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sábado, 25 de maio de 2013

A MULHER E A CRIANÇA. ORGÃO DA LIGA REPUBLICANA DAS MULHERES

 
 

A MULHER E A CRIANÇA. Órgão da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas –Typ. Francisco Luiz Gonçalves (T. do Sequeiro das Chagas, 16 A, Lisboa), 1909-1911, XIV numrs.

Ano I, nº 1 (Abril 1909) ao Ano II, nº 24 (Maio de 1911); Propr: Comissão Dirigente composta por Ana de Castro Osório, Benedita Mouzinho de Albuquerque Pinho, Fausta Pinto da Gama (até 1909); Editora: Ana Maria G. Dias (a partir de Novembro de 1910) ao nº25); Administradora: Lénia Loyo Pequito; Redacção: Rua do Alecrim, 82, Lisboa (ao nº3, Rua dos Castelinhos, 6, 2º, Lisboa; depois, ao nº9, Rua dos Poyaes de S. Bento, 129, 2º, Lisboa); Directora: Maria Veleda (a partir de Agosto de 1910, nº 25); Impressa na Typ. Francisco Luiz Gonçalves (T. do Sequeiro das Chagas, 16-A, Lisboa) [ao nº4, na Typ Adolpho de Mendonça, Rua do Corpo Santo, 46-48); revista mensal, que precede “A Madrugada”, folha mensal da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, sob direção de Maria Veleda; no seu nº1, apresenta os Estatutos da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas; com curiosas referências à formação, em todo o país, de secções da Liga Republicana das Mulheres e os nomes das associadas.   

[Alguma] Colaboração/Textos: A. Brazão, Adelaide Cabete, Ana Caron, Ana de Castro Osório, Ann Moore, António José de Almeida (nº3), Benedita Mouzinho de Albuquerque Pinho, Coelho Neto, Costa Alegre, Eduardo Sequeira, Fausta Pinto da Gama, Fazenda Júnior, Guerra Junqueiro, Guilherme Braga, Jaime de Almada, João Chagas, José do Vale (“As mulheres e a liberdade”, ao nº5), Ladislau Patrício, Leão Grave, Leopoldina Carrilho Balsas, Loff de Vasconcelos, Lucinda Tavares, Luís de Almeida Nogueira, Magalhães Lima, Maria d’Azevedo, Maria Clara Correia Alves, Maria Feyo, Maria Gonçalves de Freitas (“Feminismo”, nº6), Maria Veleda, Luís de Almeida Nogueira, Ribeiro de Carvalho, Teresa Deslandes, Tomás da Fonseca.


A MULHER E A CRIANÇA, AQUI digitalizado

FOTO (e inf.) via António Ventura Facebook

J.M.M.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

LIGA REPUBLICANA DAS MULHERES PORTUGUESAS


"Foi (...) em 1907, que um grupo de mulheres instruídas e cultas fundou o 'Grupo Português de Estudos Feministas', com o objectivo de difundir os ideais da emancipação feminina, fundar uma biblioteca e publicar estudos destinados a instruir e a educar a mulher portuguesa, a fim de melhor desempenhar as funções de mãe e educadora da sociedade futura. O 'Grupo', dirigido por Ana de Castro Osório e que agregava intelectuais, médicas, escritoras e, sobretudo, professoras, teve uma existência efémera, mas ainda publicou alguns folhetos que reproduziam discursos, conferências e outros textos de autoria das principais dirigentes, preenchendo assim uma grande lacuna de leituras de teor feminista, acessíveis às mulheres portuguesas.

É em torno deste núcleo que se vai fundar a 'Liga Republicana das Mulheres Portuguesas'. A ideia é lançada em Agosto de 1908 por Ana de Castro Osório e António José de Almeida e apoiada por Bernardino Machado e Magalhães Lima. Este projecto, acarinhado pelo Partido Republicano, vai tomar forma legal em Fevereiro de 1909, constituindo-se numa associação, simultaneamente, política e feminista. Os dirigentes republicanos apoiavam e incentivavam a luta reivindicativa das mulheres pela igualdade de direitos que lhes permitissem uma maior intervenção na vida social, económica e política do país mas também lhes interessava criar mais uma frente de combate à monarquia, sobretudo, por o sexo feminino ser conotado com o obscurantismo religioso e o conservadorismo político.

A 'Liga Republicana das Mulheres Portuguesas', fundada com o objectivo de 'orientar, educar e instruir, nos princípios democráticos, a mulher portuguesa, fazer propaganda cívica, inspirando-se no ideal republicano e democrático e promover a revisão das leis na parte que interessa especialmente à mulher e à criança', será a primeira, a mais duradoura e combativa associação a conciliar a defesa e a difusão dos ideais feministas e republicanos" [ler MAIS AQUI]

J.M.M.

sábado, 2 de abril de 2011

MARIA VELEDA


Vai ser apresentado no próximo dia 5 de Abril de 2011, pelas 18 horas, no Museu República e Resistência, em Lisboa, as Memórias de Maria Veleda, com introdução e notas de Natividade Monteiro.

Recorde-se que Maria Veleda, aliás Maria Carolina Frederico Crispim nasceu em Faro, em 26 de Fevereiro de 1871. Filha de João Diogo Frederico Crispim e de Carlota Perpétua da Cruz Crispim. Destacou-se como professora, tendo passado pelo Alentejo, Algarve e por fim em Lisboa.

Fixa residência em Lisboa em 1905, começando por leccionar num asilo, passando depois a professora regente do Centro Escolar Republicano Afonso Costa, na Calçada de Arroios.

Em 1909 passa a dirigir a escola do Centro Republicano da Ajuda. Escreve no Distrito de Faro, Diário Ilustrado, República, Heraldo, A Tradição, a Ave Azul, O Repórter, Sociedade Futura, dir. Ana de Castro Osório, foi redactora da Vanguarda, O Século e A Pátria, entre muitos outros.

A partir de 1910, tem uma secção no jornal A Vanguarda, subordinada ao tema Missa Democrática, que tinha intuitos morais e educativos de acordo com a ética e concepção republicanas.

Em 1909 é condenada por abuso de liberdade de imprensa devido a criticas à rainha D. Amélia, num artigo intitulado "Carta Aberta a uma Dama Franquista", publicado na Vanguarda.

Integrou a comissão organizadora do Primeiro Congresso do Livre Pensamento que se realizou em Lisboa, em 1908.

Em 1907,foi iniciada na Maçonaria, na Loja Humanidade, com o nome simbólico Angústias. Em Março de 1908 foi alvo de uma homenagem por um grupo de republicanos da Amadora, que teve lugar a Livraria Gomes de Carvalho.

Dirigiu a revista A Mulher e a Criança (1910-11) e mais tarde o jornal A Madrugada (1911-15). Exerceu funções como delegada de vigilância da Tutoria Central da Infância de Lisboa.

Durante as incursões de Paiva Couceiro desenvolve um conjunto de comícios e conferências na Covilhã, Castelo Branco, Tortozendo e Fundão. Foi uma das impulsionadoras da Associação de Propaganda Feminista, juntamente com Ana de Castro Osório. Pertence ao denominado Grupo das Treze e foi a representante da Liga das Mulheres Republicanas em 1913, para representar no XVII Congresso Internacional do Livre Pensamento.

Foi critica da ditadura de Pimenta de Castro, apoia a intervenção de Portugal na I Guerra Mundial contra a Alemanha. No final de 1915 abandona a Liga Republicana das Mulheres e a direcção do jornal A Madrugada e com outras ex-sócias da liga funda a Associação Feminina de Propaganda Democrática.

Nos anos vinte, afasta-se da vida política e passa a colaborar na imprensa ligada ao espiritismo.

Mãe de dois filhos, um deles adoptado e outro do poeta Cândido Guerreiro, com quem parece que manteve uma relação nunca oficializada.

Entre 26 de Fevereiro e 11 de Abril de 1950, publicou as suas memórias no jornal A República, que agora foram recolhidas e compiladas no livro que agora é dado à estampa. Uma vintena de artigos de jornal que agora ganharam forma de livro.

Um excelente artigo sobre Maria Veleda, da autoria de João Esteves pode ser encontrado AQUI.

Maria Veleda faleceu em Lisboa em 8 de Abril de 1955.

A apresentação da obra estará a cargo da Drª. Anne Cova.

A.A.B.M.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

AS MULHERES E A REPÚBLICA - PARTE II



A propósito do que dissemos no post anterior, realizamos alguma pesquisa, consultamos mais bibliografia, que nos desse garantia de qualidade e isenção acerca dos estudos sobre a mulher no período final da Monarquia e durante a República.

Assim, encontrou-se um artigo muito interessante da Doutora Irene Vaquinhas (FLUC), publicado na Revista da Faculdade de Letras - História da Universidade do Porto, em 2002, onde se pode ler entre outras coisas:




Estes excertos, do texto original, mostram a evolução da situação da mulher entre os finais do século XIX e inícios do século XX, no entanto levantam também a curiosa questão de saber em que momento(s) a(s) mulher(es) consegue(m) obter aquilo por que lutaram durante tanto tempo e porque razão esse direito lhes foi concedido num determinado momento.


Muito interessante e curioso, em particular para estes neomonárquicos que parecem tão interessados em denegrir a imagem da República onde vivem, com a liberdade que desfrutam, provavelmente mantendo a situação da mulher como era noutros tempos...

A.A.B.M.