e a passividade redentora
de quem abomina a injustiça.
Teus pés calcorreavam quilómetros.
O sol caía a pino;
sem queixumes descias vales
e subias escarpas semeando o pão.
Esculpias com os dedos na terra
o ciclo das águas
que mitigavam a sede
do que plantavas com amor;
desse amor brotavam flores e frutos.
Os teus olhos brilhavam de espanto
como se o sol te nascesse no gesto
quando finalmente descansavas as mãos sobre o rosto;
como se a tua verdade fosse apenas um simples gesto.
Texto
Ailime
12.05.2021
Ailime
12.05.2021
Imagem Net (autor desconhecido)