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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

ANTÓNIO SAMPAIO DA NÓVOA

 
 

… Vivemos governados por um excesso de estímulos, amplificados por uma sociedade que encontra na permanente exposição a melhor forma de se esconder, isto é, de não se pensar. Estranho modo de vida, este, que nos leva de ruído em ruído, preferindo o 'aborrecimento de viver'  à 'alegria de pensar' (Gaston Bachelard).

Precisa-se, neste 'tempo detergente', de um pacto de silêncio, de uma pausa que permita ver para além da poeira dos dias que correm. Pensar exige tranquilidade, persistência, seriedade, exigência, método, ciência …

O futuro ainda demora muito tempo? Nada mudou? Tudo mudou? Estamos num momento de transição. Pressentimos o fim de um ciclo histórico, iniciado em meados do século XIX, quando se inventou a modernidade escolar e pedagógica. Mas temos dificuldade em abrir caminho à contemporaneidade …

[António Sampaio da Nóvoa - Evidentemente. Histórias da Educação]

“ … Os economistas, especialistas e comentaristas “decretaram” (é esta a palavra certa) que se gasta de mais na educação. A ideia é falsa, mas toda a gente parece aceitá-la sem discussão. Estranho e medíocre consenso! É verdade que, durante um curtíssimo período de tempo, Portugal se aproximou, por volta do ano 2000, da média dos então 15 países da União Europeia... depois de séculos de atraso. Eu digo, se aproximou, porque, em termos de despesa total por aluno, só havia um país que gastava menos do que Portugal, que era a Grécia; e em termos de percentagem da despesa com a educação e formação em percentagem do produto interno bruto, Portugal continuava abaixo da média europeia. Claro que eu junto, como não podia deixar de ser, as três parcelas dos relatórios da União Europeia (despesa pública, despesa privada e despesa das empresas). É assim que se fazem as contas. É assim que se definem os objectivos estratégicos dos países.

Mas os nossos economistas, que gostam de torturar os dados até que eles confessem, limitam-se a citar a primeira parcela (despesa pública) e partem daí para um raciocínio que está todo ele errado. Desenganemo-nos. É urgente um maior esforço do Estado, e um maior esforço das famílias, e um maior esforço das empresas. Não queiramos colher aquilo que não semeámos! …”

[António Sampaio da Nóvoain Entrevista. Pela Educação]


… Disse, e repito, prefiro um mundo imperfeito, com liberdade, do que um plano perfeito, sem ela. Estou disposto a renunciar a tudo, menos à liberdade.

Sei bem que, nos tempos que correm, não podemos perder tempo com pessimismos. Fala-se das universidades como instituições com um grande passado (em Portugal, nascemos há mais de 700 anos) e com um glorioso futuro (dizem-nos que somos as instituições centrais das 'sociedades do conhecimento').

Um grande passado e um glorioso futuro. E o presente? Parece que o presente “desapareceu” no meio de tanto passado e de tanto futuro. A mim, interessa-me o presente, o presente futuro certamente, o presente como futuro.

O futuro? Mas o futuro não existe, exclamou um dia António Sérgio! Existe, sim. Existe o futuro como ideia. O que constitui uma nação não é uma causa eficiente: é sempre sim uma causa final: um projecto, um plano, uma ideia do que há-de ser …

[António Sampaio da Nóvoa]

J.M.M.

domingo, 6 de janeiro de 2013

ESCOLAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM PORTUGAL


Vai ser apresentado em Faro, no próximo dia 10 de Janeiro de 2013, pelas 16 horas, no Auditório Paulo Freire, na Escola Superior de Educação e Comunicação - Campus da Penha, vai ser apresentada a obra coordenada pelo Prof. Joaquim Pintassilgo, intitulada Escolas de Formação de Professores em Portugal: História, Arquivo e Memória.

O índice da obra é o seguinte:


Das Escolas Normais às Escolas do Magistério Primário: Percurso Institucional e Enquadramento Legal
Joaquim Pintassilgo, Maria João Mogarro, Raquel Pereira Henriques

Da Escola Mista Distrital de Habilitação para o Magistério Primário à Escola do Magistério Primário de Braga
José António Afonso, Rodrigo Azevedo

Escolas de Formação de Professores em Castelo Branco (1898-1988)
Hélder Manuel Guerra Henriques

Instituições de Ensino Normal Primário Público em Coimbra (1901-1989)
Luís Mota, António Gomes Ferreira

As Escolas de Habilitação para o Magistério Primário em Évora (1884-1986)
Maria Teresa Santos

As Escolas de Formação de Professores no Algarve
João Sabóia

Escolas de Habilitação para o Magistério Primário na Madeira (1900-1982)
Filomena Lume, Teresa Florença

Da Escola Normal à Escola do Magistério Primário de Lisboa (1862-1988)
Joaquim Pintassilgo, Lénia Pedro, Maria Manuela Rodrigues, Maria João Mogarro, Rui Afonso da Costa

Escola do Magistério Primário de Portalegre
Maria João Mogarro

Escola Normal do Porto (1882-1986)
Margarida Louro Felgueiras, Juliana Rocha 

Pode ler-se ainda na nota de apresentação do livro:

Este livro representa o principal produto de um projeto de investigação, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), dedicado ao estudo, numa perspetiva histórica e para o caso português, das escolas de formação de professores para o tradicionalmente designado ensino primário. Inicialmente conhecidas por Escolas Normais Primárias, essas instituições passaram, em 1930, a denominar-se Escolas do Magistério Primário. Vieram a ser extintas, já em plena democracia, na segunda metade dos anos 80, vindo o lugar até aí por elas ocupado a ser preenchido pelas Escolas Superiores de Educação. Uma vez que a primeira Escola Normal a ser inaugurada foi a masculina de Marvila (Lisboa), em 1862, o estudo percorre um período de cerca de 125 anos. O projeto foi iniciado em 2010 e teve a duração de 3 anos. Da equipa fizeram parte 18 investigadores de várias universidades e de outras instituições espalhadas pelo país. A coordenação esteve a cargo de Joaquim Pintassilgo do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Pretendeu-se pesquisar um conjunto, regionalmente diversificado, de escolas de formação de professores, trabalho esse conducente à elaboração de monografias históricas sobre cada uma dessas escolas. Tendo em conta a composição da equipa e a importância relativa das instituições, foram, para o efeito, selecionadas nove cidades: Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Lisboa, Portalegre e Porto. 

A informação que recolhemos baseia-se no que está disponibilizado pela editora da obra: Edições Colibri.

Uma interessante iniciativa a divulgar e que esperamos também poder adquirir.

A.A.B.M.




segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O LEGADO DO CONDE FERREIRA NO ALGARVE

A 24 de novembro, pelas 16h00, na Galeria de Arte do Convento Espírito Santo, em Loulé, vai ter lugar o lançamento do livro Legado do Conde de Ferreira no Algarve, de Idalina Rodrigues, cuja apresentação vai estar a cargo de Helena Batista, inspetora superior principal na Delegação Regional do Algarve da IGE.
Comerciante e filantropo, Joaquim Ferreira dos Santos – Conde de Ferreira nasceu a 4 de outubro de 1782, na Vila Meã, no Douro.
Emigrante, no Brasil, organizou e dinamizou uma economia colonial. Ao regressar ao Porto empenhou-se na causa “Cabralista”, mediante um mecanismo de projeção social conducente à nobilitação: Par do Reino, por carta régia de 3 de maio de 1842; Barão a 7 de outubro de 1842; Visconde a 21 de junho de 1843; Conde a 6 de agosto de 1850.

Conhecedor da situação vivida, em Portugal, na âmbito dos edifícios escolares e, por considerar a instrução pública em elemento essencial para o bem da sociedade, legou a quantia de 144.000$000 réis, destinada à construção de 120 casas para escolas primárias de ambos os sexos.

Faleceu em 24 de março de 1866, na sua residência do Bonfim, no Porto. Foi no seu testamento que o” Conde de Ferreira” deixou claro testemunho dos sentimentos altruístas que possuía. Esta obra debruça-se sobre o papel que teve na instrução público do Algarve.
A autora do livro, Idalina Maria Rocheta Rodrigues, nasceu a 19 de dezembro de 1942, natural de Pereiras-Quarteira, Concelho de Loulé. Diplomada pela Escola do Magistério Primário de Faro, em 1964, lecionou nos concelhos de Portimão, Silves, Loulé, Lagoa e Lagos. Licenciada em Administração Escolar, em 1993, pelo Instituto Superior de Ciências Educativas, em Odivelas.

Realizou o trabalho de investigação e intervenção institucional, aprovado pelo Conselho Científico Pedagógico do Instituto Superior de Ciências Educativas, intitulado “Cosmopolitismo Algarvio e sua Inserção na Instituição Escolar”.
É formadora na área da Formação Pessoal e Social.
Professora requisitada em funções inspetivas, na Delegação Regional do Alentejo da Inspeção Geral da Educação, desde 1994/95 até 1999/2000, cumpriu, entre outros, os seguintes projetos: Novo sistema de avaliação; funcionamento das EBIS; gestão pedagógica; participação em grupos de trabalho a nível da Delegação Regional do Alentejo da Inspeção Geral da Educação; auditoria pedagógica ao funcionamento de estabelecimentos de ensino básico; ação conjunta com a Inspeção Geral do Ministério do Trabalho, em Jardins de Infância; avaliação integrada das escolas, em agrupamentos vertical e horizontal.
Está aposentada desde 2003, mas como voluntária leciona a disciplina de “ História da Educação”, em Universidades Seniores do Centro de Estudos de Lagos, Associação Sénior Autodidata de Portimão e Instituto de Cultura de Portimão. Dedica-se à investigação. É presidente do Clube Lions de Portimão e presidente da Região F – 2010-2011. É autora do livro “Momentos da Jubilação” – 1.ª Edição – abril de 2011 - registo n.º 375/2012.

Sobre o Conde de Ferreira é possível encontrar algumas referências interessantes, como este artigo do professor Jorge Fernandes Alves AQUI ou na Wikipedia AQUI.

Um evento a acompanhar com toda a atenção.

A.A.B.M.

terça-feira, 22 de março de 2011

COLÓQUIO - O QUOTIDIANO NA ESCOLA REPUBLICANA

No dia 24 de Março, no Palácio Valadares, em Lisboa, vai realizar-se este colóquio que serve para assinalar o centenário da publicação do decreto que procede à Reforma do Ensino em Portugal durante a República. Lê-se na sinopse de divulgação do colóquio: A grande reforma republicana do ensino primário foi publicada em 29 de Março de 1911. A este importante documento que abrangia os ensinos infantil, primário e normal, outros diplomas se seguiram que incidiram sobre os outros níveis de ensino, modificando a estrutura educativa herdada da Monarquia. Uma nova concepção de escola, novas disciplinas, novos níveis de ensino e novas universidades fizeram parte de algumas das grandes inovações da escola republicana. Nesta semana, em que se celebram os cem anos da Reforma de 1911, propomo-nos com este colóquio dar a conhecer, pela voz dos especialistas, como se vivia e aprendia na nova escola criada pelos republicanos. O programa do colóquio está organizado da seguinte forma: 10H00 | Sessão de abertura 10H30 | O ENSINO PRIMÁRIO Património e quotidiano escolar, Maria João Mogarro IE/Universidade de Lisboa Modos de ensinar, Margarida Felgueiras FPCE/Universidade do Porto 12H00 | Debate 12H30 | Intervalo para almoço 14H00 | ENSINO SECUNDÁRIO E SUPERIOR Ensino técnico e profissional, Luís Marques Alves FL/Universidade do Porto As Universidades, Luís Reis Torgal FL/Universidade de Coimbra 15H30 | Debate 16H00 | Pausa 16H15 | A Mulher e o Ensino, Maria Alice Samara, ESE Setúbal 17H00 | Debate Uma iniciativa a acompanhar com toda a atenção, que recomendamos vivamente. A.A.B.M.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

COLÓQUIO: A EDUCAÇÃO NA REPÚBLICA: PASSADO, PRESENTE, FUTURO

Vai realizar-se no Instituto de Educação, da Universidade do Minho, o colóquio A EDUCAÇÃO NA REPÚBLICA: PASSADO, PRESENTE, FUTURO. Ao longo de dois dias, 22 e 23 de Outubro de 2010, vão debater o estado da Educação em Portugal. Debruçando-se sobre o passado, analisando o presente e construir o futuro. Esperemos que discussões proveitosas que alterem o estado preocupante e o caminho cada vez mais duvidoso em que os nossos governantes têm gizado para o sistema educativo público. O colóquio está organizado em quatro painéis: I - Protagonistas Educativos e Participação II - Governação da Educação e Aprendizagem ao Longo da Vida III - Movimentos, Experiências e Reformas IV - Ideias, Ilustração e Utopia Entre os participantes que vão apresentar as suas reflexões contam-se: - Manuel Matos; - Jorge do Ó; - Ana Nunes de Almeida; - Abílio Amiguinho; - Alberto Melo; - João Barroso; - Luíza Cortesão; - António Teodoro; - Almerindo Afonso; - Manuel Loff; - José Madureira Pinto; - João Arriscado Nunes; - José Alberto Correia; - Rui Canário; - Isabel Alarcão; - Rui D´Espiney. Da Comissão Organizadora deste congresso fazem parte: Alberto Filipe Araújo, Ana Paula Martins, Fernando Azevedo, Fernando Guimarães, José Carlos Morgado, Licínio C. Lima. O programa do colóquio pode ser consultado integralmente AQUI. A acompanhar com toda a atenção A.A.B.M.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO



Amanhã (20 de Junho), sábado (21 de Junho), domingo (22 de Junho) e segunda-feira (23de Junho) realiza-se, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da cidade do Porto, um congresso sobre História da Educação. Subordinado ao tema central Cultura Escolar, Migrações e Cidadania.

Os trabalhos foram organizados em oito eixos essenciais, a saber:

1. Circulação de ideias, discursos e modelos educativos; manuais, imprensa e iconografia.
2. Currículo, práticas educativas e quotidiano escolar
3. Infância, geração e família
4. Inclusão, género e etnia
5. Formação, identidades e profissão docente
6. Instituições educativas e cultura material escolar
7. Políticas educativas e cidadania
8. Historiografia, métodos, fontes e museologia

Entre os organizadores destacam-se os seguintes elementos:
Comissão Organizadora

Ana Maria Pessoa (ESE - Inst Polit. Setúbal)
António Gomes Ferreira (UC-FPCE)
Carlos Eduardo Vieira (UFPR)
Cláudia Maria Costa Alves (UFF)
Décio Gatti Júnior (UFU)
Diomar Motta (UFMA)
Luís Alberto Marques Alves (UP- FL)
Luís Grosso Correia (UP- FL)
Marcus Aurélio Taborda de Oliveira (UFPR)
Margarida Louro Felgueiras (UP-FPCE)

Comissão Organizadora Local

António Barroso (EB de Viana do Castelo)
Luís Alberto Marques Alves (UP- FL)
Luís Grosso Correia (UP- FL)
Margarida Louro Felgueiras (UP-FPCE)
Rodrigo de Azevedo (CIIE- FPCE- UP)

Ao longo dos dias em que decorre o congresso, é possível escolher as temáticas que se julgarem mais interessantes. Assim, o programa detalhado das várias sessões de apresentação de trabalhos impressiona pela quantidade de pessoas envolvidas. Encontram-se trabalhos que se enquadram nos diversos eixos deste evento. Participam com trabalhos de investigação entre muitos outros: Justino Magalhães, Anabela Araújo de Carvalho Amaral, Jorge Ramos do Ó, Claudia Alves, Maria Beatriz Rocha-Trindade,Maria João Mogarro, Antonio Gomes Ferreira, Aires Antunes Diniz, António José Gonçalves Barroso, Ernesto Candeias Martins, Manuel Luís Pinto Castanheira, Joaquim Pintassilgo, António Augusto Simões Rodrigues.

Uma nota de destaque para a presença de inúmeros investigadores das mais variadas universidades brasileiras que vêm apresentar os seus trabalhos de investigação a Portugal.

O programa resumido do congresso pode ser consultado aqui e as várias sessões temáticas para apresentação de trabalhos podem ser consultadas aqui.

Pelo que conseguimos perceber, pela avaliação do programa das actividades, vai ser um evento de uma dimensão acima da média, com grande número de apresentações e qualidade científica reconhecida a muitos dos investigadores.

A não perder pelos interessados na temática da História da Educação.

A.A.B.M.