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domingo, 29 de setembro de 2013

ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 19 DE AGOSTO DE 1906


PAINEL DE AZULEJOS de Pereira da Silva (Vidraria Progresso, R. do Amparo, 108, Lisboa) alusivo ao resultado das eleições municipais de 19 de Agosto de 1906 [Autor: Pereira da Silva (Vidraria Progresso)]

► “Figuram os retratos dos republicanos eleitos para a Câmara Municipal de Lisboa (Afonso Costa, António José de Almeida, João de Menezes e Alexandre Braga); a figura da República segurando um facho e o brasão de armas do município (versão da época); um panorama da Torre de Belém; um galo saudando o sol nascente; os jornais ‘A Lucta’, ‘O Paiz’, ‘O Mundo’ e ‘A Vanguarda’; ramagens de acácia e oliveira; e diversos instrumentos profissionais usados na época; 1906

Via Casa Comum, com a devida vénia.
J.M.M.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

SOBRE A INAUGURAÇÃO DO MONUMENTO AO MARQUÊS DE POMBAL – PARTE III


FOTO: grupo de “admiradores da obra” de Sebastião José de Carvalho e Melo [1699-1782], na inauguração do monumento ao “divino” Marquês de Pombal [in Arquivo Nacional, nº 123, 18 de Maio de 1934]:

“Da esquerda para direita: Dr. Ramiro Reis e Sousa, general Norton de Matos, dr. Álvaro Costa, general Estêvão Águas, dr. Maurício Costa, capitão de mar e guerra Mário Costa, dr. Ramon de La Feria, tenente-coronel Veiga e Sousa, capitão José Bernardo Ferreira e tenente-coronel Pires de Carvalho” [ibidem]

No dia 13 de Maio de 1926 “foi solenemente inaugurado a primeira pedra do corpo do monumento, presidindo ao acto o Presidente da República, dr. Bernardino Machado” [Almanaque Humanidade, ibidem]. O Grémio Liberdade lança, nesse mesmo dia, um folheto de homenagem ao Marquês na inauguração da primeira pedra da base do seu monumento: “… É a primeira prestação que se paga dessa divida em aberto para com o intemerato Reformador e que um grupo de homens, tomando sobre os seus ombros, como que um mandato imperativo de todos os patriotas portugueses, pretendem saldar, acabando de vez com esta autêntica ingratidão pela memória de tão insigne estadista” [Grémio Liberdade].

Com o falecimento do escultor Francisco dos Santos, a 27 [ou 29?] de Abril de 1930, os trabalhos que lhe pertenciam ficaram a cargo dos escultores José Simões de Almeida (sobrinho) e de Leopoldo Neves de Almeida.

A 10 de Maio de 1933 realizou-se uma romagem ao túmulo do Marquês de Pombal, promovida pela Comissão Executiva do Monumento, estando presentes, além dos membros da comissão (Oliveira Simões, Estêvão da Silva, Custodio José Vieira e José Pedro Moreira), um grupo de cidadãos, entre os quais se regista a presença de Simões Raposo, Adães Bermudes, Daniel Rodrigues [in D.N, 11 de Maio 1933].

A configuração da praça, de forma estrelada, data desse ano, mas a estátua só é erguida a 2 de Dezembro de 1933 e depois inaugurada por Duarte Pacheco a 13 de Maio de 1934, sem a presença de Salazar e o general Carmona, mas com a presença de enorme multidão e sob fortes medidas de segurança por parte da polícia e da GNR.

Pelas 14 horas [cf. Ilustração Portuguesa, nº 202, 16 de Maio 1934] desse dia 13 de Maio de 1934, aniversário da morte do Marquês de Pombal, o general Norton de Matos [na altura Grão-mestre do GOL] “depõe um ramo de flores, com fitas das cores nacionais, no pedestal do monumento”, a que se seguiu idêntica cerimónia da parte de representantes da Escola Oficina, nº1, Cantina Escolar de S. Miguel, Centro Escolar Democrático de Campo de Ourique, Grémio Popular, Grémio Escolar Republicano de Alcântara, Grémio Escolar Republicano Tomaz Cabreira, Asilo de São João [representado pelo seu director, Libânio Santos Jorge], operários da C. M. de Lisboa, etc…  

Por fim, na cerimónia oficial usaram da palavra [cf. Duarte Rodrigues, ibidem, p. 279] o general Vieira da Rocha e o tenente-coronel Linhares de Lima, como representante da comissão administrativa do município [diga-se que os publicistas monárquicos e reaccionários reclamaram do apoio financeiro prestado ao evento pelo então governo de Salazar, e, como sempre, a figura quixotesco de Fernando de Sousa (Nemo), do jornal A Voz, encabeçou a lista do opinioso protestatório]. Marcaram presença [cf. Diário de Lisboa, 13 Maio de 1934], António Maria da Silva, Pereira Bastos, Sá Cardoso, Manuel Maria Coelho, Correia Barreto, entre muitos outros. 
 
 

A 13 de Maio de 1934, um ano antes da proibição da Maçonaria, teve lugar a inauguração do monumento ao marquês de Pombal. Foi a última grande manifestação pública onde Maçonaria se fez sentir em força. Ao acto assistiram milhares de pessoas, bem como entidades oficiais, civis e militares, e também numerosas figuras identificadas com a Maçonaria a começar pelo Grão-Mestre, Norton de Matos, e Grão Mestre Adjunto, coronel Oliveira Simões, que sempre esteve ligada ao projecto. Os grandes animadores foram Magalhães Lima e José Pinheiro de Melo. A Comissão organizadora era constituída maioritariamente por maçons: generais Vieira da Rocha e Estêvão Águas, o coronel Oliveira Simões, José Bernardo Ferreira, Veiga e Sousa, Alexandre Ferreira, Germano Martins e Daniel Rodrigues. Outros marcaram presença, como António Maria da Silva, Roman Navarro, Manuel Maria Coelho, Correia Barreto e o general Sá Cardoso” [via AntónioVentura Facebook - sublinhados nossos]

J.M.M.

SOBRE A INAUGURAÇÃO DO MONUMENTO AO MARQUÊS DE POMBAL – PARTE II


No dia 1 de Abril de 1901, um grupo de 15 confrades da Sociedade de Geografia, à frente do qual se encontrava José Pinheiro de Melo, propôs, em sessão da Sociedade, que se “obtivesse do governo” a reorganização da comissão para “urgente cumprimento da missão que lhe incumbia”. Mas só a 9 de Março de 1905 [sob nomeação do ministro do reino, Pereira de Miranda] foi constituída essa comissão executiva, ficando na sua presidência, Veiga Beirão e na vice-presidência, Ferreira do Amaral. Foi, então, aberta uma subscrição pública a 6 de Maio desse ano, a que se seguiu mais reforços em 1908.

A 19 de Março de 1911 foi aberto concurso para a “elaboração do projecto a adoptar na sua execução”, aparecendo um único concorrente [Raul Lino], que foi rejeitado pelo júri [ibidem; refira-se que presidiu ao júri Alfredo da Cunha como representante da comissão – cf. Duarte Rodrigues, ibidem]. Nomeado novo júri, a 26 de Maio de 1911, o novo concurso [Decreto de 29 de Maio de 1911], distinguiu e estabeleceu os seguintes prémios: , “Glória progressus – delenda reatio” [assinado pelos arquitectos Adães Bermudes (Ir. Afonso Domingues) e António do Couto e pelo escultor Francisco dos Santos]; , “Cuidar dos Vivos” [Alves de Sousa e Marques da Silva]; , “Pró memória” [Maximiano Alves e Eduardo Tavares]. Após várias peripécias, com protestos e pedidos de exoneração de membros da comissão, por portaria de 16 de Agosto de 1913, uma nova comissão executiva foi constituída: na presidência, Sebastião Magalhães Lima e na vice-presidência, Luís Filipe da Mata [Ir. Marius da L. Tolerância, de Lisboa, mais tarde presidente do Conselho da Ordem em vários ocasiões]. 

Sob reclamação do 2º classificado, “Cuidar do Vivos”, que “não se conformava com a decisão do júri”, e tendo tido parecer favorável do Ministério da Instrução Pública e Procuradoria Geral da República, foi dado provimento à reclamação, a 4 de Setembro de 1914 [ibidem]. Foi então nomeado novo júri [16 de Setembro 1914], ao qual foi feita suspeição pelos “reclamantes” anteriores, pelo que foi reformulado o júri, que ficou definitivo a 18 de Novembro de 1914. Em reunião, o júri atribui ex aequo como vencedores os projectos que, anteriormente, ficaram nas duas primeiras posições. Novas reclamações se lhe seguiram, novas explicações pelo júri foram feitas [no principal, a questão do elevado custo da execução do 2º projecto, “Cuidar do Vivos”, foi apontada como determinante para o seu afastamento], e foi considerado vencedor o projecto “Glória progressus – delenda reatio”.  

Não acabaria aqui a controvérsia em torno dos projectos a concurso [sobre o debate, veja-se a posição de António Arroyo, “O caso do monumento ao Marquez de Pombal, Lisboa, 1914“; ou também a posição tomada por Guerra Junqueiro, Manuel Sousa Pinto, Joaquim Costa], seguindo-se-lhe novas reclamações, suspeições, inúmeras questiúnculas e “calorosas polémicas entre artistas nacionais, na imprensa e em folhetos”, que fizeram com que o governo não homologasse a decisão. Só a 21 de Janeiro de 1917, o Ministro da Instrução [Pedro Martins] mandou reunir o júri para votação de acordo com novas premissas, pelo que a 7 de Junho de 1917 foi atribuído definitivamente o 1º prémio aos autores do projecto “Glória progressus – delenda reatio” [Oliveira Simões, ibidem]. Da memória descritiva do monumento o arquitecto Adães Bermudes faz o seguinte relato:

"Erecto no seu pedestal de glória que as águas triunfalmente elevam ao fastígio do monumento, o Marquês de Pombal procurando sacudir do vil letargo secular a alma generosa e forte da nação, simbolizada por um leão que se levanta rugindo, e esmaga reacção teocrática e a reacção feudal que a traziam subjugada. Do seu alto posto, o genial reformador dirige e domina a grande obra de transformação mental, económica e social que se realizou sob o influxo da sua clarividência, do seu saber e da sua indómita energia.

Ele traça a dinâmica da nação decadente, desnorteada e exausta a nova rota da sua natural evolução histórica: - "O Trabalho" que devia resgatar-nos da escravidão económica e valorizar o nosso vasto Império; e o "Estado" a que devia redimir a mentalidade da nação dos preconceitos, fanatismos e ignominiosa ignorância que a sequestravam à civilização. O nosso projecto de monumento visa a representar o Marquês de Pombal na sua complexa figura de genial estadista, de reformador audaciosíssimo, de emancipador da consciência e vontade nacionais, de assombroso precursor da moderna civilização …” [ler MAIS AQUI]

Passados cinco anos, os trabalhos de execução do monumento pouco tinham avançado, a Comissão tinha deixado de reunir e o Governo, sob presidência de António Maria da Silva, nomeou nova comissão [pela portaria de 2 de Junho de 1923], sob presidência de Sebastião Magalhães Lima, na vice-presidência o general Ernesto Maria Vieira da Rocha, como 1º secretario, José Pedro Moreira, 2º secretario, dr. Custódio José Vieira, na qualidade de tesoureiro, o dr. José de Pádua e entre os vogais, registe-se a presença de Joaquim Maria de Oliveira Simões, dr. António Augusto da Veiga e Sousa, capitão José Bernardo Ferreira, Alexandre Ferreira, almirante Ernesto de Vasconcelos [exonerado, depois, a seu pedido], dr. Germano Lopes Martins, brigadeiro João Estêvão Águas, José Pinheiro de Melo, Fernão Botto Machado. Pelo falecimento de Magalhães Lima, José de Pádua e alguns dos vogais, a Comissão foi posteriormente reconstituída, servindo de Presidente o general Vieira da Rocha, vice-presidente, Filipe da Mata, e tesoureiro, Oliveira Simões.   

[CONTINUA]

J.M.M

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

SOBRE A INAUGURAÇÃO DO MONUMENTO AO MARQUÊS DE POMBAL – PARTE I


[Breve anotação a propósito do post sobre “a inauguração do monumento ao Marquês de Pombal” a 13 de Maio de 1934, via António Ventura Facebook]

O Centenário do Marquês de Pombal tem origem numa “reunião de estudantes das escolas superiores de Lisboa” [cf. Inocêncio F. Silva, Dicionário Bibliográfico; encontram-se abundantes e valiosas notas bibliográficas e documentais sobre o Centenário de Pombal no Dicionário] e que, de imediato, teve a adesão da Academia de Coimbra, do Porto e de muitas agremiações, grupos de cidadãos, governo e municípios.

No centenário da morte do Marquês de Pombal [8 de Maio de 1882], pensou então um grupo de liberais [com “a mocidade académica de Lisboa” à frente da iniciativa – cf. Occidente, Vol.V, nº 122] erigir um monumento à memória e glorificação do Marquês. A 26 de Janeiro de 1882 a “Comissão Académica” constituída por estudantes das várias escolas de Lisboa lança um Manifesto, “Aos Estudantes e à Colónia Portugueza do Brazil” onde é afirmado que se trata de “consagrar para a imortalidade um homem que, há cem anos, marcou no meio social português o vestígio indelével da sua administração”.  

No dia 27 de Abril de 1882 saiu um Diploma, assinado por D. Luís, onde se autoriza “o governo a conceder dos arsenais do exército e da marinha o bronze que for necessário para um monumento consagrado à memória de Sebastião ….” (inO Marquês de Pombal e os seus biógrafos, de Alfredo Duarte Rodrigues, 1947, p. 192)

[Curiosamente Duarte Rodrigues, na obra citada, atribui os esforços para o levantamento do monumento a Pombal à maçonaria, que cita abundantemente. Na verdade, sabe-se que o Conselho da Ordem do GOLU, sob o malhete de Miguel Baptista Maciel (que sucedeu ao conde de Parati, 1º Grão-mestre do GOLU), através do Manifesto de Junho de 1881 apela à adesão nas comemorações do centenário de Pombal e de combate anti-jesuítico. Em Janeiro de 1882 a Comissão Académica de Lisboa publica de igual modo um manifesto invocando a obra de Pombal e anunciando um cortejo cívico, manifesto que rapidamente é editado pelo Boletim Oficial do GOLU (1881-82). O próprio Conselho da Ordem, nesse mesmo Boletim, lança a ideia de se erguer uma “estátua ao Marquês de Pombal”, sugerindo a formação de comissões profanas para o efeito e mobilizando os obreiros. A homenagem ao Marquês de Pombal foi, de facto, solenizada por todo o país: Porto, Lisboa, Aveiro, Viseu, Setúbal, Oliveira de Azeméis, Tomar, Alcácer do Sal, … Na véspera do dia do Centenário, José Pinheiro de Melo (Irmão Pelayo, grau 33º do REAA, na época pertencente á Loja “União Independente”, da qual era Venerável, antes de transitar para L. Simpatia e União, em 1899) profere uma curiosa conferência na Associação de Lojistas de Lisboa em louvor de Pombal. Em Coimbra, na véspera do dia da Celebração Pombalina tem lugar um comício anti-jesuítico, usando da palavra Luís Magalhães, Feio [Terenas?], Silva Cordeiro, Alfredo Vieira e Trindade Coelho. Ainda nesta cidade, a Associação Liberal de Coimbra imprime um opúsculo, “As leis de Secularização em Portugal”, apresentando um curioso Manifesto. De igual modo, a Comissão de Estudantes de Coimbra publica um valioso jornal comemorativo do evento. Por sua vez, o Centro Republicano de Coimbra editou uma litografia onde se lia: “Centro Eleitoral Democrático de Coimbra – Liberdade, Igualdade e Fraternidade – ao Grande Cidadão Sebastião José de Carvalho e Melo”. No dia da celebração do Centenário, durante o grandioso cortejo cívico de Lisboa e Porto, participou entusiasticamente a corrente laicista e anticlerical, bem como os principais elementos do Grémio Lusitano].

No dia seguinte [28 de Abril 1882] é nomeada a “primeira comissão, encarregada de abrir uma subscrição nacional para angariar os fundos necessários à execução” do monumento [cf. Coronel Oliveira Simões, Almanaque Humanidade, p.120 e ss]. Faziam parte dessa primeira comissão 44 membros, presidida por António Rodrigues Sampaio e secretariada por Luciano Cordeiro e por Francisco Augusto Florido da Mouta e Vasconcelos [A. Humanidade, ibidem]. Porém a comissão pouco avançou no trabalho. De referir que a 6 de Maio de 1882 a Câmara Municipal de Lisboa, reunida extraordinariamente, deliberou, por proposta do vereador José Gregório da Rosa Araújo, que se dê o nome “à grande rotunda próxima do Valle Pereiro, porque termina a avenida da Liberdade, Praça Marquez de Pombal" [edital de 7 de Maio de 1882]
 
 
 
Nos dias 7, 8 e 9 de Maio de 1882 decorreram com grande entusiasmo os festejos Pombalinos, com total apoio das forças liberais e republicanas, e em que o chefe do governo deliberadamente se afastou. Enquanto tal se verificava, el-rei D. Fernando, “dando o braço a sua esposa, sem aparato e sem comitiva, vai na noite das iluminações misturar-se à multidão e tomar parte nas festas populares", pelo que foi recebido com simpatia e entusiasmo pelo povo [sobre este assunto ver Occidente,vol. V, nº 123 e nº 124]. No dia 7 de Maio houve a inauguração da Exposição da Escola Politécnica, em Lisboa. Á noite principiaram as “fantásticas iluminações das ruas da baixa de Lisboa e os brilhantes festejos na cidade do Porto”. No dia 8 de Maio, “ao meio-dia realizou-se na Avenida da Liberdade o lançamento da primeira pedra do monumento à memória do marquês de Pombal” [ver Occidente, nº123], festa oficial onde compareceu el-rei D. Fernando. Seguiu-se-lhe um cortejo cívico majestoso “promovido pela mocidade académica” [de Lisboa, de Coimbra, da Escola Militar e Médica] “briosa, trabalhadora e liberal” e de inúmeras outras corporações, perante uma imensa multidão, uma “parada brilhante das nossas forças sociais” [ibidem]. No dia 9 de Maio um cortejo fluvial e no fim os estudantes de Coimbra e outras escolas fizeram “uma marcha aux flambeaux” pelas ruas da cidade de Lisboa [que deu lugar a prisões pela polícia].

Na cidade do Porto os festejos iniciaram-se no dia 6 de Maio de 1882, com a inauguração solene, no Palácio de Cristal, da Sociedade Filantrópica-Académica do Porto a que se seguiu um passeio fluvial [ver Occidente, nº 124]. No dia seguinte fez-se uma imponente procissão cívica ao longo das ruas ornamentadas, com desfile de diversas agremiações e carros alegóricos. Dos “espectadores saíam incessantes saudações às Academias do Porto e de Coimbra, à Imprensa e à Liberdade” [ibidem]

[CONTINUA]

J.M.M.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O RENEGADO, DE JULES CLARETIE



Jules Arsène Arnaud Claretie (3/12/1840 a 23/12/1913), de seu nome completo, jornalista, historiador e dramaturgo, ter-se-á notabilizado pela sua Histoire de la Révolution de 1870-1871 (5 vols. Publicados entre 1875 e 1876) e, também, pela colaboração com o compositor musical Jules Massenet. Como cronista da vida parisiense, escreveu sobre artes visuais e que professava por Danton verdadeiro culto. Colaborou no jornal O Futuro das Mulheres, em que colaboraram Vítor Hugo, Camilo Flamarion e Luísa Michel, espirituoso folhetinista da Opinion Nationale e crítico literário no Le Fígaro. Foi ainda correspondente da imprensa durante a guerra franco-prussiana.

Foi Presidente da Sociedade de Homens de Letras e da Sociedade de Autores Dramáticos. Em 1885 foi nomeado director do Teatro Nacional de França, função que desempenhou até à sua morte.

Membro da Academia Francesa desde 26 de Janeiro de 1888, tomou assento do seu lugar em 21 de Fevereiro de 1889, tendo sido apresentado por Ernest Renan. Ocupou o lugar nº 35 na Academia Francesa.

Foi um dos representantes da imprensa francesa presente no Congresso Internacional da Imprensa realizado em Estocolmo em 1898.

Esta obra, cuja capa se apresenta acima, trata-se do primeiro exercício literário do jornalista republicano Cecílio Sousa (1840-1897), que a traduz e a dedica ao tribuno intelectual, e futuro líder do país, Teófilo Braga e na altura uma das figuras proeminentes do Partido Republicano.

Uma obra com 420 págs. conserva a bonita capa anterior da brochura, que é um notável trabalho de impressão da Litografia Guedes.

A.A.B.M.

terça-feira, 25 de maio de 2010

FÁBRICA PROGRESSO - JOAQUIM MIRANDA & FILHO (COIMBRA)



"HOMENAGEM AOS DEPUTADOS DO POVO. HONRA À CIDADE DE DE LISBOA" - Fábrica PROGRESSO, de Joaquim Miranda & Filho, Coimbra

- Deputados: Afonso Costa, António José de Almeida, Alexandre Braga e João de Menezes.

NOTA: Há referência a uma Moagem Miranda, de Coimbra [onde antes se situava o Colégio de Santo António da Estrela]. Curioso é que desapareceu (do local onde estava?) nos finais do século XIX, "consumida por um incêndio". Possivelmente continuou noutro local, porque a referência feita aos deputados republicanos eleitos pelo Circulo de Lisboa (Oriental e Ocidental) - a que se presta homenagem - resulta das Eleições de 19 de Agosto de 1906, portanto muito depois do referido "incêndio". Nada se conseguiu apurar (até ao momento) sobre a empresa Joaquim Miranda & Filho.

A propósito do trabalho desempenhado por esses quatro ilustres representantes do PRP, consultar os "DISCURSOS dos illustres deputados republicanos ... Affonso Augusto da Costa, Alexandre de Braga, António José de Almeida e João de Meneses proferidos no Parlamento, Lisboa, Typ. Pereira, Vendinho & Ca, 1906.

FOTO via blog Bernardino Machado, com a devida vénia.

[em actualização]

J.M.M.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

PELA REPÚBLICA E PELA REGIÃO


[CARTAZ] Pela República e pela região - Comissão Municipal do Partido Republicano Português em Aveiro, composto e impresso na Tip. "Lusitania", Rua Direita (Aveiro)

"... O regionalismo será uma formosissima ideia se consegue reunir a roda do seu pendão a maior soma de vontades e a simpatia dedicada dos governos da República ..."

via Biblioteca Nacional Digital.

J.M.M.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O DIRECTÓRIO DO PARTIDO REPUBLICANO



FOTO: O Directório do Partido Republica Português - da esq. para a dir.: António Luís Gomes, Bernardino Machado, Celestino de Almeida, António José de Almeida e Afonso Costa [clicar na foto]

via blog Bernardino Machado.

J.M.M.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

VULTOS REPUBLICANOS


Vultos Proeminentes do Partido Republicano Português, in O MALHO ["O Malho em Portugal"]; Rio de Janeiro, Ano IX, nº42, 15 de Outubro de 1910 [clicar na foto]

via Bernardino Machado, estimado blog de Manuel Sá-Marques [todo o número d'O Malho, dedicado a Portugal e à República,AQUI]

O MALHO: "A revistaO Malhocomeçou a ser editada em 20 de Setembro de 1902. Fundada por Luís Bartolomeu de Souza e Silva, a revista tinha em seu corpo de ilustradores o traço já maduro e consagrado de J.Carlos, Angelo Agostini, Lobão, Adolfo Aizen, Crispim do Amaral, Guimarães Passos, L. Peixoto, Leonidas Freitas, Nássara, ao lado dos jovens talentos que começavam a surgir como Raul, Kalixto, Storni e tantos outros. Foi a primeira publicação brasileira a substituir a pedra litográfica por placa de zinco. Agregando a esta inovação tecnológica o talento e a verve de seus desenhistas, deu um novo impulso à arte da “charge” e da ilustração na imprensa brasileira, divertindo e informando o leitor da época.Ainda que focada principalmente na vida política do país, a cultura e a crítica de costumes sempre estiveram ali presentes, tanto nas “charges” como em artigos escritos por Olavo Bilac, Pedro e Emílio de Rabelo, Arthur Azevedo, Álvaro Moreyra e outros mais. Em 1930, O Malho combateu a Aliança Liberal de Getúlio Vargas, e com a posterior vitória da revolução Getulista, a redação da revista foi empastelada, a sede incendiada e a publicação impedida de circular por um breve período. Sobrevive como revista de notícias e literária, de 1935 a 1954, quando sai o último número." [Manuel Sá-Marques, in Bernardino Machado]

J.M.M.

segunda-feira, 18 de maio de 2009


MUSEUS COM INTERESSE PARA A HISTÓRIA DA REPÚBLICA

Para assinalar o Dia Internacional dos Museus, permitimo-nos sugerir algumas visitas aos museus onde existem espólios, exposições ou centros de documentação sobre personalidades mais ou menos ligadas à questão da República.

Será certamente uma selecção incompleta, no entanto, ficam registados os contactos e os sítios onde se pode recolher informação sobre a problemática da República em Portugal. Agradecemos mesmo, que nos enviem ou nos indiquem, outros locais onde se encontram depositados espólios com interesse para o período em causa.

www.museu-emigrantes.org
http://www.museu.presidencia.pt/index.php
http://www.portaldoavo.com.pt/redir-info.php?id=187
www.imultimedia.pt/museuvirtpress
http://republicaresistencia.cm-lisboa.pt/menu/home.htm
http://www.fabrica-do-ingles.pt/pt/home_pt.htm
http://www.bernardinomachado.org/
http://www.fmsoares.pt/casamuseu/casamuseu.asp
http://www.cm-alpiarca.pt/alpiarca/Concelho/LocaisInteresse/Casa+Patudos.htm
http://www.quimiparque.pt/Museu_CasaMuseu.htm

A nossa opção foi simplesmente indicar, não houve qualquer tipo de hierarquização ou ordenação, com o objectivo de divulgar Museus, alguns que já tivemos oportunidade de visitar, outros que, lamentavelmente, ainda não conhecemos.

Fica a sugestão, a todos os que como nós gostamos de visitar estes espaços, cada vez dinâmicos e interactivos.

A.A.B.M.

domingo, 17 de maio de 2009


COMISSÃO EXECUTIVA DAS COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA TOMADA DA BASTILHA

Na sequência das cerimónias cívicas de 1880 (Tri-centenário de Camões) e 1882 (Centenário do Marquês de Pombal), que tinham conquistado grande visibilidade para o Partido Republicano, devido ao forte envolvimento na preparação e realização das cerimónias.

Assim, ao aproximar-se o centenário da Revolução Francesa, que tinha grandes admiradores entre os republicanos portugueses, foi deliberado criar uma comissão, que abaixo se descrimina, com o objectivo de preparar actividades que permitissem homenagear a Tomada da Bastilha.

A Câmara Constituinte [do Partido Republicano] aprovou esta proposta:
Proponho que seja nomeada para esta câmara uma comissão de dezassete membros incumbida de estudar e levar à prática uma manifestação grandiosa que comemore o grande feito social do Centenário da Tomada da Bastilha, como homenagem à grande nação francesa, que tão distintamente nobilita os povos de raça latina.
Esta proposta foi recebida com aplausos, aprovada por unanimidade e em seguida foi aclamada a comissão que ficou assim composta:
-Elias Garcia;
- Sousa Brandão;
- Teófilo Braga;
- Consiglieri Pedroso;
- Magalhães Lima;
- Feio Terenas (pela presidência da câmara);
- Cecílio de Sousa;
- Manuel de Arriaga;
- Azevedo e Silva;
- José de Sousa Larcher;
- Francisco Gomes da Silva;
- Eduardo Maia;
- Eduardo Perry Vidal;
- S. C. Saraiva Lima;
- João Gonçalves;
- António Maria de Brito;
- J. J. Rodrigues de Sousa.


In Os Debates, Lisboa, 16-05-1889, Ano II, nº 242, p. 3, col. 2

A.A.B.M.

terça-feira, 12 de maio de 2009


DOCUMENTOS: CONGRESSO GERAL DO PARTIDO REPUBLICANO PORTUGUÊS

Convocação
Os abaixo assinados, convencidos da necessidade imediata de regularizar a situação do Partido Republicano, na grave crise que atravessa a nação portuguesa, convidam o jornal que Vª. Exª dirige ou o centro ou colectividade do partido, que convocam para os dias 6, 7 e 8 do próximo mês de Dezembro na cidade de Lisboa.

Lisboa, 21 de Novembro de 1890
Adolpho Cyrilo de Sousa Carneiro – Representante do jornal A Republica
Dr. Affonso Accacio Martins Velho – Do antigo corpo consultivo do Partido
Albano Coutinho - Do antigo corpo consultivo do Partido
Alves Correa – Director dos Debates
Annibal de Barros – Redactor do Povo de Chaves
Dr. Anselmo Xavier – Redactor e co-proprietário do Século
António da Silva – Do grupo republicano do Poço do Bispo e Beato
António Eduardo Rodrigues Taborda – Do grupo republicano de Vila Alva
António José de Almeida – Da direcção do Centro Republicano Académico de Coimbra
António Vaz Mascarenhas Júnior – Presidente do Centro Republicano de Loulé
Azevedo Ramos – Redactor da Luta (do Funchal)
Dr. Bettencourt Rodrigues – Antigo redactor do Século
Casimiro R. Valente – Da direcção do Clube Victor Hugo
Constantino Villa Verde – Do grupo republicano da Arruda
Eduardo José Gaspar – Da direcção do Clube Fernandes Tomás
Dr. Eduardo Maia – Jornalista
Dr. Eduardo Vieira – Jornalista
Elysio Filinto Feio – Dos corpos gerentes do Centro Republicano de Aveiro
Euzebio Rodrigues da Silva – Presidente da Associação Escolar Eleitoral Vieira da Silva
Francisco Christo – Redactor do Povo de Aveiro
Francisco José Rodrigues – Da Direcção do Clube Henriques Nogueira
Francisco Paulino de Oliveira – Redactor da Opinião (de Setúbal)
Francisco Vieira – Da direcção do Centro Republicano Académico de Coimbra
Germano A. Quintão – Representantes do Clube Escolar Democrático Vítor Hugo
Gregório Nunes de Mascarenhas – Presidente do Centro Republicano de Silves
Gustavo Cabrita – Redactor do Porvir (de Olhão)
J. A. Arocha Júnior – Vereador da Câmara Municipal de Setúbal
João Amaro Soares – Do grupo republicano de Constância
João de Moraes Carvella – Da direcção do Clube Henriques Nogueira
João Gonçalves – Presidente do Centro Eleitoral Republicano da Freguesia dos Anjos
Joaquim Fontes Pereira de Mello – Dos corpos gerentes do Centro Republicano de Aveiro
Joaquim Pedro de Mattos - Do antigo corpo consultivo do Partido
José Amaro Marques – Presidente do Clube Oliveira Gancha (Chamusca)
José Barbosa – Redactor dos Debates
José Antunes Vianna – Do grupo republicano de Viana do Castelo
Dr. José Damião Félix – Do grupo republicano de Arraiolos
José Carvalho de Azevedo Lobo – Do grupo republicano de Lagoa
Dr. José Francisco de Azevedo e Silva - Do antigo corpo consultivo do Partido
José Gonçalves Gamellas – Dos corpos gerentes do Centro Republicano de Aveiro
José Maria Duarte – Do grupo republicano do Bombarral
José Soares da Cunha e Costa – Redactor do Povo de Aveiro
José Soares de Pinho – Representante do Centro Escolar Eleitoral Democrático de Cacilhas
Júlio César Rosalli – Representante do Clube Escolar Democrático Victor Hugo
Lino de Macedo – Redactor do Campino
Lomelino de Freitas – Da direcção do Centro Democrático de Coimbra
Dr. Lopes Monteiro – Do Clube Fernandes Tomás
Dr. Manoel de Arriaga – Deputado
Dr. Manoel de Mello Freitas – Presidente do Centro do Centro Republicano de Aveiro
Dr. Manoel Duarte Laranja Gomes Palma – Do antigo corpo consultivo do Partido
Manoel Homem de Carvalho Christo – Proprietário do Povo de Aveiro
Dr. Manoel Lourenço Torres - Do antigo corpo consultivo do Partido
Pedro Cardoso – Redactor da Officina
Dr. Ramiro Guedes - Do antigo corpo consultivo do Partido
Silvestre Falcão – Da direcção do Centro Republicano Académico de Coimbra

Este congresso será constituído pela forma prescrita nos Artigos Orgânicos e, segundo os quais, cada jornal e cada centro será representado por um delegado, excepto os centros de mais de 100 indivíduos, que terão dois representantes.


[Nota: Transcrição do fac-simile da convocação para o Congresso Geral do Partido Republicano Português, publicado em extra-texto na obra dirigida por Luís de Montalvor, História do Regímen Republicano em Portugal, 2 vols., Ática, Lisboa, 1932 e 1935.
- Na foto Anselmo Xavier, um dos subscritores deste documento a exigir a realização de um congresso antecipado, que acabou por se efectuar somente em Janeiro de 1891]

segunda-feira, 6 de abril de 2009



CONGRESSOS DO PARTIDO REPUBLICANO EM PORTUGAL
Notas para uma cronologia

No ano em que se assinala o centenário do Congresso Republicano de Setúbal, convém recuperar algumas notas sobre a vida conturbada do partido até chegar ali. Foram vários congressos, alguns com episódios muito pouco edificantes, com grandes conflitos entre os principais elementos que compunham o Partido Republicano, em particular durante a década de oitenta do século XIX. As várias correntes que sempre conviveram dentro do partido tomaram posições completamente opostas e assumiram lideranças com opiniões completamente díspares acerca da tomada do poder e sobre a forma de exercer o poder.

Mesmo nos últimos anos da Monarquia Constitucional, quando se assiste ao aparecimento da chamada “geração do Ultimato” ou “geração activa”, encabeçada por Afonso Costa, não foram congressos unanimistas, embora o discurso dominante fosse da unidade do partido em torno de meia dúzia de questões onde o discurso republicano conseguia apresentar alguma abrangência.

No caso do Congresso de Setúbal, entre 23 e 25 de Abril de 1909, assumiu particular relevância porque se sabe que foi durante os dias da sua realização, que se reuniram, secretamente, algumas das principais figuras do partido e se chegou à conclusão que a via revolucionária era a opção para conquistar o poder. Certamente que alguns dirigentes já tinham isso assumido havia algum tempo, mas outros só nessa altura foram convencidos deste facto e Setúbal torna-se determinante porque se organiza uma comissão paralela e com ligações ao Directório, à Maçonaria e à Carbonária para conseguir derrubar a Monarquia Constitucional e implantar a República.

Vejamos então uma cronologia dos congressos:

3 de Abril de 1876 - Eleito o primeiro Directório do Partido Republicano.

3 de Fevereiro 1879 - É eleita uma nova direcção do Partido Republicano que passa a compor-se de Oliveira Marreca, Latino Coelho, Sousa Brandão, Bernardino Pinheiro e Eduardo Maia.

18 - 21 de Junho de 1883 – Congresso do Partido Republicano em Lisboa, nas salas do Clube Henriques Nogueira, onde se tentou unir as várias facções do Partido Republicano: federalistas, unitários e patriarcas. Este será considerado o primeiro congresso do Partido Republicano.

28 - 31 de Julho de 1887 – Congresso do Partido Republicano em Lisboa.

18 - 22 de Dezembro de 1887 - Congresso do partido republicano no Porto (Congresso Extraordinário).

5 a 7 de Janeiro de 1891 - É inaugurado, no Associação Escolar Fernandes Tomás, em Lisboa, o congresso do Partido Republicano Português, o qual terminaria dois dias depois, com a aprovação do programa do partido.

2 de Março de 1895 - Sexto Congresso do Partido Republicano, em Lisboa. A polícia impede a reunião.

5 de Setembro de 1897 – VII Congresso do Partido Republicano em Coimbra.

18 - 19 de Novembro de 1899 - VIII Congresso do Partido Republicano, em Lisboa.

5 - 6 de Janeiro de 1902 - IX Congresso do Partido Republicano: Realiza-se em Coimbra o 9.º Congresso do Partido Republicano, que aprova uma nova lei orgânica, indicando António José de Almeida, que era médico em S. Tomé, para integrar o Directório.

29 – 30 de Junho 1906 – X Congresso do Partido Republicano, no Porto.

29 – 30 de Abril de 1907 – Congresso do Partido Republicano.

25 Abril de 1908 – Congresso do Partido Republicano em Coimbra.

24 e 25 de Abril de 1909 - Congresso do PRP em Setúbal, com ascensão dos carbonários à direcção e apoio ao programa de derrube da monarquia pela via revolucionária

29 e 30 de Abril de 1910 - Congresso do Partido Republicano no Porto.

[Nota Importante: Comparando diferentes fontes, Almanaques, Cronologias ou Histórias de Portugal verificou-se que existem variadas discrepâncias acerca das datas e locais identificados, agradecem-se melhores esclarecimentos.]

[Em continuação]

A.A.B.M.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

PRIMEIRO PROGRAMA DO PARTIDO REPUBLICANO

Este foi o programa apresentado no jornal A Democracia, de Lisboa, dirigido por Feio Terenas, em 1910.


(Clique na imagem para aumentar)

Um documento que fica ao dispor dos interessados.

A.A.B.M.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

PARTIDO REPUBLICANO


Partido Republicano

Fotografia (por Joshua Benoliel) do directório do Partido Republicano:

da esquerda para a direita, Joaquim Ribeiro de Carvalho (jornalista), Marinha de Campos (ofical da Marinha), José Barbosa, Eusébio Leão, José Relvas, Malva do Vale e Inocêncio Camacho.

Via Arquivo Fotográfico, aliás Ilustração Portuguesa, 1910, 17 de Outubro, p.494.

J.M.M.