Desfolho-te e leio-te como se fosse a primeira vez.
Nem imaginas quanto gosto do gesto.
Os meus dedos cautelosos parecem sorrir
a cada página que me segreda silêncios,
ecos, sinais de luz e metamorfoses.
Hoje encontrei um malmequer ressequido
marcando a fronteira do que ainda não li
e ali me detive. Quanto tempo? perguntei-me.
Só sei que me abandonei ao olhar-te
tanto quanto o tempo que demorei a chegar a ti.
Texto e foto
Ailime
08.06.2021
Ailime
08.06.2021