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domingo, novembro 25, 2018

No meu silêncio



No meu silêncio 
guardo palavras doridas 
pelas ruas descalças 
gastas pela solidão,  
que afloram os olhares de espanto 
pelo nascer ou pôr do sol 
a iluminar as tezes macilentas 
no relento das noites,  
onde jazem sonhos inacabados 
enrolados em folhas húmidas
dum outono precoce. 

No meu silêncio guardo 
toda a minha inércia, 
a minha pressa 
a minha indiferença 
pelo mundo marginal 
que me passa ao lado 
que não quero ver, 
que recuso enxergar 
porque me falta amor. 

Até quando a minha alma vazia 
deixará que o amor se expanda em liberdade 
num abraço à solidão?



Texto e foto
Ailime
25.11.2018


sexta-feira, outubro 21, 2011

Números...

Nesta convulsão histórica
Esbarro em interesses
Tácitos de perversão
Onde as vontades se anulam
Perante as violências autoritárias
Indiferentes aos sentires
De almas atribuladas
Que ocultam no olhar
A incerteza do presente
Na ausência de compaixão
Abstraída por números
Implacáveis de desdém
Pela dignidade do Ser.


Ailime
21.10.2011
Imagem da Net