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sexta-feira, 4 de abril de 2008

LE PROCÈS DE LA COMMUNE


Le Procès de la Commune - por Cláudio José Nunes

[in Cláudio José Nunes - Scenas Contemporaneas, com uma Carta-Prológo por José Latino Coelho, Editores Rolland & Semiond, Lisboa, Typ. Castro & Irmão, 1873 - ver aqui na BND]

J.M.M.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

COMUNA DE PARIS DE 1871: BREVE CRONOLOGIA DOS ACONTECIMENTOS



5 de Janeiro
- Primeiros bombardeamentos prussianos a Paris.
- O exército organizado por Gambetta obtém algumas vitórias que com o apoio da Guarda Nacional poderiam alterar o curso da guerra. O governo boicota Gambeta e não permite a intervenção da Guarda.

19 de Janeiro
- Derrota francesa de Buzenwald.

21 de Janeiro- Manifestação dos guardas nacionais de Paris.
- Libertação de Flourens.

22 de Janeiro
- Nova manifestação severamente reprimida.

23 de Janeiro
- Supressão de dezassete jornais e encerramento de numerosos clubes.

28 de Janeiro
- Assinatura do armistício.

6 de Fevereiro
- Demissão de Gambetta.

12 de Fevereiro
- A Assembleia reune-se em Bordéus.

17 de Fevereiro
- Thiers forma governo.

1 de Março
- Os alemães entram em Paris e ocupam os Campos Elíseos.

10 de Março
- A Assembleia vota a sua transferência para Versalhes. Decreta a abolição da moratória sobre as rendas de casa e a imediata exigibilidade do pagamento de letras e outros títulos de dívida. Descontentamento da pequena burguesia.

18 de Março
- Thiers tenta tirar à Guarda os canhões.
- Insurreição em Paris. O governo foge para Versalhes. O exército regular abandona a cidade.

23 de Março
- Comuna em Marselha.
- Comuna de Lião.

24 de Março
-Comuna em Saint-Étienne, Narbona e Tolosa.
- Os "maires" de Paris tentam conciliar Paris e Versalhes, mas sem êxito.

25 de Março
- Fim da comuna de Lião.
- Eleições para o Conselho da Comuna de Paris que decorreu sem incidentes.

26 de Março
- Comuna no Creuzot.

27 de Março
- Proclamação da Comuna de Paris, que se instala nos edifícios abandonados pelo governo.
- Fim da Comuna de Tolosa.

31 de Março
- Fim da Comuna de Narbona.

2 de Abril
- Decretada a separação do Igreja e do Estado.

3 de Abril
- Tentativa de ataque a Versalhes. Morte de Fleurens.

4 de Abril
- Recuo das tropas da comuna. Morte de Duval.
- Fim da Comuna de Marselha.

8 de Abril
- Conversações entre o governo de Thiers (Favre) e Bismarck.

10 de Abril
-Tentativa de conciliação promovida pela Maçonaria.

12 de Abril
- A Comuna decreta a suspensão os pagamentos de dívidas.

13 de Abril
- Decreto ordenando a demolição da coluna de Vandoma.

16 de Abril
- A Comuna decreta a reabertura das oficinas abandonadas, em moldes de autogestão operária (Cooperativas).

19 de Abril
- Declaração ao povo francês, expondo o programa da Comuna.

25 de Abril
- Requisição de habitações vagas, para serem reocupadas por famílias desalojadas pela guerra.

27 de Abril
- Decreto abolindo as multas sobre os salários.

4 de Maio
- Proibida a acumulação de remunerações de cargos oficiais. Os membros da Comuna recebem uma remuneração equivalente ao salário médio de um operário.
- Abolição do juramento profissional e político.

7 de Maio
- Saudação da Associação Internacional dos Trabalhadores.

8 de Maio
- Ultimato de Thiers aos parisienses.

9 de Maio
- Criação de um Comité de Salvação Pública.

16 de Maio
- Demolição da coluna de Vandoma.

17 de Maio
- Decreto abolindo a distinção entre filhos naturais e legítimos, para efeitos de pensão de orfandade.

19 de Maio
- Decreto de laicização do ensino.

21 de Maio
- Decreto transformando os teatros em cooperativas de actores.
- As tropas governamentais entram em Paris.

22 de Maio
- As tropas governamentais ocupam os Campos Elíseos.

23 de Maio
- Avanço da tropas em Paris.
- Morte de Dombrowski.

24 de Maio
- As tropas regulares tomama o Banco de França, o Louvre e a Bolsa.
- Os «comunards» executam os reféns, entre os qauis o arcebispo de Paris.

25 de Maio
- As tropas governamentais tomam La Villette, a Bastilha, St. Antoine.

26 de Maio
- Chacina da população parisense pelas tropas governamentais.

27 de Maio
- Fuzilamentos em massa dos resistents.

28 de Maio
- Últimos tiros dos poucos resistentes. Cerca do meio-dia, a resistência termina e os «comunards» rendem-se às tropas regulares.

Bibliografia Consultada: Alves, Ana Maria, Portugal e a Comuna de Paris, col. Polémica, Editorial Estampa, Lisboa, 1971, p. 185 a 189 (Excertos).

A.A.B.M.

A COMUNA DE PARIS





[via La Commune de Paris, com a devida vénia]

"... Depois de ouvir o alarido das greves e o estrondo das batalhas, acordou de sobressalto, levantou-se e, estendendo os olhos pelo horizonte, viu ao longe um clarão imenso: eram as chamas ateadas pela Revolução Operária de Paris, nos Paços do Poder momentaneamente derrubado.

O operariado já não deve ser como o irracional, a que soltam do trabalho só o tempo necessário para dormir e refazer-se das forças, e a que dão o alimento indispensável somente para não morrer. O operário deve ser um homem com os meios precisos para viver bem; com o tempo suficiente para se instruir e descansar; deve ser um homem no pleno gozo do seu trabalho e no uso perfeito das suas faculdades e dos seus direitos. No mundo social vai, necessariamente, dar-se uma transformação extraordinária, porque não é possível continuar o escândalo absurdo dos trabalhadores morrerem de fome e dos ociosos morrerem de fartura ..."

[in Manifesto do Centro Promotor dos Melhoramentos das Classes Laboriosas, 1872]

J.M.M.