçonaria em Portugal e os Açores 1792-1935. Colaborou no Dicionário de História da I República e do Republicanismo, edição da Assembleia da República. Publicou ainda: República e Republicanos em S. Miguel (2011); Gomes Freire de Andrade – um retrato do homem e da sua época; coordenador e autor da obra A Maçonaria a Implantação da I República (2009), edição da Fundação Mário Soares e do Grémio Lusitano. Foi Director do Museu Maçónico Português entre 2003 a 2011, é Presidente da Associação Portuguesa de Arte Fotográfica e Director da revista “Grémio Lusitano”, desde 2008. Tem colaboração na revista Artes e Leilões, Expresso e Capital

Recorde-se que as conferências deste ciclo são acreditadas pelo Conselho Científico da Formação Contínua de Professores, nomeadamente para os professores de História, Filosofia e de Sociologia.


Mais informações sobre a conferência e sobre o ciclo também podem ser consultadas AQUI.

Um ciclo a continuar a acompanhar com todo o interesse.

A.A.B.M.

terça-feira, 15 de maio de 2012

III CURSO DE HISTÓRIA DA MAÇONARIA "SÍMBOLOS E RITOS"


III CURSO DE HISTÓRIA DA MAÇONARIA "SÍMBOLOS E RITOS"

ORGANIZAÇÃO: Grupo de Investigação Memória e Historiografia (Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa);
COORDENAÇÃO: José Varandas (coord. Geral) e António Ventura (coord. Científica);
DATAS: 16 de Maio a 25 de Julho de 2012 [sp. 18h00-20h00), XI sessões;
LOCAL: Anfiteatro III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

PARTICIPAÇÃO: José António Ferrer Benimelli [Simbolismo dos Jardins Maçonicos]; José Augusto Ramos [Símbolos e Ritos]; João Alves Dias [Os Ritos da Maçonaria: O Rito Escocês Antigo e Aceito]; Manuel Pinto dos Santos [Os Ritos da Maçonaria: O Rito Francês ou Moderno]; João Pedro Silva/Pedro Rangel [Outros Ritos Maçónicos]; António Ventura [Maçonaria e Carbonária: Os Rituais Carbonários]; Cipriano de Oliveira [Regularidade e Irregularidade em Maçonaria]; José Manuel Anes [Maçonaria, Hermetismo e Esoterismo]; António Lopes [Da Liturgia ao Quotidiano: Os Objectos Maçónicos]; Francisco Moita Flores [A Simbólica do Oriente Eterno]; Fernando Lima de Valadas Fernandes [Faz Sentido a Maçonaria, Hoje?]

J.M.M.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A MAÇONARIA NA SOCIEDADE - DO SÉCULO XVIII AO SÉCULO XXI


CONFERÊNCIA: A Maçonaria na sociedade – do século XVIII ao século XXI;
DIA: 15 de Dezembro de 2011 (14 horas);
LOCAL: Sala Multiusos 2(Edifício ID, Piso 4) da FCSH da Universidade Nova:
ORADOR: António Lopes (FCSH-UNL);
ORGANIZAÇÃO: Instituto de História Contemporânea - Ciclo Modernidade e Tradição (FCSH-UNL).

"A tradição constitui-se como uma memória do passado, fundada na transmissão, onde estão presentes sinais, símbolos ou outras formas de registo, que desembocam no enriquecimento intelectual desde que também se constitua como um acto refletido e na maior parte das vezes simbólico. Constituindo uma forma de interiorizar valores, ela é também mais do que um depósito de saberes que passa de mão em mão.

Entendeu-se desde sempre em maçonaria de que o Conhecimento não se dá nem se recebe. Ele é fruto de um trabalho continuado baseado no estudo, na reflexão, na transmissão de saberes, mas muito especialmente, em simultâneo com uma crescente elaboração dos esquemas mentais de racciocínio.

Estão assim criadas as bases para a existência de dois mitos: um primeiro da tradição, perdido na poeira dos tempos e outro de modernidade, criado com base no aperfeiçoamento individual. O primeiro justifica a repetição e a segurança, o segundo permite-lhe inventar-se todos os dias, criando uma dinâmica interna, que a Maçonaria transporta desde o século XVIII até aos dias de hoje
" [AQUI]

NOTA: Esta conferência integra-se no Ciclo Modernidade e Tradição (Economia, Sociedade e Inovação no Mundo Contemporâneo) que se tem vindo a realizar durante este mês e que prossegue até ao próximo mês de Janeiro de 2012.

J.M.M.