Sabiam a amoras silvestres os nossos lábios
sempre que pela frescura das manhãs
descíamos saltitando de mãos dadas
por caminhos debruados de flores e rio.
Uma rã coaxava…
Um sapo de olhos grandes e salientes
vinha em nossa direção
Que horror! E eu inerte caía no chão.
Pardais, vespas e besouros
em estranha sinfonia
esvoaçavam atrevidos
cativando a nossa alegria.
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Longínquos esses caminhos
bordados de sol e inocência
de flores e muitas fragrâncias
tesouros que guardo em silêncio.
Texto
Ailime
02.08.2019
(Imagem
Pinterest)