Mostrar mensagens com a etiqueta Salazar. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Salazar. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 23 de março de 2018

VÍTIMAS DA DITADURA NO ALGARVE, POR IDALÉCIO SOARES


Amanhã, 24 de Março de 2018, na FNAC, em Faro, pelas 21.30 h, vai ser apresentada a obra de Idalécio Soares, com algumas notas sobre várias Vítimas da Ditadura no Algarve.

Pode ler-se na sinopse do livro:
Este é um livro sobre a ditadura que vigorou em Portugal entre 1926 e 1974 e sobre a polícia política que a serviu durante quase quarenta e oito anos. Manuel Paula Ventura, João Feliciano Galvão, José da Mónica e outros, cujas histórias se contam neste livro, foram alguns dos muitos milhares que viram as suas vidas prejudicadas, quando não abruptamente interrompidas por este regime. Com origens sociais, personalidades e percursos de vida muito diferentes, eles tiveram, todavia, algo em comum: o terem, em determinado momento das suas vidas, e independentemente das escolhas políticas que fizeram (ou não fizeram), sido apanhados pela malha apertada da ditadura e marcados com o seu ferrete. Quando ideias assentes no preconceito e no ódio ao outro, responsáveis por tragédias humanas inenarráveis, ganham de novo, perigosamente, lastro na Europa e noutras partes do mundo, quando essas mesmas ideias chegam ao poder na maior potência mundial, o combate pela preservação da memória histórica dos que delas foram vítimas é um ato de urgência, uma forma de não deixar que se repita. De dizer: NUNCA MAIS! Porque a ditadura existiu! Porque a polícia política existiu! Em Portugal. Entre 1926 e 1974.

Vai apresentar a obra o professor Joaquim Vieira Rodrigues.

Fica o convite para comparecer e aprender um pouco mais sobre estas figuras ainda hoje bastante esquecidas.

Com os votos do maior sucesso.

A.A.B.M.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

"VIVER E RESISTIR NO TEMPO DE SALAZAR", POR ALICE SAMARA E RAQUEL HENRIQUES

Vai ser apresentado, no próximo dia 6 de Julho, em Setúbal, na Casa da Cultura, Sala José Afonso, pelas 21:30 h, a obra de Maria Alice Samara e Raquel Pereira Henriques, recentemente publicada com o título em epígrafe.

Esta obra resulta de um conjunto de entrevistas, de histórias reais na primeira pessoa de quem viveu  e procurou resistir ao poder da ditadura salazarista. 

O evento é promovido pela Associação José Afonso, de Setúbal e conta com a presença das duas autoras.

O convidado para apresentar a obra é o Doutor João Madeira.

Pode ler-se na nota de divulgação da obra:

Este livro nasceu da recolha de histórias de vida através de várias entrevistas que ajudaram a compor um quadro mais completo, abrangente e pessoal do que foi viver no tempo de Salazar, viver em tempos que para muitos foram de silêncio e de medo, mas também de luta e de coragem. E, em certo sentido, de esperança. Cada pessoa entrevistada abriu um mundo, o seu mundo, sendo que a linha transversal a todas as histórias que foram recolhidas é a ideia de resistência, assumida nos seus diferentes significados e práticas. O livro divide-se em duas grandes partes. A primeira diz respeito aos aspetos do quotidiano e às diferentes formas de viver - e sobreviver - no Portugal do século XX. A segunda procura compreender processos de politização, espaços e formas de resistência. Finalmente, em jeito de epílogo, ouvem-se algumas impressões já sobre o 25 de Abril de 1974.


Sobre esta obra, pode ser encontrado um video com entrevista às autoras AQUI.

Uma que se recomenda e que muitos portugueses certamente ainda recordarão. Além disso, convém que a memória se vá preservando e os testemunhos na primeira pessoa são fundamentais.

A.A.B.M.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

JOÃO VILLARET: UMA DELÍCIA POUCO CONHECIDA


David Ferreira a contar de 25 Out 2012 - RTP Play - RTP

Hoje, pela manhã, ouvi na rádio e não podia deixar de partilhar pela mensagem.

David Ferreira apresenta-nos alguns detalhes que envolveram as obras de construção do Metro em Lisboa e como a Censura da época deixou passar a letra de uma música com críticas claras ao regime vigente: Salazarismo (1956).

São só 5 min. de audição.

Uma pequena delícia.

A.A.B.M.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O FASCISMO CATEDRÁTICO DE SALAZAR


Foi recentemente publicado o resultado da investigação realizada por Jorge Pais de Sousa sobre a instalação do regime salazarista. A obra foi editada pela Imprensa da Universidade de Coimbra.

Ao longo de mais de quinhentas páginas o autor analisa e procura compreender a ascensão de um conjunto de professores universitários, onde se destaca António de Oliveira Salazar, mas não só, que empreendem uma conquista do poder político num contexto de crise e falência do regime republicano. As razões dessa falência foram aproveitadas e acabaram por conduzir a um largo período de ditadura, conhecido por salazarismo ou Estado Novo.

A parte essencial do livro concentra-se nas várias razões que ao longo do tempo da República vão contribuindo para se encontrar uma resposta política para as fraquezas desse mesmo regime. A análise do processo centra-se muito na fase da 1ª República Portuguesa quando algumas das principais figuras do Estado Novo se vão afirmando, tomando posições criticas em relação ao poder político existente e estabelecendo relações de maior proximidade entre si.

Pode ler-se na nota de abertura da obra:
A investigação incide sobre um período particularmente fecundo da historiografia portuguesa acerca do regime que dominou quase inteiramente a sua história do século XX. Num quadro de atenta reconstrução da vida política nacional, em cujo âmbito se tem vindo progressivamente a consolidar a afirmação de Salazar e do seu regime político, é de maneira convincente que o autor estabelece uma relação entre a afirmação do fascismo, em Portugal, e as rupturas epocais produzidas pela Grande Guerra, apesar da escolha de neutralidade feita pelas suas elites políticas. Não é, de facto, por acaso, que a elaboração teórica do futuro ditador, que o levou a assumir um papel significativo na cena política, decorreu dos seus estudos sobre a economia de guerra (...)

Para delinear as características específicas desta variante lusitana do fascismo continental, Jorge Pais de Sousa retoma e valoriza a definição de “fascismo de cátedra”, proposta nos anos trinta pelo poeta e filósofo espanhol Miguel de Unamuno para definir o Estado Novo, na tentativa de superar o dualismo interpretativo entre aqueles historiadores (Torgal, Rosas, Collotti, Loff) que colocaram a tónica sobre as características plenamente fascistas do regime português, e outros investigadores que, na senda das taxionomias elaboradas pela politologia americana sobre o totalitarismo (Costa Pinto, Payne, Nolte, Gentile), o situaram no campo do tradicional autoritarismo. A obra não se exime, pois, à questão metodológica central do actual debate historiográfico, tendo o mérito de enfrentar uma contraposição que dividiu a historiografia portuguesa, no intento de fornecer uma abordagem original capaz de a superar, para libertar a pesquisa histórica da vinculação a um debate que se arriscava arrastá-la para uma linha morta.

Alberto De Bernardi
Universidade de Bolonha


Sobre o autor pode ler-se:
Fez o Doutoramento e o Mestrado em História Contemporânea, a Especialização em Ciências Documentais, e a Licenciatura em Filosofia, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Bibliotecário de profissão, quando não é bolseiro de investigação. Membro do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20). Integra o grupo de investigação Intelectuais e Poder no Mundo Ibero-Americano, com sede na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Obteve, em 2011, uma Bolsa de Pós-Doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Publicou os livros Bissaya Barreto: Ordem e Progresso (Coimbra, 1999), que foi tese de mestrado e se encontra esgotado, e Uma Biblioteca Fascista em Portugal (Coimbra, 2007). O livro O Fascismo Catedrático de Salazar, que foi tese de doutoramento, culmina a publicação de uma constelação de estudos dedicada aos seguintes temas: A Presença de Santo Agostinho na Obra de Hannah Arendt (Coimbra, 2004); La Prima guerra mondiale e le origini ideologiche dello Estado Novo (Roma, 2006); O Estado Novo perante o 28 de Maio e o Fascismo (Coimbra, 2006); O Estado Novo de Salazar como um Fascismo de Cátedra (Bolonha, 2009); Jaime Cortesão (Coimbra, 2010); Fascismo de Cátedra, Violência e Intolerância (São Paulo, 2010) – ensaio que integra o livro de actas Tempos de Fascismo que foi no Brasil, em 2011, 2.º Prémio Jabuti de Ciências Humanas; O Estado Novo de Salazar como um Fascismo Catedrático: Fundamentação Histórica de uma Categoria Política (Ponta Delgada, 2011); e Os Futuristas e a República (Coimbra, 2011).


Uma interessante obra que recomendamos aos nossos ledores.

A.A.B.M.