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domingo, 29 de setembro de 2024

COLÓQUIO PERIODISMO REPUBLICANO. PERSPETIVAS E REPRESENTAÇÕES


 30 de Setembro de 2024

Local: Biblioteca Camões

Lisboa


A Sessão Inaugural do Colóquio conta com a presença de:

António Ventura - O Periodismo Republicano Local. Um estudo de caso: Portalegre.

Depois seguem-se as seguintes intervenções, durante a manhã: 

Manuel Baiôa - A Imprensa e o financiamento do Partido Republicano Nacionalista

Paulo Cracel - A Nova Europa de 1918/1919. Percepções d' "A Capital" o diário republicano da noite

Pedro Figueiredo Leal - "O Mundo" e a disputa pela liderança do Partido Republicano Português (1919-1921) 

António Paulo Duarte - A Revista Militar, o Pensamento Estratégico e os debates em torno das políticas militares da I República 

Luís M. Santos O periodismo republicano e as transformações no campo da crítica musical em Lisboa durante a I República 

Mário Sequeira – Fome de Riso – a Sátira como reflexo da carestia de vida em Portugal (1916-1928)

Gisela Monteiro  – O Crime das Escadinhas da Mãe D’Água ou como A Vanguarda combateu a censura em 1900 

José Maria Barbosa  – A construção memorial de Fátima pela Igreja Católica: uma análise através dos periódicos O Mensageiro e a Voz da Fátima (1917-1922) 

Fábio Oliveira – As percepções do jornal O Debate sobre o fenómeno de Fátima (1917-1926) 

Catarina Silva – A insurreição dos cruzadores (1906): precepções na imprensa republicana

Pedro Álvaro Mateus  – José de Macedo e a imprensa republicana 

Pedro Ramos Ladislau Batalha: o Avante e a defesa dos interesses locais/nacionais 

Nuno Simão Ferreira O ambiente tradicional da vida académica estudantil em Coimbra: o combate político, a renovação cultural e a greve académica de 1907


1 de Outubro de 2024

Àlex Pocino Perez  – El ilustre jefe en la ciudad. Las visitas de los lideres republicanos a Barcelona a través de la prensa republicana catalana durante la Restauración (1875-1906) 

Álvaro Costa de Matos - O jornalismo (republicano) como contrapoder e tribuna ideológica: o caso de Henriques Nogueira (1823-1858) 

Frederico Benvinda Entre o Progresso e a “teratologia social” – Positivismo e educação cívica na participação de Zófimo Consiglieri Pedroso (1851-1910) na imprensa periódica republicana 

Conceição Meireles Pereira  – Imprensa republicana do Porto. Entre a província e a capital

Isilda Monteiro  – A imprensa republicana de Lamego 

Bernardo Nunes  – Conflitos intrarrepublicanos no periodismo de Alenquer 

Andréa Casa Nova Maia e Diogo Oliveira  – A imprensa documenta a Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul em 1922: diálogos luso-brasileiros e redes transnacionais do republicanismo 

David Ramalho Alves  – Arte, Política e Modernidade: representações sociais nas revistas Manhua no período Republicano Chinês (1925-1948) 

Soraia Milene Carvalho Augusto de Vasconcelos na imprensa democrática e unionista: ação e leituras vasconcelianas no advento da República em Portugal 

Vanessa Batista  – A Lucta de Brito Camacho e a questão “paivante” em Espanha  

Sessão de encerramento: 

Norberto Ferreira da Cunha - A Liberdade (1928-1933): projecto para uma República prospectiva 


Excelente oportunidade para se conhecer melhor o periodismo republicano, sobretudo em Portugal, mas também em Espanha e no Brasil.

Com os votos de maior sucesso, divulgamos esta iniciativa e saudamos os seus organizadores.

A.A.B.M.

J.M.M.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

EXPOSIÇÃO – BEJA REPUBLICANA



EXPOSIÇÃO: Beja Republicana;
DIAS: 18 de Outubro a 12 de Novembro de 2019;
LOCAL: Centro Unesco para a Salvaguarda do Património Cultural e Imaterial de Beja [Rua do Sembrano, 78], Beja;
ORGANIZAÇÃO: Câmara Municipal de Beja - coord. de Constantino Piçarra (IHC-U.N.L).

Decorre a mostra de Beja Republicana (1910-1926), Exposição que “mostra a formação e afirmação do Partido Republicano Português no distrito de Beja”, descrevendo “a evolução política ao nível do poder local, evidencia aspectos marcantes da vida quotidiana da cidade, sublinha as principais realizações do poder republicano municipal e apresenta o panorama da imprensa local  e “o quadro do movimento operário de Beja durante a I República, com referência às suas organizações e principais lutas desenvolvidas” [AQUI].

Estará patente ao público até ao dia 12 de Novembro.

A não perder!

J.M.M.

sábado, 3 de outubro de 2015

A IMPRENSA E A I REPÚBLICA EM V. N. FAMALICÃO


No âmbito das comemorações do 105 aniversário da implantação da República, a Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão vai levar a efeito uma exposição evocativa da efeméride. A exposição será inaugurada hoje dia 3 de Outubro de 2015, pelas 17 horas e está subordinada ao título A Imprensa e a I República em Vila Nova de Famalicão.

Pode ler-se no blogue Do Presente, de Amadeu Gonçalves e responsável pela organização da exposição, que o principal objectivo da mesmo é: dar a conhecer a Comissão Municipal do Partido Republicano desde os tempos da propaganda até às dificuldades que passaram os republicanos famalicenses até ao 28 de Maio de 1926:

Numa primeira abordagem, o que convém questionar é se, de facto, o republicanismo em V. N. de Famalicão através da imprensa, na divulgação do seu ideário, teve o seu efeito prático. Na realidade, num primeiro momento, quando Sousa Fernandes em 1909, na inauguração do Centro Republicano Dr. Bernardino Machado, salienta a importância dos centros republicanos como meio de propaganda e de instrução, foca, enquanto instrumentos para tal fim, o jornal, o livro e a conferência. Contudo, pretende-se aqui enunciar cinco áreas concretas à volta da imprensa famalicense, entre o período histórico da última década da monarquia e os anos da I República, a saber: os periódicos republicanos, os periódicos de transição, os periódicos informativos e noticiosos, os periódicos literários e humorísticos e os periódicos associativos.

Pode ler-se o restante artigo com a nota de apresentação da exposição AQUI.

Uma exposição que se saúda e se recomenda a todos os interessados na temática.

A.A.B.M.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

A RAZÃO. SEMANÁRIO REPUBLICANO - PARTE II


Teve o periódico figueirense, "A Razão", como primeiro editor José Maria Roque dos Reis [era oficial-encadernador e já antes (21 de Janeiro de 1900) tinha sido editor do jornal bi-semanal “O Figueirense”, na sua 2ª série], vulto republicano e católico, pertencente ao Centro Republicano José Falcão.

Acontece que ao nº4 do jornal (19/02/1904) publica-se um artigo [sob o título “Verdade”] relativo à substituição do seu editor, José Maria Roque dos Reis [JMRR]. Nesse artigo [assinado por Eduardo Fernandes, José Soares Cornelo, José Augusto Germano Alves, Custodio de Moura, Joaquim Gaspar Martins, João Guerra Duarte e António da Silva], é publicada uma carta – transcrita d’O Século e assinada pelo seu correspondente na Figueira da Foz -, onde [JMRR] diz que “o Centro José Falcão faltou aos compromissos contraídos” com ele, enquanto editor do semanário “A Razão”.

O jornal, como replica à notícia produzida, considera, no mesmo artigo, que se trata de uma calúnia de JMRR e publica um “Desagravo” à notícia saída n’O Século.
Consideram que JMRRse ofereceu muito espontaneamente para editar o jornal” porque “nenhum medo tinha”, pelo que pediu um cargo no periódico. Como estava decidido que não figurasse nenhum nome de sócio do Centro no semanário (a não ser o proprietário, que lhes parecia ser de todo necessário legalmente), foi proposto que JMRR figurasse, então, como proprietário “in nomine”, o que foi aprovado pelos associados do Centro Republicano. Como se constatou – continuam - não se verificar a questão legal da “declaração de propriedade” suprimiu-se o cargo, ficando então JMRR como editor.

Ainda na mesma reunião, debateu-se se se devia “abordar assuntos religiosos”, entendendo-se que tal não era aceitável por “sistema”, mas que o assunto não devia ser “descurado”. Ora – continua a mesma nota ao artigo que estamos a citar, publicada ao nº 4, 19/02/1904 – no número inicial do semanário foi apresentado uma “engraçada e curiosa” transcrição de “Os Mandamentos dos Padres”, que (citamos) “excitou o zelo catholico do snr” JMRR. Este último envia uma carta à direcção sobre o teor do artigo publicado, dizendo que se o “tivesse visto, não consentiria na sua publicação”.
 
Assim sendo JMRR abandona os quadros do jornal e ao nº 4, surge já como Editor-Responsável, Amadeu Sanches Barreto [Curiosamente, ainda nas replicas ao assunto do “Desagravo”, atrás referido, no nº 5 do semanário (25 Fevereiro 1904) há uma nota, intitulada “Pela última vez” sobre o caso que levou á substituição de JMRR, sob a pena de Gustaf Adolf Bergstrom, e na sequência de uma notícia saída no “Povo Figueirense”, que reza assim: “o Snr. Roque dos Reis, em carta que o Povo Figueirense gostosamente publica, diz ter pena de um ‘melro negro’ não assinar o desagravo. Não sendo meu intuito discutir o valor do inofensivo epíteto, declaro ao snr Roque que quando quiser estou às suas ordens …”].



O jornalista Amadeu Sanches Barreto, o novo editor, natural de Vila Real mas “filho adoptivo da Figueira” (como afirmava) era um “velho” republicano, tendo pertencido ao grupo carbonário que se estava a organizar na Figueira da Foz [cf. carta  de Amadeu S. Barreto a Bernardino Machado, 29/05/1911], era amigo pessoal do dr. Afonso Costa e um indefectível admirador do dr. Bernardino Machado, viveu na Figueira da Foz, em Coimbra e em 1914 está na administração do concelho da Baía dos Tigres (Angola). Muito tempo antes tinha sido o responsável redactorial d’O Povo da Figueira [jornal fundado pela comissão republicana municipal da Figueira da Foz, em 1895], e, mais tarde, também editou e colaborou n’O Figueirense (II série), bi-semanário (1900-1902; curiosamente esta série era editada por José Maria Roque dos Reis) que de algum modo vinha em substituição daquele.

Diga-se que Amadeu Sanches Barreto foi proprietário do jornal “Voz do Tua” (8 de Agosto de 1886, Mirandela), publicou [Fevereiro de 1897] o bi-semanário democrático e republicano “Aurora da Liberdade” de Vila Real, comemorativo do 31 de Janeiro e é director do bissemanário dedicado ao professorado, “O Ensino”, publicado em Coimbra, em 1903. Como curiosidade refira-se que Amadeu Sanches Barreto publica o estimado e raro livro do poeta de Alte, Cândido Guerreiro, “Sonetos” (Coimbra, 1904, p. 67).
 
A partir do nº 8, no cabeçalho do semanário aparece José Soares Coronel como editor, mantendo-se até ao seu fim

Os artigos publicados são, no fundamental, de interesse local, mas bem curiosos, caso da “Homenagem aos Vencidos do 31 de Janeiro” (nº2) que relata a comemoração dessa data na Figueira da Foz pela gente republicana; e o comício promovido pelo Centro Eleitoral Republicano José Falcão no Teatro Chalet [presidido por Amadeu Sanches Barreto, em substituição do dr. Bernardino Machado, impossibilitado por motivo de doença; foi lida inúmeros telegramas, do dr. Afonso Costa, António Luís Gomes, Pádua Correia, Malva do Vale, França Borges, tendo participado e usado da palavra republicanos de vulto, como Fausto de Quadros, Adriano do Nascimento, Joaquim Cortesão] e a “grandiosa” manifestação que se lhe seguiu (nº7, 10 de Março 1904).

[Algumas assinaturas] Colaboração: “A. Roinuj”, “Aber”, [Manuel Augusto] Cardoso Marta, Artur de Oliveira Santos, Artur Ribeiro, Cândido Guerreiro, Constantino Gomes Tomé, Cyro Ferreira, Domingos Albariño, Duarte Lima, Fausto de Quadros, Gustavo Adolf Bergstrom, “Index”, J. Astoc, João de Barros, Joaquim Cortesão, José Augusto de Medeiros, Matias d’Alverca, Maurício Aguas Pinto, “Mortsrgreb”, “Neto” (António Fernandes Silva?), “Phaon”, Tavares de Almeida, Tomás da Fonseca, Reynaldo de Carvalho, Simões Ferreira.

J.M.M.

A RAZÃO. SEMANÁRIO REPUBLICANO - PARTE I


A RAZÃO. Semanário Republicano [ao nº 9, Órgão do Centro Republicano José Falcão]. Ano I, nº I (27 Janeiro 1904) ao nº XVII (22 Maio 1904); Administração e Redacção: Rua do Estendal, 33, 3º [depois, ao nº7, Rua de Santo António, 9], Figueira da Foz; Editor: José Maria Roque dos Reis [ao nº4, Amadeu Sanches Barreto; ao nº8, José Soares Coronel]; Redactor Principal: Gustaf Adolf Bergstrom; Impressão: Typographia Democratica (Coimbra); Figueira da Foz; 1904, 17 numrs

Trata-se de um semanário figueirense que se dispunha a “lutar pela ideia da República, como primeira etapa a alcançar na senda do progresso”, referindo que fazem tenção de tomar o “mais humilde logar nas fileiras da democracia pela qual lutaremos sempre com serenidade, mas enérgica e intransigentemente” (in nº1, texto assinado, em nome da redacção, por Gustavo Adolf Bergstrom).
[Gustaf Adolf Bergstrom nasceu em 1892 na Ilha de Santo Antão (Cabo Verde). De ascendência sueca pelo lado do pai, residiu na Figueira da Foz e casou com Amélia Lucas de Oliveira (e, assim julgamos, casou uma segunda vez com Maria da Luz – cf. O Paiz, Rio de Janeiro, 28/12/1916) – tiveram duas filhas, Maria Regina Bergstrom (n. 1902), que se fixou em Moçambique e Fernanda Bergstrom (n. 1910). Curiosamente o seu pai, Theodoro Segismundo Bergström (1856?-1934; foi director do BNU em S. Tomé e Príncipe) e o seu avô paterno, tinham casado também com cidadãs portuguesas. Gustaf Adolf Bergstrom dedicou-se à instrução pública, foi professor de ensino livre (especialidade em língua inglesa) em Lisboa (no Novo Colégio Inglês), Figueira da Foz e Coimbra. Foi jornalista e um ardente propagandista liberal e republicano. Foi maçon, tendo integrado a Loja maçónica "Academia Livre", de Coimbra.

Como jornalista, funda (11 de Maio de 1902) e redige o jornal “A Voz da Justiça” da Figueira da Foz (a 17 de Maio de 1903, Gustaf Bergstrom, cede a propriedade do jornal para a Associação de Instrução Popular, passando o periódico a ser administrado por maçons filiados na Loja Fernandes Tomás, loja maçónica instalada a 22 de Setembro de 1900 na Figueira da Foz); escreve no jornal, “Desaffronta” (1903, Figueira da Foz - nº único) em defesa do descanso semanal dos caixeiros figueirenses – à revindicação dos trabalhadores sucede um “longo” processo judicial, tendo sido Afonso Costa o advogado dos caixeiros processados; participa (1904) no jornal comemorativo da revolta do 31 de Janeiro de 1891, “Glória aos Vencidos”, patrocinado pelo Centro Eleitoral Republicano José Falcão da Figueira da Foz; foi redactor principal do semanário “A Razão”, mais tarde órgão desse mesmo Centro Republicano.
 
 

Retira-se para Coimbra (vive numa casa nos Arcos do Jardim, ao nº52), frequenta como aluno voluntário a Faculdade de Filosofia e de Matemática na Universidade de Coimbra, exercendo a docência no Liceu da cidade, leccionando (em sua casa) um curso especial de inglês prático para alunos internos. Foi um curioso poeta e letrista (com que contribuiu para alguns estimados fados). Parte Gustaf A. Bergstrom, anos depois (1912/13?), para o Brasil. Lecciona matemática, física e química, e dá cursos particulares de inglês, no Instituto Beltrão (rua Haddock Lobo, nº 419) e no Instituto La-Fayette, do Rio de Janeiro. Discursa na sessão solene das comemorações da República Portuguesa em 1913, promovidas pelo Grémio Republicano do Rio de Janeiro (foi realizada excepcionalmente no dia 12 de Outubro) no teatro Lyrico, sob presidência do dr. Bernardino Machado. Morre a 23 de Junho de 1916 (cf. jornal Estado do Pará, 24/06/2016) no hospital da “Beneficência Portuguesa”, vítima da “tuberculose” (assim o refere, como causa da sua morte, Cardoso Martha, inJornalismo Figueirense”, 1926, p. 60)]  

Refira-se que “A Razão” foi criada por um grupo de republicanos que pretendiam reatar “os laços morais” da comissão municipal republicana, pelo que constituíram o núcleo (fundador) do Centro Eleitoral Republicano José Falcão (instalado e inaugurado no dia 31 de Janeiro de 1904, aniversário da revolta republicana do Porto e em que usa da palavra Gustaf Bergstrom, um dos principais impulsionadores do Centro e seu presidente). Antes mesmo da fundação do Centro Republicano José Falcão foi decidido pelo núcleo inicial a criação de um jornal que fosse seu órgão de imprensa. De facto, assim aconteceu, a 27 de Janeiro de 1904, o semanário “A Razão” [cf. Cardoso Martha, ibidem].
 
[A CONTINUAR]
 
J.M.M.

terça-feira, 30 de junho de 2015

LA REPUBLIQUE PORTUGAISE

Encontra-se disponível para consulta uma publicação sobre Portugal nos meses imediatos à implantação da República, intitulada La République Portugaise, somente com um número disponível, datado de 13 de Maio de 1911.

Esta publicação semanal foi dirigida por Xavier de Carvalho (ver nota biográfica deste autor AQUI). Era publicação ilustrada, com quatro páginas, com o texto organizado em seis colunas, escrita em francês. Conta com colaborações de Camille Fróes, Marc Gaudos, A. de Lacerda e um extenso artigo sobre Antero de Quental, da autoria de Virgile Rossel, e algumas notas sobre Viriato, Camões. Além disso fornece informações sobre João Chagas, sobre a Lei de Separação do Estado e da Igreja, de Sebastião de Magalhães Lima  na União Colonial Portuguesa, Afonso Costa (ilustrado com fotografia), de  o vice-cônsul de  Portugal em Rouen (Henry Turpin), de Manuel Teixeira Gomes como novo embaixador em Inglaterra e informa quem seriam os correspondentes do jornal em diferentes localidade de Portugal e do estrangeiro. Depois aborda questões como a participação de Portugal nas festas do milénio na Normandia, do vigésimo aniversário da morte de José Elias Garcia, os estudantes portugueses em Paris e as comemorações do 1º de Maio em Lisboa.

A publicação em epígrafe pode ser consultada na Gallica AQUI.

Vale a pena a visita e a leitura desta publicação.

A.A.B.M.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

LEITURA E IDEOLOGIA REPUBLICANA: AS ESCOLAS E BIBLIOTECAS POPULARES DA FIGUEIRA DA FOZ (1900-1910)


LIVRO: “Leitura e Ideologia Republicana: As Escolas e Bibliotecas Populares da Figueira da Foz (1900-1910)";

AUTORA: Maria Isabel Gaspar Ferreira de Sousa;
EDITORA: CMFF, 2015.

LANÇAMENTO DA OBRA:

DIA: 31 de Janeiro 2015 (18,00 horas)
LOCAL: Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás da Figueira da Foz

Palavras-Chave: Bibliotecas Populares, Escolas Populares, Imprensa Local, Maçonaria, Republicanismo.

Este trabalho de dissertação assenta, antes de mais numa matriz geográfica e histórica da cidade da Figueira da Foz, no início do séc. XX assim como as suas freguesias limítrofes mais influentes: Tavarede e Buarcos (contudo, são feitas breves alusões a outras freguesias onde aos poucos foram sendo criadas instituições similares às primeiras freguesias e embebidas do mesmo espírito).

Temos como objeto de estudo a emergência e difusão do ideário republicano junto das populações, assim como a defesa intransigente da ideia do alargamento da instrução a um público cada vez mais vasto, combatendo o maior flagelo cultural do nosso país: o analfabetismo quase generalizado, através da criação de escolas e bibliotecas populares em Associações recreativas, de classe, mutualistas e outras. A certeza de que uma posição cívica e política mais consciente dos cidadãos só seria possível se fosse permitido o acesso à instrução a um maior número de pessoas, norteou a criação destas escolas, um pouco à margem do ensino oficial (que se definia como manifestamente insuficiente) e que tinham como objetivo tirar do analfabetismo uma grande parte do povo trabalhador da Figueira da Foz. Sendo assim, é neste ambiente ideológico fervilhante, na cidade da Figueira da Foz na primeira década do séc. XX que irão surgir as escolas populares, dinamizar conferências e cursos livres, criação de bibliotecas e salas de leitura que eram vistas como uma solução para o atraso cultural das camadas sociais mais baixas, rumo àquilo a que se entendia ser o progresso.

A Figueira da Foz beneficiou com a dinâmica de uma série de personalidades com características humanitárias e benemerentes, republicanos e maçons, que não mediram esforços no sentido de criar condições para 'derramar a luz da instrução' sobre as camadas populares” [in Resumo do livro]

J.M.M.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

PÃO NOSSO... SEMANÁRIO REPUBLICANO PORTUENSE


PÃO NOSSO... Semanário Republicano Portuense. Ano I, nº I (19 de Abril de 1910) ao nº XXIII (28 de Setembro de 1910); Editor: Empresa do Pão Nosso (Rua de Santo Ildefonso, 260, 1º, Porto); Administração e Redacção: Rua de Santo Ildefonso, 260, 1º, Porto; Director: António de Pádua Correia (1873-1913); Impressão: Tipografia Mendonça, (Rua da Picaria, nº30, Porto); Porto; 1910, XIII numrs, 368 p.

Importante e rara revista panfletária de cunho republicano, desse muito curioso combatente pela República, jornalista enérgico, irónico e talentoso, panfletário destemido, orador incisivo, anticlerical assumido, antigo director do valioso jornal portuense “A Voz Pública”, jornalista n’A Montanha, deputado às Constituintes e que era, na data da sua morte, deputado eleito pelo círculo de Lamego [região a que votava imensa paixão], António de Pádua Correia [a revisitar oportunamente, aqui, no Almanaque Republicano].

«A República não vem por seu pé. A República nunca vem, se nós, republicanos, a não trouxermos. Isto é: para termos a República, é necessário que nós a façamos. Como se derrubam regimes? Conspirando e batendo-se.»

Conspirar e bater-se ativamente para derrubar o regime era pois o mote do Pão Nosso... (como o foi de toda a ação política do seu autor), linha programática que acompanhava, não por acaso, o grande desígnio consolidado no 11º Congresso do Partido Republicano que, a 29 e 30 de abril de 1910, se realizou no Porto. De facto, ainda que sem ligação orgânica formal entre o periódico e a reunião partidária, é no quadro de um profundo imbricamento entre ambos que a missão do Pão Nosso… ganha pleno significado…» [Pedro Teixeira Mesquita – ler MAISAQUI]


Ficha Histórica, LER AQUI

FOTO [arquivo nosso]: capa de brochura que acompanha os exemplares do periódico

J.M.M.

domingo, 11 de maio de 2014

SEMANÁRIO UNIÃO FIGUEIROENSE


UNIÃO FIGUEIROENSE. Órgão do Centro Republicano União Figueiroense [ao nº2 (20 de Novembro 1910), aparece com o subtítulo de Semanário Republicano; no nº42 surge como Órgão do Centro Democrático Dr. Afonso Costa; ao nº 213, tem como subtítulo de Órgão do Centro Democrático]. Ano I, nº 1 (10 de Novembro de 1910) ao Ano VIII, nº 405 (19 de Outubro de 1918); Propr. e Admi: Manuel Gameiro Santos (ao nº3, José Miguel Fernandes David); Editor: Alfredo Lencastre e Barros (ao nº 229, Alfredo José de Sousa; ao nº371, Manuel Henriques); Adm/Redacção: Rua Luiz Quaresma, Figueiró dos Vinhos (ao nº2, R. Dr. José António Pimenta; ao nº10, Rua Dr. Afonso Costa); Redactor Principal: Dr. Miguel Alexandre Alves Correia; Director: Dr. Miguel A. A. Correia (ao nº10; ao nº 51, Alfredo Simões Pimenta; ao nº 117, Alfredo Lencastre e Barros; ao nº 290, João Ferreira de Carvalho); Secretário de Redacção: Alfredo S. Pimenta (ao nº 10); Impressão: Oficinas da União Figueiroense (ao nº10); 1910-18, Figueiró dos Vinhos, 405 numrs


[Alguma] Colaboração/textos assinados: A. [Alfredo Simões] Pimenta, Alfredo Lencastre e Barros, Alípio Mesquita, António José de Almeida, Arnaldo Forte, David Cruz, Flor da Murta, Ganimedes, Gaudêncio A. Oliveira, J.M. Campos Mello, Manuel Diniz Henriques, Martko (de Coimbra), Miguel A. A. Correia, Padre José Rosa (a partir do nº11), Paulo da Fonseca (escreveu no Paiz), Pereira Bravo, Tavares Gorjão

Semanário “União FigueiroenseAQUI DIGITALIZADO
J.M.M.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A REPÚBLICA


in A Republica. Jornal do Povo, nº1, 25 de Abril de 1848
 
 
REPÚBLICA! Governo da natureza? Governo da Igualdade! Governo da liberdade sem licença! Governo d’amor entre todos os Homens! Governo angélico!

República! Nome vão, se não passas de nome! ..."
 
J.M.M.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A FLECHA. PANFLETO POLÍTICO


A FLECHA. Panfleto político de publicação quinzenal – Ano I, nº1 (28 Fevereiro 1926) ao nº 3 (1 Abril 1926); Director, Editor e Proprietário: Evaristo de Carvalho; Administração e Oficinas: Travessa das Mercês, 31, Lisboa; Impressão: Tip. Formosa (Rua do Século, 2 C, 1º), Lisboa; 1926, III numrs [Ficha Histórica AQUI]


“… A nossa política, é hoje, um grande arraial, com balcões e tavolagens, por toda a parte. Por todas a parte, se compra e vende e, por toda a parte, se joga. A mercadoria mais cotada, a mais cobiçada, a mais disputada, é o inconsciente voto do aldeão, a influência eleitoral do caíque provinciano. E os jogos mais em voga são: o jogo da incompetência, o jogo da ignorância atrevida e louca, o jogo da ambição grotesca, o jogo do videirismo trepador, o jogo das deslealdades e traições, ….”

A FLECHA. Panfleto Político AQUI DIGITALIZADO

J.M.M.

domingo, 22 de setembro de 2013

A CHOLDRA - SEMANÁRIO REPUBLICANO DE COMBATE




A CHOLDRA. Semanário republicano de combate e de crítica à vida nacional – Ano I, nº 1 (31 de Janeiro 1926) ao nº 21 (19 de Junho de 1926); Propr: José Valentim; Editor: Henrique Jorge Didelet; Adm/Redacção: Rua do Poço dos Negros, 86, 3º (Lisboa); Direcção: Eduardo [Pinto] de Sousa; Impressão: Rua do Século, nº 150; 1926, 21 numrs

[Alguma] Colaboração/Textos/Citações/Gravuras: Adriano Monteiro [prés. U. Ferroviária do Porto], Afonso Correia, Albano Negrão, Ângelo Vaz, Aníbal Torres, António Normando, António Passos, Batista Diniz, Basílio Teles, Bernardino Machado, Deodoro da Fonseca, Eduardo Faria, Eduardo de Sousa, Figueiredo de Lima, Guerra Junqueiro, “J. B.”, José Barbosa, José Domingues dos Santos, Lobo Reimão, Magalhães Lima, Mayer Garção, Máximo Gorki, Mondina de Faria, Nóbrega Quintal [ver uma curiosa Carta Aberta dirigida a Cunha e Costa, nº 5], “O Cão do Cego”, Quirino de Jesus, Raul Proença, Repórter X, Sousa Júnior, Spartacus, Stuart Carvalhais, Teixeira de Queiroz, Trindade Coelho.

► "A CHOLDRA" AQUI digitalizado [Hemeroteca Municipal de Lisboa]

 
“A voz clamorosa e incerta, voz de angustia e de revolta, que é a voz das turbas anónimas, espesinhadas e traídas, vai encontrar éco e expressão gráfica nestas páginas. Vêm de muito longe os protestos e lamentos de baixo, contra os vexames e os crimes de cima. Vêm do fundo das idades. (…)

Em Portugal, como em toda a parte, urge prégar de novo a Liberdade e combater a Reacção. A isso vimos exclusivamente” [A Choldra, nº1]

"A Choldra representa a leitura de um ano de enorme e brutal fractura no tecido político português. O seu último número – de 19 de junho de 1926 –, traduz não já a revolta militante e libertária que os seus textos percorreram, mas um grito de alerta em desespero de causa. Como muitas outras vozes, foi calada pelo golpe militar de 28 de Maio de 1926" [ler AQUI]

NOTA: De uma dissidência do PRP [então liderado por António Maria da Silva] nasce o Grupo da Esquerda Democrática [5 de Agosto 1925], mais tarde chamado “Partido Republicano da Esquerda Democrática” – sob liderança de José Domingues dos Santos [1885-1958]. O semanário “A Choldra” apoia o projecto político do grupo da “Esquerda Democrática” [os “canhotos”], com a curiosidade de igual adesão do jornal “O Mundo” [ver “O Mundo”, de 17 de Outubro 1925] e do próprio diário “A Capital”.

Diga-se que o grupo da “Esquerda Democrática” assume como matriz ideológica o programa do Partido Republicano de 1891. Dele fizeram parte ilustres republicanos como Adriano Brandão (Coimbra), Amadeu Leite de Vasconcelos, António Joaquim e Sousa Júnior, António Medeiros Franco, António Resende, Cristiano da Fonseca, Ezequiel Campos, João de Barros, João Carrington da Costa, João Pedro dos Santos, Joaquim Rodrigues Marinho, Leonardo Coimbra, dr. Luiz Guerreiro, Manuel Gregório Pestana Júnior, Manuel Pedro Guerreiro (Faro), (comandante) Paulino Gomes, Pedro de Castro, (capitão) Pina de Morais, Sá Pereira, Soveral Rodrigues, (coronel) Tavares e Carvalho, Virgílio Saque, e outros mais, como o curioso Carlos Rates [sobre o assunto consultar António José Queirós, "A Esquerda Democrática e o Final da Primeira República", 2008].
 
J.M.M.


domingo, 18 de agosto de 2013

ANNUARIO DEMOCRATICO


ANNUARIO DEMOCRATICO (1910, 1º Ano da sua publicação) / propriedade registada de [Francisco] Gomes de Carvalho e Jayme de Souza Sebroza, Lisboa: Livraria Central de Gomes de Carvalho, 1909, 297 p.

O Anuário Democrático foi publicado em 1910, antes do triunfo da Revolução, pela Livraria Central de Gomes de Carvalho, de Lisboa. Trata-se de um volume interessante por registar nas suas páginas as estruturas do Partido Republicano com a composição das comissões distritais, concelhias e paroquiais, centros republicanos e outras associações. Para além disso, insere uma relação dos jornais republicanos em publicação. As informações que encontramos neste Anuário dependem, naturalmente, do seu envio ao editor, pelo que a organização do PRP que ali encontramos não é exactamente a que existia ao tempo. De qualquer forma, vale a pena a sua consulta

 
J.M.M.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O COMBATE

O Combate, publicação quinzenal de propagada republicana, de critica de política e de costumes.
Iniciou publicação em 1 de Dezembro de 1899 e publicou somente 8 números, até 18 de Março de 1900.

Estes folhetos passaram a contar depois com a colaboração de Heliodoro Salgado que assegurava com França Borges a crónica da quinzena, aproveitando os pequenos e grandes episódios da vida quotidiana para os transformar em arma de arremesso político contra a Monarquia, misturando com algumas criticas à Igreja Católica.

Publicação pouco conhecida, da muita utilizada pelos republicanos, na fase da chamada propaganda.

A.A.B.M.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

ERA NOVA: REVISTA DO MOVIMENTO CONTEMPORÂNEO, NA HEMEROTECA DIGITAL DE LISBOA

Foi recentemente disponibilizada online, na Hemeroteca Digital de Lisboa, a revista Era Nova.

Continuando o excelente trabalho de divulgação de algumas das publicações portuguesas do século XIX e XX, foi agora a vez desta revista ligada ao movimento positivista, que atravessa a segunda metade do século XIX, e que contou com algumas das personalidades importantes ligadas à fase da propaganda republicana.

Esta revista publica-se durante pouco mais de um ano, mas exerceu alguma influência no movimento positivista português liderado por Teófilo Braga, mas que contou com colaboradores como Alves Correia, Teixeira Bastos, Silva Lisboa, Alexandre Conceição, Augusto Rocha, José Leite de Vasconcelos, José Augusto Vieira, Júlio de Matos, Silva Graça, entre vários outros.

Uma nota também para a ficha histórica sobre a publicação que pode ser descarregada/consultada AQUI, da autoria de Rita Correia.

A consultar, para perceber a formação do movimento positivista e a sua aliança com o movimento republicano durante o período final da Monarquia Constitucional.

A.A.B.M.

sábado, 5 de janeiro de 2013

BANQUETE MAÇÓNICO EM HONRA DE MAGALHÃES LIMA


BANQUETE MAÇÓNICO EM HONRA A MAGALHÃES LIMA [Grão-Mestre do G.O.L.U.] - 18 Dezembro de 1910 - in jornal " A Democracia"

J.M.M.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

“O ALDEÃO” – QUINZENÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE DE ALTE (1912-1913)


CONFERÊNCIA: "Conversa sobre o jornal O ALDEÃO 1912-1913”;
ORADOR: Luís Guerreiro;
DIA:
12
de Dezembro (21 horas);
LOCAL: Pólo Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte (Alte);

Trata-se da Conferência a realizar pelo dr. Luís Guerreiro sobre o periódico "O Aldeão", Quinzenário Republicano Independente, Defensor dos Interesses Locaes, publicado em Alte [Ano I, nº1 (5 de Setembro de 1912) a Ano II, nº 28 (28 de Setembro 1913), Alte, 1912-13; Propr. Editor e Director: João de Deus [Ferrador].

João de Deus [cf. Ecos da Serra Online – jornal de um Grupo de Amigos de Alte; Subsídios para a história da Imprensa Algarvia, de Vieira Branco, p. 77] era “ferrador, [e] desde há muito empregado do governo na colónia de Moçambique”. Foi “chefe da redacção José da Graça Mira, tendo [como] administrador, João da Cruz Neves”. “Era composto e impresso, na Minerva Comercial de Évora”.


J.M.M.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA

Na imagem, a capa do jornal republicano A Capital, que se publicava em Lisboa na época dos acontecimentos. Este jornal está disponível para consulta na Hemeroteca de Lisboa

A imprensa, neste caso a republicana, assumia um caráter laudatório, anunciando o Governo Provisório e algumas medidas mais urgentes, bem como o relato dos últimos acontecimentos.

A.A.B.M.