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domingo, 20 de outubro de 2019

CATALUNHA – POR FERNANDO PESSOA


CATALUNHA – Por Fernando Pessoa

"Dos problemas que hoje agitam e perturbam a indisciplinada vida da Europa, o problema do separatismo catalão é talvez o que mais flagrantemente foca o conflito fundamental que se trava hoje no mundo, e, portanto, aquele que mais curiosos ensinamentos contém.

No pleito, que o Destino faz que se digladie entre a Espanha e a Catalunha, há o facto essencial de todos os dramas. Como em todos os dramas, um momento criado pelo Destino, mas segundo inevitáveis resultados de um passado surdamente se acumulou, faz entrar em conflito forças e ideias que é absurdo que entrem em conflito, que é doloroso que se encontrem em guerra Como em todos os dramas, não há solução satisfatória para problema, porque a única arbitragem certa, e por isso injusta, é a do Destino. E como em todos os dramas, ambas as partes têm igual razão.
 
O conflito entre a Catalunha e a Espanha é o conflito entre o conceito nacional de país, e o conceito civilizacional de país. Um conceito é geográfico, supõe-se ser étnico, e afirma-se como linguístico. O outro conceito é histórico, supõe-se ser imperialista e afirma-se como cultural.

Do ponto de vista nacional, e exclusivamente nacional, a Catalunha é uma nação, um país, com índole própria, tendências especiais, com um idioma à parte, que as define, e uma aspiração, que as deseja.

Não é uma pseudo-nação como, por exemplo, a Bélgica ou a Suíça, a que falta, logo de princípio, a base linguística para mostrar ao mundo que tem personalidade. Não é uma nação artificial, como os Estados Unidos da América, onde a unidade linguística não exprime mais que uma tradição de colonização, sem bases em uma cultura própria, nem psique nacional a que corresponda. Não é uma nação morta, como a Irlanda, em que a [...]

Não é uma região espiritualmente conquistada, como as províncias da Alsácia e Lorena, originalmente germânicas, e que Luís XIV roubou à Alemanha, que Bismarck depois (de modo territorialmente legítimo) reaveu para a Pátria, e que hoje [1918] passam outra vez para as mãos do usurpador que as conquistara espiritualmente […]

A Catalunha está para a Espanha exactamente como a Provença para a França. Em ambos os casos a nação cultural se sobrepôs às nações naturais.

Quem da posteridade saberá, salvo só por sabê-lo, que houve catalão, que houve provençal, ou, mesmo, que houve holandês ou qualquer das línguas escandinavas? Ninguém. Só as línguas imperiais sobrevivem. Só as línguas dos povos que criam império têm direito ao futuro, e, portanto, ao presente nacional. Nós portugueses, somos um povo pequeno, mas somos um povo imperial, cuja língua alastrou por sobre o mundo, que criámos civilização, e não simplesmente a vivemos.

Por que razão deve Catalunha viver subordinada a Castela? Pela razão de que [...]

Ingleses, franceses, italianos, alemães, espanhóis, portugueses — todos criámos civilização, os outros viveram a civilização que qualquer de nós criou. A maior conquista que os impérios fazem é a conquista da posteridade. A conquista da posteridade, a língua imperial a grava nos muros da eternidade, a latteras [sic] de fogo. A Holanda quase que criou civilização mas a sua obra histórica, de relevo comercial e não cultural, não teve força para subsistir culturalmente. É como se não houvesse existido. Só os Boers, na extrema África, a registam. São óptimos lavradores e lêm a Bíblia todos os domingos. Vivi e sei, infelizmente […]

A Catalunha, porém, só tem que escolher entre as desvantagens menores da sua integração, como até aqui em Espanha, embora, porventura, com outras regalias, e as desvantagens maiores da sua independência absoluta. Ninguém na Ibéria lhe dá licença que escolha a terceira, a ignóbil hipótese, que seria a união com a França, a que parece secretamente visar parte da tendência catalanista"

[Fernando Pessoa, in Ultimatum e Páginas de Sociologia Política, Lisboa, Ática, pp. 183-187 - sublinhados nossos]
 
J.M.M.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

IN MEMORIAM DE MANUEL AZAÑA (1880-1940) - PRESIDENTE DA II REPÚBLICA ESPANHOLA (PARTE II)


Assim, em Fevereiro de 1936 a Frente Popular vence as eleições e Manuel Azaña é convidado a formar governo, tornando-se depois Presidente da República (Maio de 1936, substituindo Alcalá-Zamora). Porém a desunião e ruptura entre as diferentes forças da aliança republicana no governo [veja-se as posições que tomam o socialista Prieto e o republicano Alejandro Lerroux], o ódio que a direita [e em especial de Delgado Barreto] lhe manifestava vendo nele um obstáculo para os seus propósitos de tomada do poder, as conspirações e intentonas golpistas verificadas, os inflamados pregões antigovernamentais da imprensa católica e de direita [veja-se a influência da organização de Gil Robles nessas campanhas] e, por fim, a sublevação do exército e o reconhecimento do governo do ditador Franco pela Inglaterra e França, ditou o seu exílio em França (Fevereiro de 1939), onde veio a falecer.   
Manuel Azaña é iniciado na maçonaria [segundo o seu cunhado, na Loja “Hispanoamericana” nº2; segundo outros na Loja “La Matritense”, de Madrid, sob Obediência do Grande Oriente Espanhol] já quando era Presidente do Governo [e ao mesmo tempo Ministro de Guerra; diga-se que do primeiro governo da República, dos 11 membros do governo, 6 eram maçons, o que não era o caso de Manuel Azaña, iniciado meses depois], a 2 de Março de 1932, com o n.s. de “Plutarco” [José Antonio Ferrer Benimeli, “Jefes de Gobierno Masones. España 1868-1936”, Madrid, 2007. pp.195-206], não passando do grau de Aprendiz, tendo “adormecido” de imediato.
Segundo Benimeli não só o Grão-Meste do Grande Oriente Espanhol [o GOE foi instalado em 12 de Maio de 1889, sendo seu GM, Miguel Morayta. Nasceu de dissidência do Grande Oriente de Espanha] não esteve presente na iniciação de Manuel Azaña como existiria algum desinteresse de M. Azaña [diz ele nas suas Memórias Políticas: “Em Espanha ninguém sabe guardar segredo. Nem os maçons”] pela organização maçónica e o seu ritual, pelo que o seu ingresso na Ordem foi meramente “circunstancial”, revestindo-se mesmo de alguma “ingenuidade”. O facto de M. Azaña ser maçon (mesmo que “maçon decorativo”) fez avolumar o “mito maçónico” e a “conjura maçónica” na II Republica, assunto que o ditador Francisco Franco soube bem explorar na opinião pública.
[refira-se o facto curioso, e segundo testemunhos credíveis (alguns pelos próprios falangistas, via documentos da própria Loja), que aponta Francisco Franco, já tenente-coronel, como pretendendo entrar (1926) na Maçonaria, na Loja Lixus de Larache, mas a que a isso se opuseram os maçons militares da loja. Mais tarde, já em 1932, de novo Francisco Franco solicita o ingresso na Ordem, e de novo de opuseram membros da Loja, entre eles vários militares de carreira e o seu próprio irmão Ramón (morto durante a guerra civil). Não por acaso, a devassa feita às lojas maçónicas, aos seus arquivos e bibliotecas, e perseguição implacável à Ordem, levada a cabo pela ditadura franquista, toma foros de “santa cruzada”, com a constituição de um corpo policial especial repressor [como a OIPA, “Oficina de Investigação e Propaganda Anticomunista”, Abril de 1937]. Parte dessa documentação retirada das Lojas encontra-se no Fundo Maçónico [que vai de 1882 até 1938] do Arquivo Histórico Nacional de Salamanca – cf. José Antonio Ferrer Benimeli, “La masonería en la España del siglo XX]
Assim, a passagem efémera de Manuel Azaña pela maçonaria, não impediu que os seus inimigos, numa violenta e intensa campanha e propaganda antimasónica levada a cabo pelos fascistas-franquistas e pelos integristas católicos, que atribuíam à maçonaria a origem directa da instauração da República, o atacassem ideologicamente pela sua condição de maçon (mesmo que “decorativo”), a que souberam juntar os slogans costumeiros de um caminhar para uma situação de “anarquia”, “separatismo” e “socialismo”, destruindo a imagem pública do homem liberal e reformista (que assumidamente era) de Manuel Azaña [sobre a curiosa questão – e ainda não totalmente esclarecida - de Manuel Azaña e a Maçonaria, consultar a obra, já citada de José Antonio Ferrer Benimeli, “La masonería en la España del siglo XX", em especial a entrada de Alberto Reig Tapia: “La imagem pública del político, El caso “Azaña” a través de la propaganda antimasónica”]
Iberista romântico [ver Hipolito de la Torre Gómez, “A Relação peninsular na Antecâmara da Guerra Civil Espanhola”, 1998; Fernando Rosas, “Portugal e a Guerra Civil de Espanha”, 1998; Heloisa Paulo, “Imagens de Liberdade. Os exilados portugueses e a luta pela liberdade na península Ibérica”], Manuel Azaña teve contactos com os exilados portugueses em Espanha, como Afonso Costa (de quem era amigo), Bernardino Machado e o Grupo dos Budas [Jaime Cortesão, Moura Pinto, Jaime de Morais, Nuno Cruz, Oliveira Pio, Alexandrino dos Santos, César de Almeida – curiosamente quase todos maçons e fundadores de uma Loja maçónica portuguesa em Espanha, a Loja “República Portuguesa”]. A união de interesses é patente, até pelo denominado “Plano Lusitânia”, plano “audacioso” onde se previa a “invasão e rebelião em Portugal”, contra o colaboracionismo de Salazar com Franco [cf. Heloisa Paula, ibidem – para o qual remetemos a leitura].
Morre Manuel Azaña, a principal referência da II República Espanhola, a 3 de Novembro de 1940, em Montauban, França, onde se encontrava exilado. O féretro foi coberto com a bandeira mexicana, face á proibição do marechal Pétain que o seu enterro tivesse honras de estado.

J.M.M.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

IN MEMORIAM DE MANUEL AZAÑA (1880-1940) - PRESIDENTE DA II REPÚBLICA ESPANHOLA (PARTE I)


La libertad no hace a los hombres felices, los hace sencillamente hombres” [Manuel Azaña]

Nuestro norte es una entidad que tiene dos nombres República y España. Para mi es lo mismo. La República es la expresión jurídica de mi patria, y España es el nombre histórico de la República” [ibidem]
Manuel Azaña Diaz [1880-1940], “alcalaíno como Cervantes” [ver AQUI], foi um intelectual e político notável, um orador radioso e temível, um dos apóstolos da II República de Espanha [e seu emérito Presidente], sendo considerado uma das personalidades mais marcantes do século XX espanhol.

Nascido a 10 de Janeiro de 1880 em Alcalá de Henares, foi desde sempre um aluno brilhante e uma personalidade invulgar. Formado em direito [1898 pela Universidade de Saragoça; mais tarde doutor pela Univ. Central de Madrid], advogado, tradutor (traduziu as “Memorias de Voltaire”), ensaísta e jornalista [começa, em 1897, na revista “Brisas del Henares”, sob o pseudónimo de Salvador Rodrigo; em 1901, colabora na revista “Gente Vieja”; correspondente do jornal “Figaro” (Outubro de 1919 a Abril de 1920, durante o tempo em que residiu em França); é fundador da revista “La Pluma” (Junho de 1920; nasce a revista já quando M. Azaña sai do Ateneu de Madrid e se demite de secretário); dirige a revista “España" (1923; a revista foi encerrada pela censura em 1924), etc…], amador de livros [começou a ler na copiosa biblioteca do avô e do seu pai], membro (1900) do selecto grupo do Ateneu de Madrid [onde foi secretário], escritor galardoado com o prémio Nacional de Literatura (1926 – “La vida de don Juan Valera”) e com obra memorialista importante.  
Manuel Azaña inicialmente milita (1912-23) no Partido Reformista (de Melquiades Álvarez), que abandona face á posição tomada relativamente a Primo de Rivera, que considera de traição, rompendo com o regime monárquico. Teve ocasião de participar na Liga de Educação Política (1913; onde estão figuras notáveis como Ortega y Gasset) e incentivou (1918) a constituição da secção espanhola da Sociedade das Nações [que adopta o nome de “União Democrática Espanhola”] que curiosamente não o apoia na questão da guerra civil. Adere ao republicanismo com o golpe de estado do ditador Primo de Rivera, que vai combater, declarando-se republicano, identificando a Democracia com a República, pelo que procura a união de todos os republicanos.
Na I Guerra Mundial toma posição ao lado dos Aliados, desenvolvendo uma activa participação intelectual nesse apoio, publicando no semanário “España” um manifesto a favor do Aliados [“Manifiesto de adhesión a las Naciones Aliadas”, de Julho de 1915], o que o leva por diversas vezes a França, a Itália [em 1917, com Unamuno, na frente de guerra], e a que se seguiu uma concorrida conferência no Ateneu de Madrid [“Los motivos de la germanofilia"], em que manifesta admiração pelas virtudes do patriotismo francês, revelando os horrores da guerra, bem como inicia um ciclo de conferências no “Ateneu de Madrid” sobre “La política militar de la República francesa”. Disso dá conta em obra posterior, reflectindo sobre o Estado, a nação e a Guerra, assumindo o inalienável direito de defesa do indivíduo perante o Estado.
Manuel Azaña funda o Grupo de Acção Republicana (1925) que actua clandestinamente até 1930 [cf. José Peña González], até à retirada de Primo de Rivera, integrando-se depois (Fevereiro de 1930) na Aliança Republicana [como curiosidade diga-se que M. Azaña, aborda o problema da Catalunha, assumindo que, embora não o desejasse, que se a Catalunha fazia intenção de separar-se de Espanha, tinha esse direito] e, posteriormente, na Esquerda Republicana (1934).
Ministro da Guerra no Governo provisório da II República (14 de Abril de 1931), foi nomeado Presidente desse governo, levando a cabo reformas importantes [refira-se que Azaña esteve por quatro vezes na cadeira presidencial]. Porém, não conseguindo conjugar forças necessárias para lutar contra a Igreja [veja-se, por exemplo, o modo como a questão do projecto da lei de Confissões e Congregações Religiosas se desenrolou e as consequências havidas, anos mais tarde] e a oligarquia instalada, o seu projecto liberal e socialista [para Azaña a República não podia ser um prolongamento da monarquia sem os Bourbons] sai fracassado e com ele o próprio regime republicano.

[em continuação]

J.M.M.

terça-feira, 3 de junho de 2014

SEGUNDA REPÚBLICA ESPANHOLA (1931)


 
Segunda República Espanhola

 
"Verde que te quiero verde,
verde viento, verdes ramas.
Los dos compadres subieron.
El largo viento dejaba
en la boca un raro gusto
de hiel, de menta y de albahaca.

— ¡Compadre! ¿Dónde está, dime,
dónde está tu niña amarga?

— ¡Cuántas veces te esperó!
¡Cuántas veces te esperara,
cara fresca, negro pelo,
en esta verde baranda!

Sobre el rostro del aljibe
se mecía la gitana.
Verde carne, pelo verde,
con ojos de fría plata.
Un carámbano de luna
la sostiene sobre el agua.

La noche se puso íntima
como una pequeña plaza.
Guardias civiles, borrachos
en la puerta golpeaban.

Verde que te quiero verde.
Verde viento. Verdes ramas.
El barco sobre la mar
Y el caballo en la montaña"

[Federico García Lorca, “Romance sonâmbulo]

 
J.M.M.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

MANDAMENTOS REPUBLICANOS


«Quien ama la justicia sobre todas las cosas no hace daño a nadie; respeta los derechos ajenos y hace respetar los propios. Quien rinde culto a la dignidad, se lo rinde a la libertad y la igualdad; ni avasalla a nadie, ni por nada se deja avasallar; ni reconoce primacías innatas, ni acata privilegios infundados».

Texto de una octavilla de mano, editada en la imprenta Gutenberg de Guadalajara el 31 de Mayo de 1931, para la que se rogaba la mayor publicidad posible.


J.M.M.

terça-feira, 19 de abril de 2011

80º ANIVERSÁRIO DA II REPÚBLICA ESPANHOLA 1931-2011




"España es una República de trabajadores de toda clase, que se organiza en régimen de libertad y justicia ... Todos sus poderes emanan del Pueblo ... La República constituye un Estado integral, compatible con la autonomía
de los municipios y regiones ...
" [ler AQUI]

LOCAIS: II República Española / Documentos de y sobre La II República Española y la guerra de España de 1936-39 / La Tercera República Española: Libertad, Igualdad y Fraternidad / Relatos (y poemas) breves de la Guerra Civil española y la posguerra / Asociación José Maldonado González

Viva la República Española!

J.M.M.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

HISTÓRIA A DEBATE EM SANTIAGO DE COMPOSTELA

Na próxima semana, entre os dias 15 e 19 de Dezembro de 2010, em Santiago de Compostela, vai realizar-se um importante colóquio sobre a ciência História, será o IV Congreso Internacional Historia a Debate. PROGRAMA GENERAL IV CONGRESO INTERNACIONAL HISTORIA A DEBATE History under Debate. L’histoire en débat 15-19 diciembre 2010 Santiago de Compostela LUGAR DE CELEBRACIÓN Facultades de Ciencias de la Comunicación y Filología Campus Norte de la Universidad de Santiago SESIONES SIMULTÁNEAS COORDINADOR Carlos Barros (Universidad de Santiago) SECRETARIO Israel Sanmartín (Universidad de Santiago) RESPONSABLE DE PRENSA Xan Pereira (Universidad de Santiago) COMISIÓN DE ORGANIZACIÓN Xiana Barros (European University Institute, Italia) Francisca Colomer (Centro de Profesores y Recursos, Murcia) Mariela Coudannes (Universidad Nacional del Litoral, Argentina) Antonio Duplá (Universidad del País Vasco) Flavia Pascariello (Universidad de Cádiz) Juan Manuel Santana (Universidad de las Palmas de Gran Canaria) Roberto J. González Zalacain (Universidad de La Laguna) O programa completo e detalhado deste colóquio pode ser consultado em http://www.h-debate.com/. O colóquio está dividido nas seguintes secções: I. OFICIO DE HISTORIADOR 1. Nuevas relaciones entre historiadores y fuentes 2. Innovaciones paradigmáticas 3. Nuevo paradigma educativo 4. Historiador, público y valores 5. Lo nuevo y lo viejo en teoría de la historia II. HISTORIOGRAFÍA 1. Escuelas del siglo XX, retos del siglo XXI 2. De las especialidades al debate general 3. Dos décadas de Historia a Debate 4. Redes y tendencias actuales 5. Historiografía de paradigmas 6. Historiografía y contextos políticos MESAS REDONDAS I. HISTORIA INMEDIATA A. El siglo de Obama B. Crisis 2008-2010 mirada histórica C. Gobernanza mundial, pasado y futuro D. Movimiento social global, pasado y futuro E. El estancamiento de Europa F. América Latina en transformación G. Historia y cambio climático H. Historia y justicia universal II. HISTORIA, SUJETOS, ESCRITURA I. El historiador de sí mismo J. Historia académica y ficción histórica K. Historiadores y memoria histórica L. Bolonia y enseñanza de la historia A página com os currículos dos palestrantes e respectivos textos ou resumos podem ser consultados AQUI(Ponencias aceptadas) Entre os portugueses que vão participar neste colóquio contam-se: Lia Nunes, José João Lucas, José Amado Mendes, António Manuel Hespanha e Fernando Rosas. Uma actividade a acompanhar com todo o interesse. A.A.B.M.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

LOS SUCESOS - PERIÓDICO DE MADRID



A Hemeroteca Digital colocou online uma edição do periódico ilustrado, Los Suceosos [Imprensa de Los Sucesos, Madrid, publicado entre 1904-1917], do dia 15 de Outubro de 1910. Este número de Los Sucesos apresenta imagens curiosas e pouco divulgadas sobre a revolução de 5 de Outubro de 1910.

ver Los Sucesos AQUI.

J.M.M.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

REPUBLICA ESPANHOLA



"Fragmentos de la Constitucion da REPÚBLICA ESPAÑOLA aprobada em 9 de Diciembre de 1931" (clicar na foto)

via República Española (Facebook).

J.M.M.

domingo, 14 de março de 2010

CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE MIRANDA DE EBRO


"Julián Moreno tuvo la osadía de tener hambre y comer. En el basurero del campo de concentración de Miranda de Ebro descubrió un manjar: cáscaras de naranja. A los militares no les gustó. 'Le ponían una moneda en la frente y contra la pared, teniendo que sostenerse en una sola pierna. Cada vez que se le caía tenía que recogerla y en ese instante los soldados le propinaban una paliza. Cada vez aguantaba menos, cada vez las palizas eran más frecuentes, así durante horas', contó el testigo Julián del Olmo, también prisionero. El otro Julián, el que tuvo la osadía de comer cáscaras, murió maltratado en Miranda de Ebro, el último campo que cerró sus puertas en España (1937-1947) ..." [ler TODO O TEXTO AQUI - El País, 14/03/2010]

LOCAIS: Campo de concentración de Miranda de Ebro / Historia del campo de concentración de Miranda de Ebro (1937-1947) / Barracones de humillación / Miranda de Ebro (Burgos) la memoria de las víctimas del terrorismo franquista / Historia del campo de concentración de Miranda de Ebro (1937-1947) Reseña del libro homónimo de José Ángel Fernández López (edición propia) / Odisséia de um israelense espanhol / Lembrando Sam Levy, o Bom Samaritano (por Adriano Vasco Rodrigues) / Brasileiros na Guerra Civil Espanhola: combatentes de luta contra o fascismo (pdf) / Los Campos Nazis / Algumas imagenes de las prisiones de Franco

J.M.M.

quarta-feira, 18 de março de 2009



O ADVENTO DA REPÚBLICA EM ESPANHA

in Seara Nova, Ano XI, nº 246, 16 de Abril de 1931

J.M.M.