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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

ALBANO COUTINHO NO DIÁRIO LIBERAL



Nas nossas deambulações entre jornais e papéis nas bibliotecas, encontramos agora este artigo de Albano Coutinho, publicado no jornal Diário Liberal, que se publicou em Lisboa, entre 1933 e 1934, sob a direcção de Evaristo de Carvalho.

Um dos colaboradores eventuais deste jornal, o republicano histórico Albano Coutinho recorda alguns acontecimentos que testemunhou quando bastante jovem. Com referências interessantes aos primeiros momentos do Partido Republicano e à formação do Centro Democrático em Lisboa em 1 de Junho de 1874. Repare-se como algumas personalidades entretanto evoluiram noutros sentidos políticos, mas a esmagadora maioria mostrou convicções e coerência que, cada vez são mais difíceis de encontrar.

A.A.B.M.

domingo, 10 de dezembro de 2006

ALBANO COUTINHO


Nasceu em Lisboa a 5 de Dezembro de 1848. Estudou em Lisboa, primeiro no Liceu e mais tarde frequentou o Curso Superior de Letras e o Instituto Geral de Agricultura. Foi um dos membros fundadores do Partido Republicano em 1876. Destacou-se, porém, como jornalista. Colaborou, entre outros, nos seguintes periódicos:

- Gazeta de Portugal, Lisboa
- Economias, Lisboa
- Partido do Povo, Lisboa
- Século, Lisboa
- Primeiro de Janeiro, Porto.

Por morte do pai assumiu os negócios da família na região vitivinícola da Bairrada. Foi Vice-Presidente do Sindicato Agrícola do Distrito de Aveiro, vogal do Conselho de Agricultura de Aveiro e Presidente da Sociedade das Águas da Curia.

Exerceu funções políticas como Governador Civil de Aveiro, logo após a implantação da República (1910), foi deputado e mais tarde senador eleito por este distrito.

Enquanto homem de letras deixou publicadas as seguintes obras:

- A Filha do Comendador (Peça de Teatro: comédia);
- Divórcio (folhetim publicado no jornal Partido do Povo);
- Ociosos (colectânea de escritos esparsos).

Faleceu, em Lisboa, a 31 de Agosto de 1935.

Sobre Albano Coutinho, escreve Magalhães Lima nas suas Memórias:

"um velho companheiro, muito amado, dos tempos heroicos da propaganda, ainda vivo, felizmente, Albano Coutinho, sempre o mesmo fiel e intemerato camarada" [Magalhães Lima, Episódios da Minha Vida. Memórias documentadas com fotografias e caricaturas, 2ª ed., Livraria Universal, Lisboa, 1928, p. 56]

AABM