terça-feira, 10 de dezembro de 2024

JOSÉ ADELINO MALTEZ - DA REPÚBLICA DOS PORTUGUESES – CRÓNICA GERAL DA POLÍTICA

 


LIVRO: Da República dos Portugueses – Crónica geral da política;

AUTOR: José Adelino Maltez;
EDIÇÃO: Âncora Editora, Outubro 2024.

LANÇAMENTO/APRESENTAÇÃO

DIA: 18 de Dezembro de 2024 (18,00 horas);

LOCAL: Biblioteca de Alcântara José Dias Coelho (Rua José Dias Coelho, 27-29 - Lisboa);

ORADOR: Luís Bigotte Chorão;

ORGANIZAÇÃO: Âncora Editora 

► Nesta obra procura-se a genealogia das circunstâncias que transformaram Portugal, e os Portugueses, numa simples consequência de um paralelogramo de forças. Eles não são passíveis de uma biografia superiormente autorizada por um qualquer destino manifesto, justificando certa vida em comum, mas onde também não é aconselhável qualquer interpretação retroativa que assuma a verdade de explicar-nos quem somos.

Seria estúpido fazê-lo com preconceitos de esquerda ou fantasmas de direita, não detectando o essencial daquilo a que retroactivamente podemos dizer de sucessivas construções do Estado, acompanhadas por uma série de reconstruções.

Quem, nestes sobressaltos, quiser detectar a ideia e a estratégia de Portugal, entre os século XII e o século XXI, recorra aos poetas que as imaginaram, de Luís de Camões a Fernando Pessoa, ou, então, que se torne fiel de religiões reveladas, ou de sociedades iniciáticas que com elas concorrem. O autor, pelo menos, não consegue desfazer o mistério e, porque não tem contactos directos com uma divindade, apenas reconhece que tanto há Milagre de Ourique como Aparições de Fátima e que, de vez em quando, nos julgamos uma nação mítica [AQUI]

J.M.M.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

MÁRIO SOARES – 100 ANOS DO SEU NASCIMENTO

 

Mário Soares. 100 Anos do seu Nascimento; n.º hors-série de 7 de Dezembro 2024Edição BMBMRedação: Vale do Mondego; Edição Fora de Mercado (tiragem de 33 exemplares), 12 pags.

 Trata-se de um número comemorativo do Centenário de Mário Soares, com curiosos testemunhos de quem o conheceu, de tiragem muito reduzida e para bibliófilos, lançado pela Biblioteca Maçónica do Baixo Mondego, que tem alojamento no Archive.org

https://archive.org/details/@biblioteca_ma_nica_do_baixo_mondego

“Eu sou contra todas as ditaduras e a favor da liberdade. Sem liberdade política nada se passa, só se entra, a prazo, em decadência” [Mário Soares]

As comemorações do Centenário do nascimento de Mário Soares são uma lúcida, admirável e bela jornada de homenagem a um dos fundadores da Democracia portuguesa contemporânea. Memorar o seu legado imorredouro de luta pela Liberdade e Democracia é voltar a falar no sonho dessa confraternidade cívica que em (e por) Abril une todos os Homens como Irmãos. Um Abril de utopia, um Abril de retomar a palavra, um Abril sem muros e de afetuosa solidariedade, um Abril com luzimento e de felicidade. Mário Soares foi um cidadão, e nosso irmão, com muita luz, possuidor de um ânimo inabalável e de coragem certa nas horas incertas. Mário Soares foi um dos nossos, pelo Amor da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Obrigado Mário Soares.

[Os Bibliotecários]

TÁBUA: 100 Anos do Nascimento de Mário Soares (José Lamego); Mário Soares “detestava o bajulador” (Vasco Franco); Eu conheci Mário Soares ... [Manuel da Costa (da Quinta)]; Mário Soares também foi iniciado (Manuel Seixas); Uma grande figura da nossa história moderna (José Manuel Martins); Discurso à Maçonaria em França [Manuel Seixas, anotação de um extracto do livro de Mário Soares, Cartas e Intervenções Políticas no Exílio, Temas e Debates, 2014 (reimp.), Discurso à Maçonaria em França, pp 97-116]; Sobre Mário Soares … (extratos de testemunhos); Fotografias & Livros

 [Algumas páginas ...]


[Download AQUI]

    J.M.M.

sábado, 30 de novembro de 2024

EGAS MONIZ - 150 ANOS

 EGAS MONIZ - 150 ANOS | PRÉMIO NOBEL - 75 ANOS

A Biblioteca Maçónica do Baixo Mondego regista a passagem do dia 29 de Novembro quando, 150 anos atrás, pelas 3h da madrugada, nasce em Avanca o pequeno génio e futuro professor de Neurologia, o investigador e bibliófilo, o político e escritor, o Nobel e Maçon António.

Sobrevivente a atentados, físicos e morais, duelista e sidonista, mestre de jogos vários, crítico de arte, pintura e literatura em parceria, Egas Moniz colecionou fortunas e contratempos, admiradores e detratores, amigos e alguns irmãos.

Dono de uma inquebrantável força de vontade e de uma astúcia admirável, produziu uma extensa obra científica enquanto percorria os caminhos sinuosos, primeiro políticos, depois académicos e profissionais. Várias vezes proposto e outras tantas preterido, soube aliar a sua diplomacia pessoal ao seu prestígio científico, o seu talento e cultura à sua determinação e rigor, obtendo finalmente o merecido reconhecimento e os louros de uma carreira e de uma vida.

Ao irmão iniciado em 22 de Dezembro de 1910, Egas Moniz também, obreiro da Loja Simpatia e União, a BMBM envia para o Oriente Eterno um fraterno e triplo abraço, de reconhecimento, de admiração e de esperança.

[AQUI]



[DOWNLOAD AQUI]

J.M.M.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

LUÍS REIS TORGAL DISTINGUIDO COM O PRÉMIO JOAQUIM VERISSIMO SERRÃO


Luís Reis Torgal, historiador, Membro Fundador do CEIS20 e Professor Catedrático Aposentado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, foi distinguido com o Prémio Joaquim Veríssimo Serrão/Fundação Engenheiro António de Almeida, atribuído pela Academia Portuguesa da História e pela Fundação Eng. António de Almeida, pela sua obra Vigias da Inquisição.

J.M.M.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

VOLTAIRE … ESTÁ VIVO! 330 ANOS APÓS O SEU NASCIMENTO

 


«François-Marie Arouet (1694-1778), aliás Voltaire, esse incansável “homem de letras” e do espírito des Lumières, o filósofo divulgador do pensamento de Locke e Newton, o poeta e livre-pensador, o célebre polemista e jornalista avant la lettre, nasceu faz 330 anos. Voltaire foi um profeta da razão e do progresso, um apóstolo do livre-pensamento e da Fraternidade social, como a vida, o talento e a imensidão da sua obra o confirma.   

Écrasez l’infâme disse-nos ele. Voltaire, nos combates do seu tempo contra a arrogância e o despotismo, a superstição e o fanatismo religioso, convoca os registos inquietantes das misérias humanas por uma cáustica ironia, pela inteligência dos seus contos filosóficos e nos traçados e representações humorísticas no “melhor dos mundos possíveis”. E tudo isso nos transmite e assume um pensamento e um legado que jamais pode ser esquecido. Deste modo, se a 7 de Abril de 1778, François-Marie Arouet, aliás Voltaire, recebeu a “serena Luz Maçónica”, podemos orgulhosamente proclamar que o “mundo a recebe dele”. Porém a cadeira de Voltaire permanece vazia, ainda não surgiu um novo intérprete desse seu singular e valoroso legado que soube revolucionar os espíritos da República das Letras.  

A Biblioteca Maçónica do Baixo Mondego, nesta memorável data, saúda os raios esplendorosos do virtuoso e genial cidadão François-Marie Arouet.

Glória a Voltaire. Vale                                                                                                    

[Os Bibliotecários

[recebido da BMBM  - sublinhados nossos]

J.M.M.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

[BNP – LISBOA – DIA 25 DE OUTUBRO] LUÍS DE CAMÕES. FABULOSO - VERDADEIRO DE AQUILINO RIBEIRO

LIVRO: Luís de Camões Fabuloso * Verdadeiro;
AUTOR: Aquilino Ribeiro / Prefácio de António Valdemar;
EDIÇÃO: Bertrand Editora, 2024.

LANÇAMENTO/APRESENTAÇÃO

DIA: 25 de Outubro de 2024 (17,30 horas);

LOCAL: Biblioteca Nacional (Auditório);

ORADORES: Vanda Anastácio | Diogo Ramada Curto | António Valdemar | Eduardo Boavida | Aquilino Machado

ORGANIZAÇÃO: BNP | Bertrand Editora 

Aquilino Ribeiro contrariou a imagem de um poeta de origem aristocrática que era veiculada pelo regime e construiu um retrato real. Agora numa nova edição, o livro chega às livrarias a 19 de setembro com introdução de António Valdemar.

Num tempo em que se professava nas universidades «a opinião de que o tudo o que havia a dizer sobre o autor dos Lusíadas estava dito», Aquilino Ribeiro ousou dizer «não». Entre 1949 e 1950, o escritor publicou dois livros em que defendeu «a revisão a fundo e com meticulosidade» da história de Luís de Camões, chocando o «público ilustrado» ao afirmar que o poeta «não era aquilo que ensinavam na escola».

Alicerçando-se na releitura atenta dos estudos de, entre outros, Teófilo Braga, José Maria Rodrigues, Wilhem Storck e Hernâni Cidade, e em «três cartas particulares» de Camões, Aquilino, primeiro em Camões, Camilo, Eça e Alguns mais e depois em Luís de Camões. Fabuloso * Verdadeiro, contrariou a imagem de um poeta de origem aristocrática que era veiculada pelo regime e apoiada por académicos de Coimbra, e construiu um retrato real, de um «gentil-homem pobre, mas invejável», que gerou grande polémica. Um retrato que ainda perdura.

Passados 74 anos da publicação de Luís de Camões. Fabuloso * Verdadeiro, o mais impetuoso dos dois estudos, e numa altura em que se comemoram os 500 anos do nascimento do poeta, a Bertrand Editora lança uma nova edição do livro, que celebra a vida e obra de Camões. Pela primeira vez num só volume (em 1950, foi publicado em dois) e com prefácio do jornalista António Valdemar, que privou com Aquilino.

J.M.M. 

terça-feira, 8 de outubro de 2024

I CONGRESSO IMPRENSA DE EXÍLIO(S)

 

A cidade de Coimbra acolhe nos próximos dias 10 e 11 de outubro de 2024, organizado pelo Grupo Internacional de Estudos da Imprensa Periódica Colonial do Império Português.

Ao longo de dois dias vários investigadores vão apresentar os resultados das suas pesquisas e investigações já concluídas ou em curso sobre a temática da Imprensa de Exílio, a ter lugar no Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra

No dia 10 de Outubro, o congresso começa com:

Painel 1. Exilados e Jornalistas 

Moderadora: Alice Santiago Faria (CHAM - FCSH UNL)

Hédia Sioud (Université de Monastir) - Un journaliste “musulman” à Paris au milieu du 19 ème siècle (presencial) 

Cielo G. Festino, (Universidade Paulista) - A volta do exilio. O caso das traduções de Evágrio Jorge da obra de Munshi Premchand (online – Brasil) 

Daniela Spina (CHAM - FCSH UNL) – “Lutemos, porque, vive só quem luta”. A transição de migrante a exilado do goês no estrangeiro, em três periódicos publicados na Índia Inglesa na década de 30 (presencial) 

Sushila Sawant Mendes (Investigadora independente) - An Exiled Pamphleteer: T.B. Cunha as Journalist, Activist and Ideologue (online – India)

Painel 2. Experiências de exílio

Moderadora: Noemi Alfieri (CHAM - FCSH UNL)

Mahamadou BD Maiga (Institut Grotius, Centre Africain de Recherche et d'Innovation) – Liens entre les réseaux d`exil et clandestins dans la lutte anticoloniale (online – Mali) 

Andrea Vacha (CIES – ISCTE-IUL)  - A campanha do Brado Africano para libertar Zixaxa (o último exilado) (presencial)

 Elisa Scaraggi, (IHC - FCSH UNL) - Internacionalismo no exílio. Um mapeamento das publicações de Mário Pinto de Andrade na imprensa periódica internacional (online – EUA) 

Heloísa Paulo (Investigadora independente) – Imprensa colonial no Exílio: de Goa à Angola (presencial)


17.00h – 19.00h Mesa redonda. 

Os arquivos da imprensa de exílio

 Moderadora: Sandra Ataíde Lobo (CHAM - FCSH UNL)

Participantes: 

Alexandrina Buque, Arquivo Histórico de Moçambique, Universidade Eduardo Mondlane 

Catarina Santos, Fundação Mário Soares e Maria Barroso 

Filipe G. Silva, Fundação Mário Soares e Maria Barroso 

Inês Ponte, Arquivo de História Social, ICS, Universidade de Lisboa 

Maria Cristina Freitas, Centro de Documentação 25 de Abril, Universidade de Coimbra 

Simão Jaime, Arquivo Histórico de Moçambique, Universidade Eduardo Mondlane


11 de Outubro 

10h – 12.30h

Painel 3. Jornais e revistas 

Moderadora: Adelaide Vieira Machado (CHAM - FCSH UNL)

Brahim Jadla (Université de La Manouba) – Loughat al-ʿArab (1911–1931): Une revue arabe à l’écoute du monde (presencial) 

Pedro Marques Gomes (LIACM -IPL; Fundação Mário Soares e Maria Barroso – Um jornal de luta a partir do exílio: o Portugal Socialista e o combate contra a ditadura (online) 

Augusto Nascimento (Centro de História da Universidade de Lisboa) – O Faúlha: o voluntarismo efémero (presencial) 

Simão Jaime e Alexandrina Buque (Arquivo Histórico de Moçambique, Universidade Eduardo Mondlane) – O Jornal Tunduru e o Projecto de Educação da FRELIMO (presencial) 


14h – 16.30h 

Mesa redonda: Imprensa anticolonial, exílios e exilados

Moderadores: 

Pedro George (exilado em Londres/exiled in London, exilé à Londres) & Cristina Clímaco, Laboratoire d'Études Romanes, Université de Paris 8 

Participantes (lugares de exílio): 

- Álvaro Miranda (Londres) 

- Guiomar Ramos (São Paulo) 

- Henda Ducados (Rabat) 

- Joaquim Saraiva (Aarhus, Copenhaga) 

- Luísa Tito de Morais (Paris, Praga, Argel) 

- Óscar Monteiro (Argélia, Tanzania, França, Itália, etc) 


16.30 – 17.15 

Apresentação de livro:

Cristina Clímaco, Laboratoire d'Études Romanes, Université de Paris 8, Os exilados de Salazar (Lisboa: Âncora, 2024) de Heloísa Paulo 

17.15-18.30 Arquivos e investigação

Visita guiada à exposição “A imprensa e outros documentos de exilados no CD25A” 

Apresentação: “A imprensa de exílio nas colecções do AHS/ICS-ULisboa, do CD25A e da FMSMB: um trabalho colaborativo” 

Para acesso online, contactar até dia 9 de Outubro:

imprensadeexilios@gmail.com 

O programa completo do congresso pode ser consultado/obtido AQUI

A pagina do congresso pode ser consultada aqui: https://imprensaexilios.weebly.com/  

Com os votos do maior sucesso para tão interessante iniciativa.

Entrada Livre e gratuita

A.A.B.M.

sábado, 5 de outubro de 2024

VIVA A REPÚBLICA!!



A.A.B.M.

J.M.M.
 

VIVA O 5 DE OUTUBRO! VIVA A REPÚBLICA!

 


VIVA O 5 DE OUTUBRO DE 1910

"Não mais sermos salvos por mais ninguém – que impressão de inefável serenidade! Como será bom quando tivermos a repousante certeza de estarmos, enfim, salvos dos salvadores"

Raul Proença, Seara Novanº 246, 16 de Abril de 1931

J.M.M. 

domingo, 29 de setembro de 2024

COLÓQUIO PERIODISMO REPUBLICANO. PERSPETIVAS E REPRESENTAÇÕES


 30 de Setembro de 2024

Local: Biblioteca Camões

Lisboa


A Sessão Inaugural do Colóquio conta com a presença de:

António Ventura - O Periodismo Republicano Local. Um estudo de caso: Portalegre.

Depois seguem-se as seguintes intervenções, durante a manhã: 

Manuel Baiôa - A Imprensa e o financiamento do Partido Republicano Nacionalista

Paulo Cracel - A Nova Europa de 1918/1919. Percepções d' "A Capital" o diário republicano da noite

Pedro Figueiredo Leal - "O Mundo" e a disputa pela liderança do Partido Republicano Português (1919-1921) 

António Paulo Duarte - A Revista Militar, o Pensamento Estratégico e os debates em torno das políticas militares da I República 

Luís M. Santos O periodismo republicano e as transformações no campo da crítica musical em Lisboa durante a I República 

Mário Sequeira – Fome de Riso – a Sátira como reflexo da carestia de vida em Portugal (1916-1928)

Gisela Monteiro  – O Crime das Escadinhas da Mãe D’Água ou como A Vanguarda combateu a censura em 1900 

José Maria Barbosa  – A construção memorial de Fátima pela Igreja Católica: uma análise através dos periódicos O Mensageiro e a Voz da Fátima (1917-1922) 

Fábio Oliveira – As percepções do jornal O Debate sobre o fenómeno de Fátima (1917-1926) 

Catarina Silva – A insurreição dos cruzadores (1906): precepções na imprensa republicana

Pedro Álvaro Mateus  – José de Macedo e a imprensa republicana 

Pedro Ramos Ladislau Batalha: o Avante e a defesa dos interesses locais/nacionais 

Nuno Simão Ferreira O ambiente tradicional da vida académica estudantil em Coimbra: o combate político, a renovação cultural e a greve académica de 1907


1 de Outubro de 2024

Àlex Pocino Perez  – El ilustre jefe en la ciudad. Las visitas de los lideres republicanos a Barcelona a través de la prensa republicana catalana durante la Restauración (1875-1906) 

Álvaro Costa de Matos - O jornalismo (republicano) como contrapoder e tribuna ideológica: o caso de Henriques Nogueira (1823-1858) 

Frederico Benvinda Entre o Progresso e a “teratologia social” – Positivismo e educação cívica na participação de Zófimo Consiglieri Pedroso (1851-1910) na imprensa periódica republicana 

Conceição Meireles Pereira  – Imprensa republicana do Porto. Entre a província e a capital

Isilda Monteiro  – A imprensa republicana de Lamego 

Bernardo Nunes  – Conflitos intrarrepublicanos no periodismo de Alenquer 

Andréa Casa Nova Maia e Diogo Oliveira  – A imprensa documenta a Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul em 1922: diálogos luso-brasileiros e redes transnacionais do republicanismo 

David Ramalho Alves  – Arte, Política e Modernidade: representações sociais nas revistas Manhua no período Republicano Chinês (1925-1948) 

Soraia Milene Carvalho Augusto de Vasconcelos na imprensa democrática e unionista: ação e leituras vasconcelianas no advento da República em Portugal 

Vanessa Batista  – A Lucta de Brito Camacho e a questão “paivante” em Espanha  

Sessão de encerramento: 

Norberto Ferreira da Cunha - A Liberdade (1928-1933): projecto para uma República prospectiva 


Excelente oportunidade para se conhecer melhor o periodismo republicano, sobretudo em Portugal, mas também em Espanha e no Brasil.

Com os votos de maior sucesso, divulgamos esta iniciativa e saudamos os seus organizadores.

A.A.B.M.

J.M.M.

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

[FIGUEIRA DA FOZ] HOMENAGEM A MANUEL FERNANDES TOMÁS - EVOCAÇÃO DA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820



[FIGUEIRA DA FOZ]  CERIMÓNIA EVOCATIVA DA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820 E HOMENAGEM A MANUEL FERNANDES TOMÁS

DIA24 de Agosto de 2024 (17,00 horas);

LOCALPraça 8 de MaioFigueira da Foz;

ORGANIZAÇÃO: CMFF | Ass. Manuel Fernandes Tomás | Associação 24 de Agosto 

INTERVENÇÕES
:


  • Representante da Associação Cívica e Cultural 24 de Agosto;
  • Representante do Grémio Lusitano;
  • Representante da Associação Manuel Fernandes Thomaz;
  • Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

J.M.M.

sábado, 6 de julho de 2024

O SÉCULO DO LIBERALISMO. PORTUGAL 1820-1926


LIVRO: O Século do Liberalismo. Portugal 1820-1926;

AUTOR: Miriam Halpern Pereira;
EDIÇÃO: Fundação Calouste Gulbenkian, 2024, 866 p.

“Sem a economia, a história torna-se historizante, e sem a história a economia fica mais pobre nas suas explicações». A afirmação de Miriam Halpern Pereira perpassa em toda esta obra antológica. Estamos perante uma investigadora de excepcional qualidade, que soube aliar sempre a análise rigorosa dos acontecimentos complexos com uma perspectiva crítica, centrada no diálogo com os melhores autores. A perspectiva económica completa-se com a compreensão psicológica e sociológica — com um particular cuidado na dimensão pedagógica, para que a perspectiva e o método históricos possam abrir horizontes no entendimento das grandes tendências e das dinâmicas de desenvolvimento humano. […]

A evolução institucional nos séculos XIX e XX é analisada nos seus progressos e inércias. A lentidão das reformas liberais que se arrastam até à década de 1860, depois do reformismo audacioso de Mouzinho da Silveira, regista uma incidência cumulativa. Os impasses da segunda metade do século XIX nas finanças públicas tiveram incidência na situação económica, aumentando a necessidade de empréstimos para os melhoramentos materiais, que elevaram o custo do crédito, cerceando-se o impacto da modernização de instrumentos de crédito e da eficácia dos investimentos […]. Mas as raízes da situação e as exigências de superação apenas podem ser compreendidas mercê do diálogo entre História e Economia e do seu melhor entendimento.

A inclusão do presente livro da autoria de Miriam Halpern Pereira na colecção dos clássicos da Cultura Portuguesa da Fundação Calouste Gulbenkian constitui motivo de homenagem a um trabalho persistente de grande coerência”

[Guilherme D’ Oliveira Martins, in Prefácio]

J.M.M.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

ATÉ SEMPRE FAUSTO!

 


… Vêm do fundo da paz da terra os sonhadores

Guardam em sonhos ocultas memórias os computadores

Pedreiros-livres, santos e artistas, tudo e ninguém

Sussurram secretas vozes profetas dos temporais

Pairam nos ventos estranhos seres como cristais …


Fausto Bordalo Dias (1948-2024) partiu e levou-nos esse cantar d’amigo que nos abraçava em saudade antiga, em língua de cante lusitano. Fausto era o jogral da nossa Demanda, era a Luz do nosso pranto, era o olhar da nossa memória. Afinal – como ele docemente nos diz - o Oriente tem o seu rosto em Portugal. Homem livre e de bons costumes, obreiro da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, o seu lugar é no mar alto da música e da poesia, entre a terra e o mar, que a soidade retorna em puro amor. Cantor iluminado e guitarrista exímio, a sua travessia navega por esses rios acima, subindo e descendo, para encanto nosso e em terra amada.

Pois é, Fausto amigo, como bem nos disseste: faz sentido interrogar-nos de onde vimos, para onde vamos, o que já fomos, de onde já voltámos, o que haveremos de ser…

Até sempre Fausto!

J.M.M.

sexta-feira, 28 de junho de 2024

A VEDETA DA LIBERDADE (1835-1839)


A VEDETA DA LIBERDADE. Ano I, nº 1 (1 de Maio de 1835) ao nº 296 (31 de Dezembro de 1839 ?); Propriedade: José de Azevedo Gouveia Mendanha; Editor: João Soares Guedes; Redactores: António Carmo Velho de Barbosa (o padre Valbom ou o padre da Vedeta), António Rodrigues Sampaio (1806-1882); Impressão: Imprensa de Coutinho [a partir de 1837, Imprensa Constitucional]; Porto; 1835-1839, 296 numrs (?)

Trata-se de um periódico que integrou a corrente da esquerda constitucional da cidade do Porto. O jornal, “um dos mais lidos” e influentes no norte do país, foi progressista e setembrista, passando depois a cartista, defendendo no final a Constituição de 1822 (ver, José Tengarrinha). Curiosamente no seu número de 2 de Janeiro de 1839 afirmava-se como combatente pela “Constituição de 1838”. Propriedade do negociante da praça do Porto e membro da Comissão Municipal Interina de Gondomar, José de Azevedo Gouveia Mendanha, tinha na redação, além do padre Valdom, o incontornável António Rodrigues Sampaio, o “Sampaio da Revolução” de Setembro (periódico anticabralista que dirigiu a partir de 1844) e que marca a sua estreia jornalística e política. Após conflito entre o padre Velho de Barbosa e o proprietário do jornal (ver Teixeira de Vasconcelos, O Sampaio da Revolução de Setembro), António Rodrigues Sampaio passa a redactor principal d’A Vedeta da Liberdade, antes de ser chamado por José Estêvão para a redação do importante periódico oficioso do setembrista, A Revolução de Setembro.

NOTA: António Carmo Velho de Barbosa (1789-1854) ou padre Valbom, era natural de Barcelos, recebeu em 1805 o hábito de S. Bento no mosteiro de Tibães e, tendo concluído o noviciado no ano seguinte, foi colegial de filosofia no Mosteiro de Santo André de Rendufe (ver Dicionário de Inocêncio F. Silva). Quando das invasões francesas, “tomou armas”, combatendo as tropas de Soult com os seus irmãos frades e, de tal modo, que Rendufe, qual “castelo fortificado”, ficou conhecido pelo “Castelo dos Tiroleses”. Tal rocambolesco facto, aliado à “austeridade” monacal (ainda segundo Inocêncio), fê-lo, juntamente com os seus companheiros, entrar em conflitos com o poder monástico, obrigando uma força militar vindo de Braga entrar “à força” nas instalações para por cobro à situação de “insubordinação”. Como resultado disso, ele e os seus companheiros foram dispersos pelos vários mosteiros da congregação. Ordenado presbítero no mosteiro de Santo Tirso, foi eleito (1819) abade do Mosteiro de S. Bento da Vitória, no Porto, e pregador régio. Em 1829 foi preso, colocado na cadeia da relação e enviado sob “rigorosa prisão” para o Mosteiro de Paço de Sousa. Como o mosteiro foi utilizado como hospital militar pelas forças miguelistas, em Junho de 1833, no cerco do Porto, saiu para S. João d'Arnoia (Celorico de Basto), até ser proclamado o governo da rainha D. Maria. Quando se aboliu as ordens religiosas, veio para o Porto, onde em 18 de Julho de 1834 foi eleito pároco de Valbom. É a partir daqui que começa a publicar artigos e a escrever n’A Vedeta da Liberdade. Novas discórdias com os paroquianos fizeram que fosse recolocado na Igreja de Leça de Balio, tendo falecido a 4 de Fevereiro de 1854.

Ilustrado, cavaleiro da Ordem de Cristo, publicou um curioso opúsculo em desabono das famosas cortes de Lamego, que refuta com vigor, intitulado, Exame critico das Cortes de Lamego, Typ. de D. António Moldes, Porto, 1845. Ainda segundo Inocêncio fez sair uma Oração fúnebre do muito alto e poderoso senhor D. Pedro IV (1847), um curioso opúsculo, Explicação do terceiro corpo das prophecias de Gonçalo Annes Bandarra, começadas a verificar no reinado do sr. D. João V, e acabadas no reinado do sr. D. Pedro IV (1852, p. 54), publicou, ainda, Memorias histórica da antiguidade do Mosteiro de Leça, chamada do Balio (Porto, 1852) e uma Memoria acerca da combinação das epochas que contem a inscripção da Torre da Estrella da cidade de Coimbra, aliás, publicada nas Memorias da Academia (1848), entre outros.

J.M.M.

segunda-feira, 17 de junho de 2024

ARQUIVO HISTÓRICO DA ACADEMIA DAS CIÊNCIAS DE LISBOA – UM NOTÁVEL TRABALHO DE DIGITALIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO DIGITAL

 


A Academia das Ciências de Lisboa, lugar venerando da historiografia portuguesa, está a disponibilizar para consulta online a base de dados do seu Arquivo. É absolutamente notável o trabalho arquivístico e digital desta estimada e reconhecida Instituição, que tem sofrido um extraordinário impulso com o incansável trabalho do seu atual Diretor, o professor José Luís Cardoso

Quando muitos fecham os seus espólios ou restringem digitalmente o acesso amplo e aberto aos leitores – como é o caso do atual Município de Coimbra, no que diz respeito à atividade de digitalização, acessibilidade e facilidade de consulta dos periódicos locais, exemplo neste caso a digitalização do periódico O Conimbricense), e a acreditar por simples incompetência, a Academia das Ciências de Lisboa proporciona o acesso a representações digitais abertas e permanentes, salvaguardando a própria história, numa cultura digital de utilidade pública que vai no sentido de fortalecer a sua identidade e preservar a memória da Instituição para futuras gerações.

PESQUISAR documentos AQUI https://arquivo.acad-ciencias.pt/search

Obrigado, Academia das Ciências de Lisboa

J.M.M.