Mostrar mensagens com a etiqueta FPLN. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta FPLN. Mostrar todas as mensagens

domingo, 8 de fevereiro de 2015

IN MEMORIAM DE MANUEL LUCENA [1938-2015]


“Morreu ontem [sábado] Manuel de Lucena, no dia em que fazia 77 anos. É difícil dizer quem foi e o que nos lega. O seu percurso tem muitas estações. Foi um pensador original e heterodoxo, um espírito livre e criativo, um contador de histórias, um apaixonado tradutor, um militante de muitas causas e viragens — um homem do seu tempo. Era investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS) desde 1975.

Cientista político, mudou radicalmente o modo de olhar o Estado Novo com o seu primeiro livro — A evolução do sistema corporativo português. Vol. I: o Salazarismo; vol. II: o Marcelismo — uma tese escrita no exílio e publicada em Portugal em 1976.

Numa entrevista ao PÚBLICO, em 2013, fez um irónico auto-retrato: “Eu acho que só há uma coisa que eu faço mesmo bem: é traduzir. (…) E dificilmente me penso como outra coisa qualquer. Não sou estúpido, de vez em quando penso umas coisas que não são mal pensadas, mas não tenho um pensamento vasto e universal capaz de acolher os principais aspectos da nossa querida existência.”

A questão é que são muitíssimas essas “coisas não mal pensadas”.
 
 
 
 
Manuel João Maya de Lucena nasceu em Angola em 1938. Aí fez a instrução primária. Frequentou o liceu em Lisboa e depois um colégio de Jesuítas. Entrou na Universidade através do Instituto Superior Técnico, que logo trocou pela Faculdade de Direito. De raiz católica e monárquica, militou na JUC. O primeiro círculo de amigos é de católicos “empenhados”: Carlos Portas, Manuel Belchior, João Vieira de Castro, Francisco Sarsfield Cabral, Paulo Rocha. No CCC (cineclube católico) fez outros, como João Bénard da Costa, Nuno de Bragança ou Pedro Tamen — que voltará a acompanhar na revista O Tempo e o Modo, fundada em 1963 por António Alçada Baptista.

Lucena já tinha feito a ruptura com o salazarismo quando eclode a greve académica de 1962. É a oportunidade de uma “estreia literária”: é ele quem redige a quase totalidade dos comunicados da greve. Acompanha os seus amigos dirigentes das RIA (reuniões inter-associações) — Jorge Sampaio, Eurico Figueiredo, Medeiros Ferreira, Victor Wengorovius ou António Ribeiro. Depressa se inicia na arte da política: tinha uma forma peculiar de combinar o rigor dos princípios com o gosto da manobra táctica.

Segue-se a época da radicalização. “Esquerdizei abundantemente”, disse na mesma entrevista. Em 1963, deserta e parte para o exílio em Roma, com sua primeira mulher, Laura Larcher Graça. É dirigente do Movimento de Acção Revolucionária (MAR)
 
[NOTA: a organização é fundado em Genebra, (Março ?) Dezembro de 1963, e manteve-se activa até pelo menos 1965; publicou um boletim com o título "Acção Revolucionária"; foram membros do MAR, além de Manuel Lucena, A. H. de Oliveira Marques, António Lopes Cardoso, Armando Trigo de Abreu, Bénard da Costa, João Cravinho, Jorge Sampaio, José Hipólito dos Santos, Manuel Sertório, Medeiros Ferreira, Nuno Bragança, Nuno Brederode Santos, Piteira Santos (?), Rui Cabeçadas, Vasco Pulido ValenteVítor Wengorovius]
 
e, em Argel, fará parte da Frente Patriótica de Libertação Nacional. Terá uma breve colaboração com a LUAR. Em 1970, participa com António Barreto, Eurico Figueiredo, Carlos Almeida e Medeiros Ferreira na fundação da revista Polémica, publicada em Genebra. Passado da Itália para Paris, estuda no Institut de Sciences Sociales du Travail onde faz a tese sobre o corporativismo.

Neste percurso há uma constante: nunca foi atraído pelo Partido Comunista.



O revolucionário Lucena muda de agulha. Chega no Verão de 1974. Depressa diz aos amigos de que não gosta do que vê. Conclui o serviço militar em Cabo Verde, participando no processo de descolonização. É outro momento de viragem. Apoia o manifesto do Grupo dos 9, de Melo Antunes. Adere depois à Aliança Democrática, de Sá Carneiro, e faz a campanha do seu candidato presidencial, general Soares Carneiro. Já nas presidenciais de 1996 apoiará Jorge Sampaio contra Cavaco Silva.

No livro de homenagem que lhe foi dedicado em 2013 —  Estado, Regime e Revoluções, Estudos de Homenagem a Manuel de Lucena — os organizadores (Carlos Gaspar, Fátima Patriarca e Luís Salgado de Matos) resumem a lógica deste segundo percurso:
 
A acção política de Manuel de Lucena tem sido sobretudo escrita, cultivando em regra uma independência política e intelectual que o levou a tomar posição, como comentador, contra os perigos da escalada comunista, o caos da descolonização e os obstáculos à institucionalização de uma democracia pluralista. Nos anos 70 do século XX, antes e depois do 25 de Abril, escreveu artigos ainda inspirados por um socialismo radical; mas, ao longo das duas décadas seguintes, procurou, nomeadamente, nos jornais dirigidos por Víctor da Cunha Rego – o Diário de Notícias, a Tarde e o Semanário –, definir uma linha singular, tão radical na defesa da transição para essa democracia pluralista, como inteligente na procura dos argumentos que podem pesar na balança ideológica a favor da liberdade.

O seu trabalho académico manteve o eixo de sempre: corporativismos, fascismos, totalitarismos, o processo revolucionário português, a descolonização ou a Constituição de 1976. No Dicionário de História de Portugal  (coordenado por António Barreto e Maria Filomena Mónica) assina entradas sobre Salazar e as principais figuras do Estado Novo. Publica em 2006 o seu último livro: Contradanças: política e arredores.

Um dos seus grandes projectos foi a realização de entrevistas exaustivas a cerca de 50 actores da descolonização, de todas as áreas e correntes, civis e militares. Coordenou, com investigadores e jornalistas, esse trabalho entre 1995 e 1998. O resultado — 1500 páginas — pode ser consultado: está disponível no site do ICS.
 
Cultor de um português inconfundível, adorava traduzir. Diz na introdução à sua tradução das Moradas, publicada em 1989:
 
“Ao escrever as Moradas, Santa Teresa de Ávila tentou traduzir Deus, trazendo-o, na medida do possível, para o alcance das suas irmãs e filhas, as carmelitas descalças. Pela minha parte, acabo agora de traduzir essa tradução. O objecto do seu labor, na medida em que de objecto seja lícito falar, foi a própria divindade ou o que dela directamente experimentou. O do meu, palavras.”

Puro Lucena. Por entre as muitas viagens e viragens, de 1962 a 2015, soube permanecer sempre o mesmo homem — o inconfundível Manuel de Lucena. Académico, passou sempre ao lado das honrarias e do carreirismo”.

Jorge Almeida Fernandes, in jornal “Público”, 8 de Fevereiro de 2015, p. 15 [sublinhados e notas nossas]

J.M.M.

domingo, 23 de março de 2014

POLÉMICA – REVISTA DO GRUPO “REVOLUÇÃO SOCIALISTA”


POLÉMICA. Revista do Grupo “Revolução Socialista” – Ano I, 1 (21 Novembro 1970) ao nº 4 (1973).

Revista publicada pelo Grupo “Revolução Socialista”, publicada na Suíça e impressa em Itália [cf. Armas de Papel, José Pacheco Pereira, p.445]. O grupo fundador da revista era composto [ibidem] por estudantes que participaram na crise académica de 1962 e que se tinham exilado, como Ana Benavente, António Barreto, Carlos Almeida, Eurico Figueiredo, José Medeiros Ferreira, José Pinto Nogueira, Manuel Lucena. Alguns dos artigo foram publicados debaixo de pseudónimo, como “João Quental” [J. Medeiros Ferreira], “Marco”, “Fontana”, “A. Garcia” [ibidem]

Dispersos no exílio, “um grupo desses estudantes estabeleceu-se na Suíça, onde conseguiram obter um estatuto de refugiados políticos e onde optaram por conjugar as actividades políticas” [ibidem]. Fora os nomes citados, que integraram a revista “Polémica”, registe-se, também, a presença em Genebra de Valentim Alexandre, Francisco Delgado, Eduardo Chitas, Joaquim Fernandes, Luís Monteiro, Manuel Areias, Manuela Pinto Nogueira, Maria Emília Brederode, Mário Borges, Paula Coutinho [cf.Pátria Utópica. O Grupo de Genebra revisitado”, 2011]

Oriundos de diferentes sectores ideológicos – como o denominado grupo da Suíça, intitulado “1º de Maio” e que publicava os “Cadernos Lenine”, em volta dos militantes comunistas António Barreto, Eurico Figueiredo e Ana Benavente, que entram mais tarde (1968/69) em ruptura com o PCP; caso de Manuel Lucena, envolvido na greve académica de 1962, e com o curioso percurso político de ter sido militante da JUC, importante dirigente da “RIA” [Reunião Inter-Associações], fundador da revista “O Tempo e o Modo” (1963), militante do MAR [Movimento de Acção Revolucionária, 1962, que agrupou personalidades como Nuno Bragança, Lopes Cardoso, Jorge Sampaio, João Cravinho, Nuno Brederode dos Santos, Trigo de Abreu, Vasco Pulido Valente, A. H. de Oliveira Marques, Rui Cabeçadas] e, por isso, dirigente (de 1964 até 1968) da FPLN [Frente Patriótica de Libertação Nacional], tendo militado na “Aliança Democrática” no período pós-25 de Abril; ou de José Medeiros Ferreira, preso (1962) e expulso da Universidade em 1965, sendo desertor por ser contra a guerra colonial e exilando-se (1968-1974) na Suíça – a revista “Polémica” teve um papel importante na “formação de uma nova elite intelectual na área das ciências humanas que a ditadura impedia de ter expressão na universidade, como era o caso da sociologia, ou da história contemporânea” [ibidem, p. 446]  

 

A revista circulava entre os sectores da emigração política portuguesa e entrava clandestinamente em Portugal, distribuída por vários grupos de socialistas e antifascistas como [ibidem] Vítor Wengorovius, César de Oliveira, Manuel Lopes ou José Dias. 

FOTOS via Ephemera, com a devida vénia.


J.M.M.

terça-feira, 24 de julho de 2012

PEDRO RAMOS DE ALMEIDA (1932-2012)


"Pedro Ramos de Almeida morreu ontem [dia 22] em Lisboa, aos 80 anos. A doença respiratória não o deixou acabar de escrever a história do MUD Juvenil, um dos movimentos mais populares de combate à ditadura, a que se juntou quando tinha 18 anos.

Militante e antigo dirigente do PCP, Ramos de Almeida faz parte do (ínfimo) grupo de portugueses que combateram, com poucas armas e bagagens, a grande crise nacional dos últimos 50 anos – a ditadura. Uma ditadura que tinha uma biografia para escrever. Pedro Ramos de Almeida é autor, entre muitos outros livros e ensaios, de “Salazar: biografia de uma ditadura”. Se os revolucionários de Abril ficaram simbolicamente homenageados como “os homens sem sono”, os da linhagem de Pedro Ramos de Almeida têm sido insuficientemente reconhecidos como os homens a quem tiravam o sono.

Veja-se o depoimento de Virgínia de Moura sobre a prisão em 1954 de dezenas de jovens do MUD: “Usou-se e abusou-se da violência, batendo em alguns, obrigando outros a fazer estátua durante dias consecutivos, longos períodos de incomunicabilidade, enclausuramento em segredos, internamentos no Conde Ferreira (hospital psiquiátrico de então, no Porto), transferência de jovens para Caxias, e muito concretamente, entre outros, foram vítimas de violência os arguidos Pedro Ramos de Almeida (22 anos, estudante de Direito de Lisboa), sete dias e sete noites sem dormir e dois (leia-se quatro) meses de segredo”.

Aos poucos, a maioria dos jovens é libertada até ao julgamento, mas Pedro Ramos de Almeida fica preso. É o próprio que contou, em texto no jornal comunista “O Militante”: “A maioria dos presos é fixada caução e admitida a sua libertação condicional até ao julgamento. Entretanto, a excepção é constituída por seis réus, acusados de serem membros da Comissão Central do MUD Juvenil – Maria Cecília Alves, Agostinho Neto [futuro presidente de Angola], Ângelo Veloso, Hernâni Silva, Hermínio Marvão e Pedro Ramos de Almeida”.

Condenado a quatro anos de prisão, Pedro Ramos de Almeida fugirá do Forte de Peniche em 1961 [* PRA já não estava preso em Peniche quando se deu a célebre fuga de um grupo de presos (e portanto não o integrou) e a fuga em questão não aconteceu em 1961, mas sim em 3 de Janeiro de 1960
NOTA: Segundo Helena Pato (que aqui saudamos) Pedro Ramos de Almeida foi condenado a dois anos de prisão e "medidas de segurança", cumpriu 4 anos de prisão e saiu em 1959 ].

Partiu depois para o exílio. Em 1962 viveu em Praga, como dirigente do PCP, representando o partido junto de revistas internacionais dos partidos comunistas. Muda-se, depois, para Argel, ao serviço do PCP, onde ficará cinco anos, na qualidade de membro do comité central do Partido Comunista, a Junta Revolucionária Portuguesa, o órgão dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional. Dirige na altura a rádio Voz da Liberdade, uma emissora de combate à ditadura que emitia para Lisboa a partir de Argel.

Entre 1969 e 1971 esteve na clandestinidade em Portugal – uma altura em que pintava os seus prematuros cabelos brancos com tinta castanha comprada na drogaria. Regressa a Portugal em 1971 depois de ter obtido a garantia, através do seu padrasto Fernando Abranches Ferrão, de que não haveria processos contra ele. Começa a militar na CDE e quando chegou o 25 de Abril tornou-se militante do MDP-CDE, de que foi dirigente. Entre os muitos livros que escreveu, destacam-se a História do Colonialismo Português e o Dicionário Político de Mário Soares. O dirigente histórico do PCP Domingos Abrantes recordou ontem o “intelectual de grande craveira”, que “teve sempre uma actividade empenhada, não só na juventude, mas em toda a luta da unidade antifascista”. Para Carlos Brito, ex-militante e ex-dirigente do PCP é a perda de “um grande amigo” e uma perda “para a esquerda”. “Foi um grande combatente, com muito mérito”. Pedro Ramos de Almeida era pai do nosso camarada de redacção Nuno Ramos de Almeida e de João Ramos de Almeida, jornalista do Público" [via Entre as Brumas da Memória, com a devida vénia - sublinhados nossos]

LOCAIS: A morte é uma exagerada [Nuno Ramos de Almeida] | Pedro Ramos de Almeida (1932-2012) | MUD Juvenil e a repressão fascista [Pedro Ramos de Almeida - O Militante].

J.M.M.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

IN MEMORIAM HERMÍNIO PALMA INÁCIO (1922-2009) - Parte II


Era já evidente, para Palma Inácio, que as lutas ideológicas, as "querelas estéreis" e os métodos clássicos de combate à ditadura se tinham esgotado. Para ele e outros, a "inacção militar" não conduzia a lado nenhum e só "uma organização revolucionária, com uma nova concepção de luta com métodos novos e com homens novos" podia levar a cabo o fim da ditadura.

O ano de 1961 e seguintes revelam, a par de uma crise nas estruturas do regime e curiosos desentendimentos entre os seus apoiantes, uma oposição sistemática contra a ditadura, com o aparecimento de vários sectores dissidentes da linha tradicionalista (ou reformista) e que tomam posições, e sobretudo acções, radicais contra o regime ditatorial. De facto, entre 1961-62, os acontecimentos precipitam-se. Como exemplo:

O assalto [21/22 de Janeiro de 1961] e desvio do paquete Santa Maria e então rebaptizado como "Santa Liberdade" [operação Dulcineia, dirigida por Henrique Galvão. Galvão foi um dos militares do golpe de 28 de Maio, mas posteriormente entra em colisão política com Salazar. Tendo sido preso e condenado, conseguiu evadir-se e exilar-se na Argentina – ler AQUI], que humilhou a ditadura; o levantamento da UPA [4 de Fevereiro 1961] e o começo da guerra colonial; a tentativa de "golpe" de Botelho Moniz, então Ministro da Defesa [é de consultar sobre o assunto, "Salazar. Biografia da Ditadura", de Pedro Ramos de Almeida, Ed. Avante1999, pp. 612 e segs]; as pressões internacionais contra o colonialismo português [resolução da ONU de 20 e Abril]; a operação "Vagô" [já referida]; a espectacular evasão de Caxias de importantes militantes comunistas [4 de Dezembro de 1961 – consultar "A História da PIDE", ibidem, pp. 168-169]; a operação militar da União Indiana contra Goa, Damão e Diu [17 de Dezembro]; o assalto ao quartel de Beja [1 de Janeiro de 1962], sob direcção de Varela Gomes e que resulta em penas pesadas para os incriminados (caso de Manuel Serra e Varela Gomes); o início das emissões da Rádio Portugal Livre (Argélia, 12 de Março); a greve académica de Maio/Junho de 1962; a fundação de vários movimentos de libertação das colónias; o aparecimento de novas organizações políticas e militares de combate à ditadura [entre as quais a Frente Patriótica de Libertação Nacional (FPLN), que surge em (19) Dezembro de 1962, agrupando diversos grupos (do seu embrião ou "conferência" inicial (em Roma) participam figuras como Piteira Santos, Manuel Alegre, Tito de Morais, Ruy Cabeçadas e Manuel Sertório].

É nesse contexto, entre a luta pelo derrube da ditadura e o combate anti-reformismo, que surgem diversas organizações que se reclamam da luta armada, como a FAP [Janeiro de 1964 – ler AQUI], a LUAR [Liga de União e Acção Revolucionária, 19 de Junho de 1967], a ARA [Acção Revolucionária Armada, criada pelo PCP em 1964 como resposta à cisão de Francisco Martins Rodrigues e ao aparecimento da FAP; teve a sua primeira aparição pública a 26 de Outubro de 1970 num ataque armado contra o navio "Cunene", atracado no Cais de Alcântara – ler AQUI e AQUI – e que foi entendido como uma resposta, antecipada, à ruptura entre a FPLN e o PCP, na base da qual elementos da FPLN criticavam a falta de "verdadeiras acções revolucionárias" armadas de combate à ditadura – cf. As Organizações Armadas em Portugal de 1967 a 1974, de João P. Martins & Rui Loureiro, rev. História, nº18, Abril 1980] e as BR [Brigadas Revolucionárias, com origem numa cisão da FPLN e que teve a sua aparição numa acção de sucesso contra a base (secreta) da NATO da Fonte da Telha, a 7 de Novembro de 1971; mais tarde estará incluída no PRPPartido Revolucionário do Proletariado – que é fundado em 1973].

[a continuar]

J.M.M.