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sábado, fevereiro 17, 2024

Nas intermitências do tempo



Nas intermitências do tempo
desbravo caminhos e, em silêncio,
colho alvoradas suspensas
nos sorrisos, com que te revelas,
em teus olhos brilhantes 
quando me fixas,
numa profusão de cores,
como se a primavera
envolvesse num abraço,
o tempo que resgatámos.
As manhãs são mais sadias,
as tardes, mais leves,
o teu amor mais firme.
Da escarpa, um pássaro voa
levando nas asas, para longe,
segredos que não deixaram rasto.

Para minha mãe

Texto 
Emília Simões
17.02.2024
Imagem Google



segunda-feira, fevereiro 21, 2022

Pé ante pé

(Desconheço o autor)

 

Pé ante pé percorro cada instante em silêncio

e vou desenhando com as pontas dos dedos

pedaços de céu e primavera  nas folhas e flores

que brilham nas escarpas ao sol,

onde gravo os meus pensamentos

como se as pedras tivessem vida por dentro.

Assim vou construindo as minhas imagens,

que os pássaros vão desconstruindo

nos seus voos rasantes e céleres

debruçados na solidão das tardes.


Texto
Ailime
21.02.2022
Imagem Google



sábado, outubro 20, 2018

Deixa que o outono

José Malhoa

Deixa que o outono te esculpa na alma 
a luz plácida dos dias 
quando os pássaros esvoaçam as folhas 
e as dispersam pelo teu chão. 

No burburinho das manhãs 
e no silêncio das tardes 
não antecipes a noite 
sorri e alegra-te com o sol-posto. 

Ouve a melodia dos pássaros 
num concerto só para ti 
deixa que a poesia flua 
no teu regaço, em silêncio. 




Texto
Ailime
Imagem Google
20.10.2018