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segunda-feira, maio 09, 2022

Escorria-lhe da boca o silêncio

 Di Farias

Escorria-lhe da boca o silêncio

que lhe ardia no peito.

Não soletrava as palavras

e os olhos côncavos

imersos num mar em chamas

ateavam nas suas mãos

barcos à deriva

baloiçando ao vento,

sulcando-lhe no rosto

a dor do pranto contido.

Nem o voo dos pássaros

em cantos alegres e claros

lhe soltaram dos lábios

o sabor amargo do silêncio.


Texto
Ailime
09.05.2022

domingo, outubro 21, 2012

Deixo que as palavras



Deixo que as palavras resvalem
E teçam fios de madrugada
Na luz suspensa dos sóis,
Que me envolvem a alma
Na quietude dos dias. 

E porque entendo o teu pranto
Que não ousas divulgar
Acolho-o,
Como uma teia de luz
Envolto nas palavras
E, qual tesouro escondido,
Abrigo-o com o olhar.

Ailime
20.10.2012
Imagem da Net