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sábado, maio 25, 2024

Desassossegos



No meio dos canaviais avista-se o mar 
ali mesmo à beira da estrada.
Já lhe doem os pés, qual peregrino,
de tanto caminhar
e os olhos embaciam-se com a neblina. 
Por instantes deixa de enxergar.

Ouve as gaivotas que grasnam assustadas
prenunciando tempestade
naquele fim de tarde.

Fica em desassossego e 
e num reflexo rápido esfrega os olhos
e pode observar relâmpagos
que faíscam à sua frente.

Num casebre próximo recolhe-se
até a tempestade passar.
O cansaço é mais forte e adormece.
Quando acorda já é manhã.
No horizonte, nuvens brancas, sorriem-lhe
e retoma o seu destino.


Texto e foto
Emília Simões
25.05.2024




domingo, agosto 12, 2018

Seguia-te os passos

Desconheço o autor

Seguia-te os passos pesados
e ria a saltar de árvore em árvore
o desassossego da inocência
que não repreendias nas palavras
que o teu silêncio guardava.

As águas corriam plácidas, no rio,
nas margens palpitavam cardumes
que te brilhavam no olhar
como sóis a lampejar nos barcos
a maré vazia de limos.


Texto
Ailime
Agosto 2018

sexta-feira, dezembro 28, 2012

Folhas ressequidas



Percorro-te nas ruas do desassossego
e apenas sombras me cercam
na vertigem da cidade
que nunca me pertenceu.

E as árvores gotejam
no orvalho das manhãs
as folhas ressequidas
que o vento espalhou.

Um galho agita-se
e espreita o horizonte
na busca incessante da luz
que o renovará.


Para todos desejo um bom Ano de 2013 com muita saúde, amor e paz !

Ailime
28.12.2012