O verão das sedes, dos fogos, das inquietações,
mas também de águas frescas, de sombras e reencontros.
De desertos, de alvoradas, que anunciam dias claros.
De estradas cheias de pó, de pés descalços no chão que escalda.
Uma mão estendida no meio do nada.
Gotículas de sal a escorrer dos olhares
pelas faces, esculpidas pela dor das distâncias
dos silêncios, onde as palavras se aninham
sem encontrar o sentido das vozes,
que tardam em pronunciar a brancura dum sorriso.
No verão, ao relento, tardam os dias claros.
A noite preenche os vazios do silêncio.
Texto
Ailime
13.08.2022
Imagem
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