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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

MOSTRA BIBLIOGRÁFICA: RAMALHO ORTIGÃO - UM PUBLICISTA EM FIM DE SÉCULO


A partir de 25 de Setembro, vai estar patente na Biblioteca Nacional de Portugal uma mostra bibliográfica sobre Ramalho Ortigão.

Pode ler-se na  nota de divulgação evento na Biblioteca Nacional:
José Duarte Ramalho Ortigão (1836-1915) foi uma expressão da multifacetada figura do publicista finissecular, porém com uma atividade de sincero compromisso crítico com «o país e a sociedade portuguesa» de que As Farpas foram a obra de referência de quase uma vida.

Sobre Sampaio Bruno ou França Borges, por exemplo, figuras típicas que com ele partilharam uma posição de exceção ética – quando o estatuto simbólico do publicista declinara, no fim do século XIX, no oportunismo e na promiscuidade com os interesses das elites políticas e económicas −, Ramalho Ortigão prefigura, como poucos, o longo percurso do intelectual de oitocentos. A longevidade de vida o permitiu.

O ponto de partida romântico teve lugar logo na educação doméstica, passada numa quinta nortenha aos cuidados de uma avó, a que se seguiu a tentativa de cursar Direito em Coimbra, de que veio a desistir; regressou ao Porto para dar aulas de línguas no colégio de Nª Srª da Lapa, de que o pai era diretor, sendo professor de Eça de Queirós; enfim, a carreira de homem de letras, num estatuto que nunca perdeu por completo, misto de diletante viageiro, cronista do que vê, do que lê, por onde passa. Esta fase terminou com um alinhamento ao lado de Feliciano de Castilho, na querela literária com os jovens partidários do Bom Senso e Bom Gosto, chegando a bater-se com Antero de Quental de florete em riste.

Ler mais sobre o evento AQUI.

Um evento que se recomenda a todos os interessados em conhecer melhor a obra de Ramalho Ortigão.

A.A.B.M.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

BIBLIOGRAFIA PORTUGUESA DA I GRANDE GUERRA



Vitoriano José César, Bibliografia da Grande Guerra (resenha das publicações portuguesas), Lisboa, Tip. da Escola Militar, 15 de Outubro de 1923 .

Escreveu-se muito, em toda a parte, durante a guerra e depois; ainda se continuará a escrever. Do que na língua portuguesa e escrito por portugueses tem sido publicado, é lúcida ementa o trabalho a que essas linhas servem de prefácio". Estas palavras do prefacionador, o vice-almirante Vicente Almeida d'Eça (1852-1929), definem o âmbito desta Bibliografia da Grande Guerra (resenha das publicações portuguesas), editada em 1922, da autoria do então coronel Vitoriano José César (1860-1939), militar de carreira e autor de história militar, sócio da Academia de Ciências de Lisboa e lente na Escola Naval, promovido a General em Outubro de 1926.

Ao longo de 102 páginas, é elencada mais de uma centena de títulos de tipologia diversa, ordenados alfabeticamente por autor, considerados como fonte para a história da I Guerra Mundial. A maioria das entradas é complementada por um curto texto descritivo dos conteúdos, que biografa o seu autor ou chama simplesmente a atenção para aspetos concretos sobre os quais a obra se debruça. O volume surge complementado por uma listagem, ordenada cronologicamente, dos artigos publicados na Revista Militar, "que devem ser consultados por quem se proponha a escrever a história da grande guerra". De referir ainda que o produto da venda deste exemplar revertia, como se lê na folha de rosto, para a "Subscrição Nacional dos Padrões, Consagração do esforço da Nação Portuguesa e Glorificação dos nossos Mortos na Grande Guerra".

João Carlos Oliveira | Lisboa, HML, julho 2014]  


"Simples e despretensiosas ‘notas’ dum curioso de coisas bibliográficas que à Grande Guerra deu o melhor da sua alma no sacrifício voluntário e consciente do seu sangue e do seu espírito". Assim se apresentam estas Notas subsidiárias para uma bibliografia portuguesa da Grande Guerra, organizadas e publicadas em 1926 (depois de apresentadas em rubrica própria, entre 1922 e 1925, na III série da Alma Nova) pelo capitão miliciano de artilharia José Augusto Brandão Pereira de Melo (1890-1974).

Nascido em Soure, integrou o Corpo Expedicionário Português no 2.º Grupo de Bataria de Artilharia enviado para a frente europeia, onde foi gaseado, voltando do conflito com a Cruz de Guerra da Flandres. Depois de uma experiência como autarca de Penela, foi nomeado governador da Ilha do Príncipe, cargo do qual seria destituído após um polémico relatório, sendo passado à reserva, e integrando os Serviços de Censura.

O ambicioso plano de obra apresentado no prefácio pretendia organizar os conteúdos em torno de 3 categorias: obras originais de autores portugueses (incluindo prosa, verso, teatro, ensaio, obras técnicas, publicações periódicas e outros materiais diversos  - folhas volantes, discursos, manifestos, programas, relatórios, …  -, bem como informação relativa a novos títulos em preparação; traduções portuguesas; e obras estrangeiras impressas em Portugal. O volume que disponibilizamos, de 58 páginas, referencia cerca de 300 títulos, correspondentes a obras originais de autores portugueses, nos géneros prosa e poesia. Não temos conhecimento de o projeto editorial ter sido concluído.

João Carlos Oliveira | Lisboa, HML, julho 2014

J.M.M.

sábado, 30 de novembro de 2013

RAUL REGO – HISTÓRIA DA REPÚBLICA [REED.]


 
História da República, por Raul Rego – trata-se da reedição da obra publicada em V volumes, pelo Círculo de Leitores, em Outubro de 1986. Com prefácio de Mário Soares, este trabalho da maior importância bibliográfica para a história da República, sairá agora sob a chancela da Âncora Editora.  
 

LIVRO: “História da República (vol I)”;
AUTOR: Raul Rego;
EDIÇÃO: Âncora Editora.


LANÇAMENTO:

DIA: 5 de Dezembro (18 horas);
LOCAL: Sala do Arquivo dos Paços do Concelho do Município de Lisboa;
APRESENTAÇÃO: Fernando Pereira Marques.
ORGANIZAÇÃO: CML | Âncora Editora.


Resumo:

"Entre 1910 e 1926, ensaiou-se em Portugal a primeira experiência democrática e republicana. Mas o que sabemos nós sobre a história desse período? O que foi, de facto, a Primeira República Portuguesa? Um caos partidário e financeiro, um regime corrupto e anárquico, como insistentemente foi apregoado pela ditadura de Salazar?

No centenário do nascimento do jornalista, ensaísta e político Raúl Rêgo, reedita-se o primeiro de cinco volumes da sua mais importante obra, que, fruto de um rigoroso trabalho de investigação histórica, repõe a verdade dos factos. Inclui o prefácio original de Mário Soares ..." [ler MAIS AQUI]
 
J.M.M.

sexta-feira, 1 de março de 2013

AS ARMAS DE PAPEL


LIVRO: As Armas de Papel. Publicações Periódicas clandestinas e do Exílio Ligadas a Movimentos Radicais de Esquerda Cultural e Política (1963-1974), 2013, 598 pág.;
AUTOR: José Pacheco Pereira;
EDITORA: Temas e Debates.


Trabalhei neste livro de forma intermitente nos últimos vinte anos. Fazia e faz parte de um projeto mais vasto sobre a extrema-esquerda em Portugal, que podia ter tido tradução académica, mas que ganhou tais dimensões que muito dificilmente cabe numa tese, com as limitações que hoje existem. (è um trabalho individual, com recursos próprios, como agora se diz, ‘sem apoios’. E não se deu mal por isso […]

Conheci de experiência direta - de a escrever, de a fazer, de a imprimir, de a distribuir - a imprensa clandestina radical. O impulso de revolta, os riscos da ilegalidade, a vida escondida, as tensões subjetivas, morais e éticas desses anos, a política no sentido mais lato de ação cívica pelo bem comum têm a ver com dilemas que sempre estiveram associados à ação e ao pensamento. Isso fica sempre. […]

O meu gosto pessoal por aquilo que no passado era conhecido como «erudição» levou-me a complicar o meu trabalho, até ao limite da incompletude e do erro. […]. Mas tal é útil para as bibliotecas, os centros de investigação, os arquivos, que pretendem salvar todo este material, muitas vezes raríssimo, e quase sempre perecível. Uma das minhas intenções foi ajudar essa conservação, fornecendo um inventário que permita aferir coleções, e circunscrever as faltas. […].

Neste trabalho são citadas (e foram lidas, com frequência duas ou três vezes) integralmente milhares de publicações, não só as coleções de periódicos, mas também panfletos, brochuras, livros, manuscritos associados com a imprensa radical, para além de uma extensa bibliografia nacional e internacional. E, claro, os processos da PIDE, matéria que exige um peculiar cuidado na interpretação e na utilização dos seus dados. […]

Tenho consciência de que a história da imprensa clandestina esquerdista e radical nos últimos quinze anos da ditadura começa aqui, mas não acabará aqui. É o que se pretende" [Da Nota Prévia]

J.M.M.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

BIBLIOGRAFIA DO DISTRITO DE BRAGANÇA


Vai ser apresentada na próxima segunda-feira, dia 20 de Fevereiro de 2012, o primeiro volume da Bibliografia do Distrito de Bragança que tem vindo a ser desenvolvida pelo nosso particular amigo Dr. Hirondino da Paixão Fernandes.


O evento enquadra-se nas comemorações dos 548 anos da elevação de Bragança a cidade. Esta comemoração ficará marcada pela edição da obra monumental, desenvolvida ao longo de muitos anos de investigação, em arquivos, e incansável labuta com revistas e jornais para acrescentar mais elementos biobibliográficos aos autores naturais do distrito de Bragança. Sendo uma obra que presentemente já ultrapassou os seis milhares de páginas com muitos milhares de referências de artigos e livros publicados pelos autores naturais daquele distrito.

Um evento que, segundo fomos informados, contará com a presença dos mais importantes representantes da cidade, da edilidade, das organizações existentes no concelho, bem como de algumas personalidades naturais da região que anunciaram a sua presença como o Professor Adriano Moreira (Presidente da Academia das Ciências de Lisboa), autores locais e do Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas.

A apresentação da obra estará a cargo do Professor Doutor Telmo Verdelho.

Aproveitamos para desejar o maior sucesso para o evento e ficamos a aguardar os restantes volumes, já que nas mais de oito centenas de páginas deste, só entraram os autores correspondentes às letras A e B. Os restantes irão sendo publicados ao longo do tempo.

A.A.B.M.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

JOSÉ MENDES CABEÇADAS JÚNIOR: SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS


Avançamos agora com algumas sugestões que permitem conhecer e compreender melhor a personalidade de José Mendes Cabeçadas Júnior.

Certamente que alguns títulos ficarão omitidos, as referências pontuais a Mendes Cabeçadas foram colocadas de lado, pouco acrescentam e muitas vezes só repetem a informação conhecida. As obras gerais, como as História de Portugal, também são por todas conhecidas e, para evitar alguns constrangimentos, optamos por excluir da nossa selecção.

Vejamos então algumas obras seleccionadas sobre este militar e político da República e mais tarde opositor ao Estado Novo:
- OS ACONTECIMENTOS DE 10 DE ABRIL. SUBSÍDIOS PARA A SUA HISTÓRIA, Documentos compilados pelo Ministério da Guerra, Lisboa, 1950;
- ALÍPIO, ELSA SANTOS, JOSÉ MENDES CABEÇADAS JÚNIOR. FOTOBIOGRAFIA, MUSEU DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA/QUIDNOVI, LISBOA, 2006;
- BRANDÃO, JOSÉ, A NOITE SANGRENTA, PUBLICAÇÕES ALFA, LISBOA, 1991;
- CAMPINOS, JORGE, A DITADURA MILITAR, 1926-1933, LISBOA, PUB. D. QUIXOTE, 1975;
- CARRILHO, MARIA, FORÇAS ARMADAS E MUDANÇA POLÍTICA EM PORTUGAL NO SÉCULO XX. PARA UMA EXPLICAÇÃO SOCIOLÓGICA DO PAPEL DOS MILITARES, LISBOA, IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, 1985;
- CHORÃO, LUÍS BIGOTTE, A CRISE DA REPÚBLICA E A DITADURA MILITAR, SEXTANTE EDITORA, LISBOA, 2009.

- CONTRIBUTOS PARA A HISTÓRIA DA MARINHA E DO ARSENAL DO ALFEITE, ORG. FRANCISCO TOMÁS TRINDADE LEITÃO, EDIÇÕES CULTURAIS DA MARINHA, LISBOA, 2003;
- FARINHA, LUÍS, O REVIRALHO. REVOLTAS REPUBLICANAS CONTRA A DITADURA E O ESTADO NOVO (1926-1940), LISBOA, EDITORIAL ESTAMPA, 1998;
- FARINHA, LUÍS, FRANCISCO PINTO CUNHA LEAL, LISBOA, TEXTO EDITORA, 2009;
- FERRÃO, CARLOS (PREF. E NOTAS), RELATÓRIOS SOBRE A REVOLUÇÃO DO 5 DE OUTUBRO, PUB. CULTURAIS DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA, LISBOA, 1978;

- FERREIRA, JOSÉ MEDEIROS, COMPORTAMENTO POLÍTICO DOS MILITARES. FRÇAS ARMADAS E REGIMES POLÍTICOS EM PORTUGAL NO SÉCULO XX, LISBOA, ED. ESTAMPA, 1992;
- LEAL, CUNHA, AS MINHAS MEMÓRIAS, 3 VOLS, ED. AUTOR, 1966; 1968;
- LEAL, ERNESTO CASTRO, PARTIDOS E PROGRAMAS: O CAMPO PARTIDÁRIO REPUBLICANO PORTUGUÊS (1910-1926), COL. REPÚBLICA, IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, COIMBRA, 2008;
- MADUREIRA, ARNALDO, O 28 DE MAIO. ELEMENTOS PARA A SUA COMPREENSÃO, EDITORIAL PRESENÇA, LISBOA, 1978;
- MARTINS, SUSANA, SOCIALISTAS NA OPOSIÇÃO AO ESTADO NOVO. UM ESTUDO SOBRE O MOVIMENTO SOCIALISTA PORTUGUÊS DE 1926 A 1974, CASA DAS LETRAS, LISBOA 2005;
- NORTON, JOSÉ, NORTON DE MATOS.BIOGRAFIA, BERTAND EDITORA, LISBOA, 2002;

- PAXECO, OSCAR, OS QUE ARRANCARAM EM 28 DE MAIO, EDITORIAL IMPÉRIO, LISBOA, 1937;
- PEREIRA, JOSÉ PACHECO, ÁLVARO CUNHAL. UMA BIOGRAFIA POLÍTICA, VOL. III, O PRISIONEIRO (1949-1960), TEMAS & DEBATES, LISBOA, 2005;
- PINTO, ANTÓNIO COSTA, OS PRESIDENTES DA REPÚBLICA PORTUGUESA, CÍRCULO DE LEITORES, LISBOA, 2001;
- QUEIROGA, FERNANDO, PORTUGAL OPRIMIDO: (SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO FASCISMO EM PORTUGAL), EDITÔRA GERMINAL, 1958;
- SANTOS, MACHADO, A REVOLUÇÃO PORTUGUESA, 1907-1910, LISBOA, ASSÍRIO E ALVIM, 1982;
- VALENTE, VASCO PULIDO, O PODER E O POVO. A REVOLUÇÃO DE 1910, GRADIVA, LISBOA, 1999.


Certamente que muitas referências podem ser encontradas na imprensa da época, mas não será o local ou o momento para essa recolha.

Uma homenagem ao republicano.

A.A.B.M.

JOSÉ MENDES CABEÇADAS JÚNIOR



Assinala-se hoje, 19 de Agosto, o nascimento de um dos homens que tem a particularidade de estar fortemente ligado à implantação e à queda da I República em Portugal: José Mendes Cabeçadas Júnior, nascido em 1883.

Não pretendemos fazer uma biografia da personalidade, elas já existem com alguma qualidade disponíveis na internet. Salientamos algumas que nos parecem de melhor qualidade, mas vamos sobretudo tentar contribuir com algumas referências para se avançar no sentido de conhecer melhor a figura de José Mendes Cabeçadas Júnior. Entre as notas biográficas disponíveis na internet destacamos a que está disponível no Museu da Presidência da República, com muitos detalhes e que pode ser consultada AQUI. Outra nota biográfica pode ser consultada AQUI.

No post seguinte, vamos propor algumas sugestões bibliográficas para compreendermos melhor a figura e o seu papel, no contexto de uma época de polémicas. Mendes Cabeçadas foi também um militar de polémicas, republicano e maçon, pertenceu ao comité da Marinha que preparou os acontecimentos de 5 de Outubro de 1910 e desenvolveu uma importante acção conspirativa que contribuiu para o fim da República e início da Ditadura Militar com o golpe de 28 de Maio de 1926.

Na imagem acima, já uma referência bibliográfica,o catálogo da exposição sobre José Mendes Cabeçadas e a Primeira República no Algarve, que contou com textos de Joaquim Romero Magalhães, José Carlos Vilhena Mesquita, António Ventura, Maria Lúcia de Brito Moura, Joaquim Pintassilgo, João Madeira, Joaquim Manuel Vieira Rodrigues, Maria João Raminhos Duarte, Elsa Santos Alípio e do autor destas linhas.

A.A.B.M.

sábado, 16 de julho de 2011

ALGUMAS HORAS NA MINHA LIVRARIA



LIVRO: Algumas Horas na Minha Livraria. Artigos, Notas e Apontamentos coligidos por...
AUTOR: Francisco Augusto Martins de Carvalho;
EDITORA: Imprensa Academica (Coimbra), 1910, 277 p.

"Reunião de textos vários colhidos por Francisco Martins de Carvalho [dedicado à Memória do seu saudoso pai Joaquim Martins de Carvalho fundador e redactor do "Conimbricense"], ora do jornal Conimbricense, de que [seu pai] Joaquim Martins de Carvalho [com retrato do insigne jornalista do Conimbricense] foi fundador e redactor, ora de margens e folhas soltas deixadas por este dentro nos livros da sua vasta biblioteca.

Os assuntos são múltiplos e de múltiplo interesse erudito, da História à literatura, da biografia à política, da Inquisição à Maçonaria, dos jesuítas à Carbonária [Lusitana] ... Autores variados, como José Agostinho de Macedo, Almeida Garrett, frei Bartolomeu dos Mártires, o cavaleiro de Oliveira, Camilo, Manuel Fernandes Tomás, Herculano e outros [jornalismo republicano, centenario do marquez de Pombal, tricentenario de Camões, Joaquim António de Aguiar, etc.], são aqui submetidos à apreciação de um seu leitor atento e raciocinante"

via Livraria Frenesi

J.M.M.

domingo, 3 de julho de 2011

SETE ANNOS DEPOIS … A REPÚBLICA NOVA - EDUARDO BURNAY


LIVRO: Sete Annos Depois... A República Nova. Carta ao Sr. Sidónio Paes, ínclito e invicto restaurador da ordem
AUTOR: Anónimo [Eduardo Burnay];
EDITORA: Lamas, Motta & C.ª [Rua da Alegria, 100, Lisboa], 1918, 93 p.

"Os livros de autor anónimo, ou editados como tal, sempre me fascinaram: este era um deles! Que eu saiba, foi o Prof. Dr. Armando Malheiro da Silva [in, Sidónio e Sidonismo. História de um caso político, p. 83] o primeiro a atribuir a autoria a Eduardo Burnay: aquando da elaboração da sua tese sobre Sidónio Pais, na consulta ao arquivo deste, descobriu um exemplar do livro com uma dedicatória de EB [de facto, um dos pseudónimos de Eduardo Burnay seria E.B. – ver, Dicionário de Pseudónimos, de Adriano da Guerra Andrade] para SP [Sidónio Paes]. Era uma pista, penso que quase definitiva. A confirmação surgiu-me há dias, pelo neto: O bibliófilo e alfarrabista, Luís Burnay, confirmou-me a autoria do livro, referindo-me, inclusivé, que ainda tinha consigo o manuscrito de seu avô ..." - ler MAIS AQUI.

via Memória da República, com a devida vénia [sublinhado nosso]



NOTA: Eduardo Burnay [n. 3 de Julho 1853-m. 8 de Dezembro 1924] foi médico, bacharel em Filosofia pela Universidade de Coimbra, lente de Zoologia (na Escola Politécnica de Lisboa: refira-se que E. Burnay foi um dos primeiros adeptos do evolucionismo, entre nós) e depois lente de Química Mineral e Orgânica na mesma instituição, delegado de saúde, professor, escritor e jornalista [cf. Enc. Luso-Brasileira] e deputado [pelo círculo de Tomar, 1894; depois eleito por Loures em 1901; idem para círculo de Lisboa Ocidental em 1902; idem em 1904, 1905 e 1906; depois em 1908 e 1910; com trabalho feito (veja-se as "Bases da reorganização do ensino secundário apresentadas em sessão de 14 de Janeiro de 1903 na Câmara do Senhores Deputados") na secção de Instrução Pública Superior – cf. Dicionário Bibliográfico Parlamentar].

Era um dos filhos do médico Henrique Burnay e de Lambertine Josephine Forgeur (ambos de nacionalidade belga). Foi, ainda, membro da Academia das Ciências (substituindo o sócio Agostinho Vicente Lourenço, tendo-lhe feito o elogio póstumo a 1 de Dezembro de 1893), presidente de Conselho de Administração da Companhia dos Tabacos e do Conselho Fiscal do Banco de Portugal (1908-1924), vice-governador do Crédito Predial (1897-1908), administrador da Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira Alta, do Jornal do Comércio [que dirigiu politicamente: o director principal era Augusto de Castro] e o Jornal do Comércio e das Colónias. Casou com a filha de Ramalho Ortigão [a correspondência epistolar com Ramalho é acervo importante, alguma de importância queirosiana], Maria Feliciana Ortigão. Em 1886 foi a Paris, para acompanhar o processo Pasteur da luta contra a raiva [juntamente com Eduardo de Abreu, com quem manteve uma acesa polémica sobre a validade dos métodos de Pasteur] e representou Portugal no Congresso Internacional de Medicina de Madrid, em 1893. Fez parte da Comissão das Comemorações do II Centenário de Lavoisier. Publicou vários opúsculos, de interesse científico (em revistas de Coimbra e Lisboa) e literário ["Um retrato de José Agostinho de Macedo"; “In Memoriam a Sousa Martins” (1904); “Elogio histórico do Conde de Ficalho” (1906); “O Doutor Manuel Dias Ortigão” (1922; sep. Instituto); “O Conde de Castel-Melhor: as suas presumidas relações com os alquimistas, mágicos, filósofos, moedeiros-falsos e envenenadores do século XVII” (1923, sep. Instituto)]. Homem do mundo, foi dos primeiros a ter automóvel, ao mesmo tempo que era tido como grande coleccionador de arte. Curiosamente, aparece caricaturado no romance célebre, porque escandaloso na época, "Marquês da Bacalhoa" [por António de Albuquerque, 1908], como a figura do Silveirinha ["degenerado cínico" – cf. José- Augusto França, in "Marques da Bacalhoa", INCM, 2002, p. 15].

Era irmão [cf. Enc. Luso-Brasileira] do importante e influente financeiro Henrique Burnay ou "o senhor Milhão"

[Henrique Burnay (1838-1909), ou 1º Conde de Burnay (1886, conferido por D. Luís I), empregado do banqueiro Carlos Krus (com cuja filha casou), fundador da casa bancária Henry Burnay & C.ª (1875; mais tarde, em 1939, Banco Burnay), notável empresário e hábil especulador e investidor em vastas actividades comerciais, industriais e financeiras (os seus empréstimos para cobrir os défices orçamentais são bem curiosos de se seguir): como a exploração dos caminhos-de-ferro e das redes marítimas (1884), na Companhia dos Tabacos, em companhias mineiras e distintas fábricas (vidros na Marinha Grande, p.ex.), dono dos Armazéns Hermínios, da casa Havaneza, do Casino ou do Jornal do Comércio, deputado em 1894 pelo circulo de Pombal e em 1900 por Setúbal; foi um curioso filantropo e a ele se deve a construção do bairro Camões, aliás escritor que tinha em boa conta, de tal modo que participa e preside às Comemorações do Centenário de Camões em 1880 (bem como contribui para o do Marquês de Pombal (1882)), tendo ainda fundado várias escolas e albergues e sendo um dos patrocinadores do Jardim Zoológico de Lisboa (na ocasião cedeu o parque do seu palácio das Laranjeiras, para o efeito), coleccionador compulsivo (e desordenado) de obras arte e pintura, que manteve no seu palácio da Junqueira (antigo palácio do Patriarca); a sua copiosa colecção e o recheio do palácio foi vendido em leilão pelos herdeiros (1936), tendo o Estado adquirido parte, agora depositada no Museu Nacional de Arte Antiga].

FOTOS: retrato de Eduardo Burnay (esquerda) e do Conde de Burnay (Henrique Burnay)

J.M.M.

sábado, 18 de junho de 2011

ARTUR MARINHA DE CAMPOS (Parte II)


[Na imagem, o primeiro número do jornal O Radical, dirigido por Marinha de Campos, em Lisboa, era um jornal matutino, com 4 páginas e seis colunas, propriedade da empresa O Radical, que tinha por administrador J. Pedro Amado e cuja redacção, administração e tipografia se situavam no Poço Novo, 27-2º e a impressão era feita nas Oficinas de F. de Miranda e Sousa, Rua do Salgueiro, 28. Teve uma duração eférmera, visto que só se publicaram 88 números, tendo o último sido publicado em 15 de Agosto de 1908]

Em 1913, Artur Marinha de Campos, já na situação de reforma da Marinha, foi enviado a Moçambique com o objectivo de fazer a concordância entre a prática quotidiana e a legislação existente sobre o problema dos prazos na Zambézia.
Para isso, o titular da pasta das Colónias, Almeida Ribeiro, procurou alcançar um compromisso com três objectivos:

1- a protecção e melhoramento das populações indígenas;
2- o desenvolvimento económico da região da Zambézia;
3- os interesses financeiros e políticos da colónia ou da metrópole.
Para alcançar este objectivo Marinha de Campos devia elaborar um relatório circunstanciado da missão, facto que fez e que foi publicado no Diário do Governo de 30 de Setembro de 1913.

Conforme se pode ver nas imagens que se seguem:












[Em continuação]

A.A.B.M.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

HISTÓRIA DA REPÚBLICA - EDITORIAL SÉCULO


FOLHA DE APRESENTAÇÃO DA HISTÓRIA DA REPÚBLICA - Edição Comemorativa do Cinquentenário da República, Editorial Século, 1959, 644 p. [clicar na foto]

FOTO via Memória da República.

J.M.M.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

LEI DA SEPARAÇÃO DA IGREJA DO ESTADO



LEI da Separação da Igreja do Estado. Decretada pelo Governo Provisório da República Portugueza em 20 de Abril de 1911, Livraria Popular de Francisco Franco, Travessa de S. Domingos, 30-34, Lisboa

via Frenesi Loja

J.M.M.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

ESTUDOS LOCAIS SOBRE A REPÚBLICA EM 2010



O Almanaque Republicano, ao longo do ano de 2010, tomou conhecimento dos seguintes estudos locais que a seguir se apresentam organizados por distritos e por ordem alfabética. Certamente não serão todos os que se publicaram, porém pode ser um útil instrumento de trabalho que pode e deve ser actualizado com a colaboração dos nossos ledores. Agradecem-se novas referências.

Estamos também a tentar preparar uma listagem das revistas locais que publicaram números especiais dedicados à República no respectivo concelho. Agradecemos que nos enviem referências, pois gostaríamos de apresentar uma listagem semelhante só para as revistas.

Distrito de Aveiro:
- Ferreira, Delfim Bismarck; Vigário, Rafael Marques, Albergaria-a-Velha 1910 - Da Monarquia à República, ADRAV, 2010.
- Matos, Luis Augusto Eça de, Homenagem a um Republicano de Estarreja - Francisco Moura Coutinho de Almeida D`Eça, Câm. Mun. Estarreja, 2010
- Republicar Anadia. Memórias da Implantação da República, Câmara Municipal de Anadia, 2010

Distrito de Beja:
- Baião, Francisco José, Imagens e Memórias: a 1.ª República no Concelho de Viana do Alentejo, Edição da Câmara Municipal de Viana do Alentejo
- Pata, Arnaldo da Silva, A Câmara Municipal de Castro Verde durante a I República (1910 –1926), Câmara Municipal de Castro Verde, 2010.
- Piçarra, Constantino, Beja Republicana, Editora 100 Luz, Beja, 2010
- Rego, Miguel, Apontamentos sobre a história eleitoral em Castro Verde (1908 – 1915), C. M. Castro Verde, 2010.

Distrito de Braga:
- Ferraz, Norberto Tiago, Cabeceiras de Basto: do fim da monarquia ao 28 de Maio, Edição da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, 2010.
- Gomes, Joaquim da Silva, 100 Anos da República — Deputados, Procuradores, Senadores e Ministros Naturais do Distrito de Braga, Braga, 2010.
- Meireles, Maria José, 5 de Outubro – Viva a República, Húmus, 2010.

Distrito de Bragança:
- Andrade, António Júlio, História Política de Torre de Moncorvo 1890 – 1926, Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 2010.
- Fernandes, Adília, História da Primeira Republica de Torre de Moncorvo, Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 2010.
- Vilares, João Baptista & Silva, Lurdes Graça Cunha e, Para a História da Traulitânea. Um voluntário da República na defesa de Mirandela, C. M. de Alfândega da Fé, 2010.

Distrito de Castelo Branco:
- Martins, Marta; Mata, Maria de Fátima, Ilustres Republicanos do Concelho da Sertã, Câm. Mun. Sertã, 2010.

Distrito de Coimbra:
- I Centenário República. Sinais da República nas nossas Colecções [cat. Exposição], Museu Municipal Santos Rocha, Bib. Mun. Pedro Fernandes Tomás, C. M. Figueira da Foz, 2010.
- Alves, Diniz Manuel, Commercio da Lousã. 500 Dias até á República, Câmara Municipal da Lousã.
- Biscaia, Álvaro Cação, A Figueira da Foz e o 5 de Outubro de 1910, Figueira da Foz, 2010.
- Homem, Amadeu Carvalho, Memorial republicano, Câmara Municipal de Coimbra (Departamento de Cultura / Divisão de Acção Cultural), 2010

Distrito de Évora:
- Bernardo, Maria Ana, Sociedade e elites no concelho de Évora. Permanência e mudança (1890-1930), Évora, Universidade de Évora, 2010 (Tese de doutoramento).



Distrito de Faro:
- Azevedo, Manuela, Cartas de M. Teixeira Gomes a João de Barros.
- Baptista, José Alberto, Lagos, o Republicanismo e a Administração Municipal (1908-1914), C.M. Lagos, 2010.
- Cabrita, Aurélio Nuno, A Proclamação da República no Algarve, Gente Singular, Faro, 2010.
- Duarte, Afonso Cunha, A República e a Igreja no Algarve, C. M. S. B. Alportel, 2010.
- Fernandes, José Carlos; Gomes, Roberto, José Mendes Cabeçadas Júnior - Um Espírito Indomável, C. M. Loulé, 2010.
- Marcos, João Nuno Aurélio, Lagoa Liberal, Republicana e Maçónica, C.M. Lagoa, 2010.
- Mendes, António Rosa, Olhão nos Primeiros Dias da República, C. M. Olhão, 2010.
- Pires, Paulo, Estudos sobre a I República em São Brás de Alportel e Faro, C. M. S. B. Alportel, 2010.
- Queiroz, Jorge; Manteigas, Rita, A 1ª República em Tavira. Transformações e Continuidades. Catálogo da Exposição, Museu Municipal de Tavira / Câm. Mun. Tavira, 2010.
- Sampaio, José Rosa, Monchique na Primeira República, C. M. Monchique, 2010.
- Tengarrinha, José Manuel (coord.), Portimão e a Revolução Republicana, Texto Editora/C.M.Portimão, 2010

Distrito da Guarda:
- Oliveira, Luís Cabral, Seia na Política e na República. Cartas políticas da família Motta-Veiga antes e depois do 5 de Outubro, Câm. Mun. Seia, 2010.

Distrito de Leiria: ???

Distrito de Lisboa:
- AA.VV., Lisboa Republicana. Espaço e Memória. Catálogo da Exposição, Lisboa, Câm. Mun. Lisboa-Gabinete de Estudos Olisiponenses, 2010
- Valdemar, António, Loures, a Republica em 4 de Outubro, Loures, 2010
- Ventura, Alexandra Maria Barros, Alenquer, 5 de Outubro de 1910. A República na Imprensa Local, C. M. Alenquer, 2010

Distrito de Portalegre:
- Almeida, Cláudia; Aguiar, Maria; Fiel, Maria, Cheira-me a República..., Câmara Municipal de Sousel, Sousel, 2010;

Distrito de Porto:
- Ferreira, José Coelho, A Primeira República e Penafiel
- Cordeiro, José Manuel Lopes, História do Porto. Desafios à República – Cidade Inconformada e Rebelde. Porto: QuidNovi, 2010.


Distrito de Santarém:
- Noras, José Raimundo, Fotobiografia de José Relvas 1858-1929, 2010.
- Pais, José João Marques, Vale de Cavalos, Uma terra disputada, 2010.
- Torres Novas. República. Exposição, Museu Municipal Carlos Reis, Torres Novas, 2010
- Silva, Victor Manuel Dias da, 1º Centenário – A República na Moita, Junta de Freguesia da Moita, 2010.

Distrito de Setúbal:
- Arranja, Álvaro, Anarco-Sindicalistas e Republicanos - Setúbal na I República, Centro de Estudos Bocageanos, Setúbal, 2010.
- Ventura, António, Revoltar para Resistir. A Maçonaria em Almada (1898-1937), Cam. Mun. Almada, 2010.

Distrito de Viana do Castelo:
- Bento, Paulo Torres, Da Monarquia à República no concelho de Caminha. Crónica Política (1906-1913), Caminh@2000, Caminha, 2010.
- Peixoto, António Maranhão; Silva, Porfírio Pereira da; Viana, Rui Faria, No Centenário da Implantação da República, Viana do Castelo, 2010.

Distrito de Vila Real:
- Aires, Joaquim Ribeiro, A República no Distrito de Vila Real, Maronesa, 2010
- Neves, Elísio Amaral, O 5 de Outubro em Vila Real – Antologia.

Distrito de Viseu:
- Magalhães, Joaquim Romero, Os combates do Cidadão Manuel Ferreira Martins e Abreu, Câm. Mun. Mortágua, 2010.

Distrito da Funchal:
- Henriques, Aires B. & Catarina Pestana, Pestana Júnior "Profeta" Republicano, Edição "Villa Isaura", Pedrógão Grande, 2010
- Moura, Mário, Cinco Vidas, Ribeira Grande, 2010

Aguardam-se por novas referências que serão aqui disponibilizadas.

[Em actualização]

A.A.B.M.
J.M.M.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

REPÚBLICA DIGITAL NA BNP


A Biblioteca Nacional de Portugal criou o espaço República Digital, onde é possível encontrar um conjunto interessante de publicações entre elas destacamos:

- Alma Nacional, 1910

- Galeria Republicana: Dr. António José de Almeida, 1906

- A Portuguesa, Hino de Henrique Lopes de Mendonça e Alfredo Keil

- As Constituintes de 1911 e os seus deputados

- A Forja da Lei, por Joaquim Madureira

- Os Partidos Políticos na República Portuguesa, de Cunha Leal

entre várias outras sugestões.

Um espaço a visitar e onde se pode recolher informação útil e importante para compreender a época. Muito importante seria contudo continuar com uma política de actualizações regulares deste espaço.

A consultar regularmente.

[NOTA IMPORTANTE: clicando nos links, consegue-se o acesso às obras acima referidas]

A.A.B.M.

sábado, 25 de setembro de 2010

ALGUMAS SUGESTÕES DO MAIS RECENTE CATÁLOGO DE LUÍS BURNAY



No catálogo nº 46, do Livreiro Antiquário Luís P. Burnay, seleccionamos um conjunto de títulos relacionados com os temas desenvolvidos pelo Almanaque Republicano que divulgamos junto de todos os nossos ledores. Além, destes títulos devemos referir uma curiosa camiliana, um interessante conjunto de opúsculos sobre a polémica literária que marcou o século XIX, a denominada Questão Coimbrã, bem como um interessante conjunto de folhetos sobre a polémica entre Alexandre Herculano e o clero português a propósito do casamento civil que não podemos deixar de mencionar.

- 3. ABREU, Jorge D'.- A Revolução Portugueza - O 5 de Outubro (Lisboa 1910).- Lisboa: Alfredo David, 1912.- 208p.:il.; 20cm.- (Biblioteca Historica).

- 6. ADIANTAMENTOS à Família Rial Portuguesa deposta em 5 de Outubro de 1910 /relatório elaborado pela Comissão de Sindicância à Direcção Geral da Tesouraria.- Lisboa: Imprensa Nacional, 1915-1916.- 2 vols. em 1; 34cm.- (Administração Financeira da Extinta Monarquia).- E + DOCUMENTOS politicos encontrados nos Palácios Riais depois da Revolução Republicana de 5 de Outubro de 1910 / edição ordenada pela Assemblea Nacional Constituinte em Sessão de 13 de Julho de 1911.- Lisboa: Imprensa Nacional de Lisboa, 1915.- VII, 149p.; 34cm.-E

- 17. ALMANACH da Republica: Disctricto de Coimbra (Primeiro Anno de Publicação) -1913 / Director Adriano do Nascimento.- Coimbra: Propriedade de " O Reclamo", 1913.- 238p.: il.; 23cm.- E

- 41. ARRIAGA, José D'.- Os ultimos 60 annos da Monarchia: causas da Revolução de 5 de Outubro de 1910.- Lisboa: Parceria A. M. Pereira, 1911.- (6), 239, (2)p.;20cm.-B

- 87. CABRAL, Antonio.- Cartas d'El-Rei D. Manuel II: O Homem, o Rei, O Portuguez, Notícias e Revelações, Memórias políticas.- Lisboa: Livr. de Francisco Franco, 1933.- (6), 378p.

- 104. CARTAS Políticas a João de Barros/ selecção, prefácio e notas de Manuela Azevedo.- S.l.: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1982.- 426, (2)p.;24cm.-B

- 146. CATHECISMO do 1º Grau Maçonico do Rito Escoçês.- S.l.: S.n., s.d.- 8 p.; 14cm.-B Muito procurado e estimado.

- 150. CHAGAS, João.- As minhas razões.- Lisboa: Livraria Central, 1906.- 462p.; 19cm.-E 1ª edição.

- 159. COELHO, Trindade.- In illo tempore: estudantes, lentes e futricas / desenhos de António Augusto Gonçalves.- Paria-Lisboa: Livraria Aillaud, 1902.- 422, (2)p.:il.;18cm.-E

- 160. COIMBRA, Leonardo.- A Questão Universitaria : (Questão Parlamentar).- Lisboa: Portugal-Brasil, s.d.- 51p.; 19cm.-B

- 183. COSTA, Sousa.- Heróis desconhecidos (Lisboa Revolucionária).- Lisboa: Livraria Guimarães, 1935.- VIII, 324p.;20cm.-E

- 203. ELEIÇÃO de Setubal - Lenda d'Alcacer do Sal - A Verdade dos factos.- Lisboa: Typographia Casa Portugueza, 1893.- 39p.:22cm.-E

- 231. FEYO, Barata.- José Tagarro 1902-1931.- Lisboa: "Artis", 1960.- 12p.: 17 estampas; 25cm.- (Colecção de arte contemporânea; 7).-B

- 246. FRANÇA, José-Augusto.- Amadeu de Sousa Cardoso 1887-1918.- Lisboa: "Artis", 1961.- 12p.: 17 estampas.; 25cm.- (Colecção de arte contemporãnea; 6).-B

- 254. GALVÃO, Manuel.- Dom Miguel II e o seu tempo: notas biográficas sôbre o senhor Dom Miguel de Bragança.- Pôrto: Edições Gama, 1943.- (14), XXXVIII, 418, (5)p.:il.; 19cm.-B

- 274. GRAINHA, M.Borges.- o Portugal Jesuita.- Lisboa: Typ. e Stereotypia Moderna, 1893.- 512, (2)p.; 20cm.-E

- 303. JUNQUEIRO, Guerra.- Patria.- S.l.: S.n., 1896.- 187, XXV, (2)p.;22cm.-E 1ª edição deste apreciadíssimo poema satírico-filosófico de grande actualidade no seu tempo. Segundo o próprio autor, este poema era um dos seus melhores trabalhos poéticos, tratando-se de uma visão do momento histórico português de e então "sub especie aeternitatis", divida daquele, à sua Pátria.

-353. MARQUES, A.H. de Oliveira.- Afonso Costa.- Lisboa: Arcádia S.-A.R.L., 1975.- (6), 485p.;22cm.- (Colecção A Obra e o Homem).-B

- 363. MATA, Luis Filipe da.- 10 dias de Penitenciária: seus precedentes e consequentes.- Lisboa: Tipografia Palhares, 1918.- 47p.; 19cm.-B(188-R)

- 391. MONIZ, Dr. Egas.- A neurologia na Guerra.-Lisboa: Livraria Ferreira, 1917.- 334p.:il.; 23cm.-E

- 435. PAXECO, Fran.- Setúbal e as suas celebridades.- Lisboa: Sociedade Nacional de Tipografia, 1930.- 365p.:il.;19cm.-E

- 446. PESSOA, Fernando.- Á memória do Presidente-Rei Sidonio Paes.- (Lisboa): Editorial Império, 1940.- 16, (2)p.; 22cm.-B

- 461. PINHEIRO, Bernardino.- Arzila: Romance do Seculo XV.- Coimbra: Imprensa da Universidade, 1862.- 288p.17cm.-E

- 576. SORIANO, Simão José da Luz.- História da Guerra Civil e do estabelecimento do Governo Parlamentar em Portugal, compreendendo a história diplomática, militar e política deste Reino desde 1777 até 1834.- Lisboa: Imprensa Nacional, 1866-1893.- 19 vols.: il.; 23cm.-E

- 617. VASCONCELLOS, Antão de.- Memorias do Mata-Carochas/ prefacio de José do Patrocinio.- Porto: Empreza Litteraria e Typographica, s.d.- (8), 431p.;19cm.-E

O catálogo pode ser integralmente consultado ou descarregado AQUI.

A.A.B.M.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

ALMA MATER DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA



Encontram-se disponíveis na página da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra um conjunto assinalável de documentos, iconografia, cartografia, livros, jornais, epistolografia, música manuscrita e impressa e manuscritos que ficaram agora em livre acesso ao grande público.

A Alma Mater, da Universidade de Coimbra, permite agora aceder também a um conjunto de documentos depositados na Biblioteca Geral (cerca de quatro mil documentos, publicados na sua maioria antes de 1940, aos quais correspondem perto de 500 mil imagens) a que somente alguns investigadores tinham acesso, mas que agora digitalizados ficam ao alcance de um clique.



Um dos conjuntos disponibilizados é a República Digital, onde é possível encontrar diversos jornais e publicações muito úteis para a História do Movimento Republicano, seja em Coimbra e no respectivo distrito. Ficaram disponíveis 41 jornais e revistas, donde se destacam o Almanach da República. Distrito de Coimbra, de 1913; Azagaia (1891-1892); o Clarim das Ruas (1897); A Corja (1915); O Dever (1908); A Evolução (1876-1877); A Evolução (1881-1882); O Grito do Povo (1910); Pátria (1906); Portugal (1896); República Portuguesa (1873); O Raio (1894); Resistência (1916-1918); O Trabalho (1870); O Ultimatum (1890); Voz do Porvir (1897).

Por outro lado, do espólio de Belisário Pimenta foram digitalizadas um conjunto de 67 negativos de fotografias que mostram a época e a região.

Ficaram também acessíveis 60 livros dos meados do século XIX a meados do século XX. Entre as obras digitalizadas destacamos: as Teses de Filosofia Natural (1876) e a Teoria Matemática das Interferências (1876), de Bernardino Machado; um caderno manuscrito de Belisário Pimenta sobre a Maçonaria; A Universidade de Coimbra (1908), de Bernardino Machado; A Questão Académica de 1907: Memórias ao correr da pena (1908-1911), de Belisário Pimenta.

Uma iniciativa que não podemos deixar de elogiar e de divulgar junto de todos aqueles que nos acompanham no interesse pela História e Cultura do nosso País.

Saúde e Fraternidade
A.A.B.M.

domingo, 20 de junho de 2010

UMA NOTA CURIOSA SOBRE JOSÉ SARAMAGO


Nas nossas deambulações e pesquisas entre jornais e revistas antigas encontramos esta referência à primeira obra de José Saramago. O autor do texto foi José Ribeiro Alves Júnior, autor nascido em Vila Real de Santo António a 24 de Dezembro de 1887 e veio a falecer em 2 de Março de 1973. Publicou diversos títulos entre os quais destacamos: Miscelânea, 1909; Sacrifício Inútil, 1923; Iniquidades Sociais, 1927; Fel e Vinagre, 1933; Eterno Enigma, 1939; Ferro em Brasa, 1941; Porque não Triunfará a Alemanha, 1941; e, Caturrices, 1943.

Colaborou em vários jornais como: O Século, Jornal de Sintra, Diário do Alentejo, O Sul, Correio do Sul, Alma Algarvia, entre outros.

Em 1914 deixa o Algarve e passa a residir em Lisboa, onde trabalha como guarda-livros numa casa importadora de artigos americanos. Em 1918 consegue alcançar o Doutoramento Honoris Causa, por proposta de Teófilo Braga e ingressa como Sócio Correspondente em várias instituições científicas, destacando-se a Academia de Ciências de Lisboa.

Participa em vários colóquios, com destaque para o Congresso Nacional Abolicionista (1926) e no 2º Congresso Feminista (1928), onde apresentou também teses da sua autoria.

Em 1950 foi também eleito sócio-correspondente da Real Academia Galega, com sede em La Coruña.

Publicou então em 1950, no semanário de Portimão, a seguinte nota a propósito da Terra do Pecado editada anos antes pelo autor agora falecido que deixamos aos nossos ledores:

Dizem-me, sem fundamento, ser este escritor algarvio; mas não afianço … De que terra?! Do Algarve! Como se o Algarve não fosse uma província de Portugal constituída por 16 concelhos, subdivididos em numerosas freguesias!

José Saramago publicou um livro com 336 páginas a que pôs o título de Terra do Pecado. É um escritor novo; não sei se na idade, posto que não o conheço pessoalmente, mas na literatura, visto estar informado de que é estes o seu primeiro romance. Como estreante promete. É uma verdadeira revelação. Mas deve deixar de se preocupar com pequenos nadas …Até pouco menos de um terço do livro, o autor espraia-se na narração muito pormenorizadamente do cenário aonde faz decorrer a acção do romance; e na apresentação das personagens que pretende mover ali.

José Saramago, no entanto, demonstra um espírito observador como psicólogo e como fisiologista. (…)

No geral, não desgostei do livro. O tema ainda que assaz carregado, não está mal conduzido. O final tem uma certa originalidade. Lisboa, IV/1950

Ze di Melo

- Alves Júnior, José Ribeiro, Escritores Algarvios: José Saramago, Comércio de Portimão, Portimão, 14-09-1950, Ano 25, nº 1250, p. 1, col. 3

A.A.B.M.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

LUZ DE ALMEIDA (Parte I)



Nasceu em Alenquer, a 25 de Março de 1867, com o nome de Artur Augusto Duarte Luz de Almeida. Era filho de António Augusto de Almeida, regente escolar.

Casou com Maria Amélia Cardoso de Almeida e residente em São Vicente de Fora na cidade de Lisboa.

Era diplomado pelo Curso Superior de Letras, em Lisboa, com o curso de Bibliotecário e Arquivista. Desempenhou funções de docente em Lisboa, na escola de magistério primário nº 4. Começou como ajudante de conservador da Biblioteca Municipal da Rua do Saco.

Ainda enquanto estudante no Curso Superior de Letras foi um dos subscritores do Manifesto Republicano Académico, publicado em 5 de Março de 1897, juntamente com João Gonçalves, Carlos Amaro, Rodrigo Rodrigues, José Ponte e Sousa, Artur Brou, entre outros [António Ventura, Anarquistas, Republicanos e Socialistas em Portugal. As convergências possíveis (1892-1910), Edições Cosmos, Lisboa, 2000, p. 26].
Colaborou activamente na organização dos batalhões escolares municipais.

Um dos principais organizadores da Carbonária em Portugal. A partir de 1907, com a chegada de João Franco ao poder, foi implicado no movimento de 28 de Janeiro de 1908. Preso, acabou por ser libertado algum tempo depois.
Apesar de algumas divergências de datas quanto à fundação da Carbonária, para alguns autores foi em 1895 (por ex. Borges Grainha), para outros (por ex: António Ventura) terá sido 1896. Esta sociedade, a Maçonaria Académica, como era chamada tinha também o nome profano de Junta Revolucionária Académica, sendo que Luz de Almeida era o chefe ou Grão-Mestre [António Ventura, Anarquistas, Republicanos e Socialistas em Portugal. As convergências possíveis (1892-1910), p. 34]. Terá sido numa reunião em casa de Adolfo Bordalo, então estudante onde participaram bastantes estudantes das escolas superiores de Lisboa que se instituiu a Maçonaria Académica. Nessa ocasião, esta sociedade secreta estava organizada em quatro lojas, cada uma com o seu venerável eleito, existia ainda um Conselho Director, com um presidente, Luz de Almeida e quatro veneráveis das lojas.

[Em continuação]
A.A.B.M.

sexta-feira, 5 de março de 2010

IN MEMORIAM ROGÉRIO ANTÓNIO FERNANDES 1933-2010


Nasce em Lisboa a 12 de Outubro de 1933. Em 1951 frequenta a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, participa no movimento estudantil, tendo sido eleito para a Comissão Pró-Associação. Forma-se (1955) em Ciências Histórico-Filosóficas, lecciona como professor eventual do Ensino Técnico e do Ensino Secundário Particular [cf. "O Pensamento Pedagógico em Portugal", de Rogério Fernandes, ICP, 1978], e foi segundo assistente de Filosofia na sua Faculdade, de 1957-60 [cf. Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, 2001, Vol VI], tendo pedido a rescisão do contrato. Mais tarde (1972-1974) foi professor do Instituto Superior de Serviço Social, em Sociologia da Educação, e do Instituto Superior de Psicologia Aplicada [ibid.].

Rogério Fernandes, proibido de leccionar pela ditadura, ingressa no jornalismo, colaborando a partir de 1962 na revista Seara Nova, tendo sido seu sub-director e director (1962-1967) e na Vértice (ver vol. 37). A partir de 1967 é redactor (e chefe da redacção) do jornal A Capital, onde coordenava a Secção de Educação, e aí se manteve até 1970. Foi consultor da Editora Livros do Brasil e secretário da direcção do Grémio dos Editores e Livreiros [cf. AQUI]. Escritor ["Três Tiros e uma Mortalha", Contos, 1969], autor e co-autor de várias obras e ensaios [Obra Filosófica de Vieira de Almeida; Apologia e história no pensamento filosófico de Pascal; Ensaio sobre a obra de Trindade Coelho, 1961; Cartas de António Sérgio a Álvaro Pinto: 1911-19, 1972], foi ainda tradutor [de Aldous Huxley, Mircea Elliade, J. J. Rousseau], principalmente nos Livros do Brasil. Tem, ainda, uma intensa actividade no movimento associativo e cultural [ver, ainda, AQUI]

Em 1969 adere à CEUD de Lisboa, participa no II Congresso Republicano de Aveiro [15-17 de Maio] com uma comunicação ["A Batalha Socialista pela Democratização do Ensino"], depois publicada via Seara Nova, assina o Manifesto dos Escritores Oposicionistas [20 de Outubro], subscreve o abaixo-assinado de um grupo de jornalistas publicado na imprensa a 23 de Outubro desse ano e integra a Comissão Nacional do III Congresso da Oposição Democratica (Aveiro, 1973). Depois de Abril milita no P.C.P., tendo participado na III Legislatura (1983-85) e na VI (1991-1995), integrando (em 1983) o Conselho Nacional de Alfabetização e Educação de Base de Adultos. Foi Director-Geral do Ensino Básico entre Agosto de 1974 e Agosto de 1976 [convidado pelo então ministro Vitorino de Magalhães Godinho] e, nessa data, exonerado - saneado - por Sottomayor Cardia, tendo-lhe sido atribuído o cargo de Inspector-geral da Junta Nacional de Educação (mais tarde Inspecção Geral do Ensino). Lecciona, depois, a disciplina de História e Ciências da Educação na F.C. de Lisboa, colabora com a Fundação Calouste Gulbenkian, concorre ao lugar de Professor Associado na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da U. L., onde termina a sua carreira como Professor Catedrático.

São numerosos os seus trabalhos de investigação sobre Educação, História da Educação e o associativismo docente

[Ensino; sector em crise, 1967 / Para a história dos meios audiovisuais na escola portuguesa, 1969 / João de Barros - educador republicano, 1971 / Educação e a existência, 1971 / As ideias pedagógicas de F. Adolfo Coelho, 1973 / Situação da Educação em Portugal, 1973 / D. Duarte e a Educação Senhorial, 1977 / Educação: uma frente de luta, 1977 / O Pensamento Pedagógico em Portugal, 1978 / A pedagogia portuguesa contemporânea, 1979 / Luís da Silva Mousinho de Albuquerque e as reformas do ensino em 1835-36, 1983 / Nascimento da educação de adultos em Portugal, séc. XVII-séc. XVIII, 1984 / Bernardino Machado e os problemas de instrução pública, 1985 / Cortesão e a Universidade do Porto, 1986 / História da Educação em Portugal (co-autor), 1988 / A Cultura Matemática na Escola Portuguesa, 1990 / Directoria Geral dos Estudos e a Orientação do Ensino na Alvorada de Oitocentos, 1991 / A Formação Moral da Criança Portuguesa em Vésperas da Revolução Liberal de 1820 / Opções Políticas e Perseguições ao professorado nas Primeiras Décadas do Liberalismo, 1991 / Delfim Santos, 1992 / Irene Lisboa: Pedagogista, 1992 / Uma experiência de formação de adultos na 1a República: a Universidade Livre para educação popular, 1911-1917, 1993 / Marcos do Processo Histórico da Alfabetização de Adultos em Portugal, 1993 / Os caminhos do ABC: sociedade portuguesa e ensino das primeiras letras: do pombalismo a 1820, 1994 / Para a história do ensino liceal em Portugal (Actas dos Colóquios do I Centenário da Reforma de Jaime Moniz, 1894-1895), 1999]

e, do mesmo modo, colabora em diversas revistas na área da Educação, como a "Escola Portuguesa" (boletim publicado entre 1934-1974 para o ensino primário), "O Instituto" de Coimbra (ver, vols 140-141), "A Nossa Escola", "O Professor" (publicação do GEPDES. R.F foi director da revista a partir de 1981 até 1992), "Revista da Educação" (1986), "Educação Especial e Reabilitação" (Dez. 1988) ou a "Colóquio-Educação".

Morre no dia 4 de Março de 2010.

"Muitos dos professores portugueses nunca o esquecerão, pelo muito que prestou àqueles que com ele privaram, pelo respeito exemplar com que tratava toda a gente e pela forma generosa como ensinava" [ler AQUI]

LOCAIS: Rogério Fernandes em Entrevista a "A Página" / Prefácio a quatro vozes e dois tons / Rogério Fernandes: ao mestre com gratidão / Estou (Ainda Mais) Triste.

J.M.M.