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segunda-feira, 31 de março de 2008

A TRADIÇÃO DA CONTESTAÇÃO - MIGUEL CARDINA




Foi publicado há alguns dias o trabalho de investigação de Miguel Cardina, intitulado A Tradição da Contestação. Resistência Estudantil em Coimbra no Marcelismo, na linha dos estudos recentes publicados sobre a contestação estudantil.

Num momento em que a educação está envolta em polémica interessa compreender os movimentos contestatários que recorrentemente acontecem, de forma mais ou menos organizada e com carácter pontual ou sistemático, envolvidos por ideologias políticas que marca(ra)m a sociedade portuguesa num época de transição. Partindo do estudo sobre a contestação ao Estado Novo nos últimos anos do salazarismo, mas particularmente, durante o marcelismo, na Universidade de Coimbra, Miguel Cardina retoma os estudos iniciados há cerca de duas décadas por investigadores como Maria Eduarda Cruzeiro, em 1990 ou Álvaro Garrido, em 1996, Luís Reis Torgal em 1999 ou mais recentemente Rui Bebiano, em 2003.

A contestação académica em Coimbra conquista alguma visibilidade no final dos anos 50, sendo a crise de 1962 um reflexo dessa situação e vai culminar com outro momento marcante em 1969, quando os estudantes são violentamente reprimidos. Este estudo trata do vasto processo de politização [que se constata] nas práticas e nos discursos estudantis, contribuindo de forma decisiva para a quebra de legitimidade que a ditadura experimenta no seu troço final.

Miguel Cardina (Nazaré,1978) é licenciado em Filosofia e Mestre em História das Ideologias e Utopias Contemporâneas pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Investigador-Associado do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra onde prepara a sua tese de doutoramento sobre a construção da esquerda radical durante o Estado Novo.

Um trabalho que se recomenda vivamente.

A.A.B.M.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O REGICÍDIO (PARTE I)

NOVIDADES BIBLIOGRÁFICAS

A propósito do Centenário do Regicídio têm sido publicados diversos livros sobre a personalidade do Rei D. Carlos e os factos trágicos que envolvem a sua morte. Nalguns casos recuperaram-se também edições antigas e que há muito tinham saído do mercado.

São diferentes leituras sobre a personalidade, o tempo, os acontecimentos e a vida de um país que estava em profunda turbulência. As conspirações, as sociedades secretas, as tragédias que envolvem todo este período suscitam paixões e ódios que muitas vezes dificultam a vida de quem estuda a época e pretende uma leitura mais neutra dos factos. Mesmo cem anos após os acontecimentos ainda há questões não resolvidas. Este facto alimenta a imaginação dos escritores e obriga-os a estudar novamente a época com outros olhos e uma atitude diferente. Curioso, no entanto, é o facto de, sobre estes acontecimentos, existirem ainda poucos romances que tenham como pano de fundo esta época.

Após a leitura da revista Os Meus Livros, que habitualmente adquirimos, foi possível encontrar um conjunto de referências bibliográficas recentes sobre o Regicídio, algumas que já conhecíamos e outras que, infelizmente, não tivemos conhecimento atempadamente.




- Regicídio. A Contagem Decrescente, por Jorge Morais, já tinhamos conhecimento e divulgamos oportunamente esta obra aqui.








- D. Carlos - A Vida e o Assassinato de um Rei, por José Manuel de Castro Pinto, publicado ainda em 2007, já tivemos oportunidade de o folhear em algumas livrarias.











- Mataram o Rei! O Regicídio na Imprensa Internacional, por Joaquim Vieira e Reto Mónico. Não conhecemos esta obra, no entanto lamentamos ainda não a ter encontrado, pois seria sempre interessante saber o impacto que esta notícia teve noutros países e como foi recebida pela imprensa desses países.









- O Regicídio, por Alice Samara e Rui Tavares. Penso que é uma edição muito recente que ainda não foi possível consultar ou adquirir, porém os seus autores dão garantias de um trabalho bem conseguido. Sobretudo demonstrando capacidade de investigação e interpretação das fontes consultadas. Vamos tentar encontrar e emitir a nossa opinião sobre esta obra nos próximos tempos.






- A República Nunca Existiu!, coordenado por Octávio dos Santos. Conjunto de contos de vários autores, sobre o Regicídio e a Implantação da República por autores de cariz monárquico. Não conhecemos.









- O Regicídio, por Rocha Martins, foi uma das obras que foi recentemente reeditada, a propósito do Centenário. Uma iniciativa feliz, pois são sempre obras bem ilustradas e com um texto jornalístico, muito típico de Rocha Martins, mas que fez bastante sucesso no seu tempo, permitindo-lhe a publicação de númeras obras de pendor histórico, especialmente sobre a queda da Monarquia. A rever com toda a atenção.









Finalmente, aguarda-se com expectativa a obra que o sítio monárquico que assinala o Regicídio tem vindo a divulgar. Esta obra conta com a colaboração de vários autores onde se destacam: Mendo Castro Henriques, Maria João Medeiros, João Mendes Rosa, Jaime Regalado e Luiz Alberto Moniz Bandeira, intitulado Dossier Regicídio - O Processo Desaparecido.

Nos próximos dias continuaremos com outras obras dedicadas ao Regicídio publicadas ao longo do tempo e que temos conhecimento.

A.A.B.M.

domingo, 29 de abril de 2007

O 28 DE MAIO, OITENTA ANOS DEPOIS


O 28 de Maio Oitenta Anos Depois: contributos para uma reflexão.

O CEIS 20, apresenta no próximo dia 2 de Maio de 2007, pelas 18 h, no Café-Teatro do Teatro Académico de Gil vicente (Coimbra) a obra que resultou do interessante colóquio realizado em Maio de 2006, coordenado pelo Prof. Doutor Luís Reis Torgal, e onde foram apresentadas as comunicações que foram reunidas nesta obra.

Estarão presentes a Prof. Dra. Manuela Tavares Ribeiro, actual Coordenadora do CEIS 20, a coordenadora do Instituto de História e Teoria das Ideias da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e o Director do Teatro Académico de Gil Vicente, bem como o Prof. Dr. António Ventura que procederá à apresentação da obra.

Para mais informações ver aqui.
Mais uma obra publicada por este centro de investigação.
A ler com toda a atenção, mais estes contributos para a história deste acontecimento que assinalou 80 anos no ano passado.

A.A.B.M.