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sábado, setembro 23, 2023

Cedo ao tempo



Cedo ao tempo em silêncio

e escrevo palavras à toa

nas horas incertas,

quando os ponteiros do relógio

se detêm nos ecos

insondáveis dos minutos

e os segundos, suspensos, 

como num compasso,

me prendem os sentidos.


Vagueio sem saber das horas

e nelas me reencontro sempre

que me reconheço

na voragem dos dias.


Texto 
Ailime
Set/2023
Imagem Google


terça-feira, outubro 19, 2021

Ao amanhecer

 

Monet


Ao amanhecer há uma nova vida
a nascer, 
uma nova forma de materializar o tempo
e os sentimentos.
Renasce-se para  o desconhecido
que desperta em nós a chama
abrasadora de viver 
como se as horas
fossem apenas um instante,
como se um golpe de vento
espontâneo
nos abraçasse e impelisse 
para o bulício que invade as cidades,
onde nos perdemos
como pescadores furtivos
no regresso da faina.

Texto
Ailime
19.10.2021
Imagem Google


quarta-feira, maio 19, 2021

Na celeridade do tempo



Na celeridade do tempo esculpimos as horas

como se os ponteiros do relógio nos cingissem

ao que gostaríamos de pensar e sentir.

 

A montanha já não é verde

Os peixes já não sabem de cor o rio

Nos olhos as margens secaram-se.

 

Para lá da tarde que cruzámos,

o silêncio e a solidão

abreviam o pôr do sol.

Pergunto-te o nome do porvir.

 

Texto
Ailime
19.05.2021


quarta-feira, setembro 02, 2020

De mãos dadas

de mãos dadas também com o mar Foto de Jorge Pinto | Olhares - Fotografia  Online

Na aridez da vida
percorro horizontes antes nunca sonhados
e mitigo a sede com as palavras
que me sussurras quando de mãos dadas
perscrutamos o infinito
e nos entreolhamos cúmplices
de um amor que nos corta a pele
e nos alimenta os sentidos
como se rasgássemos o tempo
que nos vai tragando as horas
encurtando as distâncias
que nos separam do ocaso
onde os pássaros nidificam
uma nova manhã, uma nova vida.
Entre a aurora e o crepúsculo
não desistimos de agarrar o vento.





Texto
 Ailime
02.09.2020
Foto
 Jorge Pinto

segunda-feira, abril 13, 2020

Na tibiez dos dias

Shadows of people walking street in morning light.


Na tibiez dos dias
somos como esfinges
vagueando na rua, deserta,
sem pisar o chão
olhando de través
a celeridade das sombras,
submersas em abismos
na incógnita das horas
e dos números.

Por breves instantes
os relógios silenciam-se
na luz do crepúsculo,
sem deixar rasto.


Texto 
Ailime
13.04.2020
Imagem
Google

domingo, novembro 10, 2019

A porta





Pé ante pé aproximei-me e estendi o olhar
a procurar-te como se ainda ali estivesses.
Acho que me enganei na porta

A casa estava em escombros, as paredes nuas
faltou-me o chão quando transpus a soleira.
Olhei de través as paredes outrora brancas
e não te vi

Tudo está escuro, em silêncio;
apenas escuto o dlim dlão do velho relógio
que parece resistir ao tempo.
O tempo que era liso e claro
e hoje apenas crépido e solitário

Há degraus que apenas se sobem uma vez na vida
para se perderem, num ápice, no abismo das horas



Texto e foto
Ailime
10.11.2019

quarta-feira, outubro 16, 2019

No silêncio do outono


No silêncio do outono emergem sentidos
como se a minha voz se calasse
por imposição das sombras
O vento arrasta as folhas
que gravitam como sóis
em rotações desgovernadas
no asfalto dos dias,
que esculpe nas horas
vestígios do entardecer.

Texto e foto
Ailime
16.10.2019

quarta-feira, agosto 17, 2016

Rasgo o tempo


Rasgo o tempo com o olhar
e aprisiono as palavras
nos ponteiros do relógio,
que no silêncio da noite
marcam o compasso das horas.
Lentamente a insónia
apodera-se dos minutos, dos segundos,
e os meus pensamentos
em turbilhão
a perderem-se na imensidão da noite
a tolherem-me os movimentos
na cegueira que me envolve.
Acordo em sobressalto.
Um sonho, um pesadelo?
Apenas um novo dia,
um novo olhar,
uma nova esperança
na claridade da manhã
a resplandecer  no horizonte.

Texto: Ailime
Imagem Google
17.08.2016

sábado, maio 18, 2013

Nas horas dos dias


Nas horas dos dias
Ouço o contar do tempo
Que voa inexorável
Nas asas transparentes
Dos ponteiros velozes
Do relógio de pêndulo
Que na parede branca
Entoa a canção
Que me embala
No instante
E me segreda
Na distância...o infinito.


Ailime
18.05.2013
Imagem Google